Procedimento Operacional Padrão FMUSP - HC. Faculdade de Medicina da USP Diretoria Executiva da FMUSP e Diretoria Executiva dos LIMs

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1 1. OBJETIVOS: fixar norma para realização dos procedimentos de coleta interna de resíduos químicos do grupo B (segundo classificação da Resolução 358/25 - CONAMA) no Sistema FMUSP-HC, observando-se as devidas condições de higiene e segurança. 2. ABRANGÊNCIA: todas as unidades da FMUSP, Laboratórios de Investigação Médica localizados no Instituto de Medicina Tropical e Serviço de Verificação de Óbito. 3. EXIGÊNCIA(s) e JUSTIFICATIVA(s): A coleta de resíduos químicos é feita bimestralmente pela FMUSP. O laboratório deverá encaminhar previamente a Ficha para Inventário de Resíduos (anexo 2) à DIREX-LIM, que, após o recebimento da mesma, comunicará à unidade a data e horário para encaminhamento dos itens listados ao Abrigo de Resíduos Químicos. Pontualmente no dia e hora marcados, os rejeitos devem ser levados até o Abrigo por um funcionário da unidade geradora. Contudo, o processo de coleta deve começar na unidade, com a correta segregação e acondicionamento dos materiais e produtos a serem descartados, conforme as orientações que seguem nos itens 10 e 11 deste POP. 4. RESPONSABILIDADES: As responsabilidades sobre os resíduos químicos decaem sobre todos os envolvidos no processo, a começar pelo responsável do laboratório gerador e pelo diretor da instituição, passando pelas responsáveis da empresa encarregada do transporte e finalizando, a depender do processo, na empresa que dará destinação final aos resíduos. No âmbito deste documento: 4.1 É de responsabilidade do responsável pelo laboratório gerador: a) fiscalizar as ações das pessoas envolvidas no trabalho com substâncias químicas perigosas, orientando-as quanto às formas de utilização e descarte do resíduo gerado; b) coordenar os processos de segregação, acondicionamento e identificação dos resíduos a serem descartados; c) atender as chamadas para descarte dos resíduos químicos. 4.2 É de responsabilidade do diretor da unidade de pesquisa e ensino: a) fornecer condições para implementação do programa de coleta de resíduos químicos perigosos e instalações adequadas para o recebimento desses resíduos; b) providenciar treinamento geral para as pessoas envolvidas no processo de manuseio e descarte de resíduos químicos perigosos, no âmbito de onde estão instalados os laboratórios de pesquisa; b) designar responsáveis técnicos para acompanhar etapas do processo de recolhimento dos resíduos químicos, bem como dar suporte aos usuários do sistema.de referência. o Contato: Fabio Luiz Navarro Marques Químico Centro de Medicina Nuclear fabio.marques@hcnet.usp.br Página 1 de 15

2 5. ABREVIAÇÕES: o CRM: Conselho Regional de Medicina o CRQ: Conselho Regional de Química o DIREX-LIM: Diretoria Executiva dos Laboratórios de Investigação Médica do HCFMUSP o DOU: Diário Oficial da União o FISPQ: Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos o MTE: Ministério do Trabalho e Emprego o NBR: Norma Brasileira de Regulamentação o NR: Norma Regulamentadora o RDC: Resolução da Diretoria Colegiada (da ANVISA) 6. DEFINIÇÕES: o Resíduo químico: mistura de produtos químicos utilizados fins laboratoriais e que não podem ou é demasiadamente difícil ou custosa a separação dos componentes. o Rejeito químico: produto químico no seu estados original, mas que, por algum motivo, não atende mais as especificações para utilização pelo usuário. 7. POPs RELACIONADOS: o POP FMUSP-HC nº 1 Coleta e descarte de resíduos infectantes o POP FMUSP-HC nº 2 Coleta e descarte de carcaças de animais de experimentação o POP FMUSP-HC nº 4 Coleta e descarte de resíduos comuns o POP FMUSP-HC nº 5 Coleta e descarte de resíduos pérfuro-cortantes o POP FMUSP-HC nº 6 Coleta e descarte de resíduos radioativos sólidos o POP FMUSP-HC nº 7 Coleta e descarte de resíduos radioativos líquidos 8. PROCEDIMENTOS Etapa 1 - Segregação: O processo de gerenciamento de resíduos químico de laboratório deve ser iniciado com a segregação dos materiais, considerando as características físicas, químicas e de reatividade. A depender da característica do laboratório o mesmo deverá disponibilizar recipientes para coleta de: - resíduo sólido perigoso (restos ou borras de reações químicas e bioquímicas, papeis de filtro impregnados com substâncias perigosas; outros materiais impregnados com substâncias perigosas); - resíduo sólido perigoso contendo metais pesados (vidro, borras de reação, papeis de filtro com resíduos de chumbo, mercúrio, cromo, ósmio, etc); Página 2 de 15

3 - resíduo líquido perigoso contendo metais pesados (prata, chumbo, mercúrio, cromo, ósmio etc. podem ser misturados em recipientes identificados, respeitando-se as possíveis incompatibilidades. Os laboratórios capacitados podem precipitar e filtrar o material. A fase líquida deverá ter destinação adequada, conforme sua composição, e os precipitados deverão ser descartados como resíduo químico sólido); - resíduo líquido perigoso de substâncias orgânicas (álcoois, fenóis, acetona, hidrocarbonetos, como hexano, ciclo-hexano, pentano, etc., éteres, benzeno ou benzol, tolueno ou toluol, xileno ou xilol e derivados, desde que não contenham material radioativo, podem ser misturados em recipiente identificado, respeitandose as possíveis incompatibilidades); - resíduo líquido perigoso de substâncias orgânicas halogenadas (tetracloreto de carbono, clorofórmio, diclorometano, dicloroetano, iodeto de bromo e iodeto de iodo derivados ou soluções orgânicas que os contenham podem ser misturados em recipiente identificado, respeitando-se as possíveis incompatibilidades; - resíduo líquido perigoso de misturas contendo acetonitrila ou derivados orgânicos de cianeto (como soluções utilizadas em cromatografia líquida de alto desempenho (HPLC), ou de algum outro processo, deverão ser armazenadas em um recipiente exclusivo e identificado; Em todos os casos deverão ser verificadas as incompatibilidades entre os produtos e diferentes recipientes deverão ser preparados para depósito das substâncias incompatíveis. Exemplos de substâncias classificadas em cada um dos itens acima podem ser encontrados na Cartilha de Orientação de Descarte de Resíduos no Sistema FMUSP-HC. Etapa 2 - Acondicionamento. Resíduos químicos sólidos perigosos: - Os resíduos deverão ser acondicionados em caixa de papelão rígido e apresentando bom estado de conservação (OBS: Não deverão ser utilizados caixas com simbologia de infectante); - alternativamente, poderão ser utilizados baldes plástico, rígidos e com tampa vedante. - as caixas deverão ser forradas internamente com saco plástico da cor laranja, com símbolo de tóxico; - em duas laterais da caixa, deverão ser fixadas etiquetas para identificação do material contido no recipiente, da unidade laboratorial, do responsável pelo resíduo ou pela unidade laboratorial, etc, (anexo 1); - após o preenchimento o saco deverá ser hermeticamente lacrado por amarra no próprio saco ou uso de lacres plásticos; - as caixas deverão ser fechadas e lacradas com fita adesiva. - ao final do processo, baseado no histórico de descarte de resíduos em cada caixa, uma FISPQ (anexo 3) deverá ser elaborada e acompanhará cada caixa até o deposito externo e, depois, no transporte para destinação final. Página 3 de 15

4 Resíduos químicos líquidos perigosos: - Os resíduos químicos deverão ser acondicionados em bombonas plásticas de polietileno rígido(*) com tampa rosqueada e vedante, em volume de 5, 20 ou 60 litros, as quais deverão ser quadradas ou retangulares. Frascos redondos somente serão aceitos se estiverem acondicionados em caixas de papelão, com dimensões que permitam o fechamento das mesmas. (*A relação de substâncias que reagem com embalagens de polietileno de alta densidade estão descritas na RDC 306/24); - em duas laterais da bombonas deverão ser fixadas etiquetas para identificação do material contido no recipiente, da unidade laboratorial, do responsável pelo resíduo ou pela unidade laboratorial, etc, (anexo 1). - as bombonas deverão ser preenchidas no máximo até 3/4 do volume; - ao final do processo, baseado no histórico de descarte de resíduos em cada caixa, uma FISPQ (anexo 3) deverá ser elaborada e acompanhará cada caixa até o deposito externo e, depois, no transporte para destinação final. Rejeitos químicos sólidos e sólidos contendo líquidos: - Todos os rejeitos químicos deverão ser enviados em suas embalagens originais; - os frascos deverão ser acondicionados em caixas de papelão rígido e apresentando bom estado de conservação (OBS: Não deverão ser utilizados caixas com simbologia de infectante); - as caixas deverão ter sistema interno de colméia para evitar o choque entre os frascos (excepcionalmente poderão ser utilizadas folhas de jornal para separação dos frascos); - cada caixa deverá conter somente produtos do mesmo grupo segundo características físico química, graus de periculosidade e incompatibilidades (ex: não misturar ácidos sulfúrico e clorídrico em uma mesma caixa, diferentes sais de chumbo podem ser misturados em uma mesma caixa); - em duas laterais da caixa, deverão ser fixadas etiquetas para identificação do material contido no recipiente, da unidade laboratorial, do responsável pelo resíduo ou pela unidade laboratorial, etc, (anexo 1); - ao final do preenchimento dos recipientes, baseado no histórico de descarte de resíduos em cada um deles, uma FISPQ (anexo 3) deverá ser elaborada. (Excepcionalmente nos casos de caixas contendo somente um tipo de produto, poderá ser utilizada a PISPQ do produtor do material). Vidros quebrados: - Nos casos do descarte de vidro quebrado aumentar a espessura da caixa com folhas de papelão extra ou colocando uma caixa dentro de outra. Etapa 3 Armazenamento local: - Após os recipientes terem sido preenchidos, os mesmo deverão ser inventariados utilizando a Ficha Página 4 de 15

5 Para Inventário de Resíduos (anexo 2), a qual servirá para ser enviada a Direx-LIM como relação de materiais a serem descartados. - No laboratório, o material deverá ser armazenado em local apropriado, longe do transito de pessoas, de chamas ou outras fontes de calor. Etapa 4 Encaminhamento para descarte: - Bimestralmente a direção da FMUSP irá convocar os usuários para envio de resíduos químicos para descarte; - as unidade laboratoriais deverão encaminhar cópia da Ficha Para Inventário de Resíduos (anexo 2); - na data e horário estipulado o responsável pelo laboratório deverá designar um funcionário para transportar o resíduo até o abrigo externo de resíduos, localizado ao lado do prédio da administração da FMUSP; - o transporte do material deverá ser feito em carrinhos fechados e a altura da carga não deverá ultrapassar a altura do veículo; - Deverão acompanhar à carga, a ficha de inventário da unidade e a FISPQ de cada produto. - o funcionário encarregado do transporte deverá estar ciente dos riscos associados à tarefa. Através do conhecimento prévio do material a ser descartado, o direção da FMUSP, ou funcionário por ela designado, poderá sugerir fracionamento do transporte ou definir a possibilidade de atendimento especial, em função dos riscos associados; - no abrigo, após a conferencia da carga, o encarregado indicado pelo recebimento do material poderá aceitar ou rejeitar a carga, caso seja detectado alguma irregularidade. Em hipótese alguma deverá ser transportado itens que não estejam relacionadas na Ficha Para Inventário de Resíduos. Página 5 de 15

6 9. FLUXOGRAMA: Atividade com geração de resíduo SIM É resíduo sólido? Forrar caixa internamente com saco plástico da cor laranja, com símbolo de tóxico. NÃO É líquido Unidade Geradora do Resíduo Acondicionar em bombonas plásticas de polietileno rígido com tampa rosqueada e vedante, em volume de 5,20 ou 60 litros. É quadrada ou retangular? SIM NÃO NÃO NÃO Providencia r Providencia r É cilíndrica Está em caixa de papelão? SIM As dimensões permitem seu fechamento? Colocar etiqueta em duas laterais da caixa para identificação do material, da unidade laboratorial, do responsável pelo resíduo ou pela unidade laboratorial. Anexo 1 SIM Preencher a caixa até ¾ da capacidade NÃO Está na capacidade? SIM Lacrar por amarra no próprio saco ou uso de lacres plásticos. Elaborar a FISPQ, baseando-se no histórico de descarte de resíduo, em cada caixa, e o inventário. Anexo 2 e 3 Levar o descarte ao abrigo em carrinho Quando solicitado pela DIREX-LIM, encaminhar para o abrigo o descarte junto com o FISPQ e inventário. Anexo 2 e 3 Encaminhar inventário preenchido à DIREX-LIM Armazenar no Laboratório Material exige transporte fracionado? SIM Solicitar o fracionamento do transporte NÃO Acompanhar a alocação no transporte para a destinação final Página 6 de 15

7 10. REFERÊNCIAS: o NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde Portaria MTE nº 485, de 11 de Novembro de 25 (DOU de 16/11/05 Seção 1) o NBR 12808/1993 Resíduos de serviços de saúde o NBR 12809/1993 Manuseio de resíduos de serviços de saúde o NBR 12810/1993 Coleta de resíduos de serviços de saúde o Resolução n 358 de 29 de Abril de 25 - CONAMA Disposição final dos resíduos dos serviços de saúde o Cartilha de Orientação de Descarte de Resíduos no Sistema FMUSP-HC o RDC 306/24 Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde ANVISA Portaria P4.262/23 - CETESB 11. ANEXOS: o Anexo 1: Etiqueta para embalagens (portaria P4.262/23 - CETESB) o Anexo 2: Ficha para Inventário de Resíduos (portaria P4.262/23 - CETESB) o Anexo 3: Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ). Página 7 de 15

8 Anexo 1: Etiqueta para embalagens Página 8 de 15

9 Anexo 2: Ficha para inventário de resíduos Página 1 de 15

10 Anexo 3: Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) SISTEMA FMUSP-HC FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO (FISPQ) Data de emissão: Data de revisão: Código da ficha: Produto: 1. Identificação do Produto e da Empresa Nome do Produto: Nome da Empresa: Endereço: Telefone: Telefone para emergências: FAX: 2. Composição e informações sobre os ingredientes Tipo: Natureza química: Ingredientes ou impurezas que contribuam para o perigo: 3. Identificação de Perigos Página 2 de 15

11 Perigos mais importantes: Efeitos do produto: 4. Medidas de Primeiros Socorros Medidas de primeiros socorros: Inalação: Contato com a pele: Contato com os olhos: Ingestão: Proteção do prestador de socorros e/ou notas para o médico: 5. Medidas de Combate a Incêndio Meios de extinção apropriados: Métodos especiais: Proteção dos bombeiros: 6. Medidas de Controle para Derramamento ou Vazamento Precauções pessoais: Precauções ao meio ambiente: Métodos para limpeza: Página 3 de 15

12 Prevenção de perigos secundários: 7. Manuseio e Armazenamento Medidas técnicas (descritivo): Manuseio Armazenamento Medidas técnicas apropriadas: Condições de armazenamento: Materiais seguros para embalagens: 8. Controle de Exposição e Proteção Individual Equipamento de proteção individual apropriado: Proteção respiratória: Proteção das mãos: Proteção da pele e do corpo: Precauções especiais: Medidas de higiene: 9. Propriedades Físico-Químicas Aspecto: ph: Temperaturas específicas ou faixas de temperatura nas quais ocorrem mudanças de estado físico: Ponto de fulgor: Página 4 de 15

13 Limites de explosividade superior/inferior: Densidade: Solubilidade: 10. Estabilidade e Reatividade Instabilidade: Reações perigosas: Condições a evitar: Materiais ou substâncias incompatíveis: Produtos perigosos da decomposição: 11. Informações Toxicológicas Informações de acordo com as diferentes vias de exposição: Toxicidade aguda: Página 5 de 15

14 Efeitos locais: 12. Informações Ecológicas Efeitos ambientais, comportamentos e impactos do produto: Persistência/degradabilidade: Impacto ambiental: Ecotoxicidade: 13. Considerações sobre Tratamento e Disposição Métodos de tratamento e disposição Produto: Página 6 de 15

15 Restos de produto: Embalagens usadas: 14. Informações sobre Transporte Regulamentações nacionais e internacionais: 15. Regulamentações Regulamentações: Informações sobre riscos e segurança conforme escritas no rótulo: 16. Outras Informações Página 7 de 15