Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras Escola Satélite. Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho

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1 Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras Escola Satélite Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho

2 Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras Escola Satélite Aula 17 Combustíveis e inflamáveis

3 Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras Escola Satélite ENGº METALÚRGICO E DE SEGURANÇA DO TRABALHO

4 NR 20 LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS

5 Nivelamento inicial Definição de líquido combustível Definição de líquidos inflamáveis Características de projeto dos tanques para armazenamento de líquidos inflamáveis Distância dos tanques à propriedade

6 Distância dos tanques às vias públicas Gases liquefeitos de petróleo e outros gases inflamáveis Recipientes que armazenam gases liquefeitos ABNT NBR Emprego de cores para identificação das tubulações

7 Mecanismo de Ignição de Misturas AÇÃO (ENCONTRO) CONDIÇÃO 1 (CALOR) EXPLOSÃO EFEITO (FOGO ou EXPLOSAO) FOGO COMBURENTE CONDIÇÃO 2 (PRESENÇA DE COMBURENTE) CONDIÇÃO 3 (PRESENÇA DE GÁS INFLAMÁVEL) FOGO

8 Características Físico-Químicas Importantes Vaporização Uma atmosfera inflamável/explosiva só acontece quando uma substância inflamável está presente no estado gasoso e se mistura com o ar (O 2 ) em proporções adequadas.

9 Características Físico-Químicas Importantes Vaporização Vaporização ocorre pela mudança de estado de agregação das moléculas da superfície do líquido, medido pela constante física denominada pressão de vapor.

10 Vaporização varia com a pressão de vapor e o calor latente de vaporização de cada substância. O padrão é o Éter [(C 2 H 5 ) 2 O]: (C ev éter = 1); Ex.: Acetona (Propanona = C 3 H 6 O): C ev acetona = 2,1

11 Em 1,0 m 25 o C, em 1 min 77g acetona vaporizados Atmosfera explosiva de 2,0 m 3

12 Características Físico-Químicas Importantes Convecção e Difusão A velocidade de vaporização, em ambiente aberto, será maior com a maior capacidade de difusão do vapor no ambiente e do movimento do ar (convecção ou ventilação), independendo assim do equilíbrio entre pressão de vapor do líquido e concentração do seu vapor no ar acima do líquido.

13 Características Físico-Químicas Importantes Convecção: movimento do ar resultante da existência de pressão diferencial, ou diferença de temperatura, promovendo mistura de gases e vapores;

14 Características Físico-Químicas Importantes Difusão: propriedade de gases e vapores de se misturar devido ao movimento intrínseco de suas moléculas;

15 Características Físico-Químicas Importantes Densidade Relativa do Vapor Usando o ar como padrão (d ar = 1), poucos gases apresentarão densidade relativa menor que 1,0 - (d < 1,0). Ex.: Hidrogênio (H 2 ); Metano (CH 4 ), Amônia (NH 3 ), Eteno (C 2 H 4 ), Acetileno (C 2 H 2 ), etc.

16 Características Físico-Químicas Importantes Densidade Relativa do Vapor A maioria de gases e vapores inflamáveis tem densidade relativa maior do que a do ar (d > 1,0);

17 Características Físico-Químicas Importantes Densidade Relativa do Vapor Gases e vapores inflamáveis pesados, em local fechado (sem grande convecção e ventilação), ocupam as partes inferiores do ambiente, espalhando-se por grandes distâncias atendem mais ao processo de difusão;

18 Características Físico-Químicas Importantes Densidade Relativa do Vapor Gases mais leves, de alta difusão, promovem rápida mistura com o ar ambiente, minimizando a formação de mistura explosiva. São fortemente suscetíveis à convecção.

19 Ponto de Fulgor (Flash Point) É a menor temperatura na qual um líquido libera vapores em concentração suficiente para formar mistura inflamável com o ar, logo acima de sua superfície, como especificada por teste (condições padronizadas). (NFPA 497, item 3.3.7)

20 Ponto de Fulgor (Flash Point) Dinâmica do processo de vaporização: Tamb = 25 o C Pto. Fulgor (Prod. A) = 15 o C Pto. Fulgor (Prod. B) = 30 o C Liberação de vapores inflamáveis Liberação de vapores inflamáveis

21 Ponto de Fulgor (Flash Point) Teste em laboratório (condições padronizadas): ABNT NBR 7974: Produtos de petróleo - Determinação do ponto de fulgor pelo vaso fechado Tag

22 IDEAL MISTURA Para um gás ou vapor inflamável queimar é necessário que exista, além da fonte de ignição, uma mistura chamada ideal entre o ar atmosférico (oxigênio) e o gás inflamável.

23 Ponto de Fulgor (Flash Point) Já a quantidade de gás inflamável necessária para a queima, varia para cada produto e está dimensionada através de duas constantes (Limites de Inflamabilidade):

24 Ponto de Fulgor (Flash Point) Limite Inferior de Inflamabilidade (ou explosividade) LII Limite Superior de Inflamabilidade (ou explosividade) LSI.

25 LII (Limite Inferior de Inflamabilidade) O LII é a mínima concentração de gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de provocar a combustão do produto, a partir do contato com uma fonte de ignição.

26 LII (Limite Inferior de Inflamabilidade) Concentrações de gás abaixo do LII não são combustíveis, pois, nesta condição, tem-se excesso de oxigênio e pequena quantidade do produto para a queima. Esta condição é chamada de mistura pobre.

27 LSI (Limite Superior de Inflamabilidade) LSI é a máxima concentração de gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de provocar a combustão do produto, a partir do contato com uma fonte de ignição.

28 LSI (Limite Superior de Inflamabilidade) Concentrações de gás acima do LSI não são combustíveis pois, nesta condição, tem-se excesso de produto e pequena quantidade de oxigênio para que a combustão ocorra. É a chamada mistura rica.

29 Ponto de Fulgor (Flash Point) Gases ou vapores inflamáveis só queimam quando seu % (volume) estiver entre os limites (inferior e superior) de inflamabilidade, que é a mistura ideal para a combustão.

30 Ponto de Fulgor (Flash Point) Metano (CH 4 ) Hidrogênio (H 2 ) UEL UEL

31 LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS

32 Líquido combustível A Norma Regulamentadora NR-20 define "líquido combustível" como todo aquele que possua ponto de fulgor acima de 60ºC e menor que 93 ºC. (item da NR 20, Portaria 308, de 29/02/12).

33 Projeto dos tanques para Armazenagem de Líquidos Combustíveis Os tanques de armazenagem de líquidos combustíveis serão construídos de aço ou de concreto, a menos que a característica do líquido requeira material especial, segundo normas técnicas oficiais vigentes no País.

34 Projeto dos tanques para Armazenagem de Líquidos Combustíveis Todos os tanques de armazenamento de líquidos combustíveis, de superfície ou equipados com respiradouros de emergência.

35 Projeto dos tanques para Armazenagem de Líquidos Combustíveis Todos os tanques de superfície deverão ter dispositivos que liberem pressões internas excessivas, causadas pela exposição à fonte de calor.

36 Líquidos Inflamáveis

37 Líquidos Inflamáveis Para efeito da NR-20, fica definido como líquido inflamável todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou inferior a 60ºC.

38 Líquidos Inflamáveis / Combustíveis FISPQ / MSDS Folhas de informações sobre produtos químicos podem ser acessadas através do site:

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44 NORMAS DE PROJETO

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48 FASES DA OBRA DE CONSTRUÇÃO DE TANQUES

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57 Projeto dos tanques para Armazenagem de Líquidos Inflamáveis Todos os tanques de superfície usados para armazenamento de líquidos inflamáveis ou equipados com respiradouros de emergência.

58 Líquidos Inflamáveis Os tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis deverão ser equipados com respiradouros de pressão e vácuo ou corta-chamas.

59 Líquidos Inflamáveis Todos os tanques de superfície deverão ter dispositivos que liberem pressões internas excessivas, causadas pela exposição à fonte de calor.

60 Líquidos Inflamáveis Todos os tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis deverão ser aterrados segundo recomendações da Norma Regulamentadora NR 10.

61 Líquidos Inflamáveis Para efetuar-se o transvasamento de líquidos inflamáveis de um tanque para outro, ou entre um tanque e um carro-tanque, obrigatoriamente os dois deverão estar aterrados ou ligados ao mesmo potencial elétrico.

62 Líquidos Inflamáveis As salas de armazenamento interno deverão ter instalação elétrica apropriada à prova de explosão, conforme recomendações da Norma Regulamentadora - NR 10;

63 Líquidos Inflamáveis As salas de armazenamento interno deverão ser ventilada, de preferência com ventilação natural.

64 Líquidos Inflamáveis As salas de armazenamento interno deverão: ter sistema de combate a incêndio com extintores apropriados, próximo à porta de acesso; nas portas de acesso, deverá estar escrito de forma bem visível "Inflamável" e "Não Fume".

65 Projeto de tanques para Líquidos Inflamáveis Nos locais de descarga de líquidos inflamáveis, deverá existir fio terra apropriado, conforme recomendações da NR 10, para se descarregar a energia estática dos carros transportadores, antes de efetuar a descarga do líquido inflamável.

66 Projeto de tanques para Líquidos Inflamáveis A descarga deve se efetuar com o carro transportador ligado à terra. Todo equipamento elétrico para manusear líquidos inflamáveis deverá ser especial, à prova de explosão, conforme recomendações da NR 10.

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71 GLP Fica definido como Gás Liquefeito de Petróleo - GLP o produto constituído, predominantemente, pelo hidrocarboneto propano, propeno, butano e buteno.

72 Projeto de Recipientes de GLP ABNT NBR 11707:1997 Recipiente transportável para gás liquefeito de petróleo (GLP) - Bujões

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74 Projeto de Recipientes de GLP Cada recipiente de armazenagem de GLP deverá ter uma placa metálica, que deverá ficar visível depois de instalada, com os seguintes dados escritos de modo indelével:

75 Dados na placa do recipiente de GLP a) indicação da norma/código de construção; b) marcas exigidas pela norma/código; c) indicação no caso afirmativo, se o recipiente foi construído para instalação subterrânea; d) identificação do fabricante; e) capacidade do recipiente em litros;

76 Dados na placa do recipiente de GLP (continuação): f) pressão de trabalho; g) identificação da tensão de vapor a 38ºC que seja admitida para os produtos a serem armazenados no recipiente; h) identificação área da superfície externa (m²)

77 Projeto de Recipientes de GLP Todas as válvulas diretamente conectadas no recipiente de armazenagem deverão ter uma pressão de trabalho mínima de 18 Kgf/cm².

78 Projeto de Recipientes de GLP Todas as ligações ao recipiente, com exceção das destinadas às válvulas de segurança e medidores de nível de líquido, ou as aberturas tamponadas, deverão ter válvula de fechamento rápido próximo ao recipiente.

79 Projeto de Recipientes de GLP As conexões para enchimento, retirada e para utilização do GLP deverão ter válvula de retenção ou válvula de excesso de fluxo.

80 Projeto de Recipientes de GLP Todos os recipientes de armazenagem de GLP serão equipados com válvulas de segurança.

81 Projeto de Arranjo Físico de GLP Deve ser mantido um afastamento mínimo de 6,00 (seis metros) entre recipientes de armazenamento de GLP e qualquer outro recipiente que contenha líquidos inflamáveis.

82 Projeto de Arranjo Físico de GLP O alambrado deve distar no mínimo 3,0 m da edificação de bombas ou compressores, e 1,5 m da tomada descarga. No alambrado, deverão ser colocadas placas com dizeres "Proibido Fumar" e "Inflamável" de forma visível.

83 Projeto de Arranjo Físico de GLP No alambrado, deverão ser colocadas placas com dizeres "Proibido Fumar" e "Inflamável" de forma visível. Deverão ser colocados extintores de incêndio e outros equipamentos de combate a incêndio, quando for o caso, junto ao alambrado.

84 Projeto de Arranjo Físico de GLP Os recipientes transportáveis para armazenamento de GLP serão construídos segundo normas técnicas oficiais vigentes no País.

85 GLP e outros gases inflamáveis Substância Inferior (% vol.) Limites de Inflamabilidade Superior Inferior (% vol.) (g/cm 3 ) Superior (g/cm 3 ) Densidade do Vapor (Ar = 1) Ponto de Fulgor ( o C) Metano CH ,6-223 Benzeno C 6 H 6 1, ,8-11 Éter Etílico (C 2 H 5 ) 2 O 1, ,6-45 Álcool Etílico C 2 H 5 OH 3, ,6 13 Dissulfeto de Carbono CS ,2 Gás Hidrogênio H ,6 3,3 64 0,1 Gás Acetileno C 2 H 2 1, ,9 Gás

86 GLP e outros gases inflamáveis

87 Ex: Projeto de Arranjo Físico de GLP National Fire Protection Association NFPA-30

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89 NFPA-30

90 NBR / Emprego de cores para identificação de tubulações

91 NBR / Emprego de cores para identificação de tubulações

92 Pela Antiga NR-26-Sinalização Segurança Cor Marrom: - O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar qualquer fluído não identificável pelas demais cores. Cor Alumínio: - O alumínio será utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de baixa viscosidade (ex. óleo diesel, gasolina, querosene, óleo lubrificante, etc)

93 Pela Antiga NR-26-Sinalização Segurança Cor Cinza: - Cinza claro - deverá ser usado para identificar canalizações em vácuo. - Cinza escuro - deverá ser usado para identificar eletrodutos. Cor Lilás: O lilás deverá ser usado para indicar canalizações que contenham álcalis. As refinarias de petróleo poderão utilizar o lilás para a identificação de lubrificantes.

94 Pela Antiga NR-26-Sinalização Segurança Cor Vermelha: - tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água; - transporte com equipamentos de combate a incêndio; - portas de saídas de emergência; - rede de água para incêndio (sprinklers); - mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica).

95 Pela Antiga NR-26-Sinalização Segurança Cor Laranja: O laranja deverá ser empregado para identificar: - canalizações contendo ácidos; - partes móveis de máquinas e equipamentos; Cor Preta: - O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, etc.).

96 Pela Antiga NR-26-Sinalização Segurança Cor Verde: O verde é a cor que caracteriza "segurança". Deverá ser empregado para identificar: - canalizações de água; - chuveiros de segurança; - dispositivos de segurança; - mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica).

97 Pela Antiga NR-26-Sinalização Segurança Cor Azul: - O azul será empregado para - canalizações de ar comprimido; Cor Amarela: - Em canalizações, deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos.

98 Pela Nova NR-26 Sinalização de Segurança Portaria SIT n.º 229, de 24 de maio de Cor na segurança do trabalho Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes.

99 Pela Nova NR-26 Sinalização de Segurança Portaria SIT n.º 229, de 24 de maio de Cor na segurança do trabalho As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos, devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais.

100 Pela Nova NR-26 Sinalização de Segurança Portaria SIT n.º 229, de Cor na segurança do trabalho (cont) A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.

101 Norma de Empresa

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103 Norma de Empresa

104 Norma de Empresa

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107 Nova NR-26 Portaria 229, de

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109 NOVA NR 20

110 Núcleo de Pós-Graduação Pitágoras Escola Satélite MUITO OBRIGADO!