Quinta-feira 27/05/2010 N 091/2010

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1 Quinta-feira 27/05/2010 N 091/2010 RECURSOS MINERAIS, HÍDRICOS E GEOLÓGICOS Volume hídrico chega a média de 74% no Estado (Diário do Nordeste/CE) Ao contrário do ano passado, quando o Estado registrou alta pluviometria, neste ano, a reserva hídrica é menor Sobral. Diferente do que aconteceu no ano passado, quando todos os açudes das bacias que compõem o Estado, entre as quais do Coreaú e Acaraú sangraram, este ano, somente alguns reservatórios atingiram sua capacidade máxima. Pelo contrário, muitos até perderam água no período do inverno. É o caso do Açude Ayres de Souza, mais conhecido como Jaibaras. Responsável pelo abastecimento da cidade de Sobral e municípios vizinhos da Zona Norte do Estado do Ceará, o açude até sangrou nos últimos três anos. Este ano, começou o ano com 70% de sua capacidade. Com pouca chuva, o reservatório está agora com menos de 9% de sua capacidade inicial. Atualmente, a média de capacidade de volume d água em todo Estado é de 74%. Mas em cada bacia hidrográfica monitorada pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) há uma oscilação entre uma bacia e outra que varia entre 62% e 84%. Um dos maiores reservatórios da Bacia do Acaraú, o Paulo Sarasate, localizado no Município de Varjota, de acordo com o órgão, está com 633 milhões de metros cúbicos, ou seja, apresenta um acumulado de 70%. Situação semelhante é o do Forquilha, que hoje está com 71% do total, ou seja, 36 milhões de metros cúbico. No ano passado, depois de 13 anos, o Açude Forquilha sangrou. O triste é pensar que as chuvas praticamente acabaram. Apesar de terem sido registradas chuvas, nesses dois últimos dias, em alguns municípios da Zona Norte, e em outras localidades isoladas, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) informa que são precipitações de baixo volume e que não mudam o quadro. "Uma onda de estabilidade se concentrou nesta região, mas deve ir embora hoje", comentou a meteorologista Gláucia Barbieri. Preocupação A situação do Açude Ayres de Souza (Jaibaras), com capacidade para 104 milhões de metros cúbicos, está com 61,8% e começa a preocupar os criadores de peixe, que produzem cerca de mil quilos de pescado por dia.

2 Esses trabalhadores temem que possa acontecer o fim da atividade, caso o reservatório continue secando. Neste mesmo período do ano passado, o Jaibaras estava sangrando com uma lâmina de mais de um metro. Para o assessor da presidência da Cogerh, Yuri Castro de Oliveira, em anos anteriores o quadro de armazenamento de água no Estado era bem pior. "Tirando com base os anos 90, em que o acumulado neste mesmo período era de 35% a 40% em todo o Estado, a situação atual é bem animadora. Afora 2004, 2008 e 2009, em que se registraram bons invernos, a situação era bastante desanimadora". Neste mesmo período, a capacidade hídrica do Ceará em 2009 já superava os 81%. Naquela ocasião o número se aproximou do recorde histórico de 86%, atingido em Alerta Ele faz um alerta com relação aos municípios que dependem de pequenos reservatórios para o abastecimento d água, como é o caso do Município de Itapipoca. "Se a estiagem for longa e atingir os primeiros meses do próximo ano, o município poderá sofrer com a falta do precioso líquido", adverte. Situação semelhante é do Município de Horizonte, que é abastecido pelo Açude Pacoti. Com capacidade para 380 milhões de metros cúbicos, o açude acumula apenas 44% de sua capacidade. Sobre a situação dos grandes reservatórios, ele acrescenta que poderá ficar fora do controle se não chover no Estado nos próximo dois anos. A Bacia do Salgado formada por 14 açudes, e que acumula 69,4%, é crítica no momento. Somente a situação do Açude Manuel Balbino, em Juazeiro do Norte, está com 49,4%, dos 37 milhões que pode armazenar. Um dos maiores reservatórios nesta bacia, o Atalho, apresenta um acúmulo de 81%. O açude tem capacidade de armazenar pouco mais de 108 milhões de metros cúbicos. Monitoramento O maior açude do Ceará e monitorado pela Cogerh é o Castanhão. Situado na Bacia do Médio Jaguaribe, tem capacidade de armazenamento de 6,7 bilhões de metros cúbicos de água. Com uma vazão de 14 mil litros/segundos, este reservatório, situado nas cidade de Nova Jaguaribara e Alto Santo, tem armazenado 72,7% do seu volume. Sobre a possibilidade de continuar chovendo no Estado, Gláucia acrescenta que em outras regiões podem ocorrer precipitações fora deste período, mas nada que possa trazer esperanças sobre melhoria na quadra invernosa, ao contrário do que aconteceu no ano passado, na pós-estação (junho e julho), quando choveu no Ceará acima da média histórica no período. O Estado tem três períodos de chuva: a pré-estação chuvosa (dezembrojaneiro), a estação chuvosa (fevereiro-maio) e a pós-estação chuvosa (junho e julho). Nesta última fase, o principal sistema meteorológico que causa chuva no Ceará são as ondas de leste, que é o mesmo sistema indutor de precipitação na estação chuvosa (maio-agosto) no leste do Nordeste do Brasil. As ondas de leste são aglomerados de nuvens de chuva que se formam na costa da África e se propagam até o litoral leste do Nordeste do Brasil. Quando esse sistema

3 está com atividade convectiva forte e dependendo da direção do vento causa chuva no Ceará, principalmente no leste, faixa litorânea, adjacências e raramente no Sertão Central, Serra da Ibiapaba e Cariri. Em junho de 2009, a chuva acumulada em todo o Estado foi de 80mm. Isso representou aumento de 69,3% sobre a média histórica de 47,2mm. Naquela ocasião, Trairi, no litoral de Pecém, a precipitação do primeiro mês da pósestação foi de 279,4mm - 78% acima da média de 156,5mm. Na Capital, enquanto a média no período é de 100,1mm, foi registrado um acumulado de chuvas de 252,6mm (152,3% a mais). Acumulado 104 milhões de metros cúbicos é a capacidade total do Açude Ayres de Souza, mais conhecido como Jaibaras. Atualmente, está com 61,8% dessa reserva, preocupando os criadores de peixes 36 milhões é a capacidade atual do Açude Forquilha. Isto representa 71% do total da sua reserva. No ano passado, depois de 13 anos, o reservatório sangrou. Este ano, está diferente Mineração paraibana é tema de reunião entre Integração Nacional e PROMIM (Infomine) A representante do Ministério da Integração Nacional e Coordenadora da Mesorregião do Seridó RN/PB, Daniela Nogueira Soares, participou de uma reunião, na Secretaria de Estado de Turismo e Desenvolvimento Econômico (SETDE) com o Comitê Gestor do Programa de Desenvolvimento da Mineração Paraíba (PROMIM) para discutir o fortalecimento da pequena mineração do Seridó paraibano, estruturação da cadeia produtiva da mineração e os projetos apresentados pelo Governo do Estado que visam beneficiar os mineradores. Durante a reunião, ela informou que o convênio n /2009MI/SETDE, que trata do projeto de fortalecimento da pequena mineração do Seridó Paraibano, através da inserção de novas tecnologias na extração e beneficiamento de minérios, no âmbito do APL de pegmatitos e quartzitos, já foi aprovado pelo Ministério e ate o próximo mês deve ter os recursos liberados. Na oportunidade, o secretário Diego Tavares ressaltou que o Governo do Estado tem pressa em resolver qualquer entrave para que os projetos possam ser aprovados e os recursos liberados e justificou que os pequenos produtores paraibanos foram esquecidos e viveram um verdadeiro caos, não apenas pela falta de valorização do seu trabalho, mas principalmente pelas péssimas e arriscadas condições de trabalho. Atualmente a situação mudou e a prova disso são os projetos já aprovados e em tramitação nos Ministérios, que visam capacitação dos garimpeiros para agregar valores ao seu trabalho, antes dependente totalmente do atravessador.

4 A realização de missões técnicas, onde o projeto de cooperação técnica entre o Ministério da Integração Nacional, Governo do Estado da Paraíba, SETDE e SEBRAE permite aos associados a participação em seminários,visitas a centros mais avançados em tecnologia de lapidação das gemas e confecções de jóias e bijuterias Novos projetos O coordenador do PROMIN na Paraíba, Marcelo Falcão, aproveitou a visita de Daniela Nogueira e apresentou mais dois projetos para a mineração paraibana: o projeto Gemas para os municípios de Santa Luzia, Pedra Lavrada e Piauí e o projeto Missões Técnicas. Um dos objetivos do projeto Gemas é fortalecer o APL de Gemas do Seridó Paraibano, através de modelos de pequenos empreendimentos especializados na criação, fabricação e comercialização de jóias, bijuterias e artesanato mineral; revitalizar os núcleos de lapidação de Santa Luzia, Pedra Lavrada e Picuí, remanescentes do Programa GENOR (Gemas do Nordeste) e equipá-los com novas ferramentas para lapidação, joalharia e bijuterias; além de estimular a capacidade criativa e de produção dos treinados através de novas técnicas agregando valor e gerando ocupação e renda. O Projeto Missões Técnicas, intitulado arranjo produtivo local-apl de minerais de pegmatitos e quartzitos e gemas e jóias do Seridó Paraibano tem como objetivo proporcionar aos pequenos produtores minerais absorver as tecnologias de gestão e de processo desenvolvidas em outras regiões brasileiras, através de visitas técnicas no que diz respeito a produção a lavra de bens minerais, gerenciamento de cooperativas, lapidação, fabricação de jóias e bijuterias em mineração de pequena escala. Preocupação A representante do Ministério da Integração Nacional ressaltou a importância de apresentação de projetos que visem o crescimento, beneficiamento da produção e, principalmente, a preservação do meio ambiente, por isso a importância da conscientização tanto dos garimpeiros como da população dessas regiões. Ela mostrou-se preocupada quanto ao desenvolvimento desordenado em algumas áreas que leva a um processo degenerativo e prejudicial tanto para as regiões como para o meio ambiente como um todo. MEIO AMBIENTE Desmatamento da Mata Atlântica cai 75% na década (Valor) O ritmo de desmatamento da Mata Atlântica no país caiu 75% nesta década em relação ao período de 1990 a Enquanto na década passada foram desmatados hectares (ha) do bioma, nos últimos dez anos o desmatamento foi de ha, segundo o Atlas dos Remanescentes Florestais divulgado ontem pela SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Apesar da redução, não há motivos de comemoração, segundo os coordenadores da pesquisa. Considerando a fragilidade desse bioma, que possui apenas 7,9% da sua área total preservada, qualquer desmatamento é

5 uma ameaça. "É bom ter reduzido, mas também há pouco para desmatar", diz Marcia Hirota, coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica. Considerando apenas os últimos dois anos, foram desmatados ao menos hectares, uma queda de 21% em relação à média global. Dois Estados, porém, desmataram mais, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com aumento aumento de 15% e 83%, respectivamente. A ONG ainda analisa as razões para as recentes destruição de mata nativa. Em Minas, chama atenção a exploração de carvão vegetal para sustentar a indústria de ferro gusa. No Paraná, o maior responsável foi a expansão urbana na região metropolitana. A coordenadora do Atlas diz que o planejamento das cidades para a expansão urbana é uma questão chave para a preservação do bioma. "Estamos numa região extremamente populosa, temos 112 milhões de pessoas que habitam a Mata Atlântica." Em São Paulo, apesar da redução de 9% do ritmo de desmatamento nos últimos dois anos, foram detectados problemas no Vale do Ribeira e litoral sul, locais onde há unidade de conservação. Segundo Márcia, a situação preocupa porque é uma das maiores áreas de remanescentes contínuos de Mata Atlântica. Só no Vale do Ribeira foram desmatados 422 ha, de um total de 743 ha no Estado. "Fica um alerta para o Estado de São Paulo", diz. Segundo Mário Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, um assentamento rural colocado pelo governo do Estado nos limites da unidade de conservação em Jureia (SP) vem promovendo a degradação da área. "Vamos fazer uma atuação mais efetiva lá. A Jureia é uma unidade emblemática, que fez surgir a SOS Mata Atlântica." O Rio de Janeiro, com redução de 0,04% do bioma nos últimos dois anos, recebeu elogios pelo seu trabalho de conservação da floresta. "A meta do Estado é dobrar o total de áreas protegidas e talvez consiga até final desse governo. É algo exemplar", diz Mantovani. DIVERSOS Febraban divulga horários de funcionamento dos bancos durante a Copa (Jornal do Brasil) BRASÍLIA - A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nesta quarta-feira (26) circular com o horário de expediente bancário nos dias de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo. O Banco Central autorizou as instituições financeiras a funcionar em horário especial durante o Mundial. As agências deverão fixar avisos sobre o horário de atendimento nos dias de jogos, com antecedência mínima de 48 horas. Confira os horários de funcionamento dos bancos: Brasil X Coreia do Norte 15 de junho, terça-feira, às 15h30 (horário de Brasília) Interior: das 8h às 14h (horário de Brasília) Capitais e regiões metropolitanas: das 8h às 14h (horário de Brasília) Brasil X Costa do Marfim 20 de junho, domingo, às 15h30 (horário de Brasília) Não haverá expediente bancário

6 Brasil X Portugal 25 de junho, sexta-feira, às 11h (horário de Brasília) Interior: das 8h às 10h30 e das 13h30 às 15h30 (horário de Brasília) Capitais e regiões metropolitanas: das 8h às 10h30 e das 14h às 16h (horário de Brasília) Nas fases seguintes: Partida marcada para as 11h: Interior: das 8h às 10h30 e das 13h30 às 15h30 Capitais e regiões metropolitanas: das 8h às 10h30 e das 14h às 16h Partida marcada para as 15h30: Interior, capitais e regiões metropolitanas: das 8h às 14h