IMPUGNAÇÃO AO EDITAL. Pregão Eletrônico n. 56/ Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - Governo do Estado de Minas Gerais.

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1 IMPUGNAÇÃO AO EDITAL Pregão Eletrônico n. 56/ Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - Governo do Estado de Minas Gerais. Impugnante: Telefônica Brasil S/A A (o) Sr.(a) Pregoeiro (a) da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - Governo do Estado de Minas Gerais. TELEFÔNICA BRASIL S/A, Companhia Aberta, com sede na Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, nº. 1376, Bairro Cidade Monções, São Paulo/SP, CEP , inscrita no CNPJ sob o nº / , NIRE nº , vem, respeitosamente, perante V. Sa, apresentar IMPUGNAÇÃO AO EDITAL do PREGÃO ELETRÔNICO em epígrafe, com sustentação no 2. do artigo 41 da lei 8666/ aplicável por força do artigo 9.º da lei federal n.º 10520/ e artigo 18 do Decreto Federal n.º 5450/2005, pelos fundamentos demonstrados nesta peça. I - TEMPESTIVIDADE. Inicialmente, comprova-se a tempestividade desta impugnação, dado que o aviso do edital foi publicado em 11/06/2014, de forma que há pleno cumprimento ao prazo de 5 (cinco) dias indicados no item 5.3 do edital, em sintonia com o artigo 11 do Decreto Estadual /2008 bem como ao prazo de 02 (dois) dias úteis antecedentes a abertura da sessão pública, em consonância ao previsto no item do edital do pregão em referência.

2 II - OBJETO DA LICITAÇÃO. O Pregão Eletrônico em referência tem por objeto o O objeto da presente licitação consiste no Registro de Preços de contratação de empresa especializada em telecomunicações, que possuam outorga da ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações, para prestação de Serviço Móvel Pessoal (SMP), englobando tráfego de dados e acesso à Internet, serviços telefônicos Modalidade Locais, Modalidade Longa Distância Nacional, Modalidade Longa Distância Internacional para ligações exclusivamente originadas dos terminais móveis do Plano Corporativo, incluindo o fornecimento dos equipamentos necessários, em comodato, a ser contratado por órgãos e entidades do Governo do Estado de Minas Gerais, tendo a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão SEPLAG, como órgão gestor, conforme as especificações e condições constantes deste edital e seus anexos. A presente impugnação apresenta questões pontuais que viciam o ato convocatório, quer por discreparem do rito estabelecido na lei 8666/1993 (com alterações posteriores) e na lei federal n.º 10520/2002, quer por restringirem a competitividade, condição esta essencial para a validade de qualquer procedimento licitatório. Pretende também apontar situações que devem ser esclarecidas, facilitando-se a compreensão de determinadas cláusulas e evitando-se interpretações equivocadas. Dezenove são os fundamentos que justificam a presente impugnação, conforme exposição a seguir. III - FUNDAMENTOS DA IMPUGNAÇÃO AO EDITAL. 1) ESCLARECIMENTO QUANTO AO PRAZO PARA IMPUGNAÇÃO DO EDITAL. Questão que necessita ser esclarecida é a referente ao prazo para impugnação ao edital, haja vista a previsão de informações divergentes no mesmo.

3 De fato, o item 5.3 do edital indica que Qualquer pessoa, inclusive licitante, poderá impugnar os termos do presente Edital até o 5º (quinto) dia após a publicação do aviso do mesmo, cabendo ao (a) Pregoeiro (a) decidir sobre a impugnação no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. No entanto, o item do edital prevê que Até 02 (dois) dias úteis que anteceder a abertura da sessão pública, qualquer Licitante poderá impugnar o ato convocatório do Pregão Eletrônico, na forma eletrônica, no horário de 08h às 12h e de 14h às 18h. Ora, o edital deve estar claro quanto a seus preceitos, fazendo previsão a exigências claras e não contraditórias. Nesta senda, requer-se seja esclarecido qual o real prazo que as operadoras interessadas em participar do certame terão para apresentar suas peças de impugnação ao edital. Resposta: Não há conflito entre os itens. Qualquer cidadão poderá solicitar esclarecimentos e impugnar o Edital até o 5º dia útil da sua publicação. Apenas licitantes terão o prazo estendidos para tal, ou seja, até 02 dias úteis da sessão. 2) AUSÊNCIA DE ORÇAMENTO ESTIMADO DOS PREÇOS EM PLANILHA ABERTA DE COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 7.º, 2.º, INCISO II E ARTIGO 40, 2.º, INCISO II DA LEI 8666/1993. Verifica-se que o edital, em seu item do Termo de Referência, (bem como Anexo II Modelo de Proposta Comercial, Cláusula Segunda do Anexo IV Minuta da Ata de Registro de Preços e Cláusula Quinta do Anexo V Minuta do Contrato), apresentou uma planilha indicativa para apresentação de proposta, sem, contudo, indicar o orçamento estimado para a prestação dos serviços. Tal omissão constitui direta violação aos artigos 7.º 2.º, inciso II e artigo 40, 2.º, inciso II, todos da lei 8666/1993, aplicáveis por força do artigo 9.º da lei federal n.º 10520/2002:

4 Art. 7 o As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte sequencia: (...) 2 o As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando: I - (...) II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários; Art. 40. (...) 2 o Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante: I - (...) II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994). Pela previsão dos referidos artigos, portanto, toda licitação, inclusive de serviços, necessariamente possui como pressuposto de validade a existência de um orçamento estimado em planilha aberta de composição de custos unitários. Tal planilha detalhada é essencial para que, no curso do certame, seja possível verificar eventual adequação dos preços propostos aos valores de mercado, inclusive em relação a todos os componentes que repercutem na formação do preço final. Este juízo quanto aos preços ofertados (se são exequíveis ou estão dentro dos padrões de mercado) depende diretamente da informação contida na estimativa de custos, sendo essencial para a análise a ser realizada pelo pregoeiro e sua equipe de apoio. A falta desta estimativa detalhada de custos inviabiliza a avaliação quanto à compatibilidade dos preços ofertados (avaliação esta a ser realizada na sessão pública do pregão). Tal circunstância macula o julgamento a ser realizado e, consequentemente, todo o procedimento realizado. Deste modo, uma planilha detalhada de composição dos preços ofertados é primordial para que a contratação possa ser efetivada corretamente, pela mesma lógica contida no artigo 40, 2.º, inciso II da lei 8666/1993 citado acima, não bastando as planilhas contidas no edital.

5 Ainda que não se apresente uma planilha detalhada dos custos, é essencial, de qualquer forma, que seja apresentado o valor orçado para a íntegra da presente prestação de serviço que se pretende licitar. Resposta: Improcedente. Entendemos ser dispensável a presença do orçamento estimado como parte integrante ao Edital, em conformidade com a Lei nº /2002, que estabelece regras próprias à modalidade Pregão. A discricionariedade de constar os orçamentos de referência à licitação apenas nos autos do processo administrativo está expressa na redação do art. 3, III da Lei nº , a saber: Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o seguinte: (...) III dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade promotora da licitação, dos bens ou serviços a serem licitados. Neste aspecto, a Lei nº , de 2002, diferentemente da Lei nº /93, dispensa a constância do orçamento estimado do edital de pregão, alocando-o apenas como anexo indispensável à fase interna do procedimento licitatório. Nesta mesma linha, é o entendimento do Decreto nº /13, que regulamenta o procedimento de registro de preços no Estado de Minas Gerais. Conforme redação do 1 do art. 21 da citada norma: Art. 21. A estimativa de preços para balizar o pregoeiro e a comissão de licitação poderá ser baseada: (...) 1º Na modalidade de licitação pregão, o preço cotado pela Administração poderá ser mantido em sigilo até o final do julgamento da licitação, de modo a melhorar as condições da negociação com o vencedor. Da mesma forma, é o entendimento do TCU, conforme trecho extraído do Acórdão nº 392/2011 Plenário: REPRESENTAÇÃO COM PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR. OITIVA PRÉVIA DO REPRESENTADO. APRESENTAÇÃO DE JUSTIFICATIVAS. LICITAÇÃO SUSPENSA POR INICIATIVA DO PRÓPRIO ÓRGÃO. NEGATIVA DO PROVIMENTO CAUTELAR. EXAME DO MÉRITO. PROCEDÊNCIA

6 PARCIAL. EXPEDIÇÃO DE DETERMINAÇÕES E RECOMENDAÇÃO. ARQUIVAMENTO. (...) 3. "Orçamento" ou "valor orçado" ou "valor de referência" ou simplesmente "valor estimado" não se confunde com "preço máximo". O "valor orçado", a depender de previsão editalícia, pode eventualmente ser definido como o "preço máximo" a ser praticado em determinada licitação, mas não necessariamente. 4. Nas modalidades licitatórias tradicionais, de acordo com o art. 40, 2º, II, da Lei n.º 8.666/93, o orçamento estimado deve figurar como anexo do edital, contemplando o preço de referência e, se for o caso, o preço máximo que a Administração se dispõe a pagar. No caso do pregão, a jurisprudência do TCU é no sentido de que a divulgação do valor orçado e, se for o caso, do preço máximo, caso este tenha sido fixado, é meramente facultativa. (Rel. Min. José Jorge, Acórdão nº 392/2011 Plenário). Grifo nosso. Esclarecemos que a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) opta por não disponibilizar seus valores orçados no instrumento convocatório, tendo em vista que o procedimento do pregão conta com a fase de lances, que resulta em redução dos valores propostos inicialmente. Desta forma, o valor estimado ou preço de referência é considerado como um balizador para o Pregoeiro no julgamento da licitação. Por fim, informamos que, caso ainda seja necessário, o processo poderá ser consultado nas dependências da Seplag. 3) TARIFA ZERO PARA LIGAÇÕES ENTRE OS APARELHOS PERTENCENTES AOS PLANOS CONTRATADOS. ESCLARECIMENTO QUANTO A COBRANÇA DE ROAMING. No que tange ao serviço de intragrupo zero, os itens e do Anexo I Termo de Referência dispõe o seguinte: As ligações VC-1 entre os acessos integrantes de toda a Rede Corporativo do Estado, de mesmo CNPJ ou de CNPJ s diferentes, e dentro de mesma Área de Registro (mesmo DDD) deverão ser gratuitas, com valor zero (R$ 0,00), independentemente do consumo; As ligações VC-2 entre os acessos integrantes do Plano Corporativo de um mesmo CNPJ ou de CNPJ s diferentes deverão ser gratuitas, com valor zero (R$0,00), independente do consumo, exceto para os acessos do Perfil 2 (Voz Intragrupo) ;

7 O item do edital faz alusão ainda à pretensão de tarifa zero local e regional. Inicialmente, registra-se que o serviço de ligações intra-grupo zero consiste em um conjunto de ligações ilimitadas e não tarifadas dentro de um grupo de linhas habilitadas com o mesmo CNPJ, ou seja, dentro do mesmo grupo corporativo, remunerado por um valor mensal fixo assinatura - em número compatível ao de linhas que usufruirá da tarifa zero entre o grupo. Noutro giro, evidente que tal tipo de serviço intragrupo zero constitui um ônus adicional à prestação comum do serviço de telefonia celular, dado que envolve uma demanda de ligações que não são tarifadas individualmente. Assim, é essencial que a ligação seja apenas no âmbito da área de registro dos aparelhos, sob pena de ocasionar ligações de outro tipo (VC2 e VC3). Caso o serviço seja de âmbito nacional, é fundamental esclarecer que as ligações em roaming constituem um ônus adicional à prestação comum do serviço de telefonia celular, trazendo necessariamente um ônus maior à operadora. Lado outro, o serviço de roaming só poderá ser prestado na rede de cobertura da operadora contratada, ou seja, onde a empresa tenha cobertura de acesso, estando assim diretamente relacionado à cobertura. Ademais, o serviço em roaming se caracteriza apenas quando as linhas são utilizadas fora da área de habilitação. Destarte, as cobranças das ligações em roaming são feitas a partir dos valores de AD e DSL, de forma conjunta, sendo que o primeiro é feito por evento enquanto que o segundo é cobrado por minuto, devendo ambos ter a mesma pretensão quantitativa, sendo um por minuto e o outro por evento. Nesse diapasão, deve ser previsto que caso o serviço intragrupo seja utilizado em todo o território nacional haverá a cobrança dos valores de AD e DSL, sendo possível, assim, a cobrança de um valor fixo mensal pelo serviço apenas se este for utilizado no local onde as linhas foram habilitadas.

8 Resposta: Os serviços previstos para o Perfil 2 (Intra-grupo) e Perfil 3 (Intra-grupo Regional) objetivam a efetivação de ligações gratuitas para as linhas do plano corporativo de forma local (Perfil 2) e, no mínimo, regional-local (Perfil 3). As cobranças de AD e DSL, desde que efetivadas em ligações em roaming, podem ser previstas. O valor da assinatura ou valor fixo por mês pelo serviço de intragrupo é previsto para a efetivação de ligações utilizadas localmente (Perfil 2) e, no mínimo, regionalmente (Perfil 3). 4) ESCLARECIMENTO QUANTO A TARIFA DE ROAMING INTERNACIONAL. CORREÇÃO NAS PLANILHAS COMPONENTES DO EDITAL. NECESSIDADE DE ESPECIFICAÇÃO DOS PAÍSES ONDE OS SERVIÇOS SERÃO UTILIZADOS. O item 2.3 do Anexo I Termo de Referência prevê a prestação dos serviços em roaming internacional. As planilhas do edital, por sua vez, permitem a cotação dos valores conforme as localidades em que se estima a prestação desse serviço (item do Termo de Referência, Anexo II Modelo de Proposta Comercial, Cláusula Segunda do Anexo IV Minuta da Ata de Registro de Preços e Cláusula Quinta do Anexo V Minuta do Contrato), mas com a cotação de consumo de 5 (cinco) por acesso. Neste ponto, é fundamental esclarecer que a cobrança do tráfego em território nacional difere da cobrança em território internacional, inclusive pelo fato de que o roaming internacional é tarifado por meio da moeda dólar. De toda forma, para que os serviços de SMP possam ser prestados em roaming internacional, o órgão deve informar apenas valores em R$ (reais) que terá em reserva para gastar, uma vez que a cobrança da tarifação do roaming muda dependendo do país visitado, onde serão recebidas as ligações. Assim, é necessário indicar a cotação devendo ser alocada com valores em R$ (reais) moeda nacional, pois existe a variação do dólar e a cobrança é feita pela operadora LD. Ademais, é imprescindível o detalhamento dos países onde os serviços serão utilizados, tendo em vista que, repisa-se, a

9 tarifação varia de acordo com o país visitado. Esta medida visa garantir que a contratante obtenha melhor preço dependendo da promoção da operadora internacional visitada. Neste contexto, considerada a pretensão administrativa em relação à prestação dos serviços em roaming internacional, deve ser incluída na planilha além dos países em que o serviço deverá ser prestado, a cotação do tráfego internacional em reais, adicionalmente aos demais itens lá indicados. Resposta: A administração entende que o disposto no edital já satisfaz as necessidades para elaboração das propostas comerciais, conforme os editais anteriores. 5) NECESSIDADE DE COTAÇÃO DE SERVIÇO GESTÃO EM PLANILHA DE PREÇOS. IMPOSSIBILIDADE DE NOMEAÇÃO DE VÁRIOS GESTORES PARA UM MESMO CONTRATO. Verifica-se que o edital dispõe acerca do bloqueio e desbloqueio de serviços, sendo previsto no item 7.7 do Anexo I Termo de Referência: A Contratada deverá disponibilizar aos gestores dos Órgãos Participantes a possibilidade de bloqueio e desbloqueio de quaisquer serviços disponibilizados via SMP licitados, inclusive realização e recebimento de chamadas de Longa Distância Nacional e Internacional, por meio dos seguintes canais de atendimento. Ante a tal disposição, esclarece-se que visando atender aos interesses da Administração é disponibilizado o serviço gestão, que permite que os bloqueios e desbloqueios almejados em edital sejam realizados. Destaca-se que o serviço de gestão para bloqueio ou desbloqueio deve ser realizado exclusivamente pela contratante, sem qualquer responsabilidade da contratada. Deste modo, para que os referidos bloqueios e desbloqueios possam ser atendidos, é necessária a contratação do serviço de gestão, o qual deve ser tarifado e incluído nas planilhas de formação de preços além dos itens cotados.

10 Evidente que tal tipo de serviço possui um custo específico para a operadora, devendo ser previsto o seu valor, não sendo admissível que seja agregado à oferta de valores pelos demais serviços já elencados. Caso contrário, o valor do serviço telefônico propriamente dito ficaria muito mais dispendioso, dado que teria de ser acoplado o montante de tal serviço no valor do minuto do acesso telefônico, situação esta que atuaria em desacordo com o princípio da obtenção da proposta mais vantajosa. Além disso, é evidente que o bloqueio não pode traduzir-se em autorização para utilização indiscriminada dos serviços eventualmente não bloqueados, sem a remuneração respectiva, uma vez que tal situação ofenderia princípios como a moralidade administrativa ou a proteção à confiança. A contratada deve fornecer o serviço Gestão para que a contratante exerça o controle dos serviços, mas, em caso de má configuração ou uso consciente de serviços bloqueados, sejam eles quais forem, a contratante deve arcar com os custos. No que tange especificamente a pretensão de o bloqueio e desbloqueio dos serviços ser efetivado por diversos gestores, registra-se que é impossível a nomeação de vários gestores para uma mesma conta (contrato). Ora, o procedimento usual é de nomeação de somente um gestor para cada contrato, ou seja, um gestor por CNPJ, de modo a evitar fraudes na contratação. Deste modo, deve-se adaptar o edital neste aspecto, mensurandose um valor específico para o serviço gestão para possível bloqueio e desbloqueio dos serviços disponibilizados pela contratada bem como a retirada da previsão de disponibilização de mais de um gestor para a conta, adequando-se aos serviços usualmente prestados pelas operadoras. Resposta: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto em Edital. Lembramos que nas últimas licitações o item de gestão não foi especificado separadamente.

11 6) ESCLARECIMENTO QUANTO À VELOCIDADE DO ACESSO À INTERNET. Apesar de o edital corretamente ter determinado velocidade nominais para os acessos, tem-se que os itens 4.2.1, 4.2.2, 4.3.1, 5.7.2, e subitem 13 do item 8.4 do Anexo I Termo de Referência determinam velocidade nominal de 384 Kbps para tecnologia EDGE, situação esta que não pode prosperar. Devido a características da própria tecnologia móvel GSM, a velocidade nominal para EDGE é de 128 Kbps, sendo, portanto, necessário alterar tal questão no edital para permitir a participação das empresas no certame. Resposta: O edital será retificado com a velocidade de 128 Kbps para a tecnologia EDGE. 7) ÍNDICE DE LIQUIDEZ SOLICITADO NO ATO CONVOCATÓRIO INCOMPATÍVEL COM A AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE ECONÔMICO- FINANCEIRO DO POTENCIAL LICITANTE. RESTRIÇÃO DA COMPETITIVIDADE. O item do edital prevê que a comprovação de boa situação financeira da empresa será baseada na obtenção de índices de Liquidez Geral (LG), Solvência Geral (SG), Liquidez Corrente (LC) maiores ou iguais a um (> = 1), resultantes da aplicação das fórmulas: LG = ATIVO CIRCULANTE + REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL A LONGO PRAZO SG = ATIVO TOTAL PASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL A LONGO PRAZO LC = ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE Os índices financeiros apontados, contudo, são restritivos da competitividade, à medida que trazem a necessidade de que o potencial licitante tenha o mínimo em relação a todos os índices lá indicados, que são desproporcionais ao limite desejável e inadequados para avaliar a boa situação financeira.

12 Neste sentido, deve-se ressaltar que a fase de habilitação consiste na averiguação da capacidade de uma interessada participar da licitação, com o foco no potencial cumprimento do contrato dela subsequente. O professor MARÇAL JUSTEN FILHO, com muita clareza, expõe o que denomina de condições do direito de licitar, direito este que é outorgado àquele que preenche os requisitos para participar da licitação. O direito de licitar, ainda que abstrato, não é absoluto. É um direito condicionado, também na acepção definida pela doutrina processualista. O direito de licitar se subordina ao preenchimento de certas exigências, previstas na lei e no ato convocatório. Essas exigências se referem quer à pessoa do licitante quer à proposta por ele formulada. A Lei e o ato convocatório estabelecem certos requisitos como indispensáveis para a disputa. A esses requisitos podemos denominar de condições do direito de licitar. 1 E mais à frente: Na acepção de fase procedimental, a habilitação consiste no conjunto de atos orientados a apurar a idoneidade e a capacitação de um sujeito para contratar com a Administração Pública. 2 (Grifos de nossa autoria). A própria Constituição, no artigo 37, inciso XXI, já estabelece expressamente que o processo de licitação pública (...) somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 3 (Grifos de nossa autoria). Neste contexto, já por determinação constitucional, os requisitos de habilitação devem se reduzir ao mínimo possível, assim entendido como apenas o necessário para se presumir a idoneidade e a capacidade do licitante para assumir e executar o futuro contrato. 1 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 8.ª ed. 1.ª reimpressão. São Paulo: Dialética, p JUSTEN FILHO, Marçal. Op. Cit. p Artigo 37 XXI ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

13 De fato, o essencial para as exigências de habilitação é verificar se a empresa possui condição suficiente para cumprir o contrato, com a análise da sua capacidade verificada concretamente em face dos documentos apresentados. E, neste contexto, não restam dúvidas de que o excesso rigor na qualificação econômico-financeira opera contra este objetivo de ampliação da competitividade. Como é do conhecimento público, nos últimos anos as empresas operadoras de telecomunicações empenharam esforços para atingir as metas estabelecidas pela ANATEL, exigindo elevados investimentos em suas plantas. Assim, a não comprovação de índices de liquidez superior a 1,00 (um) por empresas do segmento de telecomunicações é plenamente compreensível, não se caracterizando de forma alguma incapacidade financeira. Note-se que o patrimônio líquido destas empresas gira acima de R$ ,00 (quarenta milhões de reais), representando por si só uma demonstração da capacidade financeira, suficiente para honrar os compromissos relativos a eventuais contratos a serem firmados com a Administração Pública. Nesse entendimento, a existência eventual de índice financeiro menor que 01 (um) é insuficiente para avaliar a real saúde financeira das empresas. Há necessidade de avaliar outros fatores para que não haja prejuízo na escolha de fornecedores e na redução da participação de empresas em processos licitatórios, processos estes que efetivamente contribuem para a obtenção de melhores propostas pelos órgãos públicos. Tal premissa de competitividade é extremamente salutar para os referidos processos licitatórios e tem amplo amparo nos princípios extraídos da Lei Federal 8666/1993. Para que não haja esse equívoco, o Governo Federal se utiliza de análises alternativas para avaliar as empresas que se cadastram no Sistema de Cadastramento Unificado de Serviços Gerais SICAF -, conforme procedimento estabelecido através da Instrução Normativa MARE GM N.º 5, de 21/07/95, notadamente no subitem 7.2 (a respeito de exigência de índices financeiros):

14 7.2 As empresas que apresentarem resultado igual ou menor que 01 (um) em qualquer dos índices referidos no inciso V, quando de sua habilitação deverão comprovar, considerados os riscos para administração e, a critério da autoridade competente, o capital mínimo ou patrimônio líquido mínimo, na forma dos parágrafos 2º e 3º do art. 31 da Lei 8.666, como exigência imprescindível para sua classificação, podendo ainda ser solicitada prestação de garantia na forma do parágrafo 1 do art. 56, do mesmo diploma legal para fins de contratação.(grifos de nossa autoria) Resta claro, portanto, que todas as demais documentações encontram-se de acordo com o solicitado, cumprindo fielmente as exigências contidas no artigo 31 da Lei 8.666/93, exigências estas que são primordiais e suficientes para verificação da real qualificação econômico-financeira das empresas participantes do certame. Desta forma, esta empresa requer que seja alterado o edital, admitindo-se que a prova de capital social mínimo de 10% (dez por cento) do valor da licitação (com fulcro no parágrafo 3º do artigo 31 da Lei 8.666/1993) constitua exigência suficiente para comprovar a situação econômicofinanceira da licitante e, cumprindo, assim, plenamente os ditames legais. Diante da impugnação ora apresentada, requer-se que o índice de liquidez exigido no edital seja alterado de maior ou igual a 1,00 (um) para maior ou igual a 0,6 (zero vírgula seis), bastando no caso em tela a comprovação do Patrimônio Líquido Mínimo c/c com o índice de liquidez geral maior ou igual a 0,6 (zero vírgula seis). Caso o edital não seja alterado o ato convocatório quanto às exigências exageradas de qualificação econômico-financeira, haveria direta restrição da competitividade, com ferimento expresso ao artigo 3.º, 1.º, inciso I da lei 8666/93: Art. 3 o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional, e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 1 o É vedado aos agentes públicos:

15 I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos 5 o a 12 deste artigo e no art. 3 o da Lei n o 8.248, de 23 de outubro de (Redação dada pela Lei 12349/2010). (grifos de nossa autoria) E, neste contexto, a licitação, caso não seja alterado o edital, ficaria maculada por tal restrição à competitividade, que constitui requisito essencial para a validade do procedimento licitatório, conforme amplamente demonstrado. Resposta: Observadas e analisadas as colocações, a Administração irá retificar o Edital para correção dos critérios estabelecidos para qualificação econômicofinanceira a ser atendida pelas empresas participantes do certame com finalidade de aumentar a competitividade e almejar melhores preços para a Administração Pública Estadual. Caso a empresa vencedora não tenha índices maiores ou igual a 1,00, poderá demonstrar capital social ou patrimônio líquido equivalente a no mínimo 10% do valor estimado da contratação, ou seja, do valor final após sessão de lances. 8) ESCLARECIMENTO QUANTO AO BLOQUEIO DE SERVIÇOS E LIGAÇÔES. O item 6.4 do Anexo I Termo de Referência estabelece como obrigação da contratada o seguinte: Todos os serviços não licitados neste certame devem ser bloqueados para todos os acessos (quaisquer serviços prestados por operadoras que gerem despesas, a exemplo de 0400, 0900, 0300 e serviços especiais como 102, 130, 134, 145 e outros similares). Ademais, o item 7.8. do referido Anexo, ainda referente ao bloqueio de serviços e ligações, preconiza: O sistema da Contratada deve possibilitar sem ônus para a Contratante, os bloqueios individualizados, por linha de cada perfil de acesso, para os serviços não licitados. Caso haja cobranças indevidas por deficiência no sistema de bloqueio, estas deverão ser de responsabilidade exclusiva da Contratada. As linhas devem ser disponibilizadas para a Contratante, com os bloqueios citados, já ativados.

16 Inicialmente, é fundamental esclarecer que nem todos os serviços elencados tampouco disponíveis à Administração e que gerem algum custo podem ser atualmente e de imediato bloqueados por qualquer operadora de celular. De toda forma, para que o referido serviço de bloqueio possa ser atendido, é necessária a contratação do serviço de gestão, o qual deve ser tarifado e incluído na planilha de formação de preços além dos itens cotados (tal como já indicado anteriormente nesta peça). Todavia, conforme visto no item anterior desta peça, o serviço de gestão para bloqueio deve ser realizado exclusivamente pela contratante, sem qualquer responsabilidade da contratada. Assim sendo, fica a critério do órgão sempre a responsabilidade de fazer ou não o bloqueio das ligações, de tal sorte que isente a contratada da gestão dos acessos da contratante. Ademais, caso os aparelhos não tiverem sido bloqueados pela contratante, esta deve arcar com todos os custos das eventuais ligações realizadas. Por fim, cumpre destacar, ainda, que a responsabilidade pela definição daqueles que terão acesso ou não à utilização plena de todos os serviços contratados e/ou disponibilizados pela contratada é exclusiva da contratante. Desta maneira, é de responsabilidade da contratante configurar o serviço gestão de modo individualizado para cada acesso bem como informar quem deve ou não utilizar os serviços e solicitar os devidos bloqueios via serviço gestão ou Consultoria de Relacionamento. Resposta: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto em Edital. Lembramos que o item já faz parte de contratos e Editais anteriores. 9) IMPOSSIBILIDADE DA ESCOLHA DA MARCA/MODELO, AINDA QUE POSTERIORMENTE, POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 7., 5. DA LEI 8666/1993.

17 O item 8.1 do Anexo I Termo de Referência exige a disponibilização, pela contratada, de diferentes modelos/marcas de equipamentos para escolha pelo contratante, com base nas especificações exigidas nos itens 8.3 e 8.4 do Anexo I. Todavia, não pode ser admitida a escolha, pela Administração, do aparelho a ser cotado. A oferta, sem definição de marca/modelo, deve ser feita pelo licitante dentre os aparelhos com especificações mínimas descritas no edital, sendo totalmente ilícito que a escolha do aparelho seja realizada pela Administração a seu exclusivo critério. Exatamente por integrar a proposta, basta à Administração oferecer as especificações mínimas exigíveis para, a partir desta descrição, analisar as ofertas realizadas pela licitante, não sendo legítimo outorgar a escolha de marca/modelo pela Administração, de forma unilateral, sob pena de violação direta ao artigo 7., 5. da lei 8666/1993: Artigo 7.º (...) 5 o É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto e discriminado no ato convocatório. (grifos de nossa autoria) Neste contexto, não importa se a escolha da marca/modelo é anterior ou posterior à licitação. Em quaisquer destas situações, há flagrante violação ao dispositivo que, em regra, veda a escolha de marca pela Administração Pública para cumprimento da necessidade administrativa. De fato, pouco importa que tal escolha se dê após a licitação, dado que tal situação apenas protrairia a intenção (já existente quando da fase interna da licitação) de definir e escolher uma marca/modelo. Desta forma, deve ser afastada a fórmula do edital no que se refere à unilateralidade da escolha posterior de quais aparelhos seriam exigíveis pela Administração, adotando apenas a previsão de especificações mínimas dos aparelhos a serem cotados.

18 Destaca-se que a perpetuidade da exigência de disponibilização de diversos aparelhos com as especificações previstas inclusive no item 8.4 do Anexo I é incabível, insurgindo à disponibilização de aparelhos de alto custo para atendimento ao almejado. Assim sendo, caso por eventualidade realmente seja de interesse do contratante a disponibilização de diferentes equipamentos de cada tipo, requer-se que as especificações dos aparelhos sejam flexibilizadas, com a retificação da exigência de duração da bateria em standby de 200h para 120h possibilitando que as empresas encontrem opções válidas e que atendam às reais necessidades da Administração, garantindo a competitividade no certame bem como a economicidade no processo. Resposta: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto em Edital. Esse item é justificado com finalidade de garantir que a Administração tenha acesso a aparelhos que venham a atender a requisitos de usabilidade dos usuários. Deverão ser ofertados, no mínimo, mais uma opção por aparelhos de Voz e de Voz e Dados, de acordo com as características especificadas no Edital. Vale ressaltar que a CONTRATANTE fará a opção por um determinado modelo no momento da contratação. Existem diversos modelos no mercado que atendem às especificações dispostas no Anexo I Termo de Referência, do presente Edital. 10) AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA CONTRATADA PELA ASSISTÊNCIA TÉCNICA AOS EQUIPAMENTOS. Em relação aos aparelhos, é estabelecida a responsabilidade da operadora pela assistência técnica dos aparelhos utilizados na prestação do serviço, com sua substituição (itens 15.4, do edital, bem como itens e 18.4 do Anexo I Termo de Referência, alínea y da Cláusula Terceira e item do Anexo V Minuta do Contrato). Inicialmente, cumpre esclarecer que a exigência de substituição de aparelhos mostra-se desnecessária, em face da obrigatoriedade de

19 manutenção de 5% (cinco por cento) do total dos equipamentos entregues aos órgãos, a título de backup, conforme exige o item 16.7 do edital, item 15.7 do Anexo I Termo de Referência e item 15.7 do Anexo V. Ora, se os aparelhos substitutos já são fornecidos antecipadamente, não se justifica a exigência de substituição imediata, nos moldes acima referidos. Além disso, tal situação atua em descompasso com o regime de prestação do serviço, considerando que o equipamento é apenas e tão somente meio para que possa se efetivar o serviço de telefonia ou internet móvel, objeto este cujo funcionamento regular é de responsabilidade direta do fabricante. Assim, nos termos do artigo 12 do Código de Defesa do Consumidor (Lei Federal n.º 8078/1990), quem responde pelos problemas inerentes ao objeto é o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador. Neste sentido, é incorreta a previsão editalícia que, de imediato, tenta compelir a operadora a resolver problema não diretamente relacionado aos serviços de telefonia e de internet propriamente ditos. De fato, o material é apenas meio para o exercício do serviço de telefonia celular e transmissão de dados, sendo a fabricação realizada por outras empresas diferentes da prestadora dos serviços em referência. Assim, em caso de defeito, a ritualística correta é o envio do equipamento, exclusivamente pelo contratante, para a assistência técnica do fabricante detectar eventual problema, bem como realizar um laudo técnico. A partir desta informação, verificar-se-á qual a origem do problema, sendo, somente após tal análise prévia, determinado se seria ou não responsabilidade da operadora a troca do aparelho. O prazo de troca pela operadora é comumente realizado em até 7 (sete) dias do recebimento do equipamento. Após esse prazo a garantia será fornecida pelo fabricante, mediante laudo da assistência técnica. Destarte, é fundamental mencionar que a garantia do equipamento, concedida pela Assistência Técnica do fabricante não abrange os defeitos

20 ocasionados pela utilização incorreta dos objetos tampouco pelas quebras no equipamento. Neste contexto, não é possível imputar à operadora a obrigação de iniciativa da substituição imediata ou manutenção dos objetos, dado que a responsabilidade relativa a tal conserto é exclusivamente do fabricante do mesmo, conforme exposto nestas razões, devendo ser alterado o edital neste aspecto. Resposta: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto em Edital. Esclarecemos que a descrição referente aos itens do edital, bem como itens do Anexo I e do Anexo V se referem à obrigação do Comodatário, ou seja, dos contratantes que recebem os aparelhos. Referente aos itens 15.4 do edital e 18.4 do Anexo I esclarecemos que tal previsão visa a admissão a subcontratação de profissionais para previsão de serviços de assistência técnica, não sendo uma obrigação da contratada, e sim uma possibilidade admitida. 11) ESCLARECIMENTO QUANTO AO VALOR DO APARELHO REPOSTO. VALOR DA NOTA FISCAL. Quanto à responsabilidade nos casos de perda, roubo ou furto de aparelhos, os itens 8.8 e 8.9 do Anexo I Termo de Referência dispõem o seguinte: 8.8. Nos casos de perda, roubo ou furto dos aparelhos a responsabilidade pela reposição é da Contratante Nos casos mencionados no item anterior o valor do aparelho deverá ser estabelecido com base no preço de mercado, confrontado com pelo menos mais 2 (dois) orçamentos e previamente aprovado pelo gestor do contrato do Contratante. Todavia, deve ser alterada a fórmula apresentada pelo referido item para prever o ressarcimento no valor inscrito na nota fiscal que acompanhou o aparelho.

21 Veja-se que a hipótese é de responsabilidade decorrente do dever de guarda e conservação, imposto pela própria natureza do instituto do comodato. Assim, o valor a ser reembolsado deve ser o valor real do aparelho, representando o prejuízo sofrido pela Contratada com a perda ou pelo dano ocorridos aos equipamentos quando em posse e sob a guarda da Contratante. Desta forma, a reparação não pode ser condicionada a variações do mercado (que podem inclusive majorar o preço do aparelho), mas devem ocorrer no exato valor do prejuízo sofrido pela proprietária do aparelho. Este valor é aquele constante da nota fiscal do aparelho. Destarte, requer-se a alteração do edital no que se refere à reposição dos aparelhos nas hipóteses de perda, furto ou roubo. Resposta: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto em Edital, conforme práticas anteriores adotadas no certames para contratação do objeto licitado. 12) ESCLARECIMENTO QUANTO A EXIGÊNCIA DE ALTERAÇÃO DA CONFIGURAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS. O item 8.10 do Anexo I Termo de Referência estabelece como obrigação da contratada, o prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, após a solicitação do Gestor do Contrato, para alterações de configuração dos equipamentos através de serviço de suporte relacionado no item Inicialmente, cumpre informar que não ficaram claras quais as eventuais configurações dos equipamentos poderão sofrer alterações que necessitarão da atuação da contratada. De toda forma, independente do que se trata tal configuração, é fundamental esclarecer que não é da ingerência da empresa contratada o funcionamento dos aparelhos tal pouco quaisquer alterações de suas configurações. Destarte, conforme já dito anteriormente, o aparelho é apenas e tão-somente meio para que possa se efetivar o serviço de telefonia,

22 aparelho este cujo funcionamento regular é de responsabilidade direta do fabricante. Assim sendo, eventual configuração necessária no equipamento por parte da empresa contratada deve ser relacionada tão somente a possibilitar a efetiva prestação do serviço. Deste modo, deve ser esclarecido o que se refere a alteração da configuração do equipamento mencionada no item 8.10 supracitado, evitando, assim, o ensejo indevido de penalidades à contratada. Resposta: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto em Edital. Salientamos que as configurações são previstas para vias de possibilitar a efetiva prestação do serviço. 13) DISPONIBILIDADE MENSAL E FORNECIMENTO DE RELATÓRIOS GERENCIAIS. O edital faz uso de recurso não diretamente ligado à prestação do Serviço Móvel Pessoal, determinando a garantia de disponibilidade mensal de 97% (noventa e sete por cento) para cada uma das linhas fornecidas à Contratante (item 1.4 do Anexo I Termo de Referência e item 11.4 do Anexo V Minuta do Contrato). A fórmula adotada é geralmente utilizada na contratação de serviços prestados por meio de tecnologias não condicionadas a fatores como a localização do equipamento e a mobilidade do usuário, as condições meteorológicas, dentre outros, que impossibilitam uma garantia precisa. Destarte, os serviços ora licitados não se confundem com a telefonia fixa ou a internet fixa, de modo que as suas especificações não podem ser as mesmas, ou utilizadas indistintamente. É por tal motivo que a ANATEL se vale de análises estatísticas da prestação do SMP e não de disponibilidades aferidas caso a caso, em cada linha. Isto é o que se infere do Plano Geral de Metas de Qualidade para o Serviço Móvel

23 Pessoal PGMQ-SMP, anexo à Resolução nº 317/2002 da ANATEL, por exemplo. Como se verifica, a exigência de garantia de disponibilidade não é especificação usual praticada no mercado de telefonia celular e de internet móvel, como determinam o parágrafo único do art. 1º da Lei 10520/2002 e o 1º do art. 3º do Decreto 44786/2008. Por não se tratar de especificação usual praticada no mercado, as operadoras também não podem atender à obrigação de fornecimento de relatórios gerenciais de indisponibilidade das linhas, conforme previsto nos itens 11.2, 12 e seguintes do Termo de Referência e na cláusula décima primeira da Minuta do Contrato. Ademais, tem-se que a fiscalização da execução do contrato constitui cláusula exorbitante que confere uma prerrogativa à Administração e subsidia eventual aplicação de sanção. Tal atividade não pode ser delegada à Contratada, inclusive por respeito ao interesse público na regular execução do contrato. Assim, cabe exclusivamente à Administração exercer a fiscalização do contrato (art. 58, inciso III da Lei 8666/1993) e, verificando a ocorrência de quaisquer falhas, tomar as medidas cabíveis, conforme a legislação e o termo contratual. A seu turno, cabe à Contratada prestar as informações de que dispuser, caso seja instada a tanto. Veja-se, neste sentido, o disposto no art. 67, caput e 1 o Licitações e Contratos: da Lei de Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. 1 o O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados. (grifamos) Os níveis de serviço exigidos, portanto, não podem ser exagerados, ultrapassando aqueles fixados pelo órgão regulador, que detém competência

24 legal e especialização técnica para tanto, bem como não podem ser adaptados a partir de serviços tecnicamente diversos dos ora licitados. Pelos mesmos motivos, a exigência de relatórios gerenciais é inadequada e exagerada, devendo ser retirada, uma vez que a operadora atende as exigências da Anatel e, caso a contratante entenda necessária informações adicionais acerca da rede da operadora contratada, deve solicitar, direta e unicamente à Anatel, tais informações. Resposta: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto no Edital. Esclarecemos que tais relatórios visam demonstrar o nível de indisponibilidade das linhas para fins de mensuração da efetividade e qualidade dos serviços. Além disso, já foram previstos em editais passados, como o Edital n 003A/2012. Então, neste caso, entendemos que poderão ser fornecidos um relatório pela Central de atendimento quanto ao registro do chamado e outro pelo setor de rede (ERB) demonstrando a condição e qualidade de uso da cobertura dentro do período reclamado. 14) PRAZO EXÍGUO PARA ENTREGA DOS EQUIPAMENTOS, PORTABILIDADE E INÍCIO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS. O item 16.2 do edital prevê o prazo de 20 (vinte) dias corridos, a partir da solicitação da contratante, para entrega dos equipamentos pela contratada. Todavia, tal prazo é absolutamente INSUFICIENTE para que os objetos sejam fornecidos por qualquer operadora, bem como para a portabilidade dos números e consequente início da prestação dos serviços. A exiguidade do prazo pode ser verificada pelo simples fato de que a entrega dos objetos - ainda que em disponibilidade imediata - depende de um prazo razoável para cumprimento dos rituais internos da operadora, tais como: solicitação junto ao fornecedor, expedição da ordem de entrega, verificação do estoque, emissão da nota fiscal do produto, frente, dentre outros. Ressalta-se que os equipamentos não são produzidos pela operadora, sendo obtidos junto aos respectivos fabricantes e, ainda que haja uma compra constante, sempre há sujeição a questões mercadológicas que não

25 permitem seja assumido o compromisso de entrega no exíguo prazo indicado no edital. Lado outro, é importante ressaltar que a portabilidade numérica depende não apenas da atuação positiva da operadora que vai receber o número, mas também de ato da entidade cedente, de modo que o cumprimento do prazo indicado depende também de um terceiro que não vai integrar a relação jurídica do contrato administrativo. Deste modo, é importante ressaltar (e ressalvar na obrigação contratual) que o cumprimento de tal prazo depende no que se refere aos números objeto de portabilidade numérica, de uma atuação da entidade cedente, cuja eventual mora pode comprometer o cumprimento regular deste prazo previsto no edital. O edital, portanto, deve mitigar a obrigação quanto ao prazo, afastando a responsabilidade da operadora cessionária na hipótese de que a mora para executar a portabilidade ocorra por problemas imputados à operadora cedente. Neste contexto, o prazo de 20 (vinte) dias corridos é exageradamente curto para entrega dos equipamentos, portabilidade e início da prestação dos serviços. Assim, o prejuízo para a Administração Pública em se manter este curto prazo de fornecimento de materiais, portabilidade e início da prestação de serviços é imenso, dado que inviabilizaria a participação das concorrentes, em função de não ser possível cumprir o lapso de tempo indicado no edital. Sob outro prisma, o aumento deste prazo não acarretará qualquer ônus à Administração Pública, sugerindo-se o prazo de no mínimo 30 (trinta) dias corridos, suficiente para suprir a necessidade administrativa e adequada à possibilidade de cumprimento por parte da futura contratada. Vale ressaltar que o não cumprimento do prazo de entrega dos aparelhos, portabilidade e início da prestação dos serviços induz a aplicação das penalidades contratuais, situação esta que determinaria a opção da operadora por

26 sequer participar da licitação, com restrição da competitividade em função deste fato. Tal restrição à competitividade é absolutamente ilegal, com ferimento direto ao artigo 3.º, 1.º, inciso I da lei 8666/93 já transcrito nesta impugnação. Resposta: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto em Edital. Referente ao não cumprimento dos prazos pela contratada, as situações serão avaliadas pelo órgão gerenciador da Ata de Registro de Preços, desde que devidamente justificadas como fatores externo, casos fortuitos ou de força maior. 15) PRAZO EXÍGUO PARA CORREÇÃO EM CASO DE INTERRUPÇÃO NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS. No mesmo sentido do exposto acima, veja-se que o item 11.7 do Anexo I - Termo de Referência e o item 11.7 do Anexo V - Minuta do Contrato impõem um prazo de recuperação do serviço em até 4 (quatro) horas, o que é INSUFICIENTE para correção em caso de interrupção na prestação dos serviços, especialmente pelo fato de que a complexidade da questão pode exigir um prazo maior para que a questão seja solucionada. Ressalta-se que somente é possível estabelecer-se o compromisso de que seja tomada ciência do problema com rapidez, mas não de que a solução possa ser dada nestas 4 (quatro) horas, sem verificação da complexidade do problema eventualmente detectado. O prejuízo para a Administração na manutenção desse curto prazo para solução em caso de interrupção é imenso, dado que inviabilizaria a participação das concorrentes, em função de não ser possível cumprir o lapso de tempo indicado no edital. Deve-se, neste contexto, levar em consideração os prazos determinados pela Agência Reguladora, tomando-se como referência os prazos

27 do art. 16 do Plano Geral de Metas de Qualidade para o Serviço Móvel Pessoal PGMQ-SMP, anexo à Resolução nº 317/2002 da ANATEL: Art. 16. As Falhas/Defeitos devem ser recuperados em até 24 (vinte e quatro) horas em 95% (noventa e cinco por cento) dos casos. 1º Em nenhum caso a recuperação das Falhas/Defeitos deve ocorrer em mais de 48 (quarenta e oito) horas. Vale ressaltar que tais prazos referem-se a metas de qualidade e são avaliados estatisticamente (e não caso a caso) pela ANATEL, sendo sugeridos como parâmetro. O não cumprimento do prazo de correção em caso de interrupção dos serviços induz à aplicação das penalidades contratuais, situação esta que determinaria a opção da operadora por sequer participar da licitação, com restrição da competitividade em função deste fato. Tal restrição à competitividade, conforme exposto nesta impugnação, é absolutamente ilegal Resposta: Observadas e analisadas as colocações, a Administração mantém o disposto em Edital. Salientamos que tal previsão já constava em Editais anteriores, como o Edital n 003A/ ) PAGAMENTO EM CONTA BANCÁRIA EM DESACORDO COM A RESOLUÇÃO N.º 477/2007 DA ANATEL. A Cláusula Sétima do Anexo V Minuta do Contrato prevê a possibilidade de pagamento por meio de crédito em conta corrente bancária declarada pelo FORNECEDOR. No mesmo sentido encontra-se o previsto no item 18.1 do edital. Todavia, o pagamento da conta telefônica não pode divergir da norma contida na Resolução n.º 477/2007 da ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) - que aprova o Regulamento do Serviço Móvel Pessoal. Frisa-se que a licitação para serviços de telecomunicações, dentre os quais os de telefonia celular, possuem regência pela ANATEL, cuja normatização vincula o modo e os critérios da prestação do serviço, estando as operadoras adstritas a tal regramento.