438 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de 2019

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1 438 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de 2019 Artigo 7.º Aplicação Subsidiária Em tudo o que não se encontra previsto neste regulamento, o procedimento seguirá, com as necessárias adaptações, os trâmites e as regras previstas no regime estipulado para o programa Especial de Realojamento PER, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 163/93, de 07 de maio, na sua atual redação. Artigo 8.º Entrada em Vigor O presente Regulamento entra em vigor no primeiro dia do mês seguinte à sua publicação. 3 de dezembro de A Presidente da Câmara Municipal, Carla Maria Nunes Tavares MUNICÍPIO DE AMARES Aviso (extrato) n.º 219/2019 Manuel da Rocha Moreira, Presidente da Câmara Municipal de Amares, ao abrigo da competência constante da alínea a), n.º 7 do artigo 64.º da Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, torna público que, por deliberação da Câmara Municipal tomada na sua reunião ordinária de 10 de dezembro de 2018, foi determinado submeter a apreciação pública, ao abrigo do artigo 101.º do Novo Código do Procedimento Administrativo, o Projeto de Regulamento Prémio Literário Francisco de Sá de Miranda 2019 Amares. Assim, e para os efeitos legais, se torna público que, o referido Projeto de Regulamento poderá ser consultado na página oficial deste Município em 18 de dezembro de O Presidente da Câmara, Manuel Rocha Moreira Regulamento n.º 10/2019 Manuel da Rocha Moreira, Presidente da Câmara Municipal de Amares, torna público que a Assembleia Municipal de Amares na sua 2.ª Sessão Ordinária realizada no dia 07 de dezembro de 2018, no uso da competência que lhe é conferida pela alínea g) do n.º 1 do artigo 25.º da Lei n.º 75/2013, anexo I de 12 de setembro, aprovou, o Regulamento dos serviços de abastecimento Público de água, de Saneamento, de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos do município de Amares e tarifário do serviço de abastecimento de água para Deliberação tomada na reunião ordinária da Câmara Municipal, realizada no dia 26 de novembro de 2018, o qual entrará em vigor no primeiro dia útil seguinte ao da publicação deste edital na 2.ª série do Diário da República. Mais se torna público que, o Regulamento referido que se publica em anexo, poderá ser consultado na página oficial deste Município em -amares.pt. 10 de dezembro de O Presidente da Câmara, Manuel Rocha Moreira. Regulamento dos Serviços de Abastecimento Público de Água, de Saneamento de Águas Residuais Urbanas e de Gestão de Resíduos Urbanos do Município de Amares CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1.º Lei habilitante O presente Regulamento é elaborado em observância do disposto no artigo 62.º do Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, da Portaria n.º 34/2011 de 13 de janeiro, do Decreto Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto, da Lei n.º 2/2007, de 15 de janeiro, com respeito pelas exigências constantes da Lei n.º 23/96, de 26 de julho e, ainda, do Decreto- -Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, do Decreto -Lei n.º 226 -A/2007, de 31 de maio, do Decreto -Lei n.º 152/97, de 19 de junho e do Decreto -Lei n.º 178/2006 de 5 de setembro, todos na redação atual. Artigo 2.º Objeto O presente Regulamento estabelece e define as regras e as condições a que deve obedecer serviço de fornecimento e a distribuição de água para consumo público, a prestação do serviço de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos em toda a área do Município de Amares. Artigo 3.º Âmbito de aplicação O presente Regulamento aplica -se em toda a área do Município de Amares, no que respeita às atividades de conceção, projeto, construção e exploração dos sistemas públicos e prediais de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos. Artigo 4.º Legislação aplicável 1 Em tudo quanto omisso neste Regulamento, são aplicáveis as disposições legais em vigor respeitantes aos sistemas públicos e prediais de distribuição de água, designadamente, as constantes do Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, do Decreto Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto, do Decreto -Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto e do Decreto- -Lei n.º 178/2006 de 5 de setembro, todos na sua atual redação. 2 A conceção e o dimensionamento das redes de distribuição pública de água e das redes de distribuição interior, bem como a apresentação dos projetos e execução das respetivas obras, devem cumprir integralmente o estipulado nas disposições legais em vigor, designadamente as previstas no Decreto Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto. 3 Os projetos, a instalação, a localização, o diâmetro nominal e outros aspetos relativos à instalação dos dispositivos destinados à utilização de água para combate aos incêndios em edifícios de habitação e estabelecimentos hoteleiros e similares estão sujeitos às disposições legais em vigor, designadamente, no Decreto -Lei n.º 39/2008, de 7 de março, alterado pelo Decreto -Lei n.º 228/2009, de 14 de setembro, e no Decreto -Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro. 4 A qualidade da água destinada ao consumo humano fornecida pelas redes de distribuição pública de água aos utilizadores obedece às disposições legais em vigor, designadamente as do Decreto -Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, na sua atual redação. 5 A recolha, tratamento e valorização de resíduos urbanos observam os diplomas legais em vigor, nomeadamente o Decreto -Lei n.º 366 -A/97 de 20 de dezembro, relativo à gestão de embalagens e resíduos de embalagens, o Decreto -Lei n.º 67/2014 de 7 de maio, relativo à gestão de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), o Decreto -Lei n.º 46/2008 de 12 de março e Portaria n.º 417/2008, de 11 de junho, relativos à gestão de resíduos de construção e demolição (RCD), o Decreto -Lei n.º 6/2009 de 6 de janeiro, relativo à gestão dos resíduos de pilhas e de acumuladores, o Decreto -Lei n.º 196/2003 de 23 de agosto, relativo à gestão de veículos em fim de vida (VFV), o Decreto -Lei n.º 267/2009 de 29 de setembro, relativo à gestão de óleos alimentares usados (OAU), a Portaria n.º 335/97 de 16 de maio, relativo ao transporte de resíduos e a Portaria n.º 209/2004 de 3 de março, relativa à lista europeia de resíduos (LER). 6 O serviço de fornecimento e a distribuição de água para consumo público, a prestação do serviço de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos assegurado no Município de Amares obedece às regras de prestação de serviços públicos essenciais destinadas à proteção dos utilizadores que estejam consignadas na legislação em vigor, designadamente, as constantes da Lei n.º 23/96, de 26 de julho, da Lei n.º 24/96, de 31 de julho, do Decreto -Lei n.º 195/99, de 8 de julho, e do Despacho n.º 4186/2000 (2.ª série), de 22 de fevereiro, com todas as alterações que lhes sejam introduzidas. 7 Em matéria de procedimento contra ordenacional, são aplicáveis, para além das normas especiais, estatuídas no Capítulo X do presente Regulamento e no Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, as constantes do Regime Geral das Contraordenações e Coimas previstas no Decreto -Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, na redação atual em vigor. Artigo 5.º Entidade Titular e Entidade Gestora do Sistema 1 O Município de Amares é a Entidade Titular que, nos termos da lei, tem por atribuição assegurar a provisão do serviço de água, saneamento e gestão de resíduos urbanos no respetivo território. 2 O Município de Amares é a Entidade Gestora responsável pela conceção, construção e exploração do sistema público de água para consumo humano, pela conceção, construção e exploração do sistema

2 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de público de saneamento de águas residuais e pela recolha indiferenciada dos resíduos urbanos em todo o território municipal. 3 Em toda a área do Município de Amares, a BRAVAL Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S. A., doravante designada BRAVAL, é a Entidade Gestora responsável pela recolha seletiva, triagem, valorização e eliminação de resíduos urbanos, sendo para estes serviços a Entidade Titular, o Estado Português. Artigo 6.º Definições Para efeitos de aplicação do presente Regulamento, entende -se por: a) «Acessórios» peças ou elementos que efetuam as transições nas tubagens, como curvas, reduções e uniões, etc. b) «Água destinada ao consumo humano»: i) Toda a água no seu estado original, ou após tratamento, destinada a ser bebida, a cozinhar, à preparação de alimentos, à higiene pessoal ou a outros fins domésticos, independentemente da sua origem e de ser fornecida a partir de uma rede de distribuição, de um camião, em garrafas ou outros recipientes, com ou sem fins comerciais; ii) Toda a água utilizada numa empresa da indústria alimentar para fabrico, transformação, conservação ou comercialização de produtos ou substâncias destinados ao consumo humano, assim como a utilizada na limpeza de superfícies, objetos e materiais que podem estar em contacto com os alimentos, exceto quando a utilização dessa água não afeta a salubridade do género alimentício na sua forma acabada; c) «Águas Pluviais»: águas resultantes do escoamento de precipitação atmosférica, originadas quer em áreas urbanas quer em áreas industriais. Consideram -se equiparadas a águas pluviais as provenientes de regas de jardim e espaços verdes, de lavagem de arruamentos, passeios, pátios e parques de estacionamento, normalmente recolhidas por sarjetas, sumidouros e ralos; d) «Águas Residuais Domésticas»: águas residuais de instalações residenciais e serviços, essencialmente provenientes do metabolismo humano e de atividades domésticas; e) «Águas Residuais Industriais»: as que sejam suscetíveis de descarga em coletores municipais e que resultem especificamente das atividades industriais abrangidas pelo REAI Regulamento do Exercício da Atividade Industrial, ou do exercício de qualquer atividade da Classificação das Atividades Económicas Portuguesas por Ramos de Atividade (CAE); f) «Área predominantemente rural»: freguesia do território nacional classificada de acordo com a tipologia de áreas urbanas; g) «Armazenagem preliminar»: a deposição controlada de resíduos, no próprio local de produção, por período não superior a um ano, antes da recolha, em instalações onde os resíduos são produzidos ou descarregados a fim de serem preparados para posterior transporte para outro local ara efeitos de tratamento; h) «Aterro»: instalação de eliminação utilizada para a deposição controlada de resíduos, acima ou abaixo da superfície do solo; i) «Avaria»: evento detetado em qualquer componente do sistema que necessite de medidas de reparação/renovação, incluindo causado por: i) Seleção inadequada ou defeitos no fabrico dos materiais, deficiências na construção ou relacionados com a operação em tubagens, juntas, válvulas e outras instalações; ii) Corrosão ou outros fenómenos de degradação dos materiais, externa ou internamente, principalmente (mas não exclusivamente) em materiais metálicos e cimentícios; iii) Danos mecânicos externos, por exemplo devidos à escavação, incluindo danos provocados por terceiros; iv) Movimentos do solo relacionados com efeitos provocados pelo gelo, por períodos de seca, por tráfego pesado, por sismos, por inundações ou outros. j) «Boca -de -incêndio»: equipamento de combate a incêndio que pode ser instalado na parede ou no passeio; k) «Câmara ou caixa de Ramal de Ligação»: dispositivo através da qual se estabelece a ligação entre o Sistema Predial e respetivo ramal, que deverá localizar -se na edificação, junto ao limite de propriedade e em zonas de fácil acesso, sempre que possível, cabendo a sua manutenção à entidade gestora quando localizada na via pública ou aos utilizadores nas situações em que a câmara de ramal se situa no interior da propriedade privada; l) «Canalização»: tubagem destinada a assegurar a condução das águas para o abastecimento público; m) «Caudal»: volume expresso em m3, de água que atravessa uma dada secção num determinado intervalo de tempo ou águas residuais afluentes à rede de drenagem de águas residuais ao longo de um determinado período de tempo; n) «Classe metrológica»: define os intervalos de caudal onde determinado contador deve funcionar em condições normais de utilização, isto é, em regime permanente e em regime intermitente, sem exceder os erros máximos admissíveis. o) «Coletor»: tubagem, em geral enterrada, destinada a assegurar a condução das águas residuais domésticas, industriais e/ou pluviais; p) «Consumidor»: utilizador do serviço a quem a água é fornecida para uso não profissional; q) «Contador ou Medidor de Caudal»: instrumento concebido para medir, totalizar e indicar o volume, nas condições da medição, da água ou água residual produzido, podendo, conforme os modelos, fazer a leitura do caudal instantâneo e do volume utilizado, ou apenas deste, e ainda registar esses volumes. Será de tipo mecânico ou eletromagnético e possuirá, eventualmente, dispositivo de alimentação de energia e emissão de dados; r) «Contrato»: vinculo jurídico estabelecido entre a Entidade Gestora e qualquer pessoa, singular ou coletiva, pública ou privada, referente à prestação, permanente ou eventual, do Serviço pela primeira à segunda nos termos e condições do presente Regulamento; s) «Deposição indiferenciada» operação de deposição de resíduos urbanos sem prévia separação por fluxos ou fileiras; t) «Deposição seletiva»: a operação de deposição de resíduos efetuada de forma a manter o fluxo de resíduos separado por tipo e natureza (como resíduos de papel e cartão, vidro de embalagem, plástico de embalagem, REEE, RCD, resíduos volumosos, resíduos verdes, pilhas e acumuladores), com vista ao seu tratamento final mais adequado; u) «Descarga»: a operação de deposição de resíduos; v) «Diâmetro Nominal»: Compreende as letras DN seguidas de um número inteiro adimensional, o qual é indiretamente relacionado com a dimensão física, em mm, do diâmetro interior de passagem ou do diâmetro exterior da ligação; w) «Ecocentro»: parque amplo (centro de receção de resíduos) dotado de equipamentos de grande capacidade, destinados a receber, separadamente, os diversos materiais passíveis de valorização; x) «Ecoponto»: conjunto de estruturas, em pontos estratégicos na via pública, escolas e outros espaços públicos ou privados, destinados à recolha seletiva de resíduos, de acordo com a fileira a que pertencem, nomeadamente fileira do papel, do vidro, do plástico e do metal, bem como outros materiais para valorização; y) «Eliminação»: qualquer operação que não seja de valorização, nomeadamente as incluídas no anexo I do DL 178/2006 de 5 de setembro, ainda que se verifique como consequência secundária a recuperação de substâncias ou de energia. O anexo III da Portaria n.º 209/2004 de 3 de março, contém a lista de operações de eliminação; z) «Estação de transferência»: instalação onde o resíduo é descarregado com o objetivo de o preparar para ser transportado para outro local de tratamento, valorização ou eliminação; aa) «Estação de triagem»: instalação onde o resíduo é separado mediante processos manuais ou mecânicos, em diferentes materiais constituintes destinados a valorização ou a outras operações de gestão; bb) «Estrutura tarifária»: conjunto de regras de cálculo expressas em termos genéricos, aplicáveis a um conjunto de valores unitários e outros parâmetros; cc) «Fornecimento de água»: o serviço prestado pela Entidade Gestora aos utilizadores; dd) «Fossa Séptica»: tanque de decantação destinado a criar condições adequadas à decantação de sólidos suspensos, à deposição de lamas e ao desenvolvimento de condições anaeróbicas para a decomposição de matéria orgânica; ee) «Gestão de resíduos»: a recolha, o transporte, a valorização e a eliminação de resíduos, incluindo a supervisão destas operações, a manutenção dos locais de eliminação no pós -encerramento e as medidas tomadas na qualidade de comerciante ou corretor; ff) «Hidrantes»: conjunto das bocas -de -incêndio e dos marcos de água; gg) «Inspeção»: atividade conduzida por funcionários da Entidade Gestora ou por esta acreditados, que visa verificar se estão a ser cumpridas todas as obrigações decorrentes do presente Regulamento, sendo, em regra, elaborado um relatório escrito da mesma, ficando os resultados registados de forma a permitir à Entidade Gestora avaliar a operacionalidade das infraestruturas e informar os utilizadores de eventuais medidas corretivas a serem implementadas; hh) «Lamas»: mistura de água e de partículas sólidas, separadas dos diversos tipos de água por processos naturais ou artificiais; ii) «Local de Consumo»: ponto da rede predial, através do qual o imóvel é ou pode ser servido nos termos do contrato, do Regulamento e da legislação em vigor; jj) «Marco de água»: equipamento de combate a incêndio instalado de forma saliente relativamente ao nível do pavimento;

3 440 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de 2019 kk) «Pressão de Serviço»: pressão disponível nas redes de água, em condições normais de funcionamento; ll) «Pré-tratamento das Águas Residuais»: processo, a cargo do utilizador, destinado à redução da carga poluente, à redução ou eliminação de certos poluentes específicos, ou à regularização de caudais, de forma a tornar essas águas residuais aptas a serem rejeitadas nos sistemas públicos de drenagem; mm) «Prevenção»: a adoção de medidas antes de uma substância, material ou produto assumir a natureza de resíduo, destinadas a reduzir: i) A quantidade de resíduos produzidos, designadamente através da reutilização de produtos ou do prolongamento do tempo de vida dos produtos; ii) Os impactes adversos no ambiente e na saúde humana resultantes dos resíduos produzidos; ou iii) O teor de substâncias nocivas presentes nos materiais e nos produtos. nn) «Produtor de resíduos»: qualquer pessoa, singular ou coletiva, cuja atividade produza resíduos (produtor inicial de resíduos) ou que efetue operações de pré -processamento, de mistura ou outras que alterem a natureza ou a composição de resíduos; oo) «Ramal de Ligação de Água»: troço de canalização destinado ao serviço de abastecimento de um prédio, compreendido entre a rede pública e a válvula de corte geral ou, no caso desta não existir, e o limite da propriedade; pp) «Ramal de Ligação de Águas Residuais»: troço de canalização que tem por finalidade assegurar a recolha e condução das águas residuais domésticas e industriais que liga os edifícios à rede pública a jusante da câmara de ramal, incluindo esta; qq) «Reabilitação»: trabalhos associados a qualquer intervenção física que prolongue a vida de um sistema existente e/ou melhore o seu desempenho estrutural e/ou hidráulico, envolvendo uma alteração da sua condição ou especificação técnica. A reabilitação estrutural inclui a substituição e a renovação. A reabilitação hidráulica inclui a substituição, o reforço, e eventualmente, a renovação. A reabilitação para efeitos da melhoria da qualidade da água inclui a substituição e a renovação; rr) «Recolha»: a apanha de resíduos, incluindo a triagem e o armazenamento preliminares dos resíduos para fins de transporte para uma instalação de tratamento de resíduos; ss) «Recolha indiferenciada»: recolha de resíduos urbanos sem prévia separação; tt) «Recolha seletiva»: a recolha efetuada de forma a manter o fluxo de resíduos separados por tipo e natureza, com vista a facilitar o tratamento específico; uu) «Remoção»: conjunto de operações que visem o afastamento dos resíduos dos locais de produção, mediante a deposição, recolha e transporte; vv) «Renovação»: qualquer intervenção física que prolongue a vida do sistema ou que melhore o seu desempenho, no seu todo ou em parte, mantendo a capacidade e a função inicias e pode incluir a reparação; ww) «Reparação»: intervenção destinada a corrigir anomalias localizadas; xx) «Reservatórios Prediais»: unidades de reserva que fazem parte constituinte da rede predial e têm como finalidade o armazenamento de água à pressão atmosférica, constituindo uma reserva destinada à alimentação da rede predial a que estão associados e cuja exploração é da exclusiva responsabilidade da entidade privada; yy) «Reservatórios Públicos»: unidades de reserva que fazem parte da rede pública de distribuição e têm como finalidade armazenar água, servir de volante de regularização compensando as flutuações de consumo face à adução, constituir reserva de emergência para combate a incêndios ou para assegurar a distribuição em casos de interrupção voluntária ou acidental do sistema a montante, equilibrar as pressões na rede e regularizar os funcionamento das bombagens cuja exploração é da exclusiva responsabilidade da Entidade Gestora; zz) «Resíduo»: qualquer substância ou objeto de que o detentor se desfaz ou tem intenção ou obrigação de se desfazer, nomeadamente os identificados na Lista Europeia de Resíduos; aaa) «Resíduo de construção e demolição (RCD)»: resíduo proveniente de obras de construção, reconstrução, ampliação, conservação e demolições de edifícios e da derrocada de edificações; bbb) «Resíduo de equipamento elétrico e eletrónico (REEE)»: equipamento elétrico e eletrónico que constitua um resíduo, incluindo todos os componentes, subconjuntos e consumíveis que fazem parte integrante do equipamento no momento em que é descartado; ccc) «Resíduo urbano (RU)»: resíduo proveniente de habitações bem como outro resíduo que, pela sua natureza ou composição, seja semelhante ao resíduo proveniente de habitações, incluindo -se igualmente nesta definição os resíduos a seguir enumerados: i) «Resíduo verde urbano»: resíduo proveniente da limpeza e manutenção de jardins, espaços verdes públicos ou zonas de cultivo e das habitações, nomeadamente aparas, troncos, ramos, corte de relva e ervas, desde que a sua produção quinzenal não ultrapasse os litros; ii) «Resíduo urbano proveniente da limpeza pública»: resíduos sólidos provenientes da limpeza pública, entendendo -se esta como o conjunto de atividades que se destinam a recolher os resíduos sólidos nas vias e outros espaços públicos; iii) «Resíduo urbano proveniente da atividade comercial»: resíduo produzido por um ou vários estabelecimentos comerciais ou do setor de serviços, com uma administração comum relativa a cada local de produção de resíduos, que, pela sua natureza ou composição, seja semelhante ao resíduo proveniente de habitações; iv) «Resíduo urbano proveniente de uma unidade industrial»: resíduo produzido por uma única entidade em resultado de atividades acessórias da atividade industrial que, pela sua natureza ou composição, seja semelhante ao resíduo proveniente de habitações; v) «Resíduo volumoso»: objeto volumoso fora de uso, proveniente das habitações que, pelo seu volume, forma ou dimensão, não possa ser recolhido pelos meios normais de remoção. Este objeto designa -se vulgarmente por monstro ou mono ; vi) «REEE proveniente de particulares»: REEE proveniente do setor doméstico, bem como o REEE proveniente de fontes comerciais, industrias, institucionais ou outras que, pela sua natureza e quantidade, seja semelhante ao REEE proveniente do setor doméstico; vii) «Resíduo de embalagem»: qualquer embalagem ou material de embalagem abrangido pela definição de resíduo, adotada na legislação em vigor aplicável nesta matéria, excluindo os resíduos de produção; viii) «Resíduo hospitalar não perigoso»: resíduo resultante de atividades médicas desenvolvidas em unidades de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e investigação, relacionada com seres humanos ou animais, em farmácias, em atividades médico -legais, de ensino e em quaisquer outras que envolvam procedimentos invasivos, que pela sua natureza ou composição sejam semelhantes aos resíduos urbanos; ix) «Resíduo urbano de grandes produtores»: resíduo urbano produzido por particulares ou unidades comerciais, industriais e hospitalares cuja produção diária exceda os 1100 litros por produtor e cuja responsabilidade pela sua gestão é do seu produtor; x) «Dejetos de animais»: os resíduos provenientes da defecação de animais na via pública; xi) «Óleo alimentar usado ou OUA»: o óleo alimentar que constitui um resíduo. ddd) «Reutilização»: qualquer operação mediante a qual produtos ou componentes que não sejam resíduos são utilizados novamente para o mesmo fim para que foram concebidos; eee) «Serviço»: exploração e gestão do sistema público municipal de abastecimento de água, de recolha, transporte e tratamento de águas residuais domésticas e industriais, e gestão de resíduos urbanos no concelho de Amares; fff) «Serviços auxiliares»: os serviços prestados pela Entidade Gestora, de caráter conexo com os serviços de águas, águas residuais ou resíduos urbanos mas que pela sua natureza, nomeadamente pelo facto de serem prestados pontualmente por solicitação do utilizador ou de terceiro, ou de resultarem de incumprimento contratual por parte do utilizador, são objeto de faturação específica; ggg) «Sistemas de Distribuição Predial» ou «Rede predial»: canalizações, órgãos e equipamentos prediais que prolongam o ramal de ligação até aos dispositivos de utilização do prédio, normalmente instalados no seu interior, ainda que possam estar instalados em domínio público; hhh) «Sistema de drenagem predial»: conjunto constituído por instalações e equipamentos privativos de determinado prédio e destinados à evacuação das águas residuais até à rede pública; iii) «Sistema público de abastecimento de água» ou «rede pública»: sistema de canalizações, órgãos e equipamentos, destinados à distribuição de água potável, instalado, em regra, na via pública, em terrenos da Entidade Gestora ou em outros, cuja ocupação seja do interesse público, incluindo os ramais de ligação às redes prediais; jjj) «Sistema Público de Drenagem de Águas Residuais ou Rede Pública»: sistema de canalizações, órgão e equipamentos destinados à recolha, transporte e destino final adequado das águas residuais, em condições que permitam garantir a qualidade do meio recetor, instalado, em regra, na via pública, em terrenos da Entidade Gestora ou em outros, cuja ocupação seja do interesse público, incluindo os ramais de ligação às redes prediais; kkk) «Sistema Separativo»: sistema constituído por duas redes de coletores, uma destinada às águas residuais domésticas e industriais e outra à drenagem de águas pluviais ou similares e respetivas instalações elevatórias e de tratamento e dispositivos de descarga final; lll) «Substituição»: substituição de uma instalação existente por uma nova quando a que existe já não é utilizada para o seu objetivo inicial;

4 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de mmm) «Tarifário»: conjunto de valores unitários e outros parâmetros e regras de cálculo que permitem determinar o montante exato a pagar pelo utilizador final à Entidade Gestora em contrapartida do serviço; nnn) «Titular do contrato»: qualquer pessoa individual ou coletiva, pública ou privada, que celebra com a Entidade Gestora um Contrato, também designada na legislação aplicável em vigor por utilizador ou utilizadores; ooo) «Torneira/válvula de corte ao prédio»: válvula de seccionamento, destinada a seccionar a montante o ramal de ligação do prédio, de forma a regular o fornecimento de água, sendo exclusivamente manobrável por pessoal da Entidade Gestora; ppp) «Tratamento»: qualquer operação de valorização ou de eliminação, incluindo a preparação prévia à valorização ou eliminação e as atividades económicas referidas no anexo IV do Decreto -Lei n.º 178/2006 de 5 de setembro na sua atual redação; qqq) «Valorização»: qualquer operação nomeadamente as constantes no anexo II do Decreto -Lei n.º 178/2006 de 5 de setembro, cujo resultado principal seja a transformação dos resíduos de modo a servirem um fim útil, substituindo outros materiais que, no caso contrário, teriam sido utilizados para um fim específico, ou a preparação dos resíduos para esse fim, na instalação ou no conjunto da economia; rrr) «Veículo em fim de vida (VFV)»: um veículo que constitui um resíduo por este se encontrar abandonado, e cujo seu detentor se desfaz ou tem a intenção ou a obrigação de se desfazer. sss) «Utilizador final»: pessoa singular ou coletiva, pública ou privada, a quem seja assegurado de forma continuada os serviços de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos cuja produção diária seja inferior a 1100 litros, e que não tenha como objeto da sua atividade a prestação desses mesmos serviços a terceiros, podendo ser classificado como: i) «Utilizador doméstico»: aquele que use o prédio urbano para fins habitacionais, com exceção das utilizações para as partes comuns, nomeadamente as dos condomínios; ii) «Utilizador doméstico com serviço de abastecimento de água»: com ligação à rede pública de abastecimento de água. iii) «Utilizador doméstico sem serviço de abastecimento de água»: sem ligação à rede pública de abastecimento de água ou com ligação à rede pública de abastecimento de água da responsabilidade da Junta de Freguesia. iv) «Utilizador não -doméstico»: aquele que não esteja abrangido pela subalínea anterior, incluindo o Estado, as autarquias locais, os fundos e serviços autónomos e as entidades dos setores empresariais do Estado e das autarquias. v) «Utilizador não -doméstico com serviço de abastecimento de água»: com ligação à rede pública de abastecimento de água. vi) «Utilizador não -doméstico sem serviço de abastecimento de água»: sem ligação à rede pública de abastecimento de água ou com ligação à rede pública de abastecimento de água da responsabilidade da Junta de Freguesia. Artigo 7.º Simbologia e Unidades 1 A simbologia dos sistemas públicos e prediais a utilizar é a indicada nos anexos I, II, III, VIII, e XIII do Decreto Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto. 2 As unidades em que são expressas as diversas grandezas devem observar a legislação portuguesa. Artigo 8.º Regulamentação Técnica As normas técnicas a que devem obedecer a conceção, o projeto, a construção e a exploração do Sistema Público, bem como as respetivas normas de higiene e segurança, são as aprovadas nos termos da legislação em vigor. Artigo 9.º Princípios de gestão A prestação do serviço de abastecimento público de água, do serviço de saneamento de águas residuais urbanas e do serviço de gestão de resíduos urbanos obedece aos seguintes princípios: a) Princípio da universalidade e da igualdade de acesso; b) Princípio da qualidade e da continuidade do serviço e da proteção dos interesses dos utilizadores; c) Princípio da transparência na prestação de serviços; d) Princípio da proteção da saúde pública e do ambiente; e) Princípio da sustentabilidade económica e financeira dos sistemas; f) Princípio da garantia da eficiência e melhoria contínua na utilização dos recursos afetos, respondendo à evolução das exigências técnicas e às melhores técnicas ambientais disponíveis; g) Princípio da promoção da solidariedade económica e social, do correto ordenamento do território e do desenvolvimento regional; h) Princípio do utilizador pagador; i) Princípio do poluidor pagador j) Princípio da hierarquia das operações de gestão de resíduos; k) Princípio da responsabilidade do cidadão, adotando comportamentos de caráter preventivo em matéria de produção de resíduos, bem como práticas que facilitem a respetiva reutilização e valorização. Artigo 10.º Disponibilização do Regulamento O Regulamento está disponível no sítio da Internet da Entidade Gestora e nos serviços de atendimento, sendo neste último caso fornecidos exemplares mediante o pagamento da quantia definida no tarifário em vigor. CAPÍTULO II Direitos e deveres Artigo 11.º Deveres da Entidade Gestora Compete à Entidade Gestora, designadamente: a) Fornecer água destinada ao consumo humano nos termos fixados na legislação em vigor; b) Proceder à recolha, por redes fixas, das águas residuais domésticas e industriais nos termos da legislação em vigor; c) Assumir a responsabilidade da conceção, construção e exploração dos sistemas de água e saneamento de águas residuais, bem como mantê- -los em bom estado de funcionamento e conservação; d) Promover a elaboração de planos, estudos e projetos que sejam necessários à boa gestão dos sistemas; e) Manter atualizado o cadastro das infraestruturas e instalações afetas aos sistemas públicos de abastecimento de água e saneamento de águas residuais, bem como elaborar e cumprir um plano anual de manutenção preventiva para as redes públicas de abastecimento e saneamento de águas residuais; f) Proceder à recolha e transporte das lamas das fossas sépticas existentes em locais não dotados de redes públicas de saneamento de águas residuais urbanas; g) Controlar a qualidade dos efluentes tratados, nos casos em que seja responsável pelo tratamento das águas residuais, nos termos da legislação em vigor; h) Definir para a recolha de águas residuais urbanas os parâmetros de poluição suportáveis pelos sistemas públicos de drenagem e fiscalizar o seu cumprimento; i) Submeter os componentes do sistema público, antes de entrarem em serviço, a ensaios que assegurem o seu bom funcionamento; j) Tomar as medidas necessárias para evitar danos nos sistemas prediais, resultantes de pressão de serviço excessiva, variação brusca de pressão ou de incrustações nas redes; k) Promover a instalação, a substituição ou a renovação dos ramais de ligação; l) Fornecer, instalar e manter os contadores para medição de água, medidores de caudal rejeitado e a válvula a montante do aparelho de medição; m) Promover a atualização tecnológica dos sistemas, nomeadamente quando daí resulte um aumento da eficiência técnica e da qualidade ambiental; n) Garantir a gestão dos resíduos urbanos cuja produção diária não exceda os 1100 litros por produtor, produzidos na sua área geográfica, bem como de outros resíduos cuja gestão lhe seja atribuída por lei; o) Assegurar o encaminhamento adequado dos resíduos que recolhe, ou recebe da sua área geográfica, sem que tal responsabilidade isente os munícipes do pagamento das correspondentes tarifas pelo serviço prestado; p) Garantir a qualidade, regularidade e continuidade do serviço, salvo em casos fortuitos ou de força maior, que não incluem as greves, sem prejuízo da tomada de medidas imediatas para resolver a situação e, em qualquer caso, com a obrigação de avisar de imediato os utilizadores; q) Assumir a responsabilidade da conceção, construção e exploração do sistema de gestão de resíduos urbanos nas componentes técnicas previstas no presente regulamento;

5 442 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de 2019 r) Promover a elaboração de planos, estudos e projetos que sejam necessários à boa gestão do sistema; s) Manter atualizado o cadastro dos equipamentos e infraestruturas afetas ao sistema de gestão de resíduos; t) Promover a instalação, a renovação, o bom estado de funcionamento e conservação dos equipamentos e infraestruturas do sistema de gestão de resíduos; u) Assegurar a limpeza dos equipamentos de deposição dos resíduos e área envolvente; v) Promover a atualização anual do tarifário e assegurar a sua divulgação junto dos utilizadores, designadamente nos postos de atendimento e no sítio na Internet da Entidade Gestora; w) Proceder em tempo útil à emissão e ao envio das faturas correspondentes aos serviços prestados e à respetiva cobrança; x) Dispor de serviços de cobrança, para que os utilizadores possam cumprir as suas obrigações com o menor incómodo possível; y) Dispor de serviços de atendimento aos utilizadores, direcionados para a resolução dos seus problemas relacionados com o serviço público de abastecimento de água, saneamento de águas residuais urbanas e resíduos sólidos urbanos; z) Manter um registo atualizado dos processos das reclamações dos utilizadores e garantir a sua resposta no prazo legal; aa) Prestar informação essencial sobre a sua atividade; bb) Cumprir e fazer cumprir o presente Regulamento. Artigo 12.º Deveres dos utilizadores Compete, designadamente, aos utilizadores: a) Solicitar a ligação aos serviços públicos de abastecimentos de água, saneamento de águas residuais urbanas e gestão de resíduos sólidos urbanos, sempre que os mesmos estejam disponíveis; b) Cumprir o presente Regulamento; c) Não fazer uso indevido ou danificar qualquer componente dos sistemas públicos de abastecimento de água e saneamento de águas residuais urbanas; d) Permitir o acesso ao sistema predial por pessoal credenciado da entidade gestora, tendo em vista a realização de trabalhos no contador e/ou ações de verificação e fiscalização; e) Não alterar os ramais de ligação; f) Não fazer uso indevido ou danificar as redes prediais e assegurar a sua conservação e manutenção; g) Manter em bom estado de funcionamento os aparelhos sanitários e os dispositivos de utilização; h) Avisar a Entidade Gestora de eventuais anomalias nos sistemas e nos aparelhos de medição; i) Não proceder a alterações nas redes prediais de abastecimento de água sem prévia concordância da Entidade Gestora quando tal seja exigível nos termos da legislação em vigor, ou cause impacto nas condições de fornecimento existentes; j) Não proceder a alterações nas redes prediais de saneamento de águas residuais sem prévia concordância da Entidade Gestora quando tal seja exigível nos termos da legislação em vigor, ou cause impacto nas condições de descarga existentes; k) Não proceder à execução de ligações ao sistema público sem autorização da Entidade Gestora; l) Não alterar a localização dos equipamentos de deposição de resíduos e garantir a sua boa utilização; m) Acondicionar corretamente os resíduos; n) Não danificar os equipamentos de deposição de resíduos urbanos, incluindo a afixação de anúncios e publicidade; o) Reportar à Entidade Gestora eventuais anomalias existentes no equipamento destinado à deposição de resíduos urbanos; p) Avisar a Entidade Gestora de eventual sub -dimensionamento do equipamento de deposição de resíduos urbanos; q) Cumprir as regras de deposição/separação dos resíduos urbanos; r) Cumprir o horário de deposição dos resíduos urbanos; s) Nas situações de acumulação de resíduos, adotar os procedimentos indicados pela Entidade Gestora, no sentido de evitar o desenvolvimento de situações de insalubridade pública. t) Pagar as importâncias devidas, nos termos da legislação em vigor, do presente Regulamento e dos contratos estabelecidos com a Entidade Gestora. u) Não abandonar os resíduos na via pública. Artigo 13.º Direito à prestação do serviço 1 Qualquer utilizador cujo local de consumo se insira na área de influência da Entidade Gestora tem direito à prestação do serviço de abastecimento público de água e recolha de saneamento de águas residuais urbanas, sempre que o mesmo esteja disponível. 2 Os serviços de abastecimento público de abastecimento de água e de recolha de saneamento de águas residuais urbanas através de redes fixas consideram -se disponível desde que os sistemas infraestruturais da Entidade Gestora estejam localizados a uma distância igual ou inferior a 20 metros do limite da propriedade. 3 O serviço de recolha considera -se disponível, para efeitos do presente Regulamento, desde que o equipamento de recolha indiferenciada se encontre instalado a uma distância inferior a 100 metros do limite do prédio e a Entidade Gestora efetue uma frequência mínima de recolha que salvaguarde a saúde pública, o ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos, ao abrigo do disposto no n.º 4, do artigo 59.º, do Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto; 4 O limite previsto no número anterior é aumentado até 200 metros nas áreas predominantemente rurais, ao abrigo do disposto no n.º 5, do artigo 59.º, do Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto; Artigo 14.º Direito à informação 1 Os utilizadores têm o direito a ser informados de forma clara e conveniente pela Entidade Gestora das condições em que o serviço é prestado, em especial no que respeita à qualidade da água fornecida e aos tarifários aplicáveis. 2 A Entidade Gestora publicita trimestralmente, por meio de editais afixados nos lugares próprios ou na impressa regional, os resultados analíticos obtidos pela implementação do programa de controlo da qualidade da água. 3 A Entidade Gestora dispõe de um sítio na Internet no qual é disponibilizada a informação essencial sobre a sua atividade, designadamente: a) Identificação da Entidade Gestora, suas atribuições e âmbito de atuação; b) Relatório e contas ou documento equivalente de prestação de contas; c) Regulamentos de serviço; d) Tarifários; e) Condições contratuais relativas à prestação dos serviços aos utilizadores; f) Resultados da qualidade da água, bem como outros indicadores de qualidade do serviço prestado aos utilizadores; g) Informações sobre interrupções do serviço; h) Contactos e horários de atendimento. Artigo 15.º Atendimento ao público 1 A Entidade Gestora dispõe de um local de atendimento ao público no edifício da Câmara Municipal de Amares, de um serviço de atendimento telefónico e endereço eletrónico, através dos quais os utilizadores a podem contactar diretamente. 2 O atendimento ao público é efetuado nos dias úteis das 9:00 horas às 17:00 horas. 3 E Entidade Gestora dispõe, ainda, de um serviço de assistência permanente, que funciona de forma ininterrupta todos os dias do ano. CAPÍTULO III Sistemas de distribuição de água SECÇÃO I Condições de fornecimento de água Artigo 16.º Obrigatoriedade de ligação à rede geral 1 Dentro da área abrangida pelas redes de distribuição de água, os proprietários dos prédios existentes ou a construir são obrigados a: a) Instalar, por sua conta, a rede de distribuição predial, incluindo caixa de contador e válvula de redutora de pressão (se necessário); b) Solicitar a ligação à rede de distribuição pública de água quando a mesma esteja disponível a uma distância máxima de 20 metros. 2 A obrigatoriedade de ligação à rede geral de distribuição de água abrange todas as edificações, qualquer que seja a sua utilização.

6 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de Os usufrutuários, comodatários e arrendatários, mediante autorização dos proprietários, podem requerer a ligação dos prédios por eles habitados à rede geral de distribuição de água, sendo que, nestes casos, são faturados e cobrados ao requerente os valores devidos pela execução da ligação quando a distância de ligação entre a rede predial e a rede pública seja superior a 20 metros; 4 A Entidade Gestora notifica, com uma antecedência mínima de 30 dias, os proprietários dos edifícios abrangidos pela rede de distribuição pública de água das datas previstas para cumprimento do disposto nos n.º 1 e 2; 5 Após a ligação às redes públicas de abastecimento de água, é obrigatória a realização imediata da separação dos sistemas prediais de fornecimento de água com outras origens, nomeadamente poços, minas ou furos, no prazo máximo de 30 dias, sem prejuízo de prazo diferente fixado em legislação ou licença específica. 6 A Entidade Gestora comunica à Administração da Região Hidrográfica territorialmente competente as áreas servidas pela respetiva rede pública na sequência da sua entrada em funcionamento. 7 Estão isentos da obrigatoriedade de ligação às redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais, os prédios ou fogos cujo estado de conservação ou ruína os torne inabitáveis e assim o estejam permanente e totalmente. Tal situação será aferida por vistoria a realizar nos termos previstos no artigo 90.º do Decreto -Lei n.º 555/99 de 16 de dezembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 26/2010 de 30 de Março. Artigo 17.º Dispensa de ligação 1 Estão dispensados da obrigatoriedade de ligação ao sistema público de abastecimento de água a) Os edifícios que disponham de sistemas próprios de abastecimento de água para consumo humano devidamente licenciados, nos termos da legislação aplicável, designadamente unidades industriais; b) Os edifícios ou fogos cujo mau estado de conservação ou ruína os torne inabitáveis e estejam de facto permanente e totalmente desabitados; c) Os edifícios em vias de expropriação ou demolição. 2 A dispensa deve ser requerida pelo interessado, podendo a Entidade Gestora solicitar documentos comprovativos da situação dos prédios a dispensar de ligação. Artigo 18.º Prioridades de fornecimento A Entidade Gestora, face às disponibilidades de cada momento, procede ao fornecimento de água atendendo preferencialmente às exigências destinadas ao consumo humano das instalações médico/hospitalares na área da sua intervenção. Artigo 19.º Exclusão da responsabilidade A Entidade Gestora não é responsável por danos que possam sofrer os utilizadores, decorrentes de avarias e perturbações nas canalizações das redes de distribuição pública de água, bem como de interrupções ou restrições ao fornecimento de água, desde que resultantes de: a) Casos fortuitos ou de força maior; b) Atos dolosos ou negligentes praticados pelos utilizadores, assim como por defeitos ou avarias nas instalações prediais; c) Execução, pela Entidade Gestora, de obras previamente programadas, desde que os utilizadores tenham sido expressamente avisados com uma antecedência mínima de 48 horas. Artigo 20.º Interrupção ou restrição no abastecimento de água por razões de exploração 1 A Entidade Gestora pode suspender o abastecimento de água nos seguintes casos: a) Deterioração na qualidade da água distribuída ou previsão da sua ocorrência iminente; b) Trabalhos de reparação, reabilitação ou substituição de ramais de ligação, quando não seja possível recorrer a ligações temporárias; c) Trabalhos de reparação, reabilitação ou substituição do sistema público ou dos sistemas prediais, sempre que exijam essa suspensão; d) Casos fortuitos ou de força maior; e) Deteção de ligações clandestinas ao sistema público; f) Anomalias ou irregularidades no sistema predial detetadas pela Entidade Gestora no âmbito de inspeções ao mesmo; g) Determinação por parte da autoridade de saúde e/ou da autoridade competente. 2 A Entidade Gestora deve comunicar aos utilizadores, com a antecedência mínima de 48 horas, qualquer interrupção programada no abastecimento de água. 3 Quando ocorrer qualquer interrupção não programada no abastecimento de água aos utilizadores, a Entidade Gestora deve informar os utilizadores que o solicitem da duração estimada da interrupção, sem prejuízo da disponibilização desta informação no respetivo sítio da Internet e da utilização de meios de comunicação social, e, no caso de utilizadores especiais, tais como hospitais, tomar diligências específicas no sentido de mitigar o impacto dessa interrupção. 4 Em qualquer caso, a Entidade Gestora deve mobilizar todos os meios adequados à reposição do serviço no menor período de tempo possível e tomar as medidas que estiverem ao seu alcance para minimizar os inconvenientes e os incómodos causados aos utilizadores dos serviços. 5 Nas situações em que estiver em risco a saúde humana e for determinada a interrupção do abastecimento de água pela autoridade de saúde, a Entidade Gestora deve providenciar uma alternativa de água para consumo humano, desde que aquelas se mantenham por mais de 24 horas. Artigo 21.º Interrupção do abastecimento de água, por facto imputável ao utilizador 1 A Entidade Gestora pode suspender o abastecimento de água, por motivos imputáveis ao utilizador, nas seguintes situações: a) Quando o utilizador não seja o titular do contrato de fornecimento e não apresente evidências de estar autorizado pelo mesmo a utilizar o serviço; b) Quando não seja possível o acesso ao sistema predial para inspeção ou, tendo sido realizada inspeção e determinada a necessidade de realização de reparações, em auto de vistoria, aquelas não sejam efetuadas dentro do prazo fixado, em ambos os casos desde que haja perigo de contaminação, poluição ou suspeita de fraude que justifiquem a suspensão; c) Mora do utilizador no pagamento dos consumos de água realizados; d) Quando for recusada a entrada para inspeção das redes e para leitura, verificação, substituição ou levantamento do contador; e) Quando o contador for encontrado viciado ou for empregue qualquer meio fraudulento para consumir água; f) Quando o sistema de distribuição predial tiver sido modificado e altere as condições de fornecimento; g) Quando forem detetadas ligações clandestinas ao sistema público; h) Falta de condições de salubridade da rede predial; i) Em outros casos previstos na lei. 2 A interrupção do abastecimento de água, com fundamento em causas imputáveis ao utilizador, não priva a Entidade Gestora de recorrer às entidades judiciais ou administrativas para garantir o exercício dos seus direitos ou para assegurar o recebimento das importâncias devidas e ainda, de impor as coimas que ao caso couberem. 3 A interrupção do abastecimento de água com base na alíneas a), b), c), d), h) e i) do n.º 1 só pode ocorrer após a notificação ao utilizador, por escrito, com a antecedência mínima de vinte dias úteis relativamente à data que venha a ter lugar. 4 No caso previsto na alínea e) e g) do n.º 1, a interrupção pode ser feita imediatamente, devendo, no entanto, ser depositado no local do contador documento justificativo da razão daquela interrupção de fornecimento. 5 Não devem ser realizadas interrupções do serviço em datas que impossibilitem a regularização da situação pelo utilizador no dia imediatamente seguinte, quando o restabelecimento dependa dessa regularização. Artigo 22.º Restabelecimento do fornecimento 1 O restabelecimento do fornecimento de água por motivo imputável ao utilizador depende da correção da situação que lhe deu origem. 2 No caso da mora no pagamento dos consumos, o restabelecimento depende da prévia liquidação dos montantes em dívida que deram origem ao corte de água, ou da subscrição de um acordo de pagamento, incluindo o pagamento da tarifa de restabelecimento. 3 O restabelecimento do fornecimento deve ser efetuado no prazo de 24 horas após a regularização da situação que originou a suspensão.

7 444 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de O montante do restabelecimento do fornecimento de água, pode ser efetuado, no máximo de seis prestações. SECÇÃO II Qualidade da água Artigo 23.º Qualidade da água 1 A Entidade Gestora deve garantir: a) Que a água fornecida destinada ao consumo humano possui as características que a definem como água salubre, limpa e desejavelmente equilibrada, nos termos fixados na legislação em vigor; b) A monitorização periódica da qualidade da água no sistema de abastecimento, sem prejuízo do cumprimento do programa de controlo da qualidade da água aprovado pela autoridade competente; c) A divulgação periódica, no mínimo trimestral, dos resultados obtidos da verificação da qualidade da água obtidos na implementação do programa de controlo da qualidade da água aprovado pela autoridade competente, nos termos fixados na legislação em vigor; d) A disponibilização da informação relativa a cada zona de abastecimento, quando solicitada; e) A implementação de eventuais medidas determinadas pela autoridade de saúde e/ou da autoridade competente, incluindo eventuais ações de comunicação ao consumidor, nos termos fixados na legislação em vigor; f) Que o tipo de materiais especificados nos projetos das redes de distribuição pública, para as tubagens e acessórios em contacto com a água, tendo em conta a legislação em vigor, não provocam alterações que impliquem a redução do nível de proteção da saúde humana. 2 O utilizador do serviço de fornecimento de água deve garantir: a) A instalação na rede predial dos materiais especificados no projeto, nos termos regulamentares em vigor; b) As condições de bom funcionamento, de manutenção e de higienização dos dispositivos de utilização na rede predial, nomeadamente, tubagens, torneiras e reservatórios, devendo estes últimos ser sujeitos a pelo menos uma ação de limpeza e desinfeção anual; c) A independência da rede predial alimentada pela rede pública de qualquer outro dispositivo alimentado por uma origem de água de captações particulares ou outra rede de água de qualidade inferior instalada no edifício, devendo eventuais sistemas de suprimento de reservatórios de água não potável ser concebidos e executados por forma a prevenir a contaminação da rede predial alimentada pela rede pública. d) O acesso da Entidade Gestora às suas instalações para a realização de colheitas de amostras de água a analisar, bem como, para a inspeção das condições da rede predial no que diz respeito à ligação à rede pública, aos materiais utilizados e à manutenção e higienização das canalizações; e) A implementação de eventuais medidas determinadas pela autoridade de saúde e/ou da autoridade competente. SECÇÃO III Uso eficiente da água Artigo 24.º Objetivos e medidas gerais A Entidade Gestora promove o uso eficiente da água de modo a minimizar os riscos de escassez hídrica e a melhorar as condições ambientais nos meios hídricos, com especial cuidado nos períodos de seca, designadamente através de: a) Ações de sensibilização e informação; b) Iniciativas de formação, apoio técnico e divulgação de documentação técnica. Artigo 25.º Rede pública de distribuição de água Ao nível da rede pública de distribuição de água, a Entidade Gestora promove medidas do uso eficiente da água, designadamente: a) Otimização de procedimentos e oportunidades para o uso eficiente da água; b) Redução de perdas nas redes públicas de distribuição de água; c) Otimização das pressões nas redes públicas de distribuição de água; d) Utilização de um sistema tarifário adequado, que incentive um uso eficiente da água. Artigo 26.º Rede de distribuição predial Ao nível da rede de distribuição predial de água, os proprietários e os utilizadores promovem medidas do uso eficiente da água, designadamente: a) Eliminação das perdas nas redes de distribuição predial de água; b) Redução dos consumos através da adoção de dispositivos eficientes; c) Isolamento térmico das redes de distribuição de água quente; d) Reutilização ou uso de água de qualidade inferior, sem riscos para a saúde pública. Artigo 27.º Usos em instalações residenciais e coletivas Ao nível dos usos em instalações residenciais e coletivas, os proprietários e os utilizadores promovem medidas do uso eficiente da água, designadamente: a) Uso adequado da água; b) Generalização do uso de dispositivos e equipamentos eficientes; c) Atuação na redução de perdas e desperdícios. SECÇÃO IV Sistemas públicos de distribuição de água Artigo 28.º Propriedade da rede geral de distribuição de água A rede geral de distribuição de água é propriedade do Município de Amares. Artigo 29.º Instalação e conservação 1 Compete à Entidade Gestora a instalação, a conservação, a reabilitação e a reparação da rede de distribuição pública de água, assim como a sua substituição e renovação. 2 Quando as reparações das redes de distribuição pública de água resultem de danos causados por terceiros à Entidade Gestora, os respetivos encargos são da responsabilidade dos mesmos; 3 A instalação da rede pública no âmbito de novos loteamentos pode ficar a cargo do promotor, nos termos previstos nas normas legais relativas ao licenciamento urbanístico, devendo a respetiva conceção e dimensionamento, assim como a apresentação dos projetos e a execução das respetivas obras cumprir integralmente o estipulado na legislação em vigor, designadamente o disposto no Decreto Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto, e no Decreto -Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, bem como as normas municipais aplicáveis e outras orientações da Entidade Gestora. Artigo 30.º Conceção, dimensionamento, projeto e execução de obra A conceção e o dimensionamento dos sistemas, a apresentação dos projetos e a execução das respetivas obras devem cumprir integralmente o estipulado na legislação em vigor, designadamente o disposto no Decreto Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto, e no Decreto- -Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, bem como as normas municipais aplicáveis. SECÇÃO V Redes de Abastecimento de Água Conceção Artigo 31.º Conceção geral 1 É da responsabilidade do Município a instalação e gestão da rede de distribuição de água e dos ramais de ligação aos sistemas de distribuição predial. 2 Nos arruamentos onde venham a ser instaladas as canalizações gerais, o Município, sempre que possível, instalará simultaneamente os ramais de ligação aos prédios.

8 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de Artigo 32.º Condutas de abastecimento de água 1 As condutas que constituem a rede pública destinada a água para consumo humano deverão ser executadas, preferencialmente, com tubagem de PVC na classe correspondente à pressão de serviço, podendo ser admitidos outros materiais tecnicamente apropriados, tais como PEAD ou FFD, desde que aceites pelo Município. 2 O diâmetro nominal mínimo das condutas de distribuição a aplicar no Município de Amares é de 90 mm. 3 A classe de pressão mínima admitida é de 1MPa para as tubagens. 4 As condutas deverão localizar -se, em regra, na via pública, à distância mínima de 1,00 m de lancil ou na sua falta à distância mínima de 0,80 m do limite da propriedade. Artigo 33.º Acessórios da rede de abastecimento de água 1 As redes deverão ser dotadas de três válvulas de seccionamento nos cruzamentos e duas válvulas nos entroncamentos. 2 Deverão prever -se obrigatoriamente válvulas de corte nos ramais e nas instalações que tenham que ser isoladas. 3 Os acessórios da rede destinados a água para consumo humano serão em FFD com pintura epoxy. SECÇÃO VI Ramais de ligação Artigo 34.º Propriedade Os ramais de ligação são propriedade do Município de Amares, nos termos da Lei. Artigo 35.º Instalação, conservação, renovação e substituição de ramais de ligação 1 A instalação dos ramais de ligação é da responsabilidade da Entidade Gestora, a quem incumbe, de igual modo, a respetiva conservação, renovação e substituição, sem prejuízo do disposto nos números seguintes. 2 A instalação de ramais de ligação com comprimento superior a 20 metros pode, também, ser executada pelos proprietários dos prédios a servir, a expensas próprias, nos termos definidos pela Entidade Gestora, mas, neste caso, as obras são fiscalizadas por esta. 3 Os custos com a instalação, a conservação e a substituição dos ramais de ligação são suportados pela Entidade Gestora, sem prejuízo do disposto no Artigo 157.º. 4 Quando as reparações na rede geral ou nos ramais de ligação resultem de danos causados por terceiros, os respetivos encargos são suportados por estes. 5 Quando a alteração de ramais de ligação ocorrer por alteração das condições de exercício do abastecimento ou das condições de recolha de águas residuais, por exigências do utilizador, a mesma é suportada por este; 6 No âmbito de novos loteamentos, a instalação dos ramais de ligação pode ficar a cargo do promotor, nos termos previstos pelas normas legais relativas ao licenciamento urbanístico. Artigo 36.º Utilização de um ou mais ramais de ligação Cada prédio é normalmente abastecido por um único ramal de ligação, podendo, em casos especiais, a definir pela Entidade Gestora, o abastecimento ser feito por mais do que um ramal de ligação. Artigo 37.º Condições de execução 1 Os ramais de ligação deverão ser executados preferencialmente com tubagem de PVC, podendo ser aceite pela entidade gestora outro material desde que homologado ou normalizado por organismo oficial. 2 O diâmetro nominal do ramal deve ser determinado por cálculo hidráulico, com um mínimo de 20 mm, devendo garantir uma velocidade compreendida entre 0,50 m/s e 2,00 m/s. 3 Os ramais de incêndio serão independentes dos restantes e terão um diâmetro de acordo com a legislação em vigor. 4 A profundidade mínima do ramal é de 0,80 m na via pública e de 0,50 m nos passeios. 5 A inserção do ramal na rede pública deverá ser feita com acessórios de modelo aprovado pela entidade gestora, incluindo obrigatoriamente uma válvula de corte em ferro fundido dúctil e cunha elástica. 6 Cada ramificação deverá possuir, um espaço comum, um conjunto de acessórios instalados no interior da caixa, constituídos, de montante para jusante, por uma válvula de seccionamento destinada a uso da entidade gestora e uma torneira de passagem destinada a uso do consumidor. 7 Neste conjunto poderão ser integrados outros acessórios, não obrigatórios, nomeadamente válvula de retenção, válvulas redutoras de pressão, filtros, manómetros e ventosas. Artigo 38.º Alvéolos dos contadores 1 Na construção dos edifícios deverão ser previstos alvéolos para a colocação dos contadores de água, independentemente da origem do abastecimento. 2 Os contadores, um por cada local de consumo, podem ser colocados isoladamente ou em conjunto, neste último caso numa bateria de contadores. 3 O alojamento dos contadores e seus acessórios devem ter as dimensões mínimas de: a) Contadores de 15 a 20 mm: 0,60 m de largura, 0,40 m de altura e 0,20 m de profundidade; b) Contadores de 30 e 40 mm: 0,80 m de largura, 0,50 m de altura e 0,30 m de profundidade; c) Contadores de 50 a 100 mm: 1,00 m de largura, 0,60 m de altura e 0,40 m de profundidade. d) No caso de os contadores serem colocados em bateria a altura do alvéolo aumentará de 0,15 m, com o máximo de 0,90 m, correspondente a seis contadores. 4 O alvéolo será fechado por uma porta suficientemente robusta, com fecho normalizado, de forma a evitar a sua remoção ou vandalização. 5 Nos edifícios com logradouros privados, os alvéolos dos contadores devem localizar -se no logradouro, junto à zona de entrada contígua com a via pública e com possibilidade de leitura pelo exterior e revestidos com isolamento térmico para serem resguardados das baixas temperaturas. 6 Nos prédios com mais de uma fração, os alvéolos devem localizar- -se preferencialmente na zona de entrada e coberta, de modo a ser facilmente lidos e resguardados das baixas temperaturas. Se for tecnicamente impossível esta localização, os contadores devem localizar -se em locais de fácil acesso, sendo obrigatório que se situem nos patamares de escada ou corredores de acesso aos apartamentos. Artigo 39.º Válvula de corte para suspensão do abastecimento 1 Cada ramal de ligação, ou sua ramificação, deverá ter, na via pública ou em parede exterior do prédio confinante com aquela, uma válvula de corte ao prédio, de modelo apropriado, que permita a suspensão do abastecimento de água. 2 As válvulas de corte só podem ser manobradas por pessoal da Entidade Gestora, dos Bombeiros e da Proteção Civil. Artigo 40.º Entrada em serviço Nenhum ramal de ligação pode entrar em serviço sem que as redes de distribuição prediais tenham sido verificadas e ensaiadas, nos termos da legislação em vigor, exceto nas situações referidas no n.º 2 do artigo 139.º do presente regulamento; SECÇÃO VII Sistemas de distribuição predial Artigo 41.º Caracterização da rede predial 1 A execução das redes de distribuição predial e respetiva conservação em boas condições de funcionamento e salubridade é da responsabilidade dos proprietários.

9 446 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de As redes de distribuição predial de abastecimento de água têm início na válvula de corte ou no limite de propriedade, caso aquela não exista, e prolongam -se até aos dispositivos de utilização; 3 A instalação dos sistemas prediais e a respetiva conservação em boas condições de funcionamento e salubridade é da responsabilidade do proprietário; 4 Excetuam -se do número anterior o contador de água, a válvula a montante, cuja responsabilidade de colocação e manutenção é da Entidade Gestora. 5 A instalação de reservatórios prediais é autorizada pela Entidade Gestora quando o sistema público não ofereça garantias necessárias ao bom funcionamento do sistema predial em termos de caudal e pressão. 6 A entidade gestora define os aspetos construtivos, de dimensionamento e de localização dos reservatórios prediais, de forma a assegurar adequadas condições de salubridade. Artigo 42.º Separação dos sistemas Os sistemas prediais de distribuição de água devem ser independentes de qualquer outra forma de distribuição de água com origem diversa, designadamente poços ou furos privados que, quando existam, devem ser devidamente licenciados nos termos da legislação em vigor. Artigo 43.º Prevenção de contaminação 1 Não é permitida a ligação entre um sistema de distribuição de água a qualquer sistema de drenagem que possa permitir o retrocesso de efluentes nas canalizações daquele sistema. 2 O fornecimento de água potável aos aparelhos sanitários, deve ser efetuado sem por em risco a sua potabilidade, impedindo a sua contaminação, quer por contacto quer por aspiração de água residual em casos de depressão. Artigo 44.º Utilização de água não potável 1 A Entidade Gestora pode autorizar a utilização de água não potável, nomeadamente de poços ou furos privativos, exclusivamente para lavagem de pavimento, rega, combate ao incêndio e fins industriais não alimentares, desde que salvaguardadas as condições de defesa da saúde pública. 2 As redes de água não potável e respetivos dispositivos de utilização devem ser sinalizados. Artigo 45.º Responsabilidade por danos nos sistemas prediais 1 A Entidade Gestora não assume qualquer responsabilidade por danos que possam sofrer os consumidores em consequência de perturbações ocorridas nos sistemas públicos que ocasionem interrupções no serviço, desde que resultem de casos fortuitos ou de força maior ou de execução de obras previamente programadas, sempre que os utilizadores sejam avisados, pelo menos com 48 horas de antecedência. 2 O aviso indicado no número anterior poderá processar -se através da imprensa, da rádio ou de aviso postal. Artigo 46.º Manutenção dos sistemas prediais 1 Na operação dos sistemas prediais devem os seus utilizadores abster -se de atos que possam prejudicar o bom funcionamento do sistema, ou pôr em causa direitos de terceiros, nomeadamente no que respeita à saúde pública e ao ambiente. 2 A conservação, reparação e renovação da rede de distribuição de um prédio, é da responsabilidade do proprietário ou usufrutuário. 3 Em qualquer dos casos, é sempre da responsabilidade da Entidade Gestora a manutenção e renovação dos elementos e acessórios que se encontram na caixa do contador. 4 As reparações das canalizações e dispositivos de utilização serão precedidas de um pedido de interrupção do abastecimento, sempre que as mesmas se tenham que proceder a montante do contador. 5 Os consumidores são responsáveis por todo o gasto de água em perdas nas canalizações de distribuição interior e seus dispositivos de utilização. 6 Logo que seja detetada uma rotura, fuga de água em qualquer ponto nas redes prediais de distribuição predial ou nos dispositivos de utilização, deve ser promovida a reparação pelos responsáveis pela sua conservação. Artigo 47.º Conceção geral Água 1 É obrigatório instalar em todos os prédios a construir, remodelar ou ampliar sistemas prediais de abastecimento de água de acordo com as disposições do presente diploma. 2 A obrigatoriedade a que se refere o número anterior é extensiva a prédios já existentes à data da instalação dos sistemas públicos, podendo ser aceites em casos especiais, soluções simplificadas sem prejuízo das condições mínimas de salubridade. 3 A instalação dos sistemas prediais é da responsabilidade dos proprietários ou usufrutuários. 4 A obrigação atribuída pelo número anterior aos proprietários dos prédios considerará transferidas para os seus usufrutuários, comodatários ou arrendatários quando estes assumam perante o Município, nos termos do artigo 12.º 5 Os projetos deverão ser elaborados prevendo -se que o abastecimento se processa através da rede pública, mesmo nos casos em que transitoriamente, tal não seja possível, de modo a permitir a fácil ligação posterior, assim que o desenvolvimento das redes o permita. 6 Sem prejuízo do estabelecido no n.º 4, é da responsabilidade dos proprietários a manutenção das canalizações privativas instaladas para abastecimento dos prédios, a partir do limite exterior das propriedades, até aos locais de utilização de água dos vários andares, com tudo o que for necessário para o abastecimento, incluindo os aparelhos para a utilização da água, com exceção dos contadores. 7 É da responsabilidade do projetista a consulta prévia ao Município sobre as condições de abastecimento de água em termos de pressão estática. 8 Sempre que os níveis de pressão na rede não permitam o abastecimento direto, de acordo com a legislação em vigor, deverá ser prevista a construção de cisterna no piso inferior, com uma capacidade igual ao volume médio diário do mês de maior consumo previsível, e respetivo sistema de bombagem. 9 As cisternas deverão possuir duas células cobertas em paralelo e oferecer as necessárias garantias de estanquicidade, acessibilidade, isolamento térmico e ventilação, garantindo boas condições sanitárias e de facilidade de limpeza e desinfeção. 10 As cisternas devem possuir uma localização e um revestimento interno adequados em termos sanitários, estar equipados com os acessórios apropriados ao bom funcionamento da admissão e distribuição de água, à regulação do seu nível, às descargas de fundo e à ventilação. 11 O dimensionamento dos grupos hidropressores deverá ser dimensionados para o caudal de ponta, sendo no mínimo dois, dos quais um servirá de reserva, equipados com todos os órgãos eletromecânicos, de potência, de automatismo, de proteção elétrica e acústica. 12 Nos prédios destinados a mais do que um local de consumo, a canalização particular terá uma coluna montante individual a partir da bateria de contadores a implantar sempre que possível na parte exterior do edifício. 13 As tubagens deverão ter um trajeto, em espaços comuns, nomeadamente na parede de escadas do prédio. 14 A ligação da rede predial de um edifício à rede pública de abastecimento de água terá que ser completamente independente de qualquer outro sistema de abastecimento de água particular, nomeadamente de poços, de minas ou furos. 15 As canalizações interiores da rede predial em prédios de habitação coletiva devem ser preferencialmente instaladas à vista, galerias, caleiras ou tetos falsos e em zonas comuns do edifício. 16 As canalizações instaladas à vista em caves ou zonas industriais devem ser identificadas com a cor verde RAL É obrigatório a instalação de redutoras de pressão nos ramais de introdução individuais sempre que a pressão seja superior a 600 KPa. 18 Os termoacumuladores e as caldeiras em pressão a instalar deverão cumprir todas as normas técnicas e de segurança exigíveis pela legislação em vigor, incluindo a adequação do material constituinte às características físico -químicas da água da rede pública e pressões mínimas admissíveis regulamentarmente. Artigo 48.º Inspeção e ensaio de estanquidade do sistema de abastecimento de água 1 A realização de vistoria pela Entidade Gestora, para atestar a conformidade da execução dos projetos de redes de distribuição e de redes de drenagem predial com o projeto aprovado ou apresentado, prévia à emissão da licença de utilização do imóvel, é dispensada mediante a emissão de termo de responsabilidade por técnico habilitado

10 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de para esse efeito, de acordo com o respetivo regime legal, que ateste essa conformidade; 2 Sempre que julgue conveniente a Entidade Gestora procede a ações de inspeção nas obras dos sistemas prediais, que podem incidir sobre o comportamento hidráulico do sistema, as caixas dos contadores para garantia do cumprimento do disposto no n.º 1 do Artigo 47.º, bem como a ligação do sistema predial ao sistema público. 3 Durante a execução das obras dos sistemas prediais a Entidade Gestora deve acompanhar os ensaios de eficiência e as operações de desinfeção previstas na legislação em vigor. 4 A Entidade Gestora notificará as desconformidades que verificar nas obras executadas ao técnico responsável pela obra, que deverão ser corrigidas, um prazo de trinta dias. 5 É obrigatório a realização de ensaios de estanquidade e de eficiência com a finalidade de assegurar o correto funcionamento das redes de abastecimento de água. 6 Os ensaios são da responsabilidade do promotor, e devem ser realizados na presença de pessoal do Município de Amares. 7 Os resultados dos ensaios devem constar no livro de obra. 8 O ensaio de estanquidade deve ser conduzido com as canalizações, juntas e acessórios à vista, convenientemente travados e com as extremidades obturadas e desprovidas de dispositivos de utilização. 9 O processo de execução do ensaio é o seguinte: a) Ligação da bomba de ensaio com manómetro, localizada tão próximo quanto possível do ponto de menor cota do troço a ensaiar; b) Enchimento das canalizações por intermédio da bomba, de forma a libertar todo o ar nelas contido e garantir uma pressão igual a uma vez e meia a máxima de serviço, com o mínimo de 900 KPa; c) Leitura do manómetro da bomba, que não deve acusar redução durante um período mínimo de quinze minutos; d) Esvaziamento do troço ensaiado. SECÇÃO VIII Serviço de incêndios Artigo 49.º Legislação aplicável Os projetos, a instalação, a localização, os diâmetros nominais e outros aspetos construtivos dos dispositivos destinados à utilização de água para combate a incêndios deverão, além do disposto no presente Regulamento, obedecer à legislação nacional em vigor. Artigo 50.º Hidrantes 1 Na rede de distribuição pública de água são previstos hidrantes de modo a garantir uma cobertura efetiva, de acordo com as necessidades do serviço de incêndios. 2 A responsabilidade pela manutenção dos ramais de ligação dos hidrantes, ainda que instalados nas fachadas dos edifícios, é da Entidade Gestora. 3 As bocas -de-incêndio instaladas nas fachadas dos edifícios devem ser progressivamente substituídas por marcos de água instalados na via pública e ligados diretamente à rede pública. Artigo 51.º Manobras de válvulas de corte e outros dispositivos As válvulas de corte e dispositivos de tomada de água para serviço de incêndios só podem ser manobradas por pessoal da Entidade Gestora, dos bombeiros ou da Proteção Civil. Artigo 52.º Redes de incêndios particulares 1 Nas instalações existentes no interior dos prédios destinadas exclusivamente ao serviço de proteção contra incêndios, a água consumida é objeto de medição ou estimativa para efeitos de avaliação do balanço hídrico dos sistemas. 2 O fornecimento de água para essas instalações é comandado por uma válvulas de corte selada e localizada, de acordo com as instruções da Entidade Gestora. 3 Em caso de incêndio a válvulas de corte pode ser manobrada por pessoal estranho ao serviço de incêndios, devendo, no entanto, tal intervenção ser comunicada à Entidade Gestora nas 24 horas subsequentes. 4 Caso não seja dado cumprimento ao estabelecido no número anterior, a faturação da água consumida é associada ao contrato estabelecido para os usos do condomínio. Artigo 53.º Bocas -de-incêndio das redes de distribuição predial A entidade gestora fornecerá água para as bocas -de-incêndio alimentadas pelas redes prediais, privadas ou públicas, mediante contrato especial que conterá obrigatoriamente as seguintes cláusulas: a) As bocas -de-incêndio têm ramal e canalizações interiores próprias, com as características e localização em conformidade com o que o Serviço da Proteção Civil determinar; b) As bocas -de-incêndio são comandadas por uma válvula de suspensão selada, a qual apenas pode ser manobrada em caso de incêndio, devendo a Entidade Gestora ser disso avisada pelos utilizadores nas 24 horas seguintes ao sinistro, sob pena dos valores medidos serem faturados. SECÇÃO IX Instrumentos de medição Artigo 54.º Medição por contadores 1 Deve existir um contador destinado à medição do consumo de água em cada local de consumo, incluindo as partes comuns dos condomínios quando nelas existam dispositivos de utilização. 2 A água fornecida através de fontanários ligados à rede pública de abastecimento de água é igualmente objeto de medição. 3 Os contadores são da propriedade da Entidade Gestora, que é responsável pela respetiva instalação, manutenção e substituição. Artigo 55.º Tipo de contadores 1 Os contadores a empregar na medição da água fornecida a cada prédio ou fração são do tipo autorizado por lei e obedecem às respetivas especificações regulamentares. 2 O diâmetro nominal e a classe metrológica dos contadores é fixado pela Entidade Gestora. 3 A definição do contador deve ser determinada tendo em conta: a) O caudal de cálculo previsto na rede de distribuição predial; b) A pressão de serviço máxima admissível; c) A perda de carga. 4 Sem prejuízo do disposto nos números 2 e 3, para utilizadores não domésticos podem ser fixados pela Entidade Gestora diâmetros nominais de contadores tendo por base o perfil de consumo do utilizador. 5 Os contadores podem ter associados equipamentos e/ou sistemas tecnológicos que permitam à Entidade Gestora a medição dos níveis de utilização por telecontagem. 6 Nenhum contador pode ser instalado e mantido em serviço sem a verificação metrológica prevista na legislação em vigor. Artigo 56.º Localização e instalação dos contadores 1 As caixas dos contadores são obrigatoriamente instaladas em locais de fácil acesso ao pessoal da Entidade Gestora, de modo a permitir um trabalho regular de substituição ou reparação no local e que a sua visita e leitura se possam fazer em boas condições, e de acordo com o artigo 38.º 2 No caso de intervenções em edifícios referenciados nos inventários do património, ou situados em áreas sujeitas a salvaguarda patrimonial, e sem prejuízo de estabelecido no número anterior, a localização das caixas dos contadores deverá igualmente ter em consideração a necessidade de preservar a qualidade arquitetónica do edifício ou do conjunto onde este se insere, devendo as soluções a adotar ser concertadas entre a Entidade Gestora e os organismos centrais, ou unidades orgânicas municipais, encarregadas da gestão do património construído. 3 Não pode ser imposta pela Entidade Gestora aos utilizadores a contratação dos seus serviços para a construção e a instalação de caixas ou nichos destinados à colocação de instrumentos de medição, sem prejuízo da possibilidade da Entidade Gestora fixar um prazo para a execução de tais obras. 4 Em prédios em propriedade horizontal devem ser instalados instrumentos de medição em número e com o diâmetro estritamente

11 448 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de 2019 necessários aos consumos nas zonas comuns ou, em alternativa e por opção da Entidade Gestora, nomeadamente quando existir reservatório predial, podem ser instalados contadores totalizadores, sendo nesse caso aplicável o disposto no n.º 4 do Artigo 153.º Artigo 57.º Verificação metrológica e substituição 1 A Entidade Gestora procede à verificação periódica dos contadores nos termos da legislação em vigor. 2 A Entidade Gestora procede, sempre que o julgar conveniente, à verificação extraordinária do contador. 3 O utilizador pode solicitar a verificação extraordinária do contador em instalações de ensaio devidamente credenciadas, tendo direito a receber cópia do respetivo boletim de ensaio. 4 A Entidade Gestora procede à substituição dos contadores no termo de vida útil destes ou sempre que tenha conhecimento de qualquer anomalia, por razões de exploração e controlo metrológico. 5 No caso de ser necessária a substituição de contadores por motivos de anomalia, exploração e controlo metrológico, a Entidade Gestora deve avisar o utilizador da data e do período previsível para a intervenção que não ultrapasse as duas horas. 6 Na data da substituição deve ser entregue ao utilizador um documento de onde constem as leituras dos valores registados pelo contador substituído e pelo contador que, a partir desse momento, passa a registar o consumo de água. 7 A Entidade Gestora é responsável pelos custos incorridos com a substituição ou reparação dos contadores por anomalia não imputável ao utilizador. Artigo 58.º Responsabilidade pelo contador 1 O contador fica à guarda e fiscalização imediata do utilizador, o qual deve comunicar à Entidade Gestora todas as anomalias que verificar, nomeadamente, não fornecimento de água, fornecimento sem contagem, contagem deficiente, rotura e deficiências na selagem, entre outros. 2 Com exceção dos danos resultantes da normal utilização, o utilizador responde por todos os danos, deterioração ou perda do contador, salvo se provocados porque lhe não seja imputável e desde que dê conhecimento imediato à Entidade Gestora. 3 Para além da responsabilidade criminal que daí resultar, o utilizador responde ainda pelos prejuízos causados em consequência do emprego de qualquer meio capaz de interferir com o funcionamento ou marcação do contador, salvo se provar que aqueles prejuízos não lhe são imputáveis. Artigo 59.º Leituras 1 Os valores lidos devem ser arredondados para o número inteiro anterior ao volume efetivamente medido. 2 As leituras dos contadores são efetuadas com uma frequência trimestral, sendo, no entanto, condição mínima a leitura ser efetuada duas vezes por ano e com um distanciamento máximo entre duas leituras consecutivas de oito meses. 3 O utilizador deve facultar o acesso da Entidade Gestora ao contador, com a periodicidade a que se refere o n.º 2, quando este se encontre localizado no interior do prédio servido. 4 Sempre que, por indisponibilidade do utilizador, se revele por duas vezes impossível o acesso ao contador por parte da Entidade Gestora, esta deve avisar o utilizador, por carta registada ou meio equivalente, da data e intervalo horário, com amplitude máxima de duas horas, de terceira deslocação a fazer para o efeito, assim como da comunicação da suspensão do fornecimento no caso de não ser possível a leitura. 5 A Entidade Gestora disponibiliza aos utilizadores meios alternativos para a comunicação de leituras, nomeadamente Internet, serviços postais e telefone, as quais são consideradas para efeitos de faturação sempre que realizadas nas datas para o efeito indicadas nas faturas anteriores. Artigo 60.º Avaliação dos consumos Nos períodos em que não haja leitura, o consumo é estimado: a) Em função do consumo médio apurado entre as duas últimas leituras reais efetuadas pela Entidade Gestora; b) Em função do consumo médio de utilizadores com características similares no âmbito do território municipal verificado no ano anterior, na ausência de qualquer leitura subsequente à instalação do contador. CAPÍTULO IV Sistemas de saneamento de águas residuais urbanas SECÇÃO I Condições de recolha de águas residuais urbanas Artigo 61.º Obrigatoriedade de ligação à rede geral de saneamento 1 Dentro da área abrangida pelas redes de distribuição de saneamento, os proprietários dos prédios existentes ou a construir são obrigados a: a) Instalar, por sua conta, a rede de distribuição predial; b) Solicitar a ligação à rede de geral de saneamento; c) Requerer a execução dos ramais de ligação. 2 A obrigatoriedade de ligação à rede geral de saneamento abrange todas as edificações qualquer que seja a sua utilização, sem prejuízo do disposto no artigo 62.º 3 Os usufrutuários, comodatários e arrendatários, mediante autorização dos proprietários, podem requerer a ligação dos prédios por eles habitados à rede geral de saneamento. 4 As notificações aos proprietários dos prédios para cumprimento das disposições dos números anteriores são efetuadas pela Entidade Gestora nos termos da lei, sendo -lhes fixado, para o efeito, um prazo nunca inferior a 30 dias. 5 Após a entrada em funcionamento da ligação da rede predial à rede pública, os proprietários dos prédios que disponham de sistemas próprios de saneamento devem proceder à sua desativação no prazo máximo de 30 dias. Artigo 62.º Dispensa de ligação 1 Estão dispensados da obrigatoriedade de ligação ao sistema público de saneamento: a) Os edifícios que disponham de sistemas próprios de saneamento devidamente licenciados, nos termos da legislação aplicável, designadamente unidades industriais; b) Os edifícios cuja ligação se revele demasiado onerosa do ponto de vista técnico ou económico para o utilizador e que disponham de soluções individuais que assegurem adequadas condições de salvaguarda da saúde pública e proteção ambiental; c) Os edifícios ou fogos cujo mau estado de conservação ou ruína os torne inabitáveis e estejam de facto permanentemente desabitados; d) Os edifícios em vias de expropriação ou demolição. 2 A isenção deve ser requerida pelo interessado, podendo a Entidade Gestora solicitar documentos comprovativos da situação dos prédios a isentar. Artigo 63.º Exclusão da responsabilidade 1 A Entidade Gestora não é responsável por danos que possam sofrer os utilizadores, decorrentes de avarias e perturbações nas canalizações das redes gerais de saneamento, desde que resultantes de: a) Casos fortuitos ou de força maior; b) Execução pela Entidade Gestora de obras previamente programadas, desde que os utilizadores tenham sido expressamente avisados com uma antecedência mínima de 48 horas; c) Atos, dolosos ou negligentes praticados pelos utilizadores, assim como por defeitos ou avarias nas instalações prediais. Artigo 64.º Interrupção ou restrição na recolha de águas residuais urbanas 1 A Entidade Gestora pode suspender a recolha de águas residuais urbanas nos seguintes casos: a) Trabalhos de reparação, reabilitação ou substituição de ramais de ligação, quando não seja possível recorrer a ligações temporárias; b) Trabalhos de reparação, reabilitação ou substituição do sistema público ou dos sistemas prediais, sempre que exijam essa suspensão; c) Casos fortuitos ou de força maior. 2 A Entidade Gestora deve comunicar aos utilizadores, com a antecedência mínima de 48 horas, qualquer interrupção programada no serviço de recolha de águas residuais urbanas.

12 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de Quando ocorrer qualquer interrupção não programada na recolha de águas residuais urbanas aos utilizadores, a Entidade Gestora deve informar os utilizadores que o solicitem da duração estimada da interrupção, sem prejuízo da disponibilização desta informação no respetivo sítio da Internet e da utilização de meios de comunicação social, e, no caso de utilizadores especiais, tais como hospitais, tomar diligências específicas no sentido de mitigar o impacto dessa interrupção. 4 Em qualquer caso, a Entidade Gestora deve mobilizar todos os meios adequados à reposição do serviço no menor período de tempo possível e tomar as medidas que estiverem ao seu alcance para minimizar os inconvenientes e os incómodos causados aos utilizadores dos serviços. Artigo 65.º Interrupção da recolha de águas residuais urbanas por facto imputável ao utilizador 1 A Entidade Gestora pode suspender a recolha de águas residuais urbanas, por motivos imputáveis ao utilizador, nas seguintes situações: a) Deteção de ligações clandestinas ao sistema público, uma vez decorrido prazo razoável definido pela Entidade Gestora para regularização da situação; b) Deteção de ligações indevidas ao sistema predial de recolha de águas residuais domésticas, nomeadamente pluviais, uma vez decorrido prazo razoável definido pela Entidade Gestora para a regularização da situação; c) Verificação de descargas com características de qualidade em violação dos parâmetros legais e regulamentares aplicáveis, uma vez decorrido um prazo razoável definido pela Entidade Gestora para a regularização da situação; d) Quando o utilizador não seja o titular do contrato de recolha de águas residuais urbanas/fornecimento de água e não apresente evidências de estar autorizado pelo mesmo a utilizar o serviço e não seja possível a interrupção do serviço de abastecimento de água; e) Quando não seja possível o acesso ao sistema predial para inspeção ou, tendo sido realizada inspeção e determinada a necessidade de realização de reparações em auto de vistoria, aquelas não sejam efetuadas dentro do prazo fixado, em ambos os casos desde que haja perigo de contaminação, poluição ou suspeita de fraude que justifiquem a suspensão; f) Mora do utilizador no pagamento da utilização do serviço, quando não seja possível a interrupção do serviço de abastecimento de água; g) Em outros casos previstos na lei. 2 A interrupção da recolha de águas residuais urbanas, com fundamento em causas imputáveis ao utilizador, não priva a Entidade Gestora de recorrer às entidades judiciais ou administrativas para garantir o exercício dos seus direitos ou para assegurar o recebimento das importâncias devidas e ainda, de impor as coimas que ao caso couberem. 3 A interrupção da recolha de água residual com base no n.º 1 só pode ocorrer após a notificação ao utilizador, por escrito, com a antecedência mínima de vinte dias úteis relativamente à data que venha a ter lugar e deve ter em conta os impactos previsíveis na saúde pública e na proteção ambiental. 4 Não devem ser realizadas interrupções do serviço em datas que impossibilitem a regularização da situação pelo utilizador no dia imediatamente seguinte, quando o restabelecimento dependa dessa regularização. Artigo 66.º Restabelecimento da recolha 1 O restabelecimento do serviço de águas residuais por motivo imputável ao utilizador depende da correção da situação que lhe deu origem. 2 No caso da mora no pagamento, o restabelecimento depende da prévia liquidação dos montantes em dívida que deram origem ao corte de água, incluindo o pagamento da tarifa de restabelecimento. 3 O restabelecimento do serviço deve ser efetuado no prazo de 24 horas após a regularização da situação que originou a suspensão. SECÇÃO II Sistema público de drenagem de águas residuais Artigo 67.º Propriedade da rede geral de saneamento A rede geral de saneamento de águas residuais urbanas é propriedade do Município de Amares, nos termos da lei. Artigo 68.º Instalação e conservação 1 Compete à Entidade Gestora a instalação, a conservação, a reabilitação e a reparação da rede pública de drenagem de águas residuais, assim como a sua substituição e renovação. 2 Quando as reparações das redes de drenagem de águas residuais resultem de danos causados por terceiros à Entidade Gestora, os respetivos encargos são da responsabilidade dos mesmos; 3 A instalação da rede pública de drenagem de águas residuais no âmbito de novos loteamentos pode ficar a cargo do promotor, nos termos previstos nas normas legais relativas ao licenciamento urbanístico, devendo a respetiva conceção e dimensionamento, assim como a apresentação dos projetos e a execução das respetivas obras cumprir integralmente o estipulado na legislação em vigor, designadamente o disposto no Decreto Regulamentar n.º 23/95, de 23 de agosto, e no Decreto -Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, bem como as normas municipais aplicáveis e outras orientações da entidade gestora. Artigo 69.º Lançamentos e acessos interditos 1 Sem prejuízo do disposto em legislação especial, é interdito o lançamento nas redes de drenagem pública de águas residuais, qualquer que seja o seu tipo, diretamente ou por intermédio de canalizações prediais, de: a) Matérias explosivas ou inflamáveis; b) Matérias radioativas, em concentrações consideradas inaceitáveis pelas entidades competentes e efluentes que, pela sua natureza química ou microbiológica, constituam um elevado risco para a saúde pública ou para a conservação das redes; c) Entulhos, areias, lamas, cinzas, cimento, resíduos de cimento ou qualquer outro produto resultante da execução de obras; d) Lamas extraídas de fossas séticas e gorduras ou óleos de câmaras retentoras ou dispositivos similares, que resultem de operações de manutenção; e) Quaisquer outras substâncias que, de uma maneira geral, possam obstruir e ou danificar as canalizações e seus acessórios ou causar danos nas instalações de tratamento e que prejudiquem ou destruam o processo de tratamento final. 2 Só a Entidade Gestora pode aceder às redes de drenagem, sendo proibido a pessoas estranhas a esta proceder: a) À abertura de caixas de visita ou outros órgãos da rede; b) Ao tamponamento de ramais e coletores; c) À extração dos efluentes. Artigo 70.º Descargas de águas residuais industriais 1 Os utilizadores que procedam a descargas de águas industriais residuais no sistema público devem respeitar os parâmetros de descarga definidos na legislação em vigor e os valores definidos no Capítulo V. 2 Os utilizadores industriais devem tomar as medidas preventivas necessárias, designadamente a construção de bacias de retenção ou reservatórios de emergência, para que não ocorram descargas acidentais que possam infringir os condicionamentos a que se refere o número anterior. 3 No contrato de recolha são definidas as condições em que os utilizadores devem proceder ao controlo das descargas, por forma a evidenciar o cumprimento do disposto no n.º 1. 4 Sempre que entenda necessário, a Entidade Gestora pode proceder, direta ou indiretamente, à colheita de amostras para análise e aferição dos resultados obtidos pelo utilizador. 5 A Entidade Gestora pode exigir o pré -tratamento das águas residuais industriais pelos respetivos utilizadores, por forma a cumprirem os parâmetros de descarga referidos no n.º 1. Artigo 71.º Modelo de Sistemas 1 Os sistemas públicos de drenagem devem ser do tipo separativo, constituídos por duas redes de coletores distintas, uma destinada às águas residuais domésticas e industriais e outra à drenagem de águas pluviais. 2 Os sistemas públicos de drenagem de águas residuais urbanas não incluem linhas de água ou valas, nem a drenagem das vias de comunicação.

13 450 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de 2019 SECÇÃO III Drenagem de águas residuais Conceção Artigo 72.º Conceção geral 1 Os sistemas de drenagem pública são separativos, não sendo permitida a interligação da rede águas pluviais com a rede de águas residuais. 2 O sistema público de drenagem de águas residuais poderá abranger águas residuais industriais, desde que estas obedeçam aos parâmetros de receção fixados pela legislação em vigor e haja disponibilidade de transporte e tratamento. 3 É da responsabilidade da Entidade Gestora a manutenção das redes que fiquem situadas nas vias públicas ou atravessem propriedades particulares em regime de servidão, bem como os ramais de ligação aos prédios, incluindo câmaras de ramal situadas na via pública. Artigo 73.º Coletores 1 Os coletores de águas residuais que constituem o sistema público deverão ser executados preferencialmente em PVC, no mínimo da classe PN6, ou em PP corrugado da classe de rigidez SN8 ou FFD integral da classe correspondente à pressão de serviço. 2 Nos casos do escoamento gravítico sempre que o Município verifique a sua necessidade, quer por motivos de traçado, perfil transversal ou longitudinal, localização e quer por outras condicionantes inerentes ao tipo de via, a tubagem a utilizar deverá ser em FFD integral. 3 Os coletores de águas pluviais com diâmetros até 1000 mm deverão ser executados em PP corrugado de classe de rigidez SN8 e em betão armado da classe 4 para diâmetros superiores. 4 As câmaras de visita serão executadas de acordo com o Decreto Regulamentar, devendo, no caso daquelas onde confluem tubagens iguais ou superiores a 500 mm de diâmetro, serem executadas em betão armado, com desenho de pormenor a aprovar pelo Município de Amares. Artigo 74.º Componentes da rede 1 As câmaras de visita serão executadas de acordo com o Decreto Regulamentar, 23/95 de 23 de Agosto, devendo, no caso daquelas onde confluem tubagens iguais ou superiores a 500 mm de diâmetro, serem executadas em betão armado, com desenho de pormenor a aprovar pelo Município. 2 As câmaras de visita com altura superior a 5 m serão dotadas de plataformas intermédias. 3 As tampas e aros das câmaras de visita devem estar de acordo com a norma NP EN124 em ferro fundido dúctil, vedação hidráulica, classe D400, abertura útil mínima de 600 mm e fecho de segurança. 4 A instalação dos ramais de ligação deverá ser executada em simultâneo com os coletores. SECÇÃO IV Redes pluviais Conceção Artigo 75.º Conceção dos sistemas de drenagem de águas pluviais 1 Na conceção dos sistemas de drenagem de águas pluviais, devem ser atendidas as seguintes regras de dimensionamento: a) Inclusão de toda a água pluvial produzida nas zonas adjacentes pertencentes à bacia; b) Adoção de soluções que contribuam, por armazenamento, para reduzir os caudais de ponta. 2 A descarga dos sistemas pluviais deve ser feita nas linhas de água da bacia onde se insere, sendo necessário assegurar a compatibilidade com as características das linhas de água recetoras e ficando condicionada aquela ligação à execução de eventuais obras, em função dos estrangulamentos existentes. 3 O período de retorno mínimo a considerar no dimensionamento de uma rede de drenagem pluvial na área de intervenção da Entidade Gestora, deverá ser de 10 anos. Da mesma maneira o coeficiente de escoamento (ponderado) não deve ser inferior a 0,80. 4 Na conceção de sistemas prediais de drenagem de águas pluviais, a ligação à rede pública pode ser feita diretamente para a caixa de visita de ramal, situada no passeio, para a valeta do arruamento ou para a sarjeta mais próxima. 5 A gestão do sistema de águas pluviais cabe ao Município de Amares. SECÇÃO V Ramais de ligação Artigo 76.º Propriedade Os ramais de ligação são propriedade do Município de Amares, nos termos da lei. Artigo 77.º Instalação, conservação, renovação e substituição de ramais de ligação 1 A instalação dos ramais de ligação é da responsabilidade da Entidade Gestora, a quem incumbe, de igual modo, a respetiva conservação, renovação e substituição, sem prejuízo do disposto nos números seguintes. 2 A instalação de ramais de ligação com um comprimento superior a 20 metros pode também ser executada pelos proprietários dos prédios a servir, nos termos definidos pela Entidade Gestora, mas, neste caso, as obras são fiscalizadas por esta. 3 Os custos com a instalação, a conservação e a substituição dos ramais de ligação são suportados pela Entidade Gestora, sem prejuízo do disposto no artigo 157.º 4 Quando as reparações na rede geral ou nos ramais de ligação resultem de danos causados por terceiros, os respetivos encargos são suportados por estes. 5 Quando a renovação de ramais de ligação ocorrer por alteração das condições de recolha de águas residuais, por exigências do utilizador, a mesma é suportada por aquele. Artigo 78.º Utilização de um ou mais ramais de ligação Cada prédio é normalmente servido por um único ramal de ligação, podendo, em casos especiais, a definir pela Entidade Gestora, ser feito por mais do que um ramal de ligação. Artigo 79.º Conceção de ramais de ligação de saneamento 1 Os ramais de ligação serão executados com os materiais definidos no artigo 73.º 2 Nas câmaras de ramal situadas nos logradouros ou nos passeios, a dimensão mínima em planta não deve ser inferior a 0.80 m da sua altura, para alturas até 1.0 m, com o mínimo de 0.50 x 0.50 m medida da soleira do pavimento. O corpo da câmara de ramal será constituído por blocos de betão, ou em betão moldado assente em fundação de betão. A cobertura será plana, em betão armado dimensionado para as ações locais. O dispositivo de fecho será constituído por uma tampa em ferro fundido dúctil com as dimensões 500 x 500 mm, sendo a respetiva classe definida de acordo com a NP EN Para alturas superiores a 1.0 m as dimensões mínimas em planta serão de secção circular com diâmetro interno de 1,0 m até à profundidade de 2.50 m e de 1.20 m para profundidades superiores, de acordo as normas especificadas no artigo 75.º 4 As câmaras de ramal situadas nas faixas de rodagem terão as características definidas no número anterior, devendo o dispositivo de fecho ser constituído por tampa em ferro fundido dúctil com as dimensões de 600 mm de diâmetro, com a inscrição «Águas residuais» ou «Águas pluviais», conforme o tipo da rede, além da indicação à sua classe que será definida de acordo com a norma NP EN 124. Deverá ainda, ser inscrito na tampa «Município de Amares». 5 A inserção das redes particulares nas câmaras de ramal será realizada ao nível da canelura. 6 A construção das câmaras de ramal situadas nos logradouros é da responsabilidade dos proprietários, sujeita à fiscalização do Município. Artigo 80.º Refluxo de águas residuais 1 Para evitar o refluxo das águas residuais em caves, arrecadações e quintais situados a cotas inferiores às da via publica junto aos prédios,

14 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de os sistemas de águas residuais interiores serão dotados de dispositivos apropriados de forma a resistir à pressão prevista em tal situação; 2 As águas residuais recolhidas em cota inferior à da via pública, mesmo que localizadas acima do nível do coletor público, devem ser elevadas para um nível igual ao superior ao do arruamento, atendendo ao possível funcionamento em carga do coletor público, evitando o alagamento das caves. 3 Em casos especiais, e se aceite pela entidade gestora, a aplicação de soluções técnicas que garantam o não alagamento das caves pode dispensar a exigência do número anterior. 4 O proprietário é o único responsável pelo bom funcionamento dos dispositivos de proteção. 5 A aprovação, pela entidade gestora, da ligação à rede pública, não implica qualquer responsabilidade desta perante danos que, eventualmente, possam advir das situações referidas nos números anteriores Artigo 81.º Entrada em serviço Nenhum ramal de ligação pode entrar em serviço sem que as redes de drenagem prediais do prédio tenham sido verificadas e ensaiadas, nos termos da legislação em vigor, exceto nas situações referidas no n.º 2 do artigo 139.º do presente regulamento; SECÇÃO VI Sistemas de drenagem predial Artigo 82.º Caracterização da rede predial 1 As redes de drenagem predial têm início no limite da propriedade e prolongam -se até aos dispositivos de utilização. 2 A instalação dos sistemas prediais e a respetiva conservação em boas condições de funcionamento e salubridade é da responsabilidade do proprietário. Artigo 83.º Separação dos sistemas É obrigatória a separação dos sistemas prediais de drenagem de águas residuais domésticas, dos sistemas de águas pluviais. Artigo 84.º Responsabilidade por danos nos sistemas prediais 1 A Entidade Gestora não assume qualquer responsabilidade por danos que possam sofrer os consumidores em consequência de perturbações ocorridas nos sistemas públicos que ocasionem interrupções no serviço, desde que resultem de casos fortuitos ou de força maior ou de execução de obras previamente programadas, sempre que os utilizadores sejam avisados, pelo menos com 48 horas de antecedência. 2 O aviso indicado no número anterior poderá processar -se através da imprensa, da rádio ou de aviso postal. Artigo 85.º Manutenção dos sistemas prediais 1 Na operação dos sistemas prediais devem os seus utilizadores abster -se de atos que possam prejudicar o bom funcionamento do sistema, ou pôr em causa direitos de terceiros, nomeadamente no que respeita à saúde pública e ao ambiente. 2 A conservação, reparação e renovação das redes de drenagem de um prédio, é da responsabilidade do proprietário ou usufrutuário. Artigo 86.º Conceção geral 1 Todos os novos edifícios deverão dispor de redes internas de águas residuais que obedeçam às disposições legais e regulamentares específicas. 2 Os projetos devem ser concebidos de forma a: a) Os efluentes domésticos serem drenados através da rede pública de águas residuais, dirigidos a câmaras de visita de ramal construídas do lado do edifício que confina com a via publica ou, no caso não seja possível, nos passeios ou faixas de rodagem, projetadas com uma saída independente para a ligação à rede pública de águas residuais, mesmo que ainda não exista ou não esteja disponível; b) As águas pluviais serem dirigidas a câmara de ramal construídas do lado do edifício que confina com a via publica ou no caso não seja possível, nos passeios ou faixas de rodagem, projetadas com uma saída independente para ligação à rede pública de águas pluviais, mesmo que ainda esta ainda não esteja disponível. Se não existir rede pública as águas pluviais deverão ser encaminhadas para o logradouro do edifício. No caso de não ser possível a solução anterior, a Entidade Gestora poderá autorizar a que as águas pluviais sejam encaminhadas para o arruamento e eventualmente para a valeta no caso de existir. 3 As câmaras de visita devem ser construídas em locais acessíveis para efeitos de eventuais desobstruções. 4 Não é permitida a interligação das redes entre diferentes prédios ou frações autónomas. 5 A construção, conservação e manutenção do sistema predial, incluindo eventuais estações elevatórias e câmaras de ramal que não estejam situadas na via pública, são da responsabilidade do promotor, ou do proprietário, ou condomínio do edifício. 6 A obrigação atribuída pelo número anterior aos proprietários dos prédios considerará transferidas para os seus usufrutuários, comodatários ou arrendatários quando estes assumam perante a Entidade Gestora, nos termos do artigo 12.º 7 As canalizações de águas residuais instaladas à vista devem ser identificadas com a cor castanha RAL Artigo 87.º Inspeção e ensaio de estanquidade do sistema de saneamento 1 A realização de vistoria pela Entidade Gestora, destinada a atestar a conformidade da execução dos projetos de redes de distribuição predial com o projeto aprovado ou apresentado, prévia à emissão da licença de utilização do imóvel, é dispensada mediante a emissão de termo de responsabilidade por técnico legalmente habilitado para esse efeito, de acordo com o respetivo regime legal, que ateste essa conformidade. 2 Sempre que julgue conveniente a Entidade Gestora procede a ações de inspeção nas obras dos sistemas prediais, que podem incidir sobre o comportamento hidráulico do sistema, bem como a ligação do sistema predial ao sistema público. 3 Durante a execução das obras dos sistemas prediais a Entidade Gestora deve acompanhar os ensaios de eficiência previstos na legislação em vigor. 4 A Entidade Gestora notificará as desconformidades que verificar nas obras executadas ao técnico responsável pela obra, que deverão ser corrigidas, num prazo trinta dias. 5 É obrigatório a realização de ensaios de estanquidade e de eficiência com a finalidade de assegurar o correto funcionamento das redes de saneamento. 6 Os ensaios são da responsabilidade do promotor, e devem ser realizados na presença de pessoal do Município de Amares. 7 Os resultados dos ensaios devem constar no livro de obra. 8 O ensaio de estanquidade deve ser conduzido com as canalizações, juntas e acessórios à vista, convenientemente travados e com as extremidades obturadas e desprovidas de dispositivos de utilização. 9 O processo de execução do ensaio é o seguinte: a) O sistema é submetido a uma injeção de ar ou fumo a pressão de 400 Pa, cerca de 40 m de coluna de água, através de uma extremidade, obturando -se as restantes ou colocando nelas sifões com o fecho hídrico regulamentar; b) O manómetro inserido no equipamento de prova não deve acusar qualquer variação, durante pelo menos quinze minutos depois de iniciado o ensaio; c) Caso se recorra ao ensaio com estanquidade no ar, deve adicionar- -se produto com cheiro ativo, como por exemplo a hortelã, de modo a facilitar a localização de fugas. d) Nos ensaios de estanquidade com água nas redes de águas residuais domésticas, deve observar -se o seguinte: i) O ensaio incide sobre os coletores prediais da edificação, submetendo- -os a carga igual à resultante de eventual obstrução; ii) Tamponam -se os coletores e cada tubo de queda são cheios de água até cota correspondente à de carga do menos elevado dos aparelhos que neles descarregam. iii) Nos coletores prediais enterrados, um manómetro ligado à extremidade inferior tamponada não deve acusar abaixamento de pressão, pelo menos durante quinze minutos. SECÇÃO VII Fossas séticas Artigo 88.º Utilização de fossas séticas 1 Sem prejuízo do disposto no Artigo 62.º, a utilização de fossas séticas para a disposição de águas residuais urbanas só é possível em

15 452 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de 2019 locais não servidos pela rede pública de drenagem de águas residuais, e desde que sejam assegurados os procedimentos adequados. 2 As fossas séticas existentes em locais servidos pela rede pública de saneamento de águas residuais devem ser desativadas no prazo de 30 dias a contar da data de conclusão do ramal. 3 Para efeitos do disposto no número anterior, as fossas devem ser desconectadas, totalmente esvaziadas, desinfetadas e aterradas. Artigo 89.º Conceção, dimensionamento e construção de fossas séticas 1 As fossas séticas devem ser reservatórios completamente estanques, concebidos, dimensionados e construídos de acordo com critérios adequados, tendo em conta o número de habitantes a servir, e respeitando nomeadamente os seguintes aspetos: a) Podem ser construídas no local ou prefabricadas, com elevada integridade estrutural e completa estanquidade de modo a garantirem a proteção da saúde pública e ambiental; b) Devem ser compartimentadas, por forma a minimizar perturbações no compartimento de saídas resultantes da libertação de gases e de turbulência provocada pelos caudais afluentes (a separação entre compartimentos é normalmente realizada através de parede provida de aberturas laterais interrompida na parte superior para facilitar a ventilação); c) Devem permitir o acesso seguro a todos os compartimentos para inspeção e limpeza; d) Devem ser equipadas com defletores à entrada, para limitar a turbulência causada pelo caudal de entrada e não perturbar a sedimentação das lamas, bem como à saída para reduzir a possibilidade de ressuspensão de sólidos e evitar a saída de materiais flutuantes. 2 Em casos especiais devidamente justificados, poderão as fossas séticas, não serem estanques, devendo neste caso o efluente líquido à saída das fossas séticas ser sujeito a um tratamento complementar adequadamente dimensionado, e a seleção da solução a adotar deve ser precedida da análise das características do solo, através de ensaios de percolação, para avaliar a sua capacidade de infiltração, bem como da análise das condições de topografia do terreno de implantação. 3 Em solos com boas condições de permeabilidade, deve, em geral, utilizar -se uma das seguintes soluções: poço de infiltração, trincheira de infiltração ou leito de infiltração. 4 No caso de solos com más condições de permeabilidade, deve, em geral, utilizar -se uma das seguintes soluções: aterro filtrante, trincheira filtrante, filtro de areia, plataforma de evapotranspiração ou lagoa de macrófitas. 5 O utilizador deve requerer à Administração da Região Hidrográfica (ARH) territorialmente competente a licença para a descarga de águas residuais, nos termos da legislação aplicável para a utilização do domínio hídrico. 6 Na situação referida no ponto dois do presente artigo a aprovação do projeto da rede de saneamento estará dependente da emissão da licença de descarga a emitir pela ARH. Artigo 90.º Manutenção, recolha, transporte e destino final de lamas de fossas séticas 1 É da responsabilidade dos utilizadores os serviços de recolha, transporte e destino final de lamas de fossas séticas. 2 A Entidade Gestora pode assegurar a prestação deste serviço através da combinação que considere adequada de meios humanos e técnicos próprios e/ou subcontratados. 3 A responsabilidade pela manutenção das fossas séticas é dos seus utilizadores, de acordo com procedimentos adequados, tendo nomeadamente em conta a necessidade de recolha periódica e de destino final das lamas produzidas. 4 Considera -se que as lamas e efluentes devem ser removidas sempre que o seu nível distar menos de 30 cm da parte inferior do septo junto da saída da fossa. 5 É interdito o lançamento das lamas e efluentes de fossas séticas diretamente no meio ambiente e nas redes de drenagem pública de águas residuais. 6 As lamas recolhidas devem ser entregues para tratamento numa estação de tratamento de águas residuais equipada para o efeito. SECÇÃO VIII Normas para descargas de águas residuais industriais, ou similares, no sistema de drenagem de águas residuais SUBSECÇÃO I Disposições gerais Artigo 91.º Objetivos Nos termos do Regulamento, são objeto de celebração de contratos especiais os serviços de fornecimento de água, de recolha de águas residuais, que devam ter tratamento específico. Neste contexto, as presentes normas têm por objetivo: a) Estabelecer as condições de descarga de águas residuais sujeitas a cláusulas especiais no sistema de drenagem de águas residuais do Município. b) Assegurar que as descargas de águas residuais previstas no ponto 1 não afetem a eficiência das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) em questão, em termos de tratamento dos efluentes urbanos, a durabilidade e as condições hidráulicas de escoamento dos coletores municipais, assim como a qualidade dos meios recetores e a saúde do pessoal que opera e faz a manutenção de toda a unidade. c) Garantir a repartição justa de gastos pelos utilizadores finais que vão utilizar a ETAR. d) Fornecer a prática dos princípios de conservação da água entendida como um bem escasso que, como tal, deverá ser gerido segundo uma política de desenvolvimento sustentável. Artigo 92.º Âmbito 1 As presentes normas aplicam -se às descargas de águas residuais resultantes de: a) Unidades industriais ou outras que geram efluentes similares: i) Postos de abastecimento de combustíveis, unidades de lavagem automática de veículos, unidades de reparação, manutenção e desmantelamento de veículos. 2 Aplica -se a legislação vigente em qualquer caso que não se encontre expressamente previsto neste Regulamento. Artigo 93.º Revisões As presentes normas poderão ser revistas periodicamente ou sempre que se justifiquem alguma alteração. SUBSECÇÃO II Normas de lançamento Artigo 94.º Características das águas residuais 1 As águas residuais geradas pelo setor industrial, ou equiparado, cujas características não estejam em conformidade com os valores máximos admissíveis para cada um dos parâmetros de qualidade inerentes a águas residuais domésticas, terão que se submeter a um pré -tratamento (da inteiro responsabilidade do utilizador final), de modo a cumprirem na íntegra os valores estipulados para a descarga. 2 As características das águas residuais a serem lançadas nos coletores municipais deverão manter -se o mais constante possível, de forma a não comprometer a eficiência do tratamento da ETAR a jusante. 3 Não poderão ser descarregados no sistema de drenagem de águas residuais que conduzem à ETAR: a) Águas pluviais, superficial, escorrências de telhados ou de drenagem subterrânea; b) Águas de arrefecimento não contaminadas ou água de processo industriais não poluída; c) Água contendo substâncias venenosas, tóxicas ou radioativas que possam, isoladamente ou em interação com outras substâncias, constituir um perigo para as pessoas, nomeadamente para o pessoal afeto à operação e manutenção da ETAR, para o funcionamento da ETAR ou ainda perigar a qualidade do meio recetor final;

16 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de d) Lamas extraídas de fossas séticas e gorduras ou óleos de câmaras retentoras ou dispositivos similares que resultem das operações de manutenção, bem como entulhos, areias ou cinzas; e) Compostos inflamáveis ou explosivos que, só por si ou após mistura, possam dar origem à formação de substâncias com essas características; f) Efluentes que, pela sua natureza química ou microbiológica, constituam um elevado risco para a saúde pública ou para a conservação da tubagem e do funcionamento da ETAR, assim como quaisquer substâncias que estimulem o desenvolvimento de agentes patogénicos. 4 Não será autorizada a diluição prévia do afluente com água não poluída, para descarga na rede geral dos coletores. 5 Qualquer alteração nos processos de fabrico que conduzam a alterações na qualidade ou quantidade de efluentes, deverá ser de imediato comunicado à Entidade Gestora. 6 Os condicionamentos impostos nos n.º 3 e 4 deste artigo não impedem que, em casos específicos, antes da descarga no sistema de drenagem de águas pluviais, seja efetuado em estudo cuidado das características dessas descargas, que permitam que novos condicionamentos possam ser estabelecidos pela Entidade Gestora, para efeitos da respetiva autorização. Artigo 95.º Contabilização de caudais 1 As descargas dos efluentes deverão, sempre que possível, ser homogéneos em caudal e em composição, pois qualquer flutuação ou caudal de ponta não poderá causar alterações no funcionamento da ETAR, nem que para tal se obriga à implementação de um tanque de equalização nas instalações do utilizador final antes da descarga do efluente. 2 É obrigatória a contabilização de todos os caudais, quer sujeitos a tratamento próprio ou conjunto. A instalação e manutenção dos equipamentos de medição, a intercalar no ramal de ligação à rede, deverá ser efetuado pela autarquia, a expensas do proprietário ou utilizador da unidade industrial. Artigo 96.º Descargas acidentais 1 O utilizador final deverá tomar as devidas precauções para evitar descargas acidentais que infrinjam estas normas, e se possível, proceder à construção de um reservatório especificamente para a retenção destas águas residuais. 2 Caso se tenha demonstrado totalmente impossível de controlar tal descarga, a Entidade Gestora reserva -se o direito de interromper, de imediato, a ligação e deverão ser tomadas, em conjunto, as medidas necessárias para que sejam minimizados todo e qualquer impacto ambiental e de funcionamento de drenagem de águas residuais e ETAR que daí possa advir. 3 A Entidade Gestora deverá ser imediatamente informada sempre que se verifique a ocorrência de qualquer descarga acidental, referindo as causas, a duração e as características da mesma. 4 Se de um derrame acidental resultarem consequências graves, em que tenha sido comprometido o tratamento ou de que resultem estragos e danos significativos nos equipamentos, as reparações necessárias deverão ser custeadas pela entidade geradora da descarga. 5 A retoma da descarga só será autorizada após vistoria às instalações da unidade de tratamento do utilizador final e quando garantidas as condições para que não se verifique qualquer risco para o eficiente funcionamento do sistema de drenagem de águas residuais e ETAR a jusante. SUBSECÇÃO III Controlo do sistema Artigo 97.º Colheita de amostras 1 Consideram -se dois tipos de colheita: a) Amostras instantâneas, para casos de suspeita de alterações significativas na composição dos efluentes; b) Amostras compostas, para o caso dos afluentes apresentarem características um pouco variáveis durante o período de lançamento, em termos de caudal ou composição, mesmo com a utilização de um tanque de equalização dos mesmos. 2 A periodicidade de amostragem e os parâmetros a quantificar serão fixados pela Entidade Gestora, em função do caudal e das características da água residual a descarregar. 3 Não obstante o disposto na alínea anterior, aquando do início das descargas, o requerente deverá realizar uma caracterização analítica contemplando todos os parâmetros constantes no presente documento. 4 Os valores limites de emissão a considerar são os que constam no presente documento. 5 Em caso de constância de valores e de integral cumprimento, poderá a empresa requerer uma reavaliação do processo de autocontrolo, sem prejuízo de ambas as partes. 6 A rede de efluentes terá de dispor, a montante da ligação à rede de coletores, de uma câmara para colheita de amostras, facilmente acessível e com as dimensões necessárias para o fim a que se destina. No caso de existência de uma ETAR na própria unidade industrial, a câmara de recolha de amostras localizar -se -á imediatamente a jusante. Em qualquer dos casos a câmara de colheita deverá estar localizada no perímetro das instalações do utilizador final. 7 A Entidade Gestora poderá, sempre que considerar como necessário, determinar a instalação de equipamentos automáticos de recolha de amostras, com caráter definitivo ou temporário. 8 Todas as amostragens efetuadas no âmbito do processo de autocontrolo deverão ser realizadas na presença de um representante da Entidade Gestora. Para tal, deverá a Entidade Gestora tomar conhecimento antecipadamente da data e da hora da amostragem. Artigo 98.º Análises 1 Os métodos analíticos a utilizar serão aqueles estabelecidos na legislação em vigor ou, em caso de omissão, de acordo com os métodos estabelecidos no Standart Methods for lhe Examination of Water and Wastewater. 2 As características analíticas deverão ser realizadas em laboratórios habilitados nos termos da legislação em vigor. 3 Sempre que existam divergências entre a Entidade Gestora e o utilizador final, relativamente aos resultados analíticos do efluente, a Entidade Gestora reserva -se o direito de proceder a uma contra -análise de acordo com o ponto 2. 4 A Entidade Gestora suportará os custos das análises que se efetuarem a título de fiscalização. 5 As análises do programa de autocontrolo serão totalmente custeadas pelo utilizador final. 6 No caso das análises referidas no ponto 3 do presente artigo revelarem uma violação dos valores limites impostos, os custos serão suportados pelo utilizador final, sem prejuízo da instauração do respetivo processo de contraordenação. SUBSECÇÃO IV Processo de autorização de descarga Artigo 99.º Apresentação de requerimento 1 A ligação à rede de coletor será requerida à Entidade Gestora, através do preenchimento do respetivo impresso. 2 A renovação do requerimento deverá ser efetuada mediante uma apresentação de um exposição escrita à Entidade Gestora, que será submetida a avaliação, sempre que: a) Ocorra um aumento igual ou superior a 25 % da média das produções totais dos últimos três anos; b) Se verifique alteração do processo de fabrico ou das matérias- -primas envolvidas que gere alterações na qualidade ou quantidade de efluentes a descarregar; c) Ocorra alteração do utilizador final. Artigo 100.º Viabilização do pedido de ligação à rede 1 O deferimento do pedido de ligação à rede será condicionado pelos seguintes aspetos: a) Vistoria ao local; b) Elementos em falta ou que não sejam corretamente apresentados no requerimento de ligação à rede; c) Quando tal se verifica, face à caracterização das águas residuais a descarregar, a instalação de: i) Equipamento para medição e registo de caudal; ii) Câmara para colheita de amostras; iii) Gradagem para retenção de sólidos com mais de que 1 cm; iv) Remoção de óleos e gorduras; v) Tanque de equalização; vi) Tanque de retenção de derrames; vii) Instalação de tratamento. 2 Para os efeitos no número anterior deverá a Entidade Gestora, no prazo máximo de 30 dias úteis a partir da receção do pedido, informar

17 454 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de 2019 o requerente dos elementos em falta ou que não estejam corretamente apresentados ou solicitar a apresentação de outros documentos e informações adicionais que se julguem pertinentes. 3 A autorização será concedida em conformidade com o cumprimento de todos os termos descritos. SUBSECÇÃO V Verificação das condições de descarga Artigo 101.º Autocontrole 1 O cumprimento das autorizações de caráter geral e específicas que forem concedidas pela Entidade Gestora são da inteira responsabilidade do utilizador final, através de um processo de autocontrole dos parâmetros constantes das referidas autorizações, cuja periodicidade será de acordo com o descrito no artigo 97.º do Capítulo V e em conformidade com os métodos de colheita, de amostragem, de medição de caudais e de análises descritos na Secção III do Capítulo V do presente documento. 2 As unidades cuja descarga é contínua, deverão apresentar, no início de cada ano, o Programa de amostragens dando cumprimento ao estabelecido no presente Regulamento. As demais unidades deverão, sempre que possível, apresentar um Programa. 3 Os resultados deste processo serão enviados à Entidade Gestora, no prazo máximo de 40 dias. A Entidade Gestora pode reduzir este período no caso de parâmetros considerados Críticos. Artigo 102.º Fiscalização 1 A Entidade Gestora, sempre que julgue necessário e a partir do momento em que é requerida a ligação à rede, poderá proceder à inspeção das condições de descarga das águas residuais industriais através de colheita, de medição de caudais e análises. 2 A inspeção e controlo das instalações poderão realizar -se por iniciativa da Entidade Gestora ou solicitação do utilizador final. 3 Os fiscais deverão, no exercício das funções, apresentar -se devidamente identificados. 4 A fiscalização constará total ou parcialmente em: a) Inspeção das instalações de ligação dos efluentes à rede; b) Controlo dos elementos de medição; c) Colheita de análises e medições no local. 5 Da inspeção será obrigatoriamente elaborado, de imediato, auto de que constarão os seguintes elementos: a) Data, hora e local de inspeção; b) Identificação do fiscal; c) Identificação da(s) pessoa(s) que estiveram presentes à inspeção por parte do utilização final; d) Operação e controlo realizado; e) Colheitas e medições realizadas; f) Análises efetuadas ou a efetuar; g) Outro fatores que se considere oportuno referir. 6 Cada colheita, realizada pela Entidade Gestora será subdividida em dois conjuntos de amostras devidamente etiquetadas a serem distribuídas da seguinte forma: a) Entidade Gestora para realização de análises; b) Utilizador final, caso queira proceder a contra análises. CAPÍTULO V Serviço de gestão de resíduos SECÇÃO I Disposições gerais Artigo 103.º Tipologia de resíduos a gerir Os resíduos a gerir classificam -se quanto à tipologia em: a) Resíduos urbanos, cuja produção diária não exceda os 1100 litros por produtor; b) Resíduos urbanos de grandes produtores; c) Outros resíduos que por atribuições legislativas sejam da competência da Entidade Gestora, nomeadamente, objetos volumosos fora de uso (monstros e monos), resíduos verdes urbanos, resíduos de construção e demolição (RCD), resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE) e resíduos de limpeza urbana. Artigo 104.º Origem dos resíduos a gerir Os resíduos a gerir têm a sua origem nos utilizadores domésticos e não domésticos. Artigo 105.º Sistema de gestão de resíduos O sistema de gestão de resíduos engloba, as seguintes componentes relativas à operação de remoção de resíduos: a) Acondicionamento; b) Deposição (Indiferenciada); c) Recolha (Indiferenciada) e transporte; d) Atividades complementares: i) Conservação e manutenção dos equipamentos e das infraestruturas; ii) Atividades de caráter técnico, administrativo, financeiro e de fiscalização. SECÇÃO II Acondicionamento e deposição Artigo 106.º Acondicionamento Todos os produtores de resíduos urbanos são responsáveis pelo acondicionamento adequado dos mesmos, devendo a deposição dos resíduos urbanos ocorrer em boas condições de higiene e estanquidade, nomeadamente em sacos devidamente fechados, não devendo a sua colocação ser a granel, por forma a não causar o espalhamento ou derrame dos mesmos. Artigo 107.º Responsabilidade de deposição Os produtores de resíduos urbanos cuja produção diária não exceda os 1100 litros por produtor, independentemente de serem provenientes de habitações, condomínios ou de atividades comerciais, serviços, indústrias ou outras, são responsáveis pela sua deposição no sistema disponibilizado pela Entidade Gestora. Artigo 108.º Regras de deposição 1 Só é permitido depositar resíduos urbanos em equipamento ou local aprovado para o efeito, o qual deve ser utilizado de forma a respeitar as condições de higiene e salubridade adequadas. 2 A deposição de resíduos urbanos é realizada de acordo com os equipamentos disponibilizados pela Entidade Gestora e tendo em atenção o cumprimento das regras de separação de resíduos urbanos. 3 A deposição está, ainda, sujeita às seguintes regras: a) É obrigatória a deposição dos resíduos urbanos (RU) no interior dos equipamentos para tal destinados, deixando sempre fechada a respetiva tampa; b) Colocação dos RU em sacos devidamente acondicionados, nos dias e horas definidos, de forma a evitar o espalhamento na via pública; c) Não é permitido o despejo de óleos alimentares usados (OAU) nos contentores destinados a RU, nas vias ou outros espaços públicos, bem como o despejo nos sistemas de drenagem, individuais ou coletivos, de águas residuais e pluviais, incluindo sarjetas e sumidouros; d) Sempre que sejam disponibilizados, pela entidade gestora, contentores para a deposição de OAU provenientes do setor doméstico, a deposição destes resíduos deve respeitar as indicações contidas no equipamento ou fornecidas pela entidade gestora; e) Não é permitida a colocação de cinzas, escórias ou qualquer material incandescente nos contentores destinados a RU; f) Não é permitido colocar resíduos volumosos e resíduos verdes nos contentores destinados a RU, nas vias e outros espaços públicos, exceto quando acordado e autorizado pela Entidade Gestora; g) Não é permitida a colocação de RCD na via pública.

18 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de Artigo 109.º Tipos de equipamentos de deposição 1 Compete à Entidade Gestora definir o tipo de equipamento de deposição de resíduos urbanos a utilizar. 2 Para efeitos de deposição indiferenciada de resíduos urbanos são disponibilizados aos utilizados o(s) seguinte(s) equipamento(s): a) Contentores com capacidade de 120, 240, 800 e litros; b) Contentores semienterrados com capacidade de 3 m3 e 5 m3; c) Outros que venham a ser aprovados pela Entidade Gestora. Artigo 110.º Localização e colocação de equipamento de deposição 1 Compete à Entidade Gestora definir a localização de instalação de equipamento de deposição indiferenciada de resíduos urbanos e a sua colocação. 2 A localização e a colocação de equipamentos de deposição de resíduos urbanos respeitam os seguintes critérios: a) Zonas pavimentadas, de fácil acesso e em condições de segurança aos utilizadores; b) Zonas de fácil acesso às viaturas de recolha evitando -se nomeadamente becos, passagens estreitas, ruas de grande pendente, que originem manobras difíceis que coloquem em perigo a segurança dos trabalhadores e da população em geral, etc.; c) Evitar a obstrução da visibilidade de peões e condutores, nomeadamente através da colocação junto a passagens de peões, saídas de garagem, cruzamentos; d) Aproximar a localização do equipamento de deposição indiferenciada do de deposição seletiva; e) Assegurar a existência de equipamentos de deposição de resíduos urbanos indiferenciados a uma distância inferior a 100 metros do limite dos prédios em áreas urbanas, podendo essa distância ser aumentada para 200 metros em áreas predominantemente rurais; f) Assegurar uma distância média entre equipamentos adequada, designadamente à densidade populacional e à otimização dos circuitos de recolha, garantindo a salubridade pública; g) Os equipamentos de deposição devem ser colocados preferencialmente com a abertura direcionada para o lado contrário ao da via de circulação automóvel. 3 Os projetos de loteamento devem prever os locais para a colocação de equipamentos de deposição de resíduos urbanos por forma a satisfazer as necessidades do loteamento, as regras do número um ou indicação expressa da Entidade Gestora. 4 Os projetos previstos no número anterior são submetidos à Entidade Gestora para o respetivo parecer. 5 Para a vistoria definitiva das operações urbanísticas identificadas no n.º 3, é condição necessária a certificação pela Entidade Gestora de que o equipamento previsto esteja em conformidade com o projeto aprovado. Artigo 111.º Dimensionamento do equipamento de deposição 1 O dimensionamento para o local de deposição de resíduos urbanos, é efetuado com base na: a) Produção diária de resíduos urbanos, estimada tendo em conta a população expectável, a capitação diária e o peso específico dos resíduos; b) Produção de resíduos urbanos provenientes de atividades não domésticas, estimada tendo em conta o tipo de atividade e a sua área útil; c) Frequência de recolha; d) Capacidade de deposição do equipamento previsto para o local. 2 As regras de dimensionamento previstas no número anterior devem ser observadas nos projetos de loteamento, nos termos previstos nos números 3 a 5 do artigo anterior. Artigo 112.º Horário de deposição 1 Compete à Entidade Gestora fixar os dias e horas de recolha domiciliária dos resíduos, procedendo, para tanto, à divulgação através dos meios considerados mais adequados. 2 Nos locais de recolha direta é expressamente proibido efetuar a deposição de RSU fora dos horários e locais estabelecidos pela Entidade Gestora. 3 Fora dos horários estabelecidos, apenas poderão permanecer na via pública os contentores de utilização coletiva de propriedade da Entidade ou da entidade gestora do sistema de recolha seletiva, com capacidade unitária superior a 110 litros. 4 Os RSU só deverão ser depositados nos contentores públicos, propriedade da Entidade Gestora, no próprio dia da recolha ou nas doze horas anteriores a contar do início do circuito de recolha. 5 Os resíduos valorizáveis podem ser colocados nos equipamentos de deposição seletiva a qualquer hora e em qualquer dia da semana, exceto o vidro e as embalagens de folha metálica que deverão ser colocados entre as 8:00 e as 22:00 horas, de modo a evitar ruído noturno. SECÇÃO III Recolha e transporte Artigo 113.º Recolha 1 A recolha na área abrangida pelo Município de Amares efetua- -se por circuitos predefinidos ou por solicitação prévia, de acordo com critérios a definir pelos respetivos serviços, tendo em consideração a frequência mínima de recolha que permita salvaguardar a saúde pública, o ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos. 2 A Entidade Gestora efetua os seguintes tipos de recolha: a) Recolha indiferenciada porta -a-porta; b) Recolha indiferenciada de proximidade, por contentores de superfície. 3 A Entidade Gestora disponibiliza um serviço de recolha especial efetuada a pedido dos utilizadores, sem itinerários definidos, todas as quartas -feiras do mês, destinando -se fundamentalmente, a resíduos que, pela sua natureza, peso e dimensões, não possam ser objeto de recolha normal. Artigo 114.º Transporte O transporte de resíduos urbanos é da responsabilidade da Entidade Gestora, tendo por destino final a BRAVAL, no caso dos resíduos indiferenciados. Artigo 115.º Recolha e transporte de óleos alimentares usados 1 A recolha seletiva de OAU provenientes do setor doméstico (habitações) processa -se por contentores, localizados na via pública, em circuitos predefinidos pela Entidade Gestora em toda área de intervenção, estando disponível na Divisão de Obras Municipais, Ambiente e Saúde Pública do Município de Amares informação mais detalhada sobre os mesmos. 2 Os OAU são transportados para uma infraestrutura sob responsabilidade de um operador legalizado, identificado pela Entidade Gestora no respetivo sítio na Internet. Artigo 116.º Recolha e transporte de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos 1 A recolha seletiva de REEE do setor doméstico processa -se por solicitação Entidade Gestora, por escrito, por telefone ou pessoalmente. 2 A remoção efetua -se em hora, data e local a acordar entre a Entidade Gestora e o munícipe, sendo proibido colocar os REEE nos contentores destinados a RU, nas vias ou outros espaços públicos. 3 Os REEE são transportados para uma infraestrutura sob responsabilidade de um operador legalizado, identificado pela Entidade Gestora no respetivo sítio na Internet. 4 É proibido colocar nos espaços públicos REEE, sem previamente o requerer à entidade gestora e obter a confirmação da sua remoção. Artigo 117.º Recolha e transporte de resíduos de construção e demolição 1 A recolha seletiva de RCD produzidos em obras particulares isentas de licença e não submetidas a comunicação prévia, cuja gestão cabe à Câmara Municipal, processa -se por solicitação à Entidade Gestora, por escrito, por telefone ou pessoalmente. 2 A remoção efetua -se em hora, data e local a acordar entre a Entidade Gestora de Amares e o munícipe.

19 456 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de Os RCD previstos no n.º 1 são transportados para uma infraestrutura sob responsabilidade de um operador legalizado, identificado pela Entidade Gestora no respetivo sítio na Internet. 4 Os empreiteiros ou promotores de obras ou trabalhos de cuja atividade resultem RCD, são responsáveis pela sua remoção, valorização e eliminação, de acordo e em cumprimento com o estabelecido em legislação específica na matéria. 5 No decurso de qualquer tipo de obras, é proibido abandonar RCD em vias e outros espaços públicos, bem como em terrenos privados sem prévio licenciamento municipal e conhecimento dos proprietários. Artigo 118.º Recolha e transporte de resíduos volumosos 1 A recolha de resíduos volumosos processa -se por solicitação à Entidade Gestora, por escrito, por telefone ou pessoalmente. 2 A remoção efetua -se em local a acordar entre a Entidade Gestora e o munícipe. A recolha deste tipo de resíduos efetua -se às quartas -feiras, das 08:30 horas às 12:00 horas, exceto quando coincide com um dia feriado, realizando -se a recolha no dia útil seguinte. 3 Os resíduos volumosos são transportados para uma infraestrutura sob responsabilidade de um operador legalizado, identificado pela Entidade Gestora no respetivo sítio na Internet. 4 É proibido colocar nos espaços públicos resíduos volumosos, sem previamente o requerer à entidade gestora e tiver obtido a confirmação da sua remoção. Artigo 119.º Recolha e transporte de resíduos verdes urbanos 1 A recolha de resíduos verdes urbanos, cuja produção quinzenal é inferior a litros, processa -se por solicitação à Entidade Gestora, por escrito, por telefone ou pessoalmente. 2 A recolha efetua -se em hora, data e local a acordar entre a Entidade Gestora e o munícipe. 3 Os resíduos são transportados para o Ponto de Recolha e Armazenagem Temporária de Resíduos do Município de Amares. 4 É proibido colocar nos espaços públicos resíduos verdes urbanos, sem previamente o requerer à entidade gestora e obter a confirmação da sua remoção. Artigo 120.º Recolha e transporte de veículos em fim de vida 1 A recolha de VFV processa -se em cumprimento com o estipulado no Código de Posturas Municipais e demais legislação, sendo que os custos decorrentes com a remoção e depósito são da responsabilidade do proprietário do veículo, de acordo com as taxas estipuladas em portaria. 2 É proibido abandonar, na via pública, automóveis em estado de degradação, impossibilitados de circular com segurança pelos próprios meios e que, de algum modo, prejudiquem a higiene, a limpeza e o asseio desses locais. SECÇÃO IV Resíduos urbanos de grandes produtores Artigo 121.º Responsabilidade dos resíduos urbanos de grandes produtores 1 A deposição, recolha, transporte, armazenagem, valorização ou recuperação, eliminação dos resíduos urbanos de grandes produtores são da exclusiva responsabilidade dos seus produtores. 2 Não obstante a responsabilidade prevista no número anterior pode haver acordo com a Entidade Gestora para a realização da sua recolha. Artigo 122.º Pedido de recolha de resíduos urbanos de grandes produtores 1 Os produtores de resíduos urbanos particulares cuja produção diária exceda os 1100 litros por produtor podem efetuar o pedido de recolha através de requerimento dirigido à Entidade Gestora, onde devem constar os seguintes elementos: a) Identificação do requerente: nome ou denominação social; b) Número de Identificação Fiscal; c) Residência ou sede social; d) Local de produção dos resíduos; e) Caracterização dos resíduos a remover; f) Estimativa da quantidade diária de resíduos produzidos; g) Descrição do equipamento de deposição necessário; 2 A Entidade Gestora analisa e decide do provimento do requerimento, tendo em atenção os seguintes aspetos: a) Tipo e quantidade de resíduos a remover; b) Periodicidade de recolha; c) Horário de recolha; d) Tipo de equipamento a utilizar; e) Localização do equipamento. 3 A Entidade Gestora pode recusar a realização do serviço nas seguintes situações: a) O tipo de resíduos depositados nos contentores classificam -se em categorias diferentes das indicadas nas definições de resíduos constantes do artigo 6.º do presente regulamento; b) Inacessibilidade dos contentores à viatura de recolha, quer pelo local, quer por incompatibilidade do equipamento ou do horário de recolha; c) Não foram cumpridas as regras de separação definidas pela Entidade Gestora. 4 Os grandes produtores de resíduos urbanos devem disponibilizar o equipamento de deposição, aprovado pela Entidade Gestora. CAPÍTULO VI Projetos e execução de obras SECÇÃO I Estudos e projetos da rede Artigo 123.º Apresentação de projetos 1 Para todas as operações urbanísticas que impliquem operações materiais de urbanização, deverão ser submetidos projetos elaborados de acordo com o presente Regulamento e demais legislação em vigor, por técnico devidamente habilitado à apreciação do Município. 2 Uma vez rececionada definitivamente a obra pelo Município de Amares, através da respetiva vistoria, essas novas infraestruturas passam a fazer parte integrante dos sistemas públicos existentes. Artigo 124.º Elaboração de projetos 1 É da responsabilidade do autor dos estudos e projetos a recolha dos elementos base para a respetiva elaboração. 2 O Município de Amares prestará todas as informações de interesse, a requerimento do interessado, nomeadamente no que respeita às características e localização das redes públicas de água, pressão disponível, e para a drenagem de águas residuais domésticas, profundidade da soleiras da caixa de ramal ou do coletor público e condições de ligação, mediante o pagamento referido no tarifário. Artigo 125.º Técnico responsável pelo projeto 1 Os estudos e projetos a submeter ao Município devem ser sempre acompanhados de termo de responsabilidade do seu autor ou coordenador da equipa técnica. 2 Quer se trate de um único autor ou equipa de projetistas, o termo de responsabilidade implica o entendimento de que cada projetista possua experiência e conhecimentos adequados à elaboração dos estudos e projetos a seu cargo. 3 A qualificação oficial a exigir ao técnico responsável deve cumprir o fixado em diploma próprio. 4 Para poder desempenhar a sua atividade profissional, o técnico responsável deve estar inscrito na respetiva organização profissional e no pleno gozo dos seus direitos, dos quais deverá fazer prova. 5 Os deveres, direitos e responsabilidades dos técnicos são os previstos em legislação aplicável. Artigo 126.º Deveres do técnico responsável pelo projeto São deveres do técnico responsável: a) Cumprir as disposições do presente Regulamento; b) Respeitar as normas deontológicas, designadamente as estabelecidas pela associação profissional a que pertence;

20 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de c) Assegurar a elaboração dos estudos e projetos de acordo com a legislação aplicável e as condições contratuais; d) Encontrar as soluções mais adequadas à satisfação dos objetivos fixados, atendendo aos aspetos de natureza económica e a garantia de qualidade da construção; e) Alertar o dono da obra, por escrito, por falta de cumprimento de aspetos relevantes do seu projeto e das consequências da sua não observância; f) Prestar todos os esclarecimentos que lhe sejam pedidos. Artigo 127.º Direitos do técnico responsável pelo projeto São direitos do técnico responsável: a) Usufruir, nos termos da legislação em vigor, dos direitos de autor que lhe caibam pela elaboração de estudos e projetos; b) Exigir que os estudos e projetos elaborados só possam ser utilizados para os fins que lhe deram origem, salvo disposições contratuais em contrário; c) Ter acesso à obra durante a sua execução sempre que o julgue conveniente; d) Autorizar, por escrito, quaisquer alterações ao projeto; e) Declinar a responsabilidade pelo comportamento das obras executadas se o dono da obra não atender o aviso formulado nos termos da alínea anterior, dando disso conhecimento ao Município de Amares. Artigo 128.º Elementos de instrução do processo 1 O processo das infraestruturas de abastecimento de água e águas residuais deverá ser instruído pelos seguintes elementos: a) Termo de responsabilidade do técnico autor do projeto. b) Memória descritiva e justificativa onde conste a natureza, designação e local da obra, nome do dono da obra, a descrição e conceção dos sistemas, os materiais e acessórios e as instalações complementares. c) Cálculo hidráulico, onde constem os critérios de dimensionamento adotados e o dimensionamento das redes, equipamentos e instalações complementares previstas. d) Mapa de medições e orçamentos a preços correntes das obras a executar. e) Caderno de encargos condições técnicas. f) Peças desenhadas dos traçados, e instalações complementares com indicação dos materiais das canalizações e acessórios utilizados, obedecendo às escalas a saber: i) Plantas 1:500 ou 1:1000 ii) Perfil 1:500 ou 1:1000 em extensão e 1:50 ou 1:100 em altimetria g) Esquema de nós; h) Pormenores das câmaras de visita e ramais de ligação; i) Pormenores das sarjetas e sumidouros; 2 Os elementos descritos no ponto 1, serão apresentados em formato digital e duas cópias em papel de acordo com as normas em vigor. Artigo 129.º Alterações 1 As alterações ao projeto aprovado pelo Município de Amares só podem ser executadas mediante parecer favorável desta Entidade, podendo ser exigida a apresentação prévia do respetivo projeto de alterações ou aditamento. 2 No caso de esta ser dispensada pelo Município de Amares, devem ser entregues, após a execução da obra as peças do projeto que reproduzem as alterações introduzidas. SECÇÃO II Execução da obra Artigo 130.º Responsabilidade e fiscalização É da responsabilidade do proprietário ou usufrutuário a execução das obras consideradas necessárias de acordo com os projetos apresentados e aprovados. Artigo 131.º Técnico responsável 1 A execução da obra deve ser sempre conduzida por um técnico responsável pela sua direção técnica. 2 São considerados técnicos responsáveis pela direção técnica da obra os técnicos inscritos em instituições públicas profissionais, sem prejuízo das disposições legais específicas em vigor. Artigo 132.º Deveres do Técnico responsável São deveres do técnico responsável: a) Cumprir as disposições do presente Regulamento; b) Respeitar as normas deontológicas, designadamente as estabelecidas pela associação profissional a que pertence; c) Fazer cumprir o projeto aprovado de acordo com as regras de arte e garantir a qualidade da construção; d) Prestar todos os esclarecimentos que lhe sejam pedidos Artigo 133.º Direitos do Técnico responsável 1 Informar por escrito o dono da obra e o Município de Amares, de eventuais erros de execução realizados à sua revelia. 2 Declinar a sua responsabilidade se o dono da obra e o Município de Amares não atenderem ao aviso formulado nos termos da alínea anterior. Artigo 134.º Atualização do cadastro Concluída a obra, é atribuição do Município de Amares, proceder à atualização do seu cadastro, tendo em conta as características dos trabalhos realmente executados. Artigo 135.º Entrada em serviço 1 A entrada em serviço dos sistemas deve ser precedida de verificação, pelo Município de Amares, dos aspetos de saúde pública e de proteção do ambiente. 2 Nenhum sistema de distribuição de abastecimento de água pode entrar em funcionamento sem que tenha sido feita a desinfeção e a vistoria final de todo o sistema. 3 As novas redes de drenagem de águas residuais só podem entrar em serviço desde que esteja garantido o adequado destino final dos efluentes e dos resíduos resultantes do tratamento. SECÇÃO III Fiscalização Artigo 136.º Ações de fiscalização As ações de fiscalização devem incidir, nomeadamente, no cumprimento do projeto aprovado, nos aspetos de qualidade dos materiais e equipamentos utilizados, e no comportamento da obra, sendo para isso utilizadas as metodologias mais adequadas. Artigo 137.º Ensaio a realizar Durante a execução da obra, cabe à fiscalização aprovar as técnicas construtivas a utilizar, e mandar proceder aos ensaios previstos neste regulamento e nas condições contratuais para garantir um adequado comportamento da obra e funcionamento do sistema. CAPÍTULO VII Contratos de fornecimento de água, recolha de águas residuais e gestão de resíduos urbanos Artigo 138.º Contrato de fornecimento de água, recolha de águas residuais e gestão de resíduos urbanos 1 A prestação do serviço público de abastecimento de água, recolha de águas residuais e do serviço de gestão de resíduos é objeto

21 458 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de 2019 de contrato celebrado entre a Entidade Gestora e os utilizadores que disponham de título válido para a ocupação do imóvel. A prova de utilizador pode ser feita, designadamente, mediante a apresentação de documento que comprove a titularidade de propriedade ou o contrato de arrendamento, acompanhado da respetiva planta de localização, bem como cópia dos documentos de identificação civil, fiscal ou de pessoa coletiva, respetivamente. 2 O contrato é elaborado em impresso de modelo próprio da Entidade Gestora e instruído em conformidade com as disposições legais em vigor à data da sua celebração, no que respeita, nomeadamente, aos direitos dos utilizadores, à proteção do utilizador e à inscrição de cláusulas gerais contratuais. 3 No momento da celebração do contrato deve ser entregue ao utilizador uma cópia do respetivo contrato. 4 Os proprietários dos prédios ligados à rede geral de distribuição, sempre que o contrato de fornecimento não esteja em seu nome, devem permitir o acesso da Entidade Gestora para a retirada do contador, caso os respetivos inquilinos não o tenham facultado e a Entidade Gestora tenha denunciado o contrato nos termos previstos no Artigo 144.º 5 Os proprietários, usufrutuários, arrendatários ou qualquer pessoa que disponha de título válido, que legitime o uso e fruição do local de ligação, ou aqueles que detêm a legal administração dos prédios devem efetuar a mudança de titularidade dos contratos de fornecimento e recolha sempre que estes não estejam em seu nome e sempre que os contadores registem a primeira contagem de consumo, no prazo de 15 dias úteis, contados da data de verificação do facto, sob pena da interrupção de fornecimento de água. 6 Caso não seja dado cumprimento ao estipulado no número anterior ou sempre que ocorra a rescisão de contrato, por parte do anterior utilizador, o restabelecimento do fornecimento fica dependente da celebração de um novo contrato com a Entidade Gestora, nos termos do presente Regulamento 7 Se o último titular ativo do contrato e o requerente de novo contrato coincidirem na mesma pessoa, deve aplicar -se o regime da suspensão e reinício do contrato a pedido do utilizador previsto no Artigo 143.º 8 A Entidade Gestora não celebrará contratos com utilizadores finais e os seus cônjuges que tenham débitos por regularizar. 9 A Entidade Gestora não assume quaisquer responsabilidades pela falta de valor legal, vício ou falsidade dos documentos apresentados para efeitos do presente artigo, nem é obrigado, salvo por decisão judicial, a prestar quaisquer indicações sobre a base documental que sustentou a contratação. 10 A Entidade Gestora poderá a todo o tempo, solicitar prova da legitimidade do título de utilizador final, podendo proceder à interrupção da prestação dos serviços, se assim o julgar, após devida notificação do mesmo. Artigo 139.º Contratos especiais 1 São objeto de contratos especiais os serviços de fornecimento de água e saneamento de águas residuais que, devido ao seu elevado impacto nas redes de distribuição e no sistema público de drenagem e tratamento de águas residuais e de recolha de resíduos urbanos, devam ter um tratamento específico, designadamente, hospitais, escolas, quartéis, complexos industriais e comerciais e grandes conjuntos imobiliários. 2 Podem ainda ser definidas condições especiais para os fornecimentos temporárias ou sazonais de água, as recolhas temporárias de águas residuais não domésticas e serviço de recolha de resíduos urbanos em situações especiais nas seguintes situações: a) Obras e estaleiro de obras; b) Zona de concentração de população ou atividades com caráter temporário, tais como feiras, festivais e exposições. 3 O fornecimento de água para obras de construção civil é efetuado, devendo o requerente fazer prova de que possui o alvará de licença para obras e que é o responsável pela sua execução; este contrato termina no dia em que caduca o referido alvará. 4 A Entidade Gestora admite a contratação do serviço em situações especiais, como as a seguir enunciadas, e de forma transitória: a) Litígio entre os titulares de direito à celebração do contrato, desde que, por fundadas razões sociais, mereça tutela a posição do possuidor; b) Na fase prévia à obtenção de documentos administrativos necessários à celebração do contrato. 5 Na definição das condições especiais deve ser acautelado tanto o interesse da generalidade dos utilizadores como o justo equilíbrio da exploração do sistema de abastecimento de água, a nível de qualidade e quantidade. 6 São objeto de cláusulas especiais os serviços de recolha de águas residuais que devam ter tratamento específico, tais como: a) Unidades industriais ou outras que geram efluentes similares; b) Postos de abastecimento de combustíveis, unidades de lavagem automática, unidades de reparação, manutenção e desmantelamento de veículos e sucatas. c) Outras situações especiais não previstas nas alíneas anteriores. 7 Poderão ser ainda ser estabelecidos contratos especiais para recolha e tratamento de lamas. 8 Na celebração de contratos com cláusulas especiais deve ser acautelado tanto o interesse da generalidade dos utilizadores finais, como o justo equilíbrio da exploração dos sistemas públicos e ainda as disposições legais em vigor. 9 Na recolha de águas residuais devem ficar claramente definidos os parâmetros de poluição, os quais não devem exceder os limites aceitáveis pelo sistema, reservando -se a Entidade Gestora o direito de proceder às medições de caudal e à recolha de amostras para controlo que considere necessárias, conforme definido no anexo. 10 Sempre que as águas residuais a drenar possuam características agressivas ou perturbadoras dos sistemas públicos, os contratos devem incluir a exigência de pré -tratamento dos efluentes antes da ligação ao sistema público, sendo as condições fixadas caso a caso, pela Entidade Gestora, conforme definido no anexo. 11 Em zonas servidas unicamente por rede pública de abastecimento de água, poderão ser celebrados contratos especiais tendo em vista a descarga do efluente proveniente de fossas, desde que respeitem o estipulado no ponto anterior. Artigo 140.º Contratos simplificados 1 Considera -se como contrato simplificado todo aquele em que apenas exija a mudança de utilizador, mantendo -se colocado o contador na instalação. Artigo 141.º Domicílio convencionado 1 O utilizador considera -se domiciliado na morada por si fornecida no contrato para efeito de receção de toda a correspondência relativa à prestação do serviço. 2 Qualquer alteração do domicílio convencionado tem de ser comunicada pelo utilizador à Entidade Gestora, produzindo efeitos no prazo de 30 dias após aquela comunicação. Artigo 142.º Vigência dos contratos 1 O contrato de abastecimento de água, recolha de águas residuais e de gestão de resíduos sólidos, produz os seus efeitos a partir da data do início de fornecimento, o qual deve ocorrer no prazo máximo de cinco dias úteis contados da solicitação do contrato, com ressalva das situações de força maior. 2 A cessação do contrato do serviço prestado ocorre por denúncia, nos termos do Artigo 144.º, ou caducidade, nos termos do Artigo 145.º 3 Os contratos referidos na alínea a) n.º 2 do Artigo 139.º são celebrados com o construtor ou com o dono da obra a título precário e caducam com a verificação do termo do prazo, ou suas prorrogações, fixado no respetivo alvará de licença ou autorização. 4 Nos contratos autónomos para a prestação do serviço de recolha de águas residuais considera -se que o contrato produz os seus efeitos: a) Se o serviço for prestado por redes fixas, a partir da data de conclusão do ramal, salvo se o imóvel se encontrar comprovadamente desocupado; b) Se o serviço for prestado por meios móveis, a partir da data da outorga do contrato. 5 Quando o serviço de gestão de resíduos urbanos seja objeto de contrato conjunto com o serviço de abastecimento e/ou de saneamento de águas residuais, considera -se que a data referida no n.º 1 coincide com o início do fornecimento de água e/ou recolha de águas residuais. Artigo 143.º Suspensão e reinício do contrato 1 Os utilizadores podem solicitar, por escrito e com uma antecedência mínima de 10 dias úteis, a suspensão do contrato, por motivo de desocupação temporária do imóvel.

22 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de A suspensão implica o pagamento da respetiva tarifa, o acerto da faturação emitida até à data da suspensão e a cessação da faturação e cobrança das tarifas mensais associadas à normal prestação do serviço, até que seja retomado o serviço. 3 O serviço é retomado no prazo máximo de 5 dias contados da apresentação do pedido pelo utilizador nesse sentido, sendo a tarifa de reinício do contrato, prevista no tarifário em vigor, incluída na primeira fatura subsequente. 4 Quando o utilizador disponha simultaneamente do serviço de saneamento de águas residuais e do serviço de abastecimento de água, o contrato de saneamento de águas residuais suspende -se quando seja solicitada a suspensão do serviço de abastecimento de água e é retomado na mesma data que este. 5 Nas situações não abrangidas pelo número anterior o contrato pode ser suspenso mediante prova da desocupação temporária do imóvel e depende do pagamento da respetiva tarifa. 6 Quando o utilizador disponha simultaneamente do serviço de gestão de resíduos e do serviço de abastecimento de água, o contrato de gestão de resíduos suspende -se quando seja solicitada a suspensão do serviço de abastecimento de água e é retomado na mesma data que este. Artigo 144.º Denúncia e rescisão 1 Os utilizadores podem denunciar a todo o tempo os contratos de abastecimento de água, recolha de águas residuais e de gestão de resíduos sólidos que tenham celebrado por motivo de desocupação do local de consumo, desde que o comuniquem por escrito à Entidade Gestora e facultem nova morada para o envio da última fatura. 2 Nos 15 dias subsequentes à comunicação referenciada no número anterior, os utilizadores devem facultar a leitura do contador instalado, produzindo a denúncia efeitos a partir dessa data. 3 Não sendo possível a leitura mencionada no número anterior por motivo imputável ao utilizador, este continua responsável pelos encargos entretanto decorrentes. 4 A Entidade Gestora denuncia o contrato caso, na sequência da interrupção do serviço por mora no pagamento e de persistência do não pagamento pelo prazo de dois meses. 5 A Entidade Gestora reserva -se o direito de rescisão unilateral do contrato com seus os utilizadores finais quando esteja em causa o incumprimento do mencionado contrato, sendo a mesma efetuada através de notificação nos termos da lei. Artigo 145.º Caducidade 1 Nos contratos celebrados com base em títulos sujeitos a termo, a caducidade opera no termo do prazo respetivo. 2 Os contratos referidos no n.º 2 do Artigo 139.º podem não caducar no termo do respetivo prazo, desde que o utilizador prove que se mantêm os pressupostos que levaram à sua celebração. 3 A caducidade tem como consequência a retirada imediata dos respetivos contadores, ou medidores de caudal, caso existam, e o corte do serviço. Artigo 146.º Caução 1 A Entidade Gestora pode exigir a prestação de uma caução para garantia do pagamento do contrato nas seguintes situações: a) No momento da celebração do contrato, desde que o utilizador não seja considerado como consumidor na aceção da alínea p) do Artigo 6.º; b) No momento do restabelecimento de fornecimento, na sequência de interrupção decorrente de mora no pagamento e, no caso de consumidores, desde que estes não optem pela transferência bancária como forma de pagamento dos serviços. 2 A caução referida no número anterior é prestada por depósito em dinheiro, cheque ou transferência eletrónica ou através de garantia bancária ou seguro -caução, e o seu valor é igual a quatro vezes o encargo com o consumo médio mensal dos últimos 12 meses, nos termos fixados pelo Despacho n.º 4186/2000, publicado no Diário da República, 2.ª série, de 22 de fevereiro de 2000; 3 O utilizador que preste caução tem direito ao respetivo recibo. 4 Para instituições sem fins lucrativos, desde que registadas nas suas próprias designações e sejam titulares da instalação, o valor da caução é calculado como se de uso doméstico se tratasse. Artigo 147.º Restituição da caução 1 Findo o contrato a caução prestada é restituída ao utilizador, nos termos da legislação vigente, deduzida dos montantes eventualmente em dívida. 2 Sempre que o utilizador, que tenha prestado caução nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo anterior, opte posteriormente pela transferência bancária como forma de pagamento, tem direito à imediata restituição da caução prestada 3 A quantia a restituir será atualizada em relação à data da sua última alteração, com base no índice anual de preços ao consumidor, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística. CAPÍTULO VIII Estrutura tarifária e faturação dos serviços SECÇÃO I Estrutura tarifária Artigo 148.º Incidência 1 Estão sujeitos às tarifas relativas ao serviço de abastecimento de água, recolha de águas residuais e gestão de resíduos, todos os utilizadores finais que disponham de contrato, sendo as tarifas devidas a partir da data do início da respetiva vigência. 2 Para efeitos da determinação das tarifas fixas e variáveis os utilizadores são classificados como domésticos ou não domésticos. Artigo 149.º Estrutura tarifária 1 Pela prestação do serviço de abastecimento de água, recolha de águas residuais e gestão de resíduos, são faturadas aos utilizadores: a) A tarifa de disponibilidade de abastecimento de água, de recolha de águas residuais e de gestão de resíduos, devida em função do intervalo temporal objeto de faturação e expressa em euros por dia; b) A tarifa variável de abastecimento de água, de recolha de águas residuais e de gestão de resíduos, devida em função do volume de água fornecido durante o período objeto de faturação, sendo diferenciada de forma progressiva de acordo com escalões de consumo para os utilizadores domésticos, expressos em m 3 de água por cada trinta dias (ou período de faturação); 2 As tarifas, previstas no número anterior, englobam a prestação dos seguintes serviços: a) Execução, manutenção e renovação de ramais, incluindo a ligação do sistema público ao sistema predial, com a ressalva prevista no Artigo 157.º; b) Fornecimento de água, recolha e encaminhamento de águas residuais e gestão de resíduos urbanos; c) Celebração ou alteração de contrato de fornecimento de água, recolha de águas residuais e gestão de resíduos; d) Disponibilização e instalação de contador individual; e) Disponibilização e instalação de contador totalizador por iniciativa da Entidade Gestora; f) Leituras periódicas programadas e verificação periódica do contador; g) Reparação ou substituição de contador, torneira de segurança ou de válvula de corte, salvo se por motivo imputável ao utilizador; h) Execução e conservação de caixas de ligação e sua reparação, salvo se por motivo imputável ao utilizador; i) Instalação de medidor de caudal individual, para recolha de águas residuais, quando a Entidade Gestora a tenha reconhecido técnica e economicamente justificável, e sua substituição e manutenção, salvo por motivo imputável ao utilizador; j) Instalação, manutenção e substituição de equipamentos de recolha indiferenciada de resíduos urbanos; k) Transporte e tratamento de resíduos urbanos; l) Recolha e encaminhamento de resíduos volumosos e verdes provenientes de habitações, quando inferiores aos limites previstos para os resíduos urbanos na legislação em vigor.

23 460 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de Para além das tarifas referidas no n.º 1, são cobradas pela Entidade Gestora tarifas em contrapartida de serviços auxiliares, designadamente: a) Execução de ramais de ligação nas situações previstas no Artigo 157.º; b) Realização de vistorias ou ensaios aos sistemas prediais e domiciliários a pedido dos utilizadores; c) Suspensão e reinício da ligação do serviço por incumprimento do utilizador; d) Suspensão e reinício da ligação do serviço a pedido do utilizador; e) Leitura extraordinária de consumos de água e a leitura extraordinária de caudais rejeitados por solicitação do utilizador; f) Verificação extraordinária de contador ou de medidor de caudal, a pedido do utilizador, salvo quando se comprove a respetiva avaria por motivo não imputável ao utilizador; g) Ligação temporária ao sistema público, designadamente para abastecimento a estaleiros e obras e zonas de concentração populacional temporária; h) Informação sobre o sistema público de abastecimento de água e recolha de águas residuais em plantas de localização; i) Fornecimento de água em autotanques, salvo quando justificado por interrupções de fornecimento, designadamente em situações em que esteja em risco a saúde pública; j) Outros serviços a pedido do utilizador, nomeadamente, reparações no sistema predial ou domiciliário de abastecimento de água e recolha de águas residuais. k) Desobstrução de sistemas prediais e domiciliários de saneamento; l) Leitura extraordinária de caudais rejeitados por solicitação do utilizador; m) Recolha, transporte e destino final de lamas provenientes de fossas séticas, recolhidas através de meios móveis. 4 Nos casos em que haja emissão do aviso de suspensão do serviço por incumprimento do utilizador e o utilizador proceda ao pagamento dos valores em dívida antes que a mesma ocorra, não há lugar à cobrança da tarifa prevista na alínea c) do número anterior. Artigo 150.º Tarifa de disponibilidade de água 1 Aos utilizadores finais domésticos cujo contador possua diâmetro nominal igual ou inferior a 25 mm, aplica -se uma tarifa de disponibilidade única, expressa em euros por cada dia de utilização; 2 Aos utilizadores finais domésticos cujo contador possua diâmetro nominal superior a 25 mm aplica -se a tarifa de disponibilidade prevista para utilizadores não -domésticos; 3 Existindo consumos nas partes comuns de prédios em propriedade horizontal e sendo os mesmos medidos por um contador totalizador, é devida pelo condomínio uma tarifa de disonibilidade cujo valor é determinado em função do calibre do contador diferencial que seria necessário para medir aqueles consumos. 4 Não é devida tarifa de disonibilidade se não existirem dispositivos de utilização nas partes comuns associados aos contadores totalizadores. 5 A tarifa faturada aos utilizadores finais não -domésticos é diferenciada de forma progressiva em função do diâmetro nominal do contador instalado. a) 1.º Nível: até 25 mm; b) 2.º Nível: superior a 25 mm. Artigo 151.º Tarifa de disponibilidade de saneamento Aos utilizadores finais domésticos e não -domésticos, aplica -se uma tarifa de disponibilidade, expressa em euros por cada dia de utilização, diferenciada em função da tipologia dos utilizadores. Artigo 152.º Tarifa de disponibilidade de gestão de resíduos urbanos Aos utilizadores finais domésticos e não -domésticos, aplica -se uma tarifa de disponibilidade, expressa em euros por cada dia de utilização, diferenciada em função da tipologia dos utilizadores. Artigo 153.º Tarifa variável de água 1 A tarifa variável do serviço aplicável aos utilizadores domésticos é calculada em função dos seguintes escalões de consumo, expressos em m3 de água por cada 30 dias: a) 1.º Escalão: até 5; b) 2.º Escalão: superior a 5 e até 15; c) 3.º Escalão: superior a 15 e até 25; d) 4.º Escalão: superior a A tarifa variável do serviço aplicável aos utilizadores não- -domésticos é calculada em função dos seguintes escalões de consumo, expressos em m3 de água por cada 30 dias (ou período de faturação): a) 1.º Escalão: até 15; b) 2.º Escalão: superior a O valor final da componente variável do serviço devida pelo utilizador é calculado pela soma das parcelas correspondentes a cada escalão. 4 A tarifa variável aplicada aos contadores totalizadores é calculada em função da diferença entre o consumo nele registado e o somatório do consumo dos contadores que lhe são indexados. 5 O fornecimento de água centralizado para aquecimento de águas sanitárias em sistemas prediais, através de energias renováveis, que não seja objeto de medição individual a cada fração, é globalmente faturado ao condomínio ao valor do 2.º escalão da tarifa variável do serviço prevista para os utilizadores domésticos. Artigo 154.º Tarifa variável de saneamento de águas residuais 1 A tarifa variável do serviço devida, aplicável aos utilizadores domésticos é calculada em função do consumo de água, expresso em m3, por cada 30 dias (ou período de faturação): a) 1.º Escalão: até 5; b) 2.º Escalão: superior a 5 e até 15; c) 3.º Escalão: superior a 15 e até 25; d) 4.º Escalão: superior a O valor final da componente variável do serviço devida pelo utilizador é calculado pela soma das parcelas correspondentes a cada escalão. 3 A tarifa variável do serviço devida, aplicável aos utilizadores não -domésticos é única e expressa em euros por m 3 de água consumida. 4 Quando não exista medição através de medidor de caudal, o volume de águas residuais recolhidas corresponde ao produto da aplicação de um coeficiente de recolha de referência de âmbito nacional, igual a 90 % do volume de água consumido; 5 Para aplicação do coeficiente de recolha previsto no número anterior e sempre que o utilizador não disponha de serviço de abastecimento ou comprovadamente produza águas residuais urbanas a partir de origens de águas próprias, o respetivo consumo é estimado em função do consumo médio dos utilizadores com características similares; 6 Quando não exista medição através de medidor de caudal e o utilizador comprove ter -se verificado uma rotura na rede predial de abastecimento de água, o volume de água perdida e não recolhida pela rede de saneamento não é considerado para efeitos de faturação do serviço de saneamento, considerando -se apenas o consumo médio apurado entre as duas últimas leituras reais efetuadas pela Entidade Gestora, ou consumo médio de utilizadores com características similares no âmbito do território municipal verificado no ano anterior, na ausência de qualquer leitura subsequente à instalação do contador. 7 Aos utilizadores não -domésticos, cujos consumos de água não deem origem, na sua totalidade, a águas residuais recolhidas pelo sistema público de saneamento, serão aplicadas apenas as tarifas variáveis a um consumo médio estimado, igual ao registado em utilizadores com características similares; 8 Aos utilizadores domésticos e não -domésticos dos sistemas de saneamento, em freguesias que não são consumidores de água dos sistemas Municipais e que não têm contador, será aplicada apenas uma tarifa de disponibilidade correspondente a um escalão único. Artigo 154 -A.º Tarifa variável de gestão de resíduos urbanos 1 A tarifa variável do serviço devida, aplicável aos utilizadores domésticos e não -domésticos é única e expressa em euros m 3 por água consumida.

24 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de Aos utilizadores do serviço de gestão de resíduos sem ligação à rede pública, será aplicada uma tarifa variável diária por utilizador. Artigo 155.º Tarifário pelo serviço de recolha, transporte e destino final de lamas de fossas séticas Pela recolha, transporte e destino final de lamas de fossas séticas são devidas: a) A tarifa variável diária por utilizador devida, aplicável aos utilizadores domésticos sem ligação à rede pública de abastecimento de água, suporta uma carga anual de 6.5 m3, de serviço de recolha, transporte e destino final de lamas provenientes de fossas séticas com recurso a trator cisterna. b) A tarifa variável diária por utilizador devida, aplicável aos utilizadores não -domésticos sem ligação à rede pública de abastecimento de água, suporta duas cargas anuais de 6.5 m3, de serviço de recolha, transporte e destino final de lamas provenientes de fossas séticas com recurso a trator cisterna. Artigo 156.º Fugas de água 1 Os utilizadores finais são responsáveis por todo o gasto de água em fugas ou perdas nas redes de distribuição predial e seus dispositivos de utilização. 2 Em casos de fugas não aparentes, a requerimento do interessado, a apresentar no prazo máximo de sessenta dias, o excesso de consumo devidamente comprovado pela Entidade Gestora, poderá ser recalculado ao preço do 2.º escalão do tarifário do serviço de abastecimento de água dos utilizadores domésticos e sobre este valor não incidirá a tarifa variável de saneamento. 3 A faculdade prevista no número anterior só pode ser concedida se não foi utilizada nos vinte e quatro meses anteriores, e contempla no máximo os dois últimos meses de faturação. 4 Logo que seja detetada uma rotura ou fuga de água em qualquer ponto da rede predial ou nos dispositivos de utilização, deve ser promovida a reparação pelos responsáveis pela sua utilização. Artigo 157.º Execução de ramais de ligação 1 A construção de ramais de ligação superiores a 20 metros está sujeita a uma avaliação da viabilidade técnica e económica pela Entidade Gestora. 2 Se daquela avaliação resultar que existe viabilidade, os ramais de ligação apenas são faturados aos utilizadores no que respeita à extensão superior à distância referida no número anterior, nos termos do Regulamento de Taxas do Município de Amares. 3 A tarifa de ramal pode, ainda, ser aplicada no caso de: a) Alteração de ramais de ligação por alteração das condições de prestação do serviço de abastecimento, por exigência do utilizador; b) Construção de segundo ramal para o mesmo utilizador; c) Ligações às infraestruturas das obras de urbanização. Artigo 158.º Contadores para usos de água que não geram águas residuais 1 Os utilizadores finais podem requerer a instalação de um segundo contador para usos que não deem origem a águas residuais recolhidas pelo sistema público de saneamento. 2 O consumo do segundo contador não é elegível para o cômputo das tarifas de saneamento e resíduos, quando exista tal indexação. 3 Não são aplicadas tarifas de disponibilidade no que respeita ao serviço de fornecimento de águas destinada ao combate direto a incêndios. 4 A água medida nos contadores associados ao combate a incêndios é objeto de aplicação da tarifa variável aplicável aos utilizadores não- -domésticos, nas situações em que não exista a comunicação prevista no n.º 4 do artigo 52.º Artigo 159.º Água para combate a incêndios O abastecimento de água destinada ao combate direto a incêndios não é faturado mas deve ser objeto de medição, preferencialmente, ou estimativa para efeitos de avaliação do balanço hídrico dos sistemas de abastecimento. Artigo 160.º Tarifários especiais 1 Os utilizadores podem beneficiar da aplicação de tarifários especiais nas seguintes situação: a) Utilizadores domésticos: i) Tarifário social, aplicável aos utilizadores finais cujo agregado familiar possua rendimento bruto englobável para efeitos de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), inferior ao dobro do valor anual da retribuição mínima mensal garantida; ii) Tarifário familiar, aplicável aos utilizadores domésticos finais domésticos cuja composição do agregado familiar ultrapasse quatro elementos; b) Utilizadores não domésticos: i) Associações de caráter social e beneficência sem fim lucrativo ou outras entidades de reconhecida utilidade pública cuja ação social o justifique, legalmente constituídas; ii) Autarquias locais. 2 O tarifário social para utilizadores domésticos consiste: a) Na isenção das tarifas de disponibilidade de abastecimento de água e recolha de águas residuais; b) Na aplicação ao consumo total do utilizador da tarifa variável do primeiro escalão, até ao limite mensal de 15 m³. 3 O tarifário familiar consiste no alargamento dos escalões de consumo em 3 m3 por cada membro do agregado familiar que ultrapasse os quatro elementos. 4 O tarifário social para utilizadores não -domésticos consiste: a) Na aplicação das tarifas de disponibilidade de abastecimento de água e recolha de águas residuais aplicáveis aos utilizadores domésticos; b) Na aplicação de uma redução de 15 % e 40 % face aos valores das tarifas aplicadas a utilizadores finais não -domésticos no 1.º e 2.º escalão, respetivamente. Artigo 161.º Acesso aos tarifários especiais 1 Para beneficiar da aplicação do tarifário especial os utilizadores finais domésticos devem entregar à Entidade Gestora os seguintes documentos: a) Cópia da declaração ou nota de liquidação do IRS; b) Atestado da Junta de Freguesia a comprovar a composição do agregado familiar. 2 A aplicação dos tarifários especiais tem a duração de três anos, findo o qual deve ser renovada a prova referida no número anterior, para o que a Entidade Gestora notifica o utilizador com a antecedência mínima de 30 dias. 3 Caso os agregados familiares tenham outros rendimentos ou em situações em que a Entidade Gestora considere existirem dúvidas relativamente à carência económica do agregado, a aplicação do tarifário especial dependerá de parecer prévio dos serviços sociais do Município. 4 Os utilizadores finais não -domésticos que desejem beneficiar da aplicação do tarifário social devem entregar uma cópia dos seguintes documentos: a) Cópia dos estatutos; b) Cópia de outros documentos que solicitados pela Entidade Gestora. Artigo 162.º Aprovação dos tarifários 1 O tarifário do serviço de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos é aprovado até ao termo do ano civil anterior àquele a que respeite. 2 O tarifário produz efeitos relativamente aos utilizadores finais 15 dias depois da sua publicação, sendo que a informação sobre a sua alteração acompanha a primeira fatura subsequente. 3 O tarifário é disponibilizado nos locais de estilo e ainda no sítio da internet da Entidade Gestora.

25 462 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de 2019 SECÇÃO II Faturação Artigo 163.º Periodicidade e requisitos da faturação 1 A periodicidade das faturas é mensal. 2 As faturas emitidas descriminam os serviços prestados e as correspondentes tarifas, podendo ser baseadas em leituras reais ou em estimativas de consumo, nos termos previstos Artigo 59.º e no Artigo 60.º, bem como as taxas legalmente exigíveis. Artigo 164.º Prazo, forma e local de pagamento 1 O pagamento da fatura dos serviços de abastecimento de água, saneamento de águas residuais urbanas e gestão de resíduos urbanos, emitida pela Entidade Gestora deve ser efetuado no prazo, na forma e nos locais neles indicados. 2 O prazo para pagamento da fatura não pode ser inferior a 30 dias a contar da data da sua emissão. 3 Não é admissível o pagamento parcial das faturas quando estejam em causa as tarifas de disponibilidade e variáveis associadas aos serviços de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e gestão de resíduos urbanos, bem como a taxa de recursos hídricos e a taxa de gestão de resíduos, que sejam incluídas na mesma fatura. 4 A apresentação de reclamação escrita alegando erros de medição do consumo de água suspende o prazo de pagamento da respetiva fatura, caso o utilizador solicite a verificação extraordinária do contador após ter sido informado da tarifa aplicável. 5 O atraso no pagamento, depois de ultrapassada a data limite de pagamento da fatura, permite a cobrança de juros de mora à taxa legal em vigor. 6 O atraso no pagamento da fatura superior a 15 dias, para além da data limite de pagamento, confere à Entidade Gestora o direito de proceder à suspensão do serviço do fornecimento de água desde que o utilizador seja notificado com uma antecedência mínima de 20 dias úteis relativamente à data em que venha a ocorrer. 7 O aviso prévio de suspensão do serviço deve ser enviado por correio registado ou outro meio equivalente, podendo o respetivo custo ser imputado ao utilizador em mora. Artigo 165.º Pagamento em prestações 1 As dívidas referentes a faturação dos serviços de abastecimento de água, de drenagem de águas residuais e de gestão de resíduos sólidos, poderão ser pagas em prestações mensais e iguais, mediante requerimento, devidamente fundamentado, a dirigir ao Presidente da Câmara, no prazo máximo de 20 dias úteis a contar da data do fim do pagamento voluntário, ficando o seu pagamento, condicionado aos valores mínimos definidos na seguinte tabela: a) até b) de 251 a c) de 501 a d) de 751 a e) mais de A importância a dividir em prestações não compreende os juros de mora. Caso existam juros de mora, o deferimento do pedido ficará condicionado ao prévio pagamento desses valores. 3 O valor da prestação pode ser diminuído, por deliberação do executivo municipal, quando demonstrada a impossibilidade económica do sujeito passivo para suportar aquelas prestações. 4 A situação económica para efeito do número anterior é comprovada por declaração anual de rendimentos, bem como de declaração das Finanças de ausência de património e na ausência de rendimentos por declaração do Instituto de Segurança Social ou entidade congénere, da existência de reformas, pensões ou outros auxílios económicos. Artigo 166.º Prescrição e caducidade 1 O direito ao recebimento do serviço prestado prescreve no prazo de seis meses após a sua prestação. 2 Se, por qualquer motivo, incluindo o erro da Entidade Gestora, tiver sido paga importância inferior à que corresponde ao consumo efetuado, o direito do prestador ao recebimento da diferença caduca dentro de seis meses após aquele pagamento. 3 A exigência de pagamento por serviços prestados é comunicada ao utilizador, por escrito, com uma antecedência mínima de 20 dias úteis relativamente à data -limite fixada para efetuar o pagamento. 4 O prazo de caducidade das dívidas relativas aos consumos reais não começa a correr enquanto a Entidade Gestora não puder realizar a leitura do contador por motivos imputáveis ao utilizador. Artigo 167.º Arredondamento dos valores a pagar 1 As tarifas são aprovadas com quatro casas decimais. 2 Apenas o valor final da fatura, com IVA incluído, é objeto de arredondamento, feito aos cêntimos de euro em respeito pelas exigências do Decreto -Lei n.º 57/2008, de 26 de maio. Artigo 168.º Acertos de faturação 1 Os acertos de faturação do serviço de águas, de recolha de águas residuais e de gestão de resíduos são efetuados: a) Quando a Entidade Gestora proceda a uma leitura, efetuando -se o acerto relativamente ao período em que esta não se processou; b) Quando se confirme, através de controlo metrológico, uma anomalia no volume de águas ou de efluentes medido. 2 Quando a fatura resulte em crédito a favor do utilizador final, o utilizador pode receber esse valor autonomamente no prazo de 30 dias, procedendo a Entidade Gestora à respetiva compensação nos períodos de faturação subsequentes caso essa opção não seja utilizada. CAPÍTULO IX Penalidades Artigo 169.º Regime aplicável O regime legal e de processamento das contraordenações obedece ao disposto no Decreto -Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, na Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, e no Decreto -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, todos na redação em vigor e respetiva legislação complementar. Artigo 170.º Fiscalização 1 A fiscalização do cumprimento das disposições do presente regulamento compete ao Município de Amares, às autoridades policiais e demais entidades com poderes de fiscalização. 2 O exercício da atividade de fiscalização será feita por colaboradores qualificados para o efeito, a quem compete proceder ao levantamento de autos quando constatem situações que configurem contraordenações e, bem assim, elaborar informações sobre outras situações de interesse para a normal gestão do serviço público de abastecimento de água, drenagem de águas residuais e de águas pluviais. 3 Os autos de notícia levantados por colaboradores do Município de Amares darão origem ao adequado procedimento contraordenacional e serão autuados ao respetivo processo. 4 O Município de Amares pode solicitar a colaboração de quaisquer autoridades administrativas ou policiais. 5 Sem prejuízo do previsto nos números anteriores, o Município de Amares notificará todos os organismos competentes quando sejam detetadas descargas suscetíveis de integrarem, nos termos de outros normativos legais, a prática de contraordenações ou crimes. Consideram -se infrações, puníveis nos termos dos artigos seguintes, as ações, tentativas ou omissões praticadas por utilizadores finais, pessoas singulares ou coletivas e técnicos responsáveis que contrariem o disposto neste regulamento ou noutras determinações legais aplicáveis. Artigo 171.º Contraordenações 1 Constitui contraordenação, nos termos do artigo 72.º do Decreto- -Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, punível com coima de 1500 a 3740, no caso de pessoas singulares, e de 7500 a 44890, no caso de pessoas coletivas, a prática dos seguintes atos ou omissões por parte dos proprietários de edifícios abrangidos por sistemas públicos ou dos utilizadores dos serviços: a) O incumprimento da obrigação de ligação dos sistemas prediais aos sistemas públicos, nos termos do disposto no artigo 16.º e 61.º;

26 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de b) Execução de ligações aos sistemas públicos ou alterações das existentes sem a prévia autorização da Entidade Gestora; c) O uso indevido ou dano a qualquer obra ou equipamento dos sistemas públicos de abastecimento de água, saneamento de águas residuais e gestão de resíduos sólidos urbanos. 2 Constitui ainda contraordenação punível com coima de 500 a 3000, no caso de pessoas singulares, e de 2500 a 44000, no caso de pessoas coletivas, a interligação de redes ou depósitos com origem em captações próprias a redes públicas de distribuição de água. 3 Constitui contraordenação, punível com coima de 250 a 1500, no caso de pessoas singulares, e de 1250 a 22000, no caso de pessoas coletivas, a prática dos seguintes atos ou omissões por parte dos proprietários de edifícios abrangidos por sistemas públicos ou dos utilizadores dos serviços: a) A permissão da ligação e abastecimento de água ou descarregar águas residuais na rede pública de drenagem a terceiros, quando não autorizados pela Entidade Gestora; b) A alteração da instalação da caixa do contador e a violação dos selos do contador ou consentir que outrem o faça; c) A alteração da localização do equipamento de deposição de resíduos sólidos urbanos; d) O acondicionamento incorreto dos resíduos urbanos; e) O incumprimento do horário de deposição dos resíduos; f) O impedimento à fiscalização do cumprimento deste Regulamento e de outras normas vigentes que regulem o fornecimento de água por funcionários, devidamente identificados, da Entidade Gestora; g) Consentir ou executar qualquer modificação nas redes e equipamentos sob responsabilidade do Município de Amares ou empregar qualquer meio fraudulento para utilizar água da rede pública de abastecimento ou descarregar águas residuais na rede pública de drenagem; h) Danificar ou utilizar indevidamente qualquer instalação, acessório ou aparelho de manobra das redes de abastecimento de água, de drenagem de águas residuais e de recolha de águas pluviais. i) Quando a rede predial que utilize água da rede pública de abastecimento não seja completamente independente de qualquer outro sistema de abastecimento de água particular de poços, minas ou outros; j) Opor -se que o Município de Amares exerça, por intermédio de pessoal devidamente identificado ou credenciado, a fiscalização do cumprimento deste regulamento e de outras normas vigentes que regulem o fornecimento de água, de drenagem e tratamento de águas residuais e de recolha de águas pluviais; k) Introduzir águas pluviais na rede pública de drenagem de águas residuais; l) Introduzir águas residuais na rede pública de drenagem de águas pluviais; m) Utilizar as bocas -de-incêndio ou marcos de incêndio sem o consentimento da Entidade Gestora; n) Violar o armário ou o passador de corte da rede de combate a incêndios; o) Introduzir nas redes de águas residuais, diretamente ou através do sistema predial, de quaisquer matérias, substâncias ou efluentes que danifiquem ou obstruam as redes de drenagem e que prejudiquem ou destruam os processos de tratamento e os ecossistemas dos meios recetores; p) Introduzir na rede pública de águas residuais despejos não autorizados pela Entidade Gestora nomeadamente o conteúdo proveniente de fossas séticas; q) O não funcionamento e ou falta de limpeza das caixas de retenção de gorduras e de hidrocarbonetos; r) Transgredir as normas técnicas deste regulamento ou outras em vigor sobre fornecimento de água, de drenagem de águas residuais e recolha de águas pluviais pelos técnicos responsáveis pelas obras de instalação ou reparação de sistemas prediais; s) Aplicar nos sistemas prediais de abastecimento ou de drenagem de águas residuais, pelos utilizadores finais ou pelos técnicos de instalação ou reparação, qualquer peça que já tenha sido usada para outro fim ou ligarem os sistemas de abastecimento de água, de drenagem e tratamento de águas residuais e de recolha de águas pluviais com outros sistemas de abastecimento ou drenagem não admitidos no regulamento; t) Descarregar águas residuais para a via pública. Artigo 172.º Negligência 1 Todas as contraordenações previstas no artigo anterior são puníveis a título de negligência, sendo nesse caso reduzidas para metade os limites mínimos e máximos das coimas previstas no artigo anterior. 2 Às contraordenações previstas neste regulamento são aplicáveis as normas gerais que regulam o ilícito de mera ordenação social e o respetivo processo, sujeitando -se os infratores às sanções administrativas previstas neste regulamento. 3 O dolo, a tentativa e a negligência são puníveis. 4 No caso de reincidência, o valor da coima a aplicar será elevado ao dobro, observando -se, em qualquer caso, os limites fixados na legislação em vigor. Artigo 173.º Processamento das contraordenações e aplicação das coimas 1 A fiscalização, a instauração e a instrução dos processos de contraordenação, assim como a aplicação das respetivas coimas competem à Entidade Gestora. 2 A determinação da medida da coima faz -se em função da gravidade da contraordenação, o grau de culpa do agente e a sua situação económica e patrimonial, considerando essencialmente os seguintes fatores: a) O perigo que envolva para as pessoas, a saúde pública, o ambiente e o património público ou privado; b) O benefício económico obtido pelo agente com a prática da contraordenação, devendo, sempre que possível, exceder esse benefício. 3 Na graduação das coimas deve ainda atender -se ao tempo durante o qual se manteve a situação de infração, se for continuada. Artigo 174.º Sanções acessórias 1 Independentemente das coimas aplicadas nos casos previstos no presente regulamento, o infrator pode ser obrigado a regularizar as ligações indevidas e ou efetuar o levantamento das canalizações, em prazo a definir pela Entidade Gestora, em função de apreciação casuística da situação. 2 O responsável pela execução de ligações diretas poderá ainda incorrer numa pena de suspensão do exercício da sua atividade conexa com o Município de Amares durante o período compreendido entre um mês e um ano. Artigo 175.º Extensão da responsabilidade 1 A aplicação do disposto nos artigos anteriores não inibe o infrator da responsabilidade civil ou criminal que ao caso couber. 2 O infrator será obrigado a executar os trabalhos que lhe forem indicados, dentro do prazo que para o efeito lhe for fixado e a ele serão imputadas todas as despesas feitas e os danos que da infração resultarem para a Entidade Gestora. Artigo 176.º Competência 1 A competência para a instauração dos processos de contra ordenação caberá ao Presidente da Câmara Municipal ou ao Vereador com competências delegadas. 2 A competência para a aplicação das coimas caberá igualmente ao Presidente da Câmara Municipal ou ao Vereador com competências delegadas, que a exercerá segundo critérios a definir pela Câmara Municipal. Artigo 177.º Produto das coimas O produto das coimas aplicadas reverte integralmente para a Entidade Gestora. CAPÍTULO X Reclamações Artigo 178.º Direito de reclamar 1 Aos utilizadores assiste o direito de reclamar, por qualquer meio, perante a Entidade Gestora, contra qualquer ato ou omissão desta ou dos respetivos serviços ou agentes, que tenham lesado os seus direitos ou interesses legítimos legalmente protegidos. 2 Os serviços de atendimento ao público dispõem de um livro de reclamações onde os utilizadores podem apresentar as suas reclamações. 3 Para além do livro de reclamações a Entidade Gestora disponibiliza mecanismos alternativos para a apresentação de reclamações

27 464 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de 2019 que não impliquem a deslocação do utilizador às instalações da mesma, designadamente através do seu sítio na Internet. 4 A reclamação é apreciada pela Entidade Gestora no prazo de 22 dias úteis, notificando o utilizador do teor da sua decisão e respetiva fundamentação. 5 A reclamação não tem efeito suspensivo, exceto na situação prevista no n.º 4 do Artigo 164.º do presente Regulamento. Artigo 183.º Revogação Após a entrada em vigor deste Regulamento fica automaticamente revogado o anterior Regulamento de Serviço de Abastecimento de Água e de drenagem de Águas Residuais do Município de Amares e o anterior Regulamento de Resíduos sólidos Urbanos do Município de Amares. Artigo 179.º Inspeção aos sistemas prediais no âmbito de reclamações de utilizadores 1 Os sistemas prediais ficam sujeitos a ações de inspeção da Entidade Gestora sempre que haja reclamações de utilizadores, perigos de contaminação ou poluição ou suspeita de fraude. 2 Para efeitos previstos no número anterior, o proprietário, usufrutuário, comodatário e/ou arrendatário deve permitir o livre acesso à Entidade Gestora desde que avisado, por carta registada ou outro meio equivalente, com uma antecedência mínima de oito dias, da data e intervalo horário, com amplitude máxima de duas horas, previsto para a inspeção. 3 O respetivo auto de vistoria deve ser comunicado aos responsáveis pelas anomalias ou irregularidades, fixando o prazo para a sua correção. 4 Em função da natureza das circunstâncias referidas no n.º 2, a Entidade Gestora pode determinar a suspensão do fornecimento de água. Artigo 180.º Princípios aplicáveis à administração eletrónica 1 Os órgãos e serviços da Administração Pública devem utilizar meios eletrónicos no desempenho da sua atividade, de modo a promover a eficiência e a transparência administrativas e a proximidade com os interessados. 2 Os meios eletrónicos utilizados devem garantir a disponibilidade, o acesso, a integridade, a autenticidade, a confidencialidade, a conservação e a segurança da informação. 3 A utilização de meios eletrónicos, dentro dos limites estabelecidos na Constituição e na lei, está sujeita às garantias previstas no presente Código e aos princípios gerais da atividade administrativa. 4 Os serviços administrativos devem disponibilizar meios eletrónicos de relacionamento com a Administração Pública e divulgá -los de forma adequada, de modo a que os interessados os possam utilizar no exercício dos seus direitos e interesses legalmente protegidos, designadamente para formular as suas pretensões, obter e prestar informações, realizar consultas, apresentar alegações, efetuar pagamentos e impugnar atos administrativos. 5 Os interessados têm direito à igualdade no acesso aos serviços da Administração, não podendo, em caso algum, o uso de meios eletrónicos implicar restrições ou discriminações não previstas para os que se relacionem com a Administração por meios não eletrónicos. 6 O disposto no número anterior não prejudica a adoção de medidas de diferenciação positiva para a utilização, pelos interessados, de meios eletrónicos no relacionamento com a Administração Pública. 7 O município pode implementar campanhas de diferenciação positiva aos consumidores que aderirem à fatura eletrónica contendo, e.g através de descontos na fatura, para deste modo incentivarem a adesão ao sistema e contribuir para a desmaterialização dos serviços. ANEXO I Parâmetros a controlar e respetivos VLE a observar para descarga em coletores de águas residuais São os seguintes os parâmetros a controlar, e respetivos VLE, para descarga em coletores de águas residuais: ph entre 6.0 e 9.0 Temperatura não superior a 30 C CQO 1000 mg/l CBOs/CQO igual ou superior a 0.4 Sólidos suspensos totais 500 mg/l e dimensão inferior a 1 centímetro. Óleos e gorduras 15 mg/l A1 10 mg/l FE 2 mg/l Mn 2 mg/l C6H5OH 0.5 mg/l SO3 1 mg/l S 1mg/l SO mg/l P 10 mg/l NH4 10 mg/l N4 15 mg/l NO3 50 mg/l Aldeídos 1 mg/l As 1 mg/l Pb 1 mg/l Cd 0.2 mg/l Total Cr 2 mg/l Cr (VI) 0.1 mg/l Cu 1 mg/l Ni 2 mg/l Hg 0.05 mg/l Óleos minerais 15 mg/l CN 0.5 mg/l Detergentes 2 mg/l Hidrocarbonetos totais 10 mg/l Cor Não visível na diluição 1:40 Cheiro Não detetável numa diluição 1:40 Cloro residual disponível total 1mg/l C12 Outros que se demonstre ser necessário quantificar CAPÍTULO XI Disposições finais e transitórias Artigo 181.º Integração de lacunas Em tudo o que não se encontre especialmente previsto neste Regulamento é aplicável o disposto na legislação em vigor, designadamente aquela que venha a alterar ou substituir os diplomas referenciados. Artigo 182.º Entrada em vigor Este Regulamento entra em vigor 15 dias após a sua publicação no Diário da República.

28 465 Diário da República, 2.ª série N.º 3 4 de janeiro de MUNICÍPIO DE ARRAIOLOS Aviso n.º 220/2019 Em cumprimento do disposto na alínea d) do n.º 1 e do n.º 2 do artigo 4.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, torna-se público que ces-

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