17 a 20 de agosto de 2010, Rio de Janeiro. Processo de Revisão da Portaria MS n.º 518/2004 Nolan Ribeiro Bezerra
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1 17 a 20 de agosto de 2010, Rio de Janeiro Processo de Revisão da Portaria MS n.º 518/2004 Nolan Ribeiro Bezerra nolan.bezerra@saude.gov.br
2 Estratégia para revisão do padrão de potabilidade
3 Processo de evolução da norma Portaria MS n.º? Portaria MS n.º518/2004 Portaria GM n.º 36/1990 Portaria BSB n. 56/1977
4 Processo de evolução da norma 1. Portaria BSB nº. 56, publicada em 14 de março de 1977 Primeira legislação nacional; A revisão foi baseada na experiência internacional, com destaque paraosguiasdaoms; Abordagem só do padrão de potabildiade. 2. Portaria GM nº. 36, em 19 de janeiro de 1990 Quanto à estrutura:(portaria e Anexos) Quanto ao conteúdo: Definições Normas e padrão de potabilidade, incluindo valores máximos permissíveis e critérios de amostragem; Condições específicas.
5 Processo de evolução da norma 3. Portaria MS n.º 518, em 25 de março de 2004 Principais avanços i. Enfoque epidemiológico permeando toda a Norma; ii.visão sistêmica e integrada da qualidade da água; iii.princípio das boas práticas de produção da água; iv.delimitação de competências e responsabilidades do SUS e dos responsáveis pelo abastecimento de água; v.valorização dos direitos do consumidor; vi.acesso irrestrito à informação sobre a qualidade da água consumida.
6 Processo de evolução da norma Figura: Evolução do padrão de potabilidade brasileiro, em termos do número de parâmetros contemplados FONTE: Adaptado de Bastos (2003)
7 Resultados das discussões com Grupo de Trabalho e Subgrupos do processo de revisão da Portaria MS n.º 518/2004
8 Alcance e público alvo Definiçãomaisclaradoobjetodanorma Art. 2º Toda água destinada ao consumo humano, distribuída coletivamente, deve ser potável sendo objeto de controle e vigilância de qualidade Art.3ºEstaPortarianãoseaplicaàáguamineralnatural,água natural e águas adicionadas de sais, destinadas ao consumo humano após o envasamento, e a outras águas utilizadas como matéria prima para elaboração de produtos e em serviços específicos disciplinadas em outras normas. Adequação a Lei de saneamento (Leinº ) 1º Em situações onde não houver rede de distribuição publica de água para consumo humano serão admitidas soluções alternativas coletivas e individuais, observado o padrão de potabilidade.
9 Alcance e público alvo Alteração das definições existentes o Sistema de abastecimento de água o Solução alternativa coletiva ocontrole o Vigilância Inclusão de novas definições o Água para consumo humano o Água potável o Padrão de potabilidade o Água tratada o Rede de distribuição o Solução individual o Habitação Unifamiliar o Fração intracelular o Fração extracelular o Clorofila total o Microalgas
10 Alcance e público alvo Atribuição de competências/responsabilidades Atribuições da vigilância nas três esferas de governo; Definição das responsabilidades pela operação dos sistemas de abastecimento de água e solução alternativa coletiva; Definição de sessão específica para laboratórios de controle e vigilância.
11 Enfoque epidemiológico i. Promoção de boas práticas em todo o sistema de abastecimento de água; ii. Enfoque sistêmico do controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano, visualizando a dinâmica da água desde o manancial até o consumo; iii. Incorporação de um enfoque epidemiológico na vigilância da qualidade da água para consumo humano; iv. Avaliação de riscos, promovendo nas situações identificadas como de risco à saúde as necessárias medidas preventivas e corretivas, além da adequada informação à população.
12 Avaliação de Riscos ~ Planos de Segurança da Água Zona de Captação ETA Reservatório Visão sistêmica sob a perspectiva de Portaria n. 518/2004 risco à saúde
13 Padrão de Potabilidade Monitoramento das Cianobactérias 1. N< células/ml--->mensal 2. N> células/ml--->semanal de cianotoxinas na saída do tratamento, nas entradas (hidrômetros) das clínicas de hemodiálise e indúdrias de injentáveis 3.Vetadoousodealgicidas Epigloeosphaera
14 Padrão de Potabilidade Cianotoxinas: Inclusão de saxitoxinas como análise obrigatória Alteração do VMP de Cilindrospermopsina: 15 µg/l para 1 µg/l Exclusão da unidade biovolume: células/ml Exclusão do teste semanal de bioensaios em camundongos, para fins de comprovação de toxidade na água bruta e substituição por métodos analíticos quantitativos de ciantoxinas na água bruta Clorofila Total: Recomendação de análise no manancial
15 Padrão de Potabilidade Plano de amostragem de cianobactérias, cianotoxinas e clorofila total: Permanência do número absoluto de células/ml Alteração da forma de amostragem: ponto e a profundidade de captação Exclusão do monitoramento de cianotixinas na água tratada nas entradas das clínicas de hemodiálise e das indústrias de injetáveis e manutenção na saída do tratamento Monitoramento de clorofila total no manancial: freqüência semanal, quando duplicar a concentração em duas semanas consecutivas, recomenda-se a recoleta de amostra para quantificação de cianobactérias no ponto de captação do manancial, para reavaliação da freqüência de amostragem
16 Padrão Microbiológico Art.11. A água potável deve estar em conformidade com o padrão microbiológico Coliformes totais: na saída do tratamento: um indicador da qualidade bacteriológica da água tratada ou observação dos parâmetros operacionais de controle da desinfecção (residual desinfetante, tempodecontatoeph)? no sistema de distribuição: deve ser mantida, ou o monitoramento deve ser baseado em indicadores mais específicos de contaminação fecal (por exemplo, coliformes termotolerantes oue.coli)? Abordagem atual por testes qualitativos (P/A e análise de coliformes termotolerantes ou E.coli nas amostras positivas), ou estabelecimento de VMP? Qual o valor?
17 Padrão Microbiológico 7º Em 20 % das amostras mensais para analise de coliformes totais nos sistemas de distribuição, deve ser efetuada a contagem de bactérias heterotróficas e uma vez excedidas 500 unidades formadoras de colônias (UFC) por ml, devem ser providenciadas imediata recoleta, inspeção local e, se constatada irregularidade, outras previdências cabíveis. Contagem de bactérias heterotróficas: Manutenção do monitoramento obrigatório no sistema de distribuição:análise de coliformes em todas ou num percentual de amostras coletadas manutenção do VMP? Qual valor? 8º Em complementação, recomenda-se a inclusão de pesquisa de organismos patogênicos, com o objetivo de atingir como meta, um padrão de ausência dentre outros, de enterovírus, cistos de Giardia spp e oocistos de Cryptosporidium sp. Dificuldade de detecção de organismos patogênicos em baixas concentrações em amostras de água tratada Abordagem atual é o monitoramento de água bruta ~ Avaliação de risco
18 Padrão Microbiológico Art. 12º. Para a garantia da qualidade microbiológica da água, em complementação Às exigências relativas aos indicadores microbiológicos, deve ser observado o padrão de turbidez expresso na Tabela 2, abaixo: Turbidez: Indicador importante e prático, complementar da qualidade microbiológica da água tratada Atualização do padrão de potabilidade vigente: (1,0 ut para a filtração rápida e 2,0 ut para a filtração lenta) e recomendação de0,5utcomometaparaafiltraçãorápida Estabelecimento do monitoramento de protozoários na água bruta e a incorporação de abordagem de AQRM, conforme a norma dos EUA
19 Padrão Microbiológico Parágrafo único. Admite-sea utilização de outro agente desinfetante ou outra condição de operação do processo de desinfecção, desde que fique demonstrada pelo responsável pelo sistema de tratamento uma eficiência de inativação microbiológica equivalente à obtida com a condição definida neste artigo. As recomendações /exigências de controle da desinfecção demandam atualização? Caberia a explicitação de recomendações /exigências de controle da desinfecção por outros processos de desinfecção, além da cloração? Caberia estabelecer/ recomendar o monitoramento de vírus na água bruta e a incorporação de abordagem de AQRM, a exemplo dodescritosobreanormadoseua?
20 Padrão de potabilidade para substâncias químicas Art.14. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de substâncias químicas que representam risco para a saúde Substâncias químicas: Avaliação da exclusão e inclusão; Atualização dos VMP`s baseado na realidade brasileira; Pertinência de VMP`s provisórios.
21 Padrão de potabilidade para substâncias químicas Art.14. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de substâncias químicas que representam risco para a saúde Substâncias químicas: Metodologia para a inserção de novas substâncias: i) as novas sustâncias deveriam estar presentes em pelo menos 2 legislações internacionais referente à padrão de potabilidade de água para consumo humano, sendo elas, 3ª edição do guia da OMS, USEPA, Health Canada, Australiana - NHMRC/NRMMC, ii) consideração dos aspectos referente à exposição, toxicidade e dinâmica ambiental referente às substâncias químicas; e iii) para questões do valor máximo permitido (VMP) levaria em consideração os valores explicitados nas 4 normas internacionais supracitadas
22 Padrão de potabilidade para substâncias químicas Grupo Portaria Brasil x OMS (2004) Número de substâncias Portaria 518 Guias OMS Substâncias inorgânicas Substâncias orgânicas Agrotóxicos Cianotoxinas 1 0 Desinfetantes & prod. Secundários 6 7 Sub-total Aceitação para consumo 20 0 Total Orgânicas - 3 novas substâncias: di(2-etilhexil)ftalato; hexaclorobutadieno; ácido nitrilotriacético Agrotóxicos - 17 novas substâncias: aldicarb; carbofuran; clorotoluron; clorpirifos; cianazina; 2,4 - DB; 1,2 dibromo-3-cloropropano; 1,3 dicloropropeno; doclorprop; dimetoato; fenoprop; isoproturon; MCPA ; mecoprop; piriproxifeno; 2,4,5 T; terbutilazina. Produtos secundários -cinco novas substâncias: dibromoacetonitrila;cloreto de cianogênio; formaldeído; monocloroacetato; tricloroacetato.
23 Desafios Técnicos e Científicos riscos substâncias químicas efeitocrônicoedelongoprazo toxicidade(???) incertos riscos microbiológicos efeitoagudoedecurtoprazo inquestionáveis e de grande impacto
24 Considerações finais Desafios para a realização de um processo contínuo de revisão da Norma de potabilidade de água para consumo humano, por meio de: Definição de Comitê experts (Ministério da Saúde); Investimentos em pesquisas; Maior integração entre a academia e serviços.
25 Obrigada
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