DIREÇÃO REGIONAL DE PESCAS Direção de Serviços de Investigação das Pescas Estrada da Pontinha Funchal Madeira
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1 DIREÇÃO REGIONAL DE PESCAS Direção de Serviços de Investigação das Pescas Estrada da Pontinha Funchal Madeira
2 JORNADAS DE TRANSFERÊNCIA DE RESULTADOS FUNCHAL 19 e 20 SETEMBRO 2012 BREVE CARACTERIZAÇÃO DA GESTÃO DA PESCA E CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES ALVO: GÉNEROS Plesionika, Patella e Octopus Ana Rita Góis e Adriana Alves
3 Os Covos são pequenas armadilhas de formas variadas: rectangulares, semi-cilíndricas, quadrangulares. Podem ser construídos em madeira, arame, fio de nylon e/ou algodão nas quais os animais entram através de uma abertura.
4 Tradicionais São covos de forma quadrangular ou rectangular, muito utilizados pelos pescadores amadores. Ficam situados no fundo do mar, nas proximidades da costa.
5 Tradicionais
6 Alcatruzes São covos em cerâmica, de forma semi-cilíndrica ou cilíndrica (normalmente presos em número variável a linhas suspensas na água), bastante utilizados na captura de cefalópodes.
7 Alvorados São covos construídos em arame e forradas internamente com uma malha de rede plástica, ligados entre si formando uma teia. Ficam suspensos no fundo e são muito utilizados na captura do camarão.
8 A pesca com covos é uma das artes de pesca tradicionais praticadas na Região. É uma arte passiva, uma vez que é o próprio animal que procura o dispositivo, para refúgio ou procura de alimento, mas depois dificilmente consegue escapar.
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11 Plesionika edwardsii (Brandt, 1851)
12 Esquema de uma teia de covos tipo alvorado
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18 LAPAS
19 Patella aspera Lamark, 1819 Lapa branca Patella candei d Orbigny, 1840 Lapa preta
20 Método de captura Este método é o único legalmente utilizado, incidindo sobretudo, nas lapas que habitam a zona sub-tidal do litoral rochoso do arquipélago da Madeira.
21 A apanha é praticada por amadores e por alguns profissionais, recorrendo à prática de mergulho em apneia com fato isotérmico e utilização de lapeira.
22 Lapas_Toneladas Lapas_Mil euros Descargas de Lapas nas Lotas da Região
23 Octopus vulgaris (Cuvier, 1797) O polvo é considerado uma espécie acessória, capturada juntamente com outros recursos principalmente espécies demersais.
24 Polvo_ kg Polvo_euros Descargas de Polvos nas Lotas da Região
25 Contribuição da SRA/DRP/DSIP no Projeto BANGEN Alguns aspetos das Amostragens Biológicas realizadas na DSIP Recolha de Amostras
26 Plesionika AMOSTRAGEM BIOLÓGICA
27 Plesionika edwardsii (Brandt, 1851) (gamba-da-madeira)
28 Triagem e contagem
29 Medição e pesagem
30 Aspeto geral de exemplares de Plesionika edwardsii
31 Aspeto geral de fêmea ovada e de macho Identificação macroscópica do sexo
32 Recolha de amostras
33 Foram recolhidas 100 amostras de músculo de Plesionika edwardsii. CC (mm): 21,08-29,97 e W (g): 7,30-17,45 Etiquetagem e acondicionamento
34 CAMARÃO Conservação / Legislação
35 Pesca de camarão na RAM Direção Regional de Pescas entidade responsável pela emissão de licenças de pesca com fins comerciais. Estão emitidas cinco licenças. Covos - dimensão da malha da rede entre 15 a 29 mm. (Dec. Reg. nº 7/2000 de 30 de Maio / Portaria nº 1102D/2000).
36 Patella AMOSTRAGEM BIOLÓGICA
37 Patella aspera Lamark, 1819 (=Patella ulyssiponenses aspera (Roding, 1798)) - nome vulgar lapa branca.
38 Patella candei d Orbigny 1840 (=Patella candei ordinaria d Orbigny, 1876) - nome vulgar lapa preta.
39 Aspeto geral de lapas do género Patella.
40 Patella piperata Gould, 1846 Patella tenuis tenuis (Gmelin, 1791)
41 Triagem das espécies e contagem dos exemplares
42 Medição do comprimento da concha
43 Aspeto geral das espécies de lapas amostradas Patella aspera Patella candei
44 Foram recolhidas no total 10 amostras de músculo de Patella aspera* e Patella candei*. *CC (mm): 43,99-63,41 e W (g): 6,84-26,43 *CC (mm): 59,60-72,71 e W (g): 17,27-30,69 Pesagem de cada exemplar Informatização dos dados biométricos recolhidos na amostragem biológica
45 LAPAS Conservação / Legislação Medidas de gestão do recurso
46 A Apanha da Lapa na RAM Com o objetivo de preservar uma importante atividade económica, de cariz tradicional, exercida há várias décadas pelas populações litorais, com efeitos também em termos sociais e na atratividade turística da Região, houve necessidade de criar um enquadramento legal para a Apanha da Lapa.
47 Enquadramento Legal da Apanha - RAM Decreto Legislativo Regional Nº 11/95/M - Regula o exercício da caça submarina na Região Autónoma da Madeira, é da competência da Direção Regional de Pescas da Madeira. Portaria Nº 1102-B/ Regulamentação geral do método de pesca designado por apanha. Compete à Direção Regional de Pescas, o licenciamento da atividade e à possibilidade de estabelecer as condições da apanha com fins comerciais, em zonas litorais definidas pelas autoridades competentes. Decreto Legislativo Regional Nº 11/2006/M - Estabelece o regime jurídico da apanha de lapas na Região Autónoma da Madeira. Revoga o nº 3 do artigo 6º do Decreto Legislativo Regional N.º 11/95/M. Surge na sequência dos diversos estudos efetuados pela DSIP, que resultaram em recomendações importantes inseridas neste Decreto.
48 Enquadramento Legal da Apanha - RAM Decreto Legislativo Regional Nº 11/2006/M: Portaria Nº 80/2006: Artigo 1º. Estabelece um período de defeso, durante o qual é interdita a apanha de lapas, entre 01 de Dezembro e 28 de Fevereiro. Esta interdição é fixada para todos os ilhéus e áreas costeiras do arquipélago da Madeira e abrange todas as modalidades de apanha, incluindo a familiar, exercida em zonas terrestres ou marítimas. Artigo 2º. A apanha familiar, fica isenta de licença, exercida em zonas terrestres ou marítimas, desde que não exceda os 3 Kg/dia por pessoa.
49 Enquadramento Legal da Apanha - RAM Decreto Legislativo Regional Nº 11/2006/M: Portaria Nº 81/2006 Prevê apanha com fins comerciais, apenas exercida por pessoas singulares e coletivas, titulares de cartão e de licença de apanha de lapas, com a utilização de embarcação, em zonas públicas marítimas, que não estejam licenciadas para outros fins, nem interditas a essa atividade. Possibilidade da apanha familiar poder atingir os 10 Kg/dia por pessoa, exigindo-se para o efeito a titularidade de cartão de apanhador. A legislação determina limites à captura para ambas as espécies de lapas, com fins comerciais, até um máximo de 200 Kg/dia/embarcação e, estabelece como tamanho mínimo de captura, 40 mm de comprimento total de concha.
50 Licenças para a apanha na RAM É da competência da Direção Regional de Pescas, o licenciamento das embarcações de pesca comercial para a apanha destes moluscos e a emissão do cartão de apanhador (Portaria N.º 80/2006, de 04 de Julho). São oito as embarcações licenciadas. É obrigatório o preenchimento de um Diário de Apanha, cujos dados são confidenciais e utilizados para fins estatísticos, científicos e de gestão do recurso.
51 Recomendações para Gestão do Recurso Dado o enquadramento legal da apanha de lapas, na sequência dos vários estudos já realizados, e no aconselhamento científico emitido às entidades superiores, é fundamental prosseguir com a monitorização deste recurso, acompanhando a evolução dos índices biológicos, ecológicos e de abundância, por forma a aferir o impacto da implementação destas medidas legais. Comprovar, através de análises genéticas, a existência de populações distintas nas costas da Madeira, sugerida por Weber et al (1998), exigindo formas de gestão específicas e, simultaneamente clarificar o status taxonómico do género. Assim, será possível garantir a sustentabilidade da exploração comercial destes moluscos os quais se revestem de grande importância neste Arquipélago da Macaronésia.
52 Importantes Medidas de Conservação da Biodiversidade Reserva Natural das Ilhas Selvagens, a 1ª de Portugal com estatuto de Reserva, em Reserva Natural da Ponta de São Lourenço (DLR nº14/82/m). Reserva Natural Parcial do Garajau (DLR nº23/86/m).
53 Importantes Medidas de Conservação da Biodiversidade Reserva Natural das Desertas (DLR nº9/95/m) surge na evolução da Área de Proteção Especial das Ilhas Desertas (DLR nº14/90/m). Existem zonas reservadas onde é interdita, entre outras atividades, a apanha de lapas, funcionando como locais com forte contribuição no repovoamento (através da dispersão larvar) das áreas exploradas. Reserva Natural do Sítio da Rocha do Navio (DLR nº11/1997/m). Rede Áreas Marinhas Protegidas do Porto Santo (DLR nº32/2008/m).
54 Octopus AMOSTRAGEM BIOLÓGICA
55 Comprimento total do exemplar Comprimento total - 1º e 3º braços
56 Foram recolhidas 91 amostras de músculo de Octopus vulgaris. LT (mm) = e W(g) = Pesagem das gónadas Recolha de amostra de músculo
57 POLVOS Conservação / Legislação
58 Pesca de polvos na RAM Direção Regional de Pescas entidade responsável pela emissão de licenças de pesca com fins comerciais. Estão emitidas 43 licenças para captura de espécies demersais. Dimensão da malha da rede nos covos - 30 mm. Peso mínimo permitido para a captura g.
59 AMOSTRAGEM BIOLÓGICA Pagrus pagrus Pargo Dentex gibbosus Pargo capelo
60 Aspeto geral de uma amostragem de pargos Medição do comprimento cefálico
61 Foram recolhidas no total 10 amostras de músculo de Pagrus pagrus e de Dentex gibbosus. Pesagem Identificação macroscópica do estado de maturação das gónadas
62 AMOSTRAGEM BIOLÓGICA Trachurus picturatus Chicharro Scomber colias Cavala
63 Foram recolhidas no total 10 amostras de músculo de Trachurus picturatus e Scomber colias. Medição do comprimento total Pesagem Identificação e pesagem gónadas/fígados
64 AMOSTRAS RECOLHIDAS NO ÂMBITO PROJETO BANGEN - DSIP ESPÉCIES Nº AMOSTRAS * 2010 Nº AMOSTRAS 2011 SUB-TOTAL Octopus vulgaris Pagrus pagrus 5 5 Dentex gibbosus 5 5 Trachurus picturatus 5 5 Scomber colias 5 5 Patella aspera 5 5 Patella candei 5 5 Plesionika edwardsii** TOTAL 221 * Amostras recolhidas em 2010 e enviadas em Março 2011 ** Amostras provenientes da Campanha de Mar - Novembro 2011
65 Reuniões de trabalho dos parceiros da Madeira
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