O CAMINHO HISTÓRICO PERCORRIDO PELO LIVRO NA PRESERVAÇÃO DO CONHECIMENTO: DO MANUSCRITO AO DIGITAL

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1 O CAMINHO HISTÓRICO PERCORRIDO PELO LIVRO NA PRESERVAÇÃO DO CONHECIMENTO: DO MANUSCRITO AO DIGITAL Adriana de Moura Gasparino Bibliotecária da FUCAPE, Estudante de Pósgraduação em Biblioteca Escolar - CESAT (ESPÍRITO SANTO). adrianagasparino@yahoo.com.br Andréia Nunes de Deus Bacharel em Biblioteconomia, Estudante de Pós-graduação em Biblioteca Escolar - CESAT (ESPÍRITO SANTO). anddeus@yahoo.com.br Joselanda da Silva Batista Bacharel em Biblioteconomia joselandabatista@yahoo.com.br Sayonará Virgínia Santos Gonçalves Estudante de Pós-graduação em Biblioteca Escolar - CESAT (ESPÍRITO SANTO). sayog73@yahoo.com.br Fabiola Ferreira Soares Estudante de Pós-graduação em Biblioteca Escolar - CESAT (ESPÍRITO SANTO). fsfabiola@yahoo.com.br RESUMO Relatar as diversas formas de preservação do conhecimento, percorrendo e analisando a jornada histórica do livro, manuscrito ao digital, é a finalidade do presente artigo. Utilizando pesquisa bibliográfica e análise de literatura especializada, buscou-se delinear a trajetória do livro do século XV até os dias atuais, quando surgiram novas mídias e novas formas de leitura e, conseqüentemente, novos leitores. A partir disso, observou-se que, independente dos tipos de suportes utilizados, o homem sempre se preocupou em assegurar a disseminação e a preservação do conhecimento através dos tempos, pois este serve

2 de base para a criação e o aperfeiçoamento de novas tecnologias, constituindo-se na mola propulsora de transformações e mudanças na sociedade. Palavra chave: Preservação do conhecimento; Revolução tecnológica; Livro digital; Sociedade do conhecimento. INTRODUÇÃO [...] a memória da escrita pode coexistir independente do tempo e do advento tecnológico, isto é, como na era digital a tradição manuscrita pode ser divulgada e até mesmo preservada por esta nova propriedade de se comunicar. (BRANDÃO, 2005, p. 1). Percorrendo e analisando a jornada histórica do livro através do tempo e a sua importância na estruturação das sociedades e na formação intelectual do homem, constatamos ser ele, até hoje uma importante fonte de transmissão do conhecimento. No decorrer dos séculos, o homem sempre se preocupou em preservar e disseminar o conhecimento, o que vem refletindo e provocando mudanças no cotidiano das pessoas. A representação do conhecimento através de publicações eletrônicas não significa abandonar um legado do homem: o livro. E várias são as iniciativas já registradas no sentido de sua preservação, não só como patrimônio cultural, mas também como fonte de informação de estudos e pesquisas [...] (RODRIGUES, 2000, p. 7, grifo do autor) Para melhor compreensão do tema e esclarecimento dos fatos, foi elaborada extensa pesquisa bibliográfica em livros, periódicos eletrônicos, impressos, entre outros, onde se constatou a relevância da presença do livro em todo percurso histórico da humanidade. [...] pode-se dizer que o livro é essencialmente um instrumento cultural de difusão de idéias, transmissão de conceitos, documentação (inclusive fotográfica e iconográfica), entretenimento ou ainda de condensação e acumulação do conhecimento. A palavra escrita venceu o tempo, e o livro conquistou o espaço (WEBER, 2004, p. 8).

3 Com esta perspectiva, o trabalho apresentado evidencia que a preservação do conhecimento em muito tem contribuído para a vida social e intelectual do homem, possibilitando grandes transformações. As inovações advindas deste conhecimento mostram que um longo caminho foi percorrido, mas o homem, em sua capacidade intrínseca e insubstituível tem procurado se aperfeiçoar sempre. LIVRO E LEITURA Para se entender a história do livro, é preciso primeiro entender a historicidade do leitor e das formas de leitura, passando pela leitura oral até a silenciosa, do leitor intensivo ao extensivo até a segunda metade do século XIX, quando acontece uma verdadeira Revolução da Leitura, com a invenção da imprensa e o crescimento do mercado editorial. Apesar de alguns historiadores discordarem do fato, Belo descreve em seu livro duas formas de ver o mesmo acontecimento, ele expõe as idéias de Elizabeth Eisenstein, que defende a idéia de que a imprensa foi fonte de transformação cultural e intelectual, [...] ela multiplicou o número de textos em circulação, tornou-os mais baratos e acessíveis, permitiu a cada leitor ler mais obras e a cada obra chegar a mais leitores (BELO, 2002, p. 23.), e também as idéias de Roger Chartier, para quem a invenção da tipografia não revolucionou a forma do livro, nem o seu conteúdo, nem a maneira de ler. (BELO, 2002, p. 29), Chartier defende a idéia de que o livro já existia antes da invenção da tipografia, quando era manuscrito e o que era importante nele permaneceu depois da referida invenção. [...] a transformação não é tão absoluta como se diz: um livro manuscrito (sobretudo nos seus últimos séculos, XIV e XV) e um livro pós-gutenberg baseiam-se nas mesmas estruturas fundamentais as do Códex. Tanto um quanto outro são objetos compostos de folhas dobradas um certo número de vezes, o que determina o formato do livro e a sucessão de cadernos. Estes cadernos são montados, costurados uns aos outros e protegidos por uma encadernação. A distribuição do texto na superfície da página, os instrumentos que lhe permitem as identificações (paginação, numerações), os índices e os sumários: tudo isto existe desde a época do manuscrito. Isso é herdado por Gutenberg e, depois dele, pelo livro moderno (CHARTIER, 1998, p. 7) Entretanto, observando a história e a história do livro, aprendemos que o homem vem cumprindo etapas de desenvolvimento na forma de leitura e escrita. Weber (2004, p. 8) afirma que a [...] história do livro confunde-se, em muitos aspectos, com a história da humanidade. E Greenspan (apud BELO, 2002, p. 37) realiza de forma clara e sucinta uma síntese sobre a história do livro e das formas de comunicação, segundo ele a história do livro abrange:

4 [...] toda a história da comunicação escrita: a criação, a disseminação, os usos do manuscrito e do impresso em qualquer suporte, incluindo livros, jornais, periódicos, manuscritos e outros objetos impressos de vida efêmera. Quando se estuda a história do livro e da leitura é fácil notar que o homem progrediu sempre, contudo, sem perder os laços com o passado. Primeiro foi a leitura oral, em praça, depois a leitura silenciosa, realizada quase sempre em particular. Conforme os autores pesquisados, a leitura passou por três grandes revoluções através dos séculos: a primeira entre os séculos XII e XIII, quando ela era instrumento de trabalho intelectual dos clérigos e professores; a segunda no século XVIII, com o leitor intensivo, aquele que lê e relê o mesmo texto ou livro várias vezes, e o leitor extensivo, aquele que lê a maior quantidade possível de livros, mas com olhar crítico; e a terceira no século XX com a transmissão eletrônica e a propagação das novas mídias e formatos de textos. [...] com a digitalização crescente de textos e imagens, artigos, jornais, revistas ou livros inteiros, o que anteriormente apenas podia ser lido na forma impressa pode agora, complementarmente ou em alternativa, ser lido numa tela de computador, seja pela Internet, em um CD-ROM, ou em outro aparelho que permita a leitura em suporte digital (BELO, 2002, p. 18). Com o passar do tempo verificamos que o livro foi se modificando, de acordo com a época, a sociedade e as tecnologias disponíveis, nosso próximo passo será estudar o que está sendo feito para preservar o conhecimento, tanto o contido nos livros, quanto em seus mais variados suportes. PRESERVAÇÃO DO CONHECIMENTO E REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA Dos tempos mais remotos até os nossos dias, o homem em geral teve a necessidade de registrar as suas vivências, com o propósito de perpetuar o conhecimento adquirido. Utilizando os mais variados suportes para se expressar, o homem, em diferentes épocas, tentou compartilhar suas experiências. A memória cultural da humanidade permite que sociedades posteriores sejam enriquecidas com o conhecimento de seus antepassados. O desenvolvimento intelectual do homem tendo como base o acúmulo e a preservação do conhecimento demonstra o quanto é importante registrar os acontecimentos que são válidos para uma posterior análise. Por ser direito de cada integrante da sociedade ter acesso à informação ou ao conhecimento, é papel das autoridades responsáveis esforçarem-se para efetivar a democratização desse acesso. No mundo globalizado dos nossos dias, diversos são os veículos de transmissão de conhecimento, tornando-se necessária uma reflexão

5 sobre a adequação do instrumento para cada situação vivenciada. Na época do advento da imprensa, quando estudamos a história, verificamos que existia escassez de informação ou de acesso, hoje, vivenciamos o contrário, as pessoas se vêem bombardeadas por informações, em todas as mídias, a comunicação de massa cria o excesso de informação, que nem sempre são relevantes, ficando por conta do usuário a seleção do que realmente lhe interessa nesse espaço cabe a atuação do bibliotecário, freqüentemente solicitada. Desde o surgimento do livro impresso, muitas polêmicas foram levantadas, em especial, depois da criação das novas tecnologias e dos novos formatos eletrônicos, gerando a especulação sobre o desaparecimento do livro. Uma perspectiva histórica permite-nos começar por compreender que a inquietação com o futuro do livro não é um fenômeno novo. O sentimento de que o livro estava ameaçado apareceu pela primeira vez na segunda metade do século XIX, no momento em que, por razões econômicas, culturais e tecnológicas, a leitura dos jornais se popularizou, chegando as novas franjas de leitores que não liam livros habitualmente (BELO, 2002, p. 20). A revolução tecnológica tão alardeada pela história da humanidade proporcionou uma gama enorme de possibilidades à sociedade. Para entendê-la se faz necessário, portanto, o aprofundamento nos estudos da leitura em diferentes épocas. Com a tipografia, o livro manuscrito no seu trabalho artesanal foi substituído, cada vez mais, pela presteza das máquinas e pela inteligência do computador, mas esta transformação não se deu de forma tão automática e imediata como se pensa. Observamos que toda inovação necessita de tempo para a assimilação das transformações provocadas, com a imprensa não foi diferente, a sociedade demorou a assimilar e aprender a usar essa nova tecnologia. Alguns dos suportes advindos da invenção de Gutenberg, séc. XV, tais como: a máquina de escrever, o telex, o computador e as redes eletrônicas, dentre outros, afetaram, ao longo do tempo, a forma como se deu a disseminação do conhecimento. Disseminar, preservar e transmitir conhecimento é papel da biblioteca, como órgão de preservação histórica, ela deve estar sempre inserida em todos os contextos da sociedade e, deve ainda, possuir todos os suportes e tecnologias para serem utilizadas. Sei que as bibliotecas têm que oferecer uma multiplicidade de atividades porque lidamos com o mundo da carência. Sei que em cada cafundó dos Judas, só há aquela salinha. Que aquele é o único lugar onde a cultura pode acontecer. E que por isso é preciso ter os bonecos, ter o teatro, é preciso pôr um vídeo lá. É bom chamar a população para uma festa junina, porque lê é

6 o único lugar. Mas ela é o lugar privilegiado do acesso a essa coisa extraordinária que é a doação do pensamento (CHAUÍ, 1993, p. 7). Uma das características da biblioteca tradicional, reconhecida como uma instituição social preexistente à imprensa, é que o seu acervo, na maioria das vezes, é constituído de documentos em papel. O profissional bibliotecário deve estar preparado para o uso das novas mídias e das novas tecnologias. A descoberta da escrita marca a passagem do homem para um estágio cultural mais evoluído e o início da história. Desse modo, após três mil anos de escrita, e quinhentos anos depois da imprensa, surge a revolução do texto eletrônico. A representação eletrônica do livro modifica totalmente a sua condição: o usuário pode submeter os textos a múltiplas operações: copiá-los, desmembrá-los, recompô-los, deslocá-los etc., mais do que isso, pode tornar seu co-autor (RODRIGUES, 2000, p. 1, grifo do autor). Ocorrida no início do século, a revolução tecnológica veio facilitar a vida das pessoas, disponibilizando várias ferramentas de acesso à informação e formas de preservação digitalização de documentos. As pessoas passaram de meros coadjuvantes para possíveis co-autores, pois os textos em formato eletrônico permitem ao leitor interagir com o autor. Nos últimos anos, a colocação de inúmeros textos na Internet ou em bases de dados digitais disponíveis em bibliotecas, acessíveis a todos, fez multiplicar as possibilidades de leitura de artigos e obras que estavam esgotados ou eram difíceis de obter na forma impressa. Desse ponto de vista, o formato digital representa mesmo uma nova vida para os textos. Entretanto, se o futuro do livro é incerto, parece cada vez mais claro que anunciar a sua morte é mais um sintoma da incapacidade para compreender bem as mudanças em curso do que um diagnóstico rigoroso do que está acontecendo (BELO, 2002, p. 22). A digitalização de documentos facilita e agiliza o acesso à informação. Livros que são considerados obras raras, tanto por sua antiguidade, quanto pelo fato de poucos exemplares existirem, com a digitalização podem ser lidos por qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, em qualquer hora do dia ou da noite. Até a barreira do idioma e do tempo deixa de ser empecilho na busca do conhecimento.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS [...] o texto existe em si mesmo, separado de qualquer materialidade, devemos lembrar que não existe texto fora do suporte que permite sua leitura (ou da escuta), fora da circunstância na qual é lido (ou ouvido). Os autores não escrevem livros: não, escrevem textos que se tornam objetos escritos manuscritos, gravados, impressos e, hoje, informatizados manejados de diferentes formas por leitores de carne e osso cujas maneiras de ler variam de acordo com as épocas, os lugares e os ambientes (CAVALLO, 2002, p. 9). O livro, independente da sua forma de apresentação, foi e continuará sendo, por muito tempo, fonte de conhecimentos e transmissão de informações, o que permite, aos indivíduos, com a sua assimilação, assumir novos papéis, novas formas de pensar, que poderá transformá-los, influenciando na sua qualidade de vida provocando mudanças nos aspectos: social, intelectual, ou até mesmo, financeiro. Antes, o acesso aos livros e, conseqüentemente, ao conhecimento, era monopolizado por alguns, o que lhes garantia a detenção do poder, em detrimento de muitos, caracterizando uma relação de submissão. Com a invenção da imprensa e os avanços tecnológicos a facilidade de acesso a essas informações foi garantida a todos, pois o barateamento do livro e a sua disseminação em outros tipos de suportes, puderam chegar a todo o tipo de leitor, permitindo uma maior distribuição do conhecimento neles contido e, com isso, uma melhor avaliação dos acontecimentos ocorridos em seus contextos o que antes lhes era negado aumentando o seu poder de entendimento do seu papel na sociedade. Com a democratização da leitura foram criadas as bibliotecas públicas e particulares e isso possibilitou aos leitores, ter o livro em sua própria casa. A preconização do desaparecimento do livro, devido ao aparecimento dos suportes eletrônicos, pode ser considerada pura especulação, pois vivemos em uma época em que a tecnologia impera, mas que a diversidade de gostos e poder de acesso fazem com que as pessoas procurem as informações em seus mais diferentes suportes. Cabe aos profissionais que trabalham com o livro e outros tipos de materiais impressos, procurar o conhecimento e o aperfeiçoamento nos diferentes suportes que possam ajudar na disseminação do conhecimento. Podemos observar isso, nas palavras de Chauí (1993, p. 7, grifo da autora):

8 O livro é precioso. O livro é a experiência do deslumbramento. O primeiro livro que li, no fundo do interior de São Paulo, num vilarejo que não se relacionava com nada, foi A Chave do Tamanho. E o mundo se tornou outro para mim. Quantas crianças poderão ter outro mundo? Por isso, queria que não se menosprezassem as bibliotecas. Apesar de as bibliotecas terem que ser um espaço de mil e uma coisas. Porque as bibliotecas não dão conta nem da riqueza do livro. A transformação do mundo se dá pela atuação do agente social que é o homem. Ele tem a capacidade de perceber a si mesmo e às coisas que o rodeiam, o que o difere de qualquer ser existente, isto lhe é inerente. Ao acumular, preservar e perpetuar o conhecimento, sendo auxiliado pelas suas relações interpessoais, o homem adquire novas maneiras de pensar e agir para atender às demandas oriundas das circunstâncias vividas.

9 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação citações em documentos apresentação: NBR Rio de Janeiro, Informação e documentação referências elaboração: NBR Rio de Janeiro, BELO, André. História & livro e leitura. Belo Horizonte: Autêntica, BRANDÃO, Fabrício dos S. Passado e presente, que tempos são estes? A escrita, o leitor e a era digital. In: Encontro Nacional de Ciência da Informação, 6, 2005, Salvador. Proceedings... Salvador: CINFORM. Disponível em: < Acesso em: 02 jun CAVALLO, Guglielmo; CHARTIER, Roger (Organizadores). História da leitura no mundo ocidental. São Paulo: Ática, v.1. CAMPELLO, Bernadete Santos; CALDEIRA, Paulo da Terra; MACEDO, Vera Amália Amarante (Organizadores). Formas e expressões do conhecimento: introdução às fontes de informação. Belo Horizonte: Escola de Biblioteconomia da UFMG, CHARTIER, Roger. Cultura escrita, literatura e história: conversas de Roger Chartier com Carlos Aguirre Anaya, Jesús Anaya Rosique, Daniel Goldin e Antonio Saborit. Porto Alegre: ARTMED, A ordem dos livros: leitores, autores e bibliotecas na Europa entre os séculos XIV e XVIII. Brasília: UNB, Práticas de leitura. São Paulo: Estação Liberdade, A aventura do livro: do leitor ao navegador: conversações com Jean Lebrun. São Paulo: UNESP, Do Códice ao monitor: a trajetória do escrito. Estudos Avançados, v. 8, n. 21, Disponível em:< Acesso em: 22 maio CHAUÍ, Marilena. O elogio do livro. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, Idéias, p. 7, 30 jan

10 CUNHA, Murilo Bastos da. Desafios na construção de uma biblioteca digital. Ciência da Informação, v. 28, n. 3, p , set./dez KURZ, Robert. A ignorância da sociedade do conhecimento. Folha de São Paulo, Caderno Mais, p , 13 jan Disponível em: < Acesso em: 10 abr LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. São Paulo: Editora 34, RODRIGUES, Jeorgina Gentil. Da Galáxia de Gutenberg ao ciberespaço: do livro impresso ao eletrônico. In: Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação,19, 2000, Porto Alegre. Proceedings... Porto Alegre: Centro de Eventos da PUC-RS. Disponível em: < Acesso em: 06 mai WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Martin Claret, 2004.