02 Estratégia RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE. Relatório de Sustentabilidade _ 16

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1 OLAFUR ELIASSON 1967, Copenhaga, Dinamarca Série Islandserie, # 34, 2005 Prova por revelação cromogénea 60 x 90 cm Edição única Courtesy Neugerriemschneider, Berlin and Tanaya Bonakdar, New York 02 Estratégia RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE Relatório de Sustentabilidade _ 16

2 02 Estratégia A nossa aspiração: ser um Grupo de referência pela aposta no desenvolvimento do negócio e criação de valor para os Accionistas, Clientes e Colaboradores. Temos a missão de alinhar uma estratégia de reforço constante e sustentado da nossa posição competitiva no mercado, com total respeito pelos interesses e bem-estar dos nossos Clientes e Colaboradores. Principais Destaques Desafios para 2009 O nosso Enfoque Aprovação dos órgãos sociais para o período -2011, com reforço da independência; Início da actividade do Conselho de Solidariedade Social. Consolidação da estratégia de internacionalização; Contribuição para o aumento de confiança nos mercados financeiros. A gestão da actividade do Grupo BES é feita de forma a criar valor para Clientes, Accionistas e Colaboradores e desenvolver produtos inovadores de forma responsável e transparente, de acordo com as melhores práticas, e orientada para os diversos Stakeholders do Grupo. As dimensões da sustentabilidade no Grupo BES Tendo sempre presente a sustentabilidade da sua actividade, o Grupo continuou a apostar em duas grandes dimensões para as quais foram definidos eixos e respectivas linhas de actuação: Negócio Sociedade Na dimensão Negócio destacam-se os produtos específicos para segmentos com menor acesso a produtos financeiros, produtos com preocupações ambientais e sociais e apoio à inovação empresarial. Na dimensão Sociedade, é de destacar os programas de apoio social nomeadamente à infância e jovens em risco, seniores, combate à iliteracia. 2.1 Compromisso, Concretização e Comunicação O programa O Outro BES constitui a forma mais tangível de actuação do Grupo BES no âmbito da responsabilidade social. Permite concretizar os princípios e a missão do desenvolvimento sustentável num conceito inovador que consiste na divulgação das boas práticas do Grupo potenciando a transparência, a clareza e o diálogo com as partes interessadas. A estratégia de responsabilidade social pauta-se pelo modelo 3 C s : comprometer, concretizar e comunicar. Negócio Sociedade Microfinança Ambiente e Biodiversidade Economia Social Programas de Combate à Iliteracia Apoio e estímulo à inovação empresarial Mecenas da Fotografia Fundos éticos e ambientais Solidariedade Social Project Finance Preservação e Valorização do Património Produtos direccionados para segmentos e sectores específicos O compromisso geral para o desenvolvimento sustentável orienta a nossa actuação para a sustentabilidade. 1º Princípio de Desenvolvimento Sustentável do Grupo BES. Relatório de Sustentabilidade _ 17

3 Área Objectivo Concretização Prazo inicial Negócio Lançar uma solução financeira para projectos nas áreas de ambiente e energias renováveis. Solução BES Ambiente & Energia Solução inovadora que permite às empresas investirem em áreas de negócio direccionadas para a requalificação ambiental e eficiência energética. Home Energy Parceria estabelecida com esta entidade que oferece um serviço direccionado para particulares, com condições especiais na aquisição do certificado de eficiência energética. Crédito Energias Renováveis Destinado a particulares que tem por objectivo facultar recursos para a aquisição de equipamento no âmbito das energias renováveis. Implementar um projecto piloto de Atendimento Diferenciado para o segmento Residentes no Estrangeiro, com o objectivo de valorizar a informação e o atendimento na língua dos países de origem - Ucraniano, Russo e Romeno. Desenvolvimento do canal BESdirecto, com atendimento em ucraniano, russo e romeno. Recursos Humanos Reforço da formação a todos as equipas que trabalham em Project Finance sobre os princípios e sobre a utilização da aplicação. Sessão de formação para sensibilizar os membros da equipa para os riscos de sustentabilidade associados aos projectos e utilização prática do software que permite efectuar o rating dos projectos de acordo com os Princípios do Equador. Reestruturar o Prémio BES Ideias destinado a Colaboradores. Participação dos Colaboradores na iniciativa com uma periodicidade trimestral e alteração da denominação para Prémio Banco de Ideias BES. Implementar o projecto Universidade Corporativa BES. Teve início o primeiro curso de Executive Master in Management & Banking e da Licenciatura em Gestão Bancária. /2010 Divulgação e implementação do Regulamento Interno. Foi ultimada a revisão do Regulamento Interno do BES no âmbito das Actividades de Intermediação Financeira, que foi submetido a parecer da Comissão Nacional de Trabalhadores do Banco em Dezembro e que entrará em vigor em No âmbito da atracção e retenção de talentos: implementar o programa de desenvolvimento para Quadros Directivos; criar e implementar Assessment Center; estabelecer parcerias com universidades para recrutamento de talentos. Teve início o primeiro curso de Assessment. Foram estabelecidas parcerias com a Universidade Católica Portuguesa e com a Universidade Nova. /2010 Ambiente Definir, divulgar e implementar uma política ambiental. A Política Ambiental definida para o Grupo BES, foi aprovada no inicio de e divulgada através do website do BES e da BESweb. Medir os impactos do BES no âmbito da biodiversidade. Elaboração de um relatório no qual foram identificados os principais aspectos da actividade do BES com impacte na biodiversidade e propostas medidas de melhoria. Traçar uma estratégia mais focada nos processos internos, nomeadamente os processos relacionados com a gestão ambiental interna, e adoptar medidas de tratamento de equipamentos obsoletos. Está em curso um processo de melhoria da eficiência do consumo de recursos, alinhada com a Política Ambiental definida para o Grupo BES, nomeadamente ao nível do consumo de electricidade e papel Comunicação Informar e dar a conhecer a actuação do Grupo em matéria de desenvolvimento sustentável, nomeadamente a Clientes. Lançamento da Campanha O Outro BES, em, dando a conhecer as preocupações do Grupo BES no âmbito da Sustentabilidade e reforço do programa Futuro Sustentável que tem como objectivo sensibilizar a Sociedade Portuguesa, em geral, para estas matérias Reforçar a comunicação interna subjacente ao tema da sustentabilidade. Dinamização de campanhas direccionadas para a promoção de medidas de eficiência de consumo de papel. Divulgação do Código de Conduta do Grupo BES, através de duas semanas temáticas na intranet do Grupo BES. Relatório de Sustentabilidade _ 18

4 2.2 A Sustentabilidade na Estratégia do Grupo BES Criação de Valor por Grupo de Stakeholder O Grupo Banco Espírito Santo tem por objectivo central da sua actividade a criação de valor para Clientes, Colaboradores e Accionistas. Entende como missão primeira e fundamental, alinhar uma estratégia de reforço constante da sua posição competitiva no mercado com um total respeito pelos interesses e bem-estar dos seus Stakeholders. Como parte integrante da estratégia do Grupo BES, as políticas e os modelos existentes no âmbito do desenvolvimento sustentável são da responsabilidade da Comissão Executiva do BES, que delega a implementação e a monitorização da agenda do desenvolvimento sustentável no Núcleo de Responsabilidade Social Empresarial (Núcleo RSE), dinamizado pelo Departamento de Comunicação. Este Núcleo reporta directamente ao Presidente da Comissão Executiva do BES. Em Fevereiro de, o Conselho de Solidariedade do BES iniciou as suas funções com o intuito de operacionalizar e coordenar a estratégia de solidariedade social do BES, tendo sido integrado no Núcleo RSE. Este Conselho tem como estratégia de actuação o apoio à Comunidade, nomeadamente em projectos especialmente direccionados para apoiar crianças e jovens em risco e terceira idade, sendo pontualmente apoiados outros projectos em função do seu impacto na Comunidade e relevância para o Grupo BES, Actuação do Grupo BES Accionistas /08 Dividendos (milhões de euros) 200,0 248,0 80,0-67,7% Colaboradores Custos com pessoal (milhões de euros) 478,2 502,1 521,1 3,8% Custos com formação (milhões de euros) 3,1 5,1 4,9-3,9% Clientes Crédito concedido (milhões de euros) 40,6 47,4 52,0 9,7% Fornecedores Custos Gerais Administrativos (milhões de euros) 344,1 378,8 402,6 6,3% Comunidade (1) Donativos (milhões de euros) 2,7 4,0 3,2-19,6% Impostos (milhões de euros) 135,4 152,5 83,5-44,1% (1) O valor dos Donativos em diz respeito ao Grupo BES para as seguintes empresas (BES Portugal, BES Espanha, BAC, BESI Portugal, BESI Brasil, ESAF, BEST, BES Leasing & Factoring, E.S. BanK). Comparativamente com o ano de 2007 assinalamos somente a não inclusão do BES Angola. O âmbito de 2007 difere do de 2006, pela introdução do BES Leasing&Factoring Corporate Governance O modelo de Corporate Governance do BES tem por objectivo uma governação responsável e orientada para a criação de valor. O modelo de governo societário confia a condução da Sociedade ao Conselho de Administração, que delega a gestão corrente na Comissão Executiva. A função de fiscalização da actividade social é atribuída a uma Comissão de Auditoria, juntamente com o Revisor Oficial de Contas Comissão Executiva Núcleo de RSE Conselho de Solidariedade do BES Departamento de Comunicação Definição e aprovação de Estratégias, Políticas e Compromissos. Implementação das Estratégias e Políticas aprovadas Definição de Planos de Acções Em, foram aprovados os Órgãos Sociais para o quadriénio -2011, reforçando-se a independência dos órgãos sociais com o aumento em 25% dos membros independentes, em relação ao mandato anterior, sendo o Presidente do Conselho de Administração independente. Estrutura do Governo do BES Departamento de Negociação e Compras Monitorização das medidas implementadas Assembleia Geral Departamento de Compliance Diálogo com Stakeholders Conselho de Administração Revisor Oficial de Contas (ROC) Departamento de Qualidade de Serviço Comissão Executiva Comissão de Auditoria CMVM* Comunicação Departamento de Recursos Humanos Compliance Banco de Portugal* Gabinete de Relações com Investidor Concretização Comité de Risco Instituto de Seguros de Portugal * Departamento de Obras e Património Aditoria interna Áreas de Negócio do Grupo BES Accionista Colaboradores Clientes Media Investidores Entidades Reguladores Associações /ONG s * Entidades de Supervisão: Banco de Portugal; CMVM, ISP Fiscalização Externa Fiscalização Interna Gestão Feed-back Expectativas Social>Corporate Governance e no Relatório de Corporate Governance BES 08. A criação de valor é o nosso objectivo. 5º Princípio de Desenvolvimento Sustentável do Grupo BES Relatório de Sustentabilidade _ 19

5 2.3 A Gestão do Risco no Grupo BES A actual conjuntura mundial realça a importância da gestão de risco nas instituições financeiras, nomeadamente ao nível de processos, dos modelos de governance e do desenvolvimento de produtos e serviços. O controlo e gestão dos riscos têm sempre desempenhado um papel de fundamental importância no desenvolvimento equilibrado e sustentado do Grupo BES. Para além de contribuírem para a optimização do binómio rendibilidade/risco das várias linhas de negócio, asseguram também a manutenção de um perfil de risco conservador ao nível da solvabilidade, provisionamento e liquidez. A definição do perfil de risco do Grupo é da responsabilidade da Comissão Executiva, que fixa os princípios gerais de gestão e controlo de riscos, assegurando que, para tal, o Grupo BES detém as competências e os recursos necessários à prossecução de tais objectivos. Suportando as decisões da Comissão Executiva, um conjunto de Comités especializados assumem um importante papel na área de gestão e controlo de risco: Comité de Risco: reúne mensalmente com a presença do Presidente da Comissão Executiva, e é responsável por monitorizar a evolução do perfil integrado de risco do Grupo e por analisar e propor políticas, metodologias e procedimentos de avaliação e controlo de todos os tipos de risco. Conselho Diário de Crédito: reúne com a presença de membros da Comissão Executiva, sendo apresentadas e decididas as principais operações de crédito, de acordo com as políticas de risco definidas. A situação da tesouraria e a evolução dos mercados financeiros são igualmente objecto de controlo nesta reunião. Organização da função de risco no Grupo BES Comissão Executiva Neste contexto, o Grupo BES e fazendo uso da faculdade concedida pelo novo regime prudencial instituído pelos Decretos-Lei 103/2007 e 104/2007, que transpuseram para o ordenamento jurídico nacional os princípios universalmente designados por Basileia II, o Grupo BES posicionou-se para, a partir do exercício de, utilizar a abordagem baseada no uso de modelos internos (método Internal Ratings Based IRB (Foundation)) para tratamento do risco de crédito e do método Standardized Approach TSA, para tratamento do risco operacional. Culminando um longo período de apetrechamento teórico, estratégico e técnico das diversas entidades e estruturas do Grupo para adaptação aos requisitos inerentes às novas abordagens adoptadas, conduzido em estreita colaboração com o Banco de Portugal, o Grupo finalizou a apresentação da candidatura formal à utilização dos métodos IRB Foundation e TSA no passado dia 28 de Novembro, aguardando a certificação desta nova abordagem pelo Banco de Portugal. Mais informação pode ser obtida em Home> Institucional> Sala de Imprensa>Relatório e Contas> BES. O Grupo BES faz uma avaliação do risco ambiental, na decisão de concessão de crédito e de financiamento, dependendo a análise dos projectos e sectores de actividade: Análise do Risco Ambiental na Concessão de Crédito a Empresas De realçar que os aspectos ambientais constituem, cada vez mais, um factor de risco na concessão de crédito às empresas. Neste contexto e apesar de o Grupo ter consciência de que ainda tem um longo caminho a percorrer, a concessão de crédito a empresas é suportada pela avaliação de um conjunto de critérios que permitem analisar o impacte ambiental de cada projecto. A análise é feita com base numa matriz que considera apenas três níveis de risco em função da exigência regulamentar associada ao projecto, o nível 1 corresponde aos projectos com elevado impacte ambiental e onde a exigência regulamentar e legislativa é maior. ALCO Comité de Risco Conselho Diário de Crédito Gestão e Monitorização do Risco (DRG) Risco de Crédito Planeamento e controlo de Risco e Capital Risco de Mercado Risco Operacional Gestão Estratégica de Risco Unidade de validação independente Relatório de Sustentabilidade _ 20

6 Nível Enquadramento Requisitos mínimos do Grupo BES Todas as actividades industriais contempladas no Decreto-Lei n.º 69/2003 de 10/04 e na legislação aplicável ao Comércio de Emissões. Todos os projectos contemplados no Decreto-Lei n.º 69/2000, de10/04, de acordo com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º197/2005 de 08/11 (Anexo II). Lei Base do Ambiente n.º 11/87 de 7/04. Licença Ambiental Avaliação do impacto ambiental Avaliação caso a caso Com este modelo de análise o BES pretende não só gerir os riscos que advêm da nova legislação ambiental nacional e comunitária já em vigor, como também contribuir para a minimização dos danos ambientais que advêm do financiamento. Análise do Risco Ambiental e Social em Project Finance A análise dos aspectos sociais e ambientais é parte integrante do processo de avaliação do risco utilizado pelos analistas de Project Finance do Grupo BES. Estes critérios são suportados pelos Princípios do Equador, subscritos em Deste modo, o Grupo garante que é cumprido um conjunto de aspectos sociais e ambientais que, de outro modo, não seriam salvaguardados pela legislação em vigor, principalmente nos países emergentes. O processo de avaliação de acordo com os Princípios do Equador segue a lógica de avaliação do projecto e do seu promotor. Processo de Avaliação de Acordo com os Princípios do Equador Avaliação do Projecto Avaliação do Promotor do Projecto Informação do Projecto know-how Ambiental e Social Não Aplicável Relevantes para os Pincípios Avaliação Não Avançar Critérios de Exclusão Avaliação Competência técnica do Promotor do Projecto Classificação Categoria Elevada Adequada Baixa A Não Avançar B C Relatório de Sustentabilidade _ 21

7 2.3.1 Continuidade do Negócio A Continuidade do Negócio resulta da avaliação do risco a que o Grupo BES está sujeito e que poderá por em causa a sustentabilidade da própria instituição como um todo. Durante o ano de, a Comissão Executiva do Grupo BES promulgou e divulgou a Política de Continuidade de Negócio que estabelece os princípios orientadores para a implementação, actualização e teste regular da continuidade de negócio em todo o Grupo em situações de crise e de risco extremo como por exemplo catástrofes. Durante este período, foi iniciado um processo de revisão da análise de impacto no negócio da inoperacionalidade dos processos críticos do BES, de acordo com os critérios estabelecidos na Política de Continuidade de Negócio. Foi igualmente dado seguimento ao programa da Gestão de Continuidade de Negócio no Banco Espírito Santo Investimento (BESI) e na Espírito Santo Activos Financeiros (ESAF). Os objectivos para 2009 passam pela conclusão dos trabalhos em curso no BES, BESI e ESAF e pelo alargamento do programa de Gestão da Continuidade de Negócio às restantes entidades do Grupo BES. O Grupo BES pretende continuar, em 2009, a realização regular de exercícios de forma a melhorar a eficácia da resposta para recuperação de negócio em situações de emergência ou de crise. Com a definição deste programa o Grupo BES pretende de igual modo assegurar a segurança dos seus Colaboradores e Clientes em situações de Crise, disponibilizando sempre que se revele necessário o acompanhamento especializado Códigos de Conduta Na sequência da uniformização do código de conduta para colaboradores do Grupo, em 2007, foram desenvolvidas acções de divulgação do mesmo junto de diversos Stakeholders do Grupo, nomeadamente Colaboradores, Clientes e Mercado em geral, designadamente através da publicação deste documento no website do BES, BES dos Açores e Banco Best. O Código de Conduta do Grupo determina que os casos de violação ao mesmo deverão ser comunicados directamente ao Compliance Officer, responsável pela monitorização do seu cumprimento. Durante foram efectuadas duas repreensões a Colaboradores decorrentes desta monitorização. Princípio 10 Anti Corrupção Combater a corrupção em todas as suas formas inclusive extorsão e propina. Em foi reforçada a divulgação do Código de Conduta do Microcrédito, assinado no final de Este código decorreu da parceria realizada com a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC) e tem como principal objectivo partilhar princípios e regras entre as várias instituições financeiras portuguesas que disponibilizam linhas de Microcrédito. Investidor>Governo da Sociedade>Código de Conduta da Sociedade>Politica de Conflito de Interesses O Grupo BES tem ainda implementado o Código de Conduta Voluntário do Crédito Habitação, acordado entre Associações Europeias de Consumidores e Associações Europeias do Sector do Crédito. Ao aderir ao Código de Conduta Voluntário, o Grupo BES adopta mais uma medida de apoio ao Cliente, reiterando uma atitude de transparência e precisão no mercado, uma vez que o referido Código estipula as informações a prestar aos Clientes e/ou potenciais Clientes antes da concretização de contratos de Crédito Habitação> Modalidades >Prestação Mínima>Código de Conduta Voluntário do Crédito Habitação O comportamento ético e a integridade pessoal e profissional guiam o desenvolvimento das nossas actividades 2º Princípio de Desenvolvimento Sustentável do Grupo BES Semanas do Código de Conduta Grupo BES No decorrer de, foram realizadas duas campanhas de divulgação do Código de Conduta na Intranet do Grupo onde, através de um sistema de perguntas e respostas, os Colaboradores puderam esclarecer eventuais dúvidas. Estas acções permitiram uma melhor compreensão dos princípios subjacentes a este documento, através da clarificação de conceitos, de procedimentos e do âmbito de aplicação do Código. Para o esclarecimento de questões relacionadas com o Código de Conduta, o Departamento de Compliance disponibiliza a todos os Colaboradores do Grupo BES um endereço electrónico dedicado. Para além deste canal é ainda disponibilizado o do Presidente da Comissão Executiva a todos os Colaboradores para colocarem as suas questões. Compliance e Intermediação Financeira A recente e profunda modificação do quadro normativo aplicável à intermediação financeira e as exigências de compliance daí decorrentes, levaram o Banco Espírito Santo, mais uma vez na vanguarda da prevenção dos riscos de compliance, a contratar a empresa líder de soluções de software para prevenção de Abuso de Mercado uma nova solução informática para monitorização de práticas de Manipulação de Mercado, Abuso de Informação Privilegiada e Prevenção de Conflitos de Interesse. O projecto, a concretizar em simultâneo no BES e BESI, encontrar-se-á totalmente implementado durante o ano de 2010, em virtude das necessidades de parametrização e compatibilização de sistemas de informação, a desenvolver ao longo de Em foi ultimada a revisão do Regulamento Interno do BES no âmbito das Actividades de Intermediação Financeira, que foi submetido a parecer da Comissão Nacional de Trabalhadores do Banco em Dezembro e que entrará em vigor no 1º trimestre de A necessidade de revisão do Regulamento Interno do BES no âmbito das Actividades de Intermediação Financeira, registado no inicio de 2007 junto da CMVM, foi identificada logo após o seu registo e justificada pelas sucessivas alterações de vulto verificadas no Código dos Valores Mobiliários e na regu- Relatório de Sustentabilidade _ 22

8 lamentação da CMVM, em especial as resultantes dos processos de transposição para o ordenamento jurídico português das Directivas dos Mercados de Instrumentos Financeiros (DMIF/MiFID) e do Abuso de Mercado Prevenção de Branqueamento de Capitais e Combate ao Financiamento do Terrorismo A evolução legislativa na área da prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo registada nos últimos anos deu mais um passo em, com a publicação da Lei n.º 25/, de 5 de Junho, que transpôs para a ordem jurídica interna a 3.ª Directiva Comunitária relativa a esta matéria. A capacidade de prevenir e no limite detectar actividades passíveis de constituir branqueamento de capitais decorre directamente do conhecimento que os Bancos consigam obter relativamente a determinados elementos chave, em particular no que toca às suas contrapartes e respectivas transacções. Para que esse conhecimento seja efectivo, é necessário um cuidado acrescido na montagem dos processos de monitorização e controlo, identificando fragilidades e áreas de maior exposição, e criando modelos de avaliação que permitam, dentro do possível, assegurar que um maior escrutínio é aplicado onde este se revela mais necessário. Desta forma, logo no momento da abertura de conta, o BES tem em funcionamento um modelo de avaliação automático que, com base nos elementos caracterizadores obrigatórios, classifica a contraparte quanto ao risco potencial que a mesma coloca, sendo aquelas que apresentam risco acrescido alvo de análise adicional pelo Departamento de Compliance, de cuja aprovação ficará dependente a aceitação final da contraparte. Adicionalmente, tem vindo a ser feito um esforço continuado com o intuito de ampliar a capacidade e âmbito de monitorização de transacções, permitindo um escrutínio acrescido perante situações potencialmente suspeitas. Em cumprimento deste objectivo, o BES adquiriu uma aplicação informática a uma empresa com reputado prestígio internacional no fornecimento de soluções AML, tendo iniciado a sua utilização em Fevereiro de. A monitorização da actividade bancária no âmbito do branqueamento de capitais, é feita de forma contínua e sistemática em toda a actividade do Banco. Sempre que qualquer operação se torne suspeita, em função de indicadores pré-definidos através de uma análise baseada no risco, essas ocorrências são reportas às entidades competentes. Em foram realizadas, no BES em Portugal, BEST e BAC, análises nas contas analisadas. Em não foram instaurados processos de inquéritos judiciais ao Grupo BES subjacentes a casos relacionados com crimes financeiros, como os relacionados com a corrupção e o branqueamento de capitais. Paralelamente, ao longo do ano, foi dada continuidade ao esforço de consolidação do nível de consciência e conhecimento dos Colaboradores relativamente à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento ao terrorismo, com a realização de mais um ciclo de formação através da plataforma de e-learning, de participação obrigatória por todos os Colaboradores do Banco. Durante, foram realizadas acções de formação e-learning no BES, Portugal e Espanha, BEST e BAC, com a participação de Colaboradores, entre Quadros Directivos e Não-Directivos, e uma duração média de 2 horas por formando. Não obstante a frequência destes cursos, foram igualmente asseguradas sessões de formação presenciais junto das áreas comerciais do BES e do BES dos Açores, dada a maior exposição a que estas se encontram sujeitas. Formação Presencial (horas) BES BEST BES Espanha n.d BAC n.d n.d 35 Total n.d. - não disponível Investidor> Governo da Sociedade> Prevenção do Branqueamento de Capitais Esta solução permitiu alargar o âmbito de monitorização e análise de operações que, tendo em conta os perfis transaccionais dos Clientes, configuram maior risco potencial de branqueamento de capitais pelo que foi necessário reforçar, desde logo, a equipa que se dedica em exclusivo à análise de alertas automaticamente gerados resultantes de movimentação nas contas dos clientes. As situações detectadas cuja análise e investigação detalhada confirmam a existência de sustentados motivos de suspeita, são devidamente comunicadas às autoridades competentes para que estas desenvolvam as diligências adicionais que entendam convenientes, no estrito cumprimento dos deveres legalmente consagrados. Monitorização e Reporte Ocorrências BES (Portugal e Espanha), BAC e Banco BEST Total de Contratos Analisados Nº de Aberturas de Contas Investigadas n.d Nº de participações realizadas às autoridades (*) Nº de potenciais contas com abertura recusada após investigação (após análise) (*) No quadro do Dever de Comunicação Relatório de Sustentabilidade _ 23