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Ana do Carmo Beltrão
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Portugal: Moeda, preços e comércio externo em 1952 Autor(es): Publicado por: URL persistente: [s.n.] Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra UR:http://hdl.handle.net/10316.

1 Portugal: Moeda, preços e comércio externo em 1952 Autor(es): Publicado por: URL persistente: [s.n.] Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra UR: Accessed : 4-Apr :25:33 A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC mpactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de P da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. impactum.uc.pt digitalis.uc.pt

$o 1 SUPLEMENTO AO BOLETM DA faculdade DE DRETO l' ll CA '\0 Q ' ADRME TRAL RKOACTOR-$

2 JANERO-ABRL 1953 VOLUME (( N. o 1 SUPLEMENTO AO BOLETM DA faculdade DE DRETO l' ll CA '\0 Q ' ADRME TRAL RKOACTOR- OKL"OAOO J. J. TEXERA RBERO FA LO DE DE DRETO C O ~t B H A

nformação económica PORTUGAL: Moeda, preços e comércio externo em 1952 Moeda. A circulação monetária cresceu 1.

3 nformação económica PORTUGAL: Moeda, preços e comércio externo em 1952 Moeda. A circulação monetária cresceu milhares de contos durante 1952, isto é, aumentou cerca de 5% em relação ao fim do ano anterior, atingindo o máximo nominal - que o não é em termos reais - de milhares: Moeda em circulação Moed a metujo a... Dep6 silos à m...,orde Tota... (11m do ano e mllharel de contos) '6 19U '9 19S0 -;;; , r :: / , NCtmeroB do Relatório do Banco de Portugal (Gerências de 1951 e de 1952) Apesar desse aumento da quantidàde de moeda, não assistimos a uma expansão económica, mas a nitida contracção. Por conseguinte, a velocidade de circulação baixou. Disso temos conftrmação - embqra precária, quanto à velocidade dos depósitos, e pràticamente sem valor,

o quanto à da oiroulação em geral- nos números que () Banco de Portugal aponta: elocidade dos dep6 itos à ordem Média anual 1939 = 100 1949 1950 1951 1952 86!H 9<1 8S Preços.

4 o quanto à da oiroulação em geral- nos números que () Banco de Portugal aponta: elocidade dos dep6 itos à ordem Média anual 1939 = !H 9<1 8S Preços. Quanto aos preços, a tendênoia dos preços por grosso e dos preços a retalho foi quase a mesma em Na verdade, o nivel de ambos desceu no primeiro semestre. embora oomeçasse a baixar logo em Fevereiro o dos preços a retalho. enquanto o dos preços por grosso se manteve até Abril; e ambos subi ram no segundo semestre, flectindo ligeiramente no fim do ano, mas ficando superiores ao que eram de inicio: Preços por grosso 19.8 = 100 Preços no consumidor Vll.194 a V-1919 = X , , ,0 U ,3 V ,2 V ,fi V ,9 V ,7 VU ,1 lx ,4 X ,6 Xl ,4 Xl ,7 Como se vê, o nivel dos preços por grosso aoabou por ganhar 4 pontos em relaç~o ao Dezembro prece-

5 81 dente i o dos preços a retalho, porém, só ganhou meio ponto. De qualquer modo, as variações foram diminutas. O que não obstou, todavia, a que alguns indices dos grupos particulares conhecessem altas e baixas consideráveis. Assim, no caso dos preços por grosso: - Alimen- Bebidl. MaUSr!as tação e tabaco primas -- CombulU- Produtos Produtol vel. e lu- di ind(jatrla manufactubrlflcanles qu!mlca redoa X XU :J A maior diferença encontra-se no grupo das bebi. das e tabaco, e é apenas provocada pelo encarecimento das primeiras. Em consequência da nossa má colheita de 1952, os preços dos vinhos treparam ràpidamente desde o meio do ano. Quanto aos produtos manufacturados, a queda deve-se sobretudo ao embaratecimento do papel, que começou em Junho, embora também para ela contribuisse importantemente a descida dos metais. No caso dos preços a retalho, as variações dos indices dos grupos particulares foram muito menos marcadas, pois as bebidas pertencem ao grupo da alimentação e os produtos manufacturados distribuem-se por três,- grupos: vestuário e calçado, higiene, diversos. Eis os números: Combua- '''m.," v..,,,,,,/ H.b"." tação e calçado çil'o Uvela e electricidade Hgene Diversos' X X ,3 110,8 86,2 101,1 108,8 87,1 91,7 119,5 107,4 93,4 117,8 103,1

6 Comércio externo. Em 1952, o ooméroio externo metropolitano evolucionou desfavoràvelmente em relação ao ano anterior, pois o défice agravou-se de mais de um milhão de contos : Comércio especial metropolitano MPORTAÇÃO E XPORTA.\0 S ALDO - Mil hhl &111 Mil Mí Mil tono con ~os lon contos ton o contos ~ Para esse resultado, contribuiu a redução do valor das exportações em todas as classes da pauta, apenas compensada parcialmente pela diminuição do valor das importações na 3.- e 4. 1\ classes i só nesta última (substânoias alimenticias) aumentou o saldo oredor do respeotivo coméroio :

7 Comércio especial metropolitano por classes da pauta SALDO Mil contos ~ o:> r- CLASSES DA PAUTA Ml toneladas EXPORTACÃO Mil contos Animais vivos Matérias primas Fios, tecidol, r.ltros e "especlivas obras Substâncias allmenlfci3s Máquinas, aparelhos, ferramen 2!12r21: - ~ :! ;H G: r~~o.1_8, _.,l ':11 - G~l - llli 1.1':;lil.~23 + 1,(1 tas, etc. Navios e velculos ;.1 7:! 3 ' jn6 2:? ~~, l.~ll -2.3~tl _~..,.. ;.t -;.>.N 171 l~ 31~1 258 ~. 778( ~~t; - thg (17 _ 2:!9-160 :ll 2.012r !'"~ + Sãs 1-="" '" ""U" "' ",,, "" +'",..,,, "' ''',' '''1 '" + "'r '" -'" 1

Esta evolução do ooméroio especial foi devida, principalmente, à diminuição do saldo com o Ultramar e ao agravamento do défice com os países participantes na. E. P.

8 Esta evolução do ooméroio especial foi devida, principalmente, à diminuição do saldo com o Ultramar e ao agravamento do défice com os países participantes na. E. P., agravamento não compensado, senão em parte, pela melhoria da posição metropolitana frente aos demais pa1ses: /- l p,r Paíse PAf E Comércio especial por origens e destino (milhares de contos ) MPORTA AO EXP RTAÇÃO SALDO 19i\ \~ \ 1~52 \95\ partici pantes não participantes Origens ignoradas, di versos, etc Total dos países estrangeiro Ultramar Total geral ~ / Sendo assim - e a menos que as operações invisíveis ou o comércio do Ultramar com o estrangeiro tivessem contrariado o sentido da evolução indicada, o que não sucedeu-o saldo da balança de pagamentos, que fora notável em 1951, tinha de reduzir-se muito. E, na verdade, o saldo de 1952 já foi inferior 80 de 1950:

TOTAL DOS PAíSES ESTRAN GEROS ~ 1952 Diferença - 840-631 - U71 + 3.077 + 2.701-376 1 + 2.268 / +.21-1.8471 ( ) Há disparidade edtre estes dados fornecidos pelo BaDco de Portugal (Rela.

9 TOTAL DOS PAíSES ESTRAN GEROS ~ 1952 Diferença U / ( ) Há disparidade edtre estes dados fornecidos pelo BaDco de Portugal (Rela.16rio da GerêDcia de 1952) e os apodtados DOS quadros adteriores, recolhidos Da estatfstica do Co",~rcio Exlenlo (vo., r. N. E., 1952), pois aqueles reterem-se a valores indicados DO Boltlim Men,a.l do r. N. E., e, portadto, ainda não corrigidos. 00 t)o Balança de pagamentos (Milhões de contos) ~ERB AS DA BALANCA PAíSES PAHTCPANTES NA U. E. P PAÍSES NÃO PARTCPANTES Diferença Diferença BalaDça comercial ( 1) : Metrópole. Ultramar ~ OO BalaD ça dos idvisfveis : Metrópole e Ultramar Tola.l H

10 6 Como se vê, a diminuição do saldo deve-se à evolução das nossas relações oom os países da U. E. P., e tanto ao aumento do déflce da balança oomercial metropolitana com os países da nião, derivado da redução das exportações (-779 mil contos do que em 1951) e do aumento das importações (+ 370 mil contos); como à diminuição do saldo da balança comercial do Ultramar com esses países (- 900 mil contos); como ainda à notável redução do saldo das operações externas invisivei~ (metropolitanas e ultramarinas) com eles (- 594 mil contos). Deve, no entanto, notar-se que estas operações consideradas invisiveis não resultam exclusivamente de movimentos de capitais, mas sim, em parte, de liquidações dessincronizadas dos movimentos de mercadoria~ (cfr. Relatório do Banco de Portugal, Gerência de 1952., pág. 70).

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