Coleta de Amostras. INSTRUTOR: MAJ ROBERTO BARBOSA SOUSA

Transcrição

1 Coleta de Amostras INSTRUTOR: MAJ ROBERTO BARBOSA SOUSA

2 Objetivo Apresentar a forma de atuação de uma equipe de amostragem. Apresentar as técnicas de coleta de amostras potencialmente contaminadas por agentes químicos.

3 Introdução: Sumário Etapas do Método Analítico Considerações Gerais sobre Amostragem Equipes de Amostragem Composição e formas de atuação Principais Técnicas de Coleta de Amostras Coleta de amostras sólidas, líquidas e gasosas

4 1 - Introdução

5 Principais Etapas do Método Analítico Detecção Amostragem Preparo da Amostra para Análise Identificação e Quantificação Confecção do Laudo ou Relatório

6 Considerações gerais sobre amostragem SEM AMOSTRA NÃO HÁ ANÁLISE! A análise nunca é melhor do que a amostra! Os erros na amostragem são sempre superiores aos erros na análise!

7 Objetivos da amostragem As operações de amostragem podem ser divididas em três grupos: Para proporcionar informações tácticas ao comando, de modo que se saiba a natureza, persistência e efeitos do agente; Para proporcionar informações aos serviços médicos para que estes possam aplicar os tratamentos mais apropriados; Para confirmar o emprego de agentes químicos por parte do inimigo.

8 Objetivos da amostragem Obter uma pequena e informativa porção do local investigado. Conseguir evidências suficientes para uma identificação inequívoca no laboratório.

9 Situações de Amostragem Disparo de alarmes dos detectores. Aparição de sintomas e feridas nas pessoas. Aparição de animais mortos. Aparição de vegetação anormal. Presença de nuvens, aerossóis, sprays oriundos de aeronaves, projéteis, veículos, etc. Presença de algum odor suspeito, líquidos, películas, pós e materiais não relacionados a explosivos comuns.

10 2 Equipes de Amostragem

11 Documentar o material coletado. Equipes de Amostragem Equipe específica treinada para realizar a coleta de amostras de modo correto e seguro. Equipamentos de proteção adequados. Equipamentos para coletar e armazenar amostras.

12 Formação da Equipe de Amostragem Grupo treinado para trabalhar em ambiente perigoso. Conhecimento geral de DQBN (proteção, detecção, descontaminação, etc.). Mínimo de conhecimento analítico (para que servirá essa amostra? Quanto deve ser coletado? Como devo armazenar?, etc.). Bom senso.

13 Operação da Equipe de Amostragem Uma equipe de amostragem básica consiste de 5 pessoas: 1 chefe da equipe 4 amostradores 2 entram na área contaminada (área quente); 2 reservas auxiliando na área morna ou fria.

14 Chefe da Equipe de Amostragem Discute com a equipe as informações sobre a operação. Permanece fora da área contaminada. Comunica-se com os amostradores que estão na área contaminada. Comunica-se com os órgãos de resposta presentes no local. Organiza equipe reserva em caso de emergências.

15 Amostradores 1 e 2 entram na área quente (trabalham com roupas de proteção nível A); comunicam-se com o chefe da equipe por rádios; fazem a inspeção da área contaminada (visualmente e com detectores); coletam amostras; descontaminam-se a si e às amostras quando deixam a área contaminada.

16 Operação da Equipe de Amostragem Amostrador 1 (homem-sujo): coleta amostras; corre mais risco de se contaminar; proibido ter contato físico com o amostrador 2. Amostrador 2 (homem-limpo): controla o kit de amostragem e documentação; armazena as amostras no recipiente de transporte; proibido ter contato físico com o amostrador 1.

17 Amostradores 3 e 4 ajudam os amostradores 1 e 2 a vestirem as roupas nível A; permanecem fora da área contaminada; vestem roupa de proteção apropriada (não necessariamente nível A); controlam o tempo dos cilindros de ar; podem auxiliar na descontaminação; proibido contato físico com os amostradores 1 e 2 antes da descontaminação; embalam e transportam os recipientes das amostras e os equipamentos descontaminados.

18 Fases da Amostragem Planejamento Chegada ao local Reconhecimento (detecção) Coleta das amostras e documentação Armazenamento da amostra Descontaminação e saída Envio de mensagem QBN Transporte da amostra para o laboratório

19 Planejamento Informações de inteligência; Informes sobre ataques recentes; Informações sobre sintomas; Informações sobre substâncias estranhas; Área investigada; Condições de meteorologia; Preparação dos equipamentos.

20 Exemplo de um kit de amostragem pinças; tesouras; frascos de vidro; sacos plásticos do tipo zip ; colheres; béqueres; vacutêineres; tubos de adsorção; bomba de ar; lenços de algodão; acetona; etc.

21 Equipamentos de uma equipe de amostragem equipamentos de coleta de amostras; equipamentos de detecção (papel detector, CAM, AP2C, M90, etc.); equipamentos de proteção individual (roupas, máscaras, luvas, botas, etc.); caixas especiais para transporte das amostras; equipamentos de comunicação (rádios); meios de registro (câmeras, formulários, canetas, etc.); equipamentos médicos (primeiros socorros, auto-injetores); equipamentos de descontaminação; veículo de transporte; etc.

22 Formulários

23 Chegada ao local Veículo fora da zona quente Amostragem a pé Presença exclusiva dos amostradores na área quente Marcar a área de amostragem.

24 Chegada ao local Direção do Vento Área Limpa (fria) Área de Trabalho (morna) Área de Amostragem (quente) Linha Limpo-Sujo Linha Quente

25 Divisão de Áreas Área de amostragem (quente): suspeita da presença do agente. Área de trabalho (morna): entrada e saída; descontaminação. Área limpa (fria).

26 Reconhecimento Objetivo: avaliação de riscos. Grau de proteção e outras medidas. Uso de detectores para selecionar os locais de amostragem (marcá-los) e as rotas menos contaminadas, etc.

27 3 Técnicas de Coleta de Amostras

28 Algumas vezes, são necessárias também amostras não representativas. Coleta de Amostras Parte mais difícil da missão de amostragem. A coleta de amostras em geral é seletiva e não randômica. Equipamentos de detecção podem ajudar a encontrar os pontos corretos de amostragem.

29 Amostragem Dois membros da equipe para efetuar a coleta de amostras. Trabalho coordenado, ensaiado e em silêncio. Restante na área de trabalho (comunicação).

30 Coleta de Amostras de Gases e Vapores Exemplos de amostras de gases/ vapores: - ar ambiental; - tubos de exaustão; - vapores dentro de recipientes; - vapores de líquidos (headspace); - munições químicas. Algumas técnicas usadas: - Coletar o gás/ vapor em um saco plástico especial; - Bombear o ar através de um tubo de adsorção (Tenax).

31 Coleta de Ar Usando Tubos de Adsorção

32 Coleta de Ar Usando Tubos de Adsorção

33 Coleta de Ar Usando Tubos de Adsorção

34 Coleta de Ar Usando Tubos de Adsorção

35 Coleta de Amostras Líquidas Exemplos de amostras líquidas: - água do meio-ambiente (rios, lagos, poças, etc.); - conteúdo de contêineres, galões, recipientes, etc.; - líquidos derramados sobre superfícies sólidas; - amostras biológicas (sangue, urina, etc.) ; - munições químicas. Técnicas usadas: - usar seringas, pipetas, béqueres de amostragem ou vacutêineres para líquidos; - usar esfregaço (gaze de algodão com acetona) para gotas ou filmes de líquidos derramados sobre superfícies.

36 Coleta de Amostras Líquidas Usando Béquer de Amostragem

37 Coleta de Amostras Líquidas por Pipetagem

38 Coleta de Amostras Líquidas com Vacuotêiner

39 Coleta de Amostras Líquidas com Vacuotêiner

40 Coleta de Amostras de Líquidos ou Pós sobre superfícies

41 Coleta de Amostras de Líquidos ou Pós sobre superfícies

42 Coleta de Amostras Sólidas Exemplos de amostras sólidas: - amostras ambientais (solo, vegetação, etc.); - itens de detecção militar (papel, tubos, etc.); - filtros de máscaras respiratórias; - filtros de exaustão; - roupas; - munições; - polímeros (borrachas, tintas, etc.); - amostras biológicas (pele, cabelo, etc.) de criaturas vivas ou mortas. Técnica usada: - coletar as amostras em um frasco ou saco plástico.

43 Coleta de Amostras Sólidas

44 Coleta de Amostras de Vegetação

45 Coleta de Amostras de Solo

46 Algumas regras para evitar contaminação - Não toque nada sem usar um par de pinças (mesmo estando de luvas); - Proteja as luvas com um saco plástico se necessário; - Não se sente ou se ajoelhe no solo. - Proibido contato manual entre os amostradores.

47 Armazenagem das Amostras Amostras com potencial risco tóxico são empacotadas em múltiplas camadas. Frascos ou sacos plásticos (recipientes primários) vão dentro de um saco plástico selado (recipiente secundário). O recipiente secundário vai dentro de um recipiente terciário selado. Frascos (vacutêineres) com líquidos são armazenados em um recipiente com carvão ativado, que é colocado em um recipiente terciário anti-choque.

48 Recipiente de transporte de amostras

49 Integridade das Amostras Preocupação com a preservação das amostras para prevenir degradação. Em alguns casos, é necessário resfriar as amostras, especialmente em temperaturas altas. Em geral, proteja as amostras do calor e da luz solar direta e entregue-as no laboratório de analise tão breve quanto possível.

50 Descontaminação e saída Todos e tudo são considerados contaminados. Descontaminação de pessoal, equipamentos de amostragem, de transporte, EPIs, etc. Na Área de Trabalho (área morna). Na falta de produtos específicos, use solução 10% de hipoclorito de sódio em água. Recipientes separados são usados para amostras, equipamentos de amostragem, EPIs, etc.

51 Descontaminação e saída

52 Laboratório Móvel de Identificação de Agentes QBRN

53 Laboratório de Análises Químicas de Referência

54 Vídeo Coleta de Amostras

55 Dúvidas? Perguntas? CTEx Divisão DQBN Tel: +55 (21) / 6337 sroberto@ctex.eb.br Maj Roberto