A RESPONSABILIDADE COMO O SUBSTRATO ÉTICO DA SUSTENTABILIDADE: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA OBRA DE HANS JONAS

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1 A RESPONSABILIDADE COMO O SUBSTRATO ÉTICO DA SUSTENTABILIDADE: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DA OBRA DE HANS JONAS Mario Sergio Cunha Alencastro 1 Ademar Heemann 2 RESUMO O objetivo principal deste pequeno ensaio é chamar a atenção para importância do conceito de responsabilidade no que diz respeito aos aspetcos éticos da sustentabilidade. Nesse contexto a obra de Hans Jonas é paradigmática. Esse autor, ao propor uma ética de responsabilidade para com as gerações futuras, com vistas à sobrevivência planetária e que norteie o agir humano na era da civilização tecno-científica teria estabelecido as bases éticas necessárias para se pensar a sustentabilidade. Palavras-chave: responsabilidade, sustentabilidade, desenvolvimento sustentável, ética. 1 Engenheiro e Doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento. Professor na Universidade Tuiuti do Paraná e nas Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba. marioalencastro@terra.com.br 2 Biólogo e Doutor em Filosofia da Educação. Professor Sênior no Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento da UFPR. heemann@uol.com.br

2 2 1 INTRODUÇÃO O conceito de desenvolvimento sustentável evoluiu bastante desde suas primeiras formulações surgidas na década de Sua mais conhecida definição, a de um desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas (BRUNDTLAND, 1987), foi difundida pela Comissão Mundial Sobre o Meio Ambiente em 1987, através do célebre documento intitulado Nosso Futuro Comum, também conhecido como Relatório Brundtland. Mesmo reconhecendo o alcance da conceituação proposta pelo relatório, o desenvolvimento sustentável abarca, na realidade, uma complexa e multifacetada concepção de desenvolvimento que contemplaria, dentre outras, as dimensões ambientais, econômicas, políticas e culturais das atividades humanas e o modo com que elas afetam a capacidade de auto-regeneração do ambiente natural e a conseqüente qualidade de vida no planeta. No entanto, a disseminação do conceito de sustentabilidade e sua inserção nas práticas sociais ainda está numa etapa muito incipiente, havendo, inclusive, controvérsias quanto à sua interpretação, o que acaba por provocar uma certa resistência e lentidão nos processos que a buscam. Grupos ambientalistas, por exemplo, não gostam da expressão desenvolvimento sustentável, pois consideram o termo desenvolvimento incompatível com a noção de preservação ambiental. Até mesmo os governos têm dificuldade para lidar com um conceito cuja aplicação prática exige um alto grau de integração e interdisciplinaridade, o que é difícil face ao reducionismo ainda predominante nos meios governamentais (ALMEIDA, 2003, p ). Defende-se aqui, que a questão da sustentabilidade deve ser tratada de forma sistêmica, uma abordagem a partir da qual todas as suas dimensões estejam reciprocamente articuladas e interdependentes entre si, formando um todo ou uma unidade. Assim, o sucesso do processo de construção da sustentabilidade estaria diretamente ligado à construção de uma perspectiva multidimensional, na qual os resultados serão tanto mais palpáveis e consistentes quanto maior a integração entre governos, empresas e sociedade civil. Não mais é possível uma discussão ascéptica da problemática da sustentabilidade. Ao contrário, é um debate que deve estar inserido no contexto de uma realidade histórico-social concreta na qual, além das freqüentes abordagens econômicas e ecológicas, deve incorporar muitos outros fatores. Ao se abordar dessa forma a questão da sustentabilidade do desenvolvimento, fica evidente a importância de mudanças mais profundas nas estruturas sociais, econômicas, políticas e culturais envolvidas, o que pode significar uma reestruturação fundamental da sociedade, na qual a construção de uma ordem social mais justa possa contribuir para a produção e distribuição da riqueza, reduzir a pobreza e promover a inclusão social. Só deste modo seria possível garantir a qualidade de vida e um ambiente saudável para as presentes e futuras gerações. O objetivo principal deste pequeno ensaio é chamar a atenção para toda a complexidade de fatores que envolvem a problemática da sustentabilidade, principalmente no que diz respeito aos aspectos éticos, sempre muito necessários quando se discute o modo ser, o ethos, de uma sociedade hodierna em acelerado processo de transformação.

3 3 Nesse contexto, a obra de Hans Jonas é paradigmática. Ele propôs uma ética de responsabilidade para com as gerações futuras, com vistas à sobrevivência planetária e que norteie o agir humano na era da civilização tecno-científica. Defender-se-á aqui que a responsabilidade, tal como preconizada por Jonas, é a base ética necessária para se pensar a sustentabilidade. 2 EXPANDINDO HORIZONTES É sabido que a visão ainda predominante quando se discute o desenvolvimento sustentável está relacionada principalmente ao seu aspecto econômico, na exploração eficiente dos recursos disponíveis. Muitos autores, no entanto, discordam dessa posição. Enrique Leff (2001, p ), por exemplo, alerta para o risco de se interpretar a idéia de sustentabilidade como apenas uma condição inerente ao processo econômico. Para ele, muito além dessa visão econômica, que busca valorizar os recursos naturais, apropriando-se deles de forma sustentável, a sustentabilidade deve contemplar também os aspectos sociais, políticos, paisagísticos e patrimoniais. Ignacy Sachs (1993, p ) é outro importante teórico que, ao abordar a questão do desenvolvimento sustentável, propõe que, no planejamento das estratégias de ecodesenvolvimento, sejam consideradas simultaneamente as dimensões sociais, econômicas, ecológicas, espaciais e culturais da sustentabilidade. É um processo que postula a necessidade de fundar novos modos de produção e estilos de vida nas condições e potencialidades ecológicas de cada região, respeitando-se a diversidade étnica de seus habitantes com vistas à uma gestão participativa dos recursos naturais. Segundo Sachs, a sustentabilidade deve ser concebida pelo viéis da boa sociedade, um conceito no qual a eficiência econômica precisa ser avaliada mais em termos macrossociais do que apenas por critérios de lucratividade empresarial e que o uso dos recursos potenciais dos diversos ecossistemas planetários aconteçam com o mínimo de dano ao que dá sustentação à vida. Cabe buscar sempre um melhor equilíbrio e distribuição territorial dos assentamentos humanos e atividades econômicas tendo em vista a preservação da biodiversidade, o uso sustentável dos recursos naturais e a qualidade de vida. Delineou-se até aqui um quadro em que, a abordagem da sustentabilidade deve contemplar uma perspectiva que respeite sua complexidade. Porém, os imediatismos econômicos e a crença fortemente enraizada no pensamento ocidental de que a tecnologia é capaz de encontrar as tão esperadas soluções para a crise ambiental são elementos dificultadores que não podem ser desprezados. O desenvolvimento sustentável requer o reconhecimento de uma igualdade entre as gerações que presupõe, além do direito das gerações atuais de terem um ambiente saudável e ambientalmente equilibrado, que esse direito se extenda às próximas gerações. É evidente que a solução de problemas dessa natureza ultrapassam em muito alternativas simplistas de caráter apenas técnico e/ou econômico. É uma questão que só poderá ser solucionada pelo aprofundamento da reflexão ética.

4 4 3 MEIO AMBIENTE, ÉTICA E SUSTENTABILIDADE Para o filósofo e ambientalista Augusto Angel Maya (2002, p.23), o emergir de uma ética com preocupações ambientais é uma resposta à crença generalizada de que tudo se resolve com uma simples inovação técnica ou com algumas reformas econômicas, pois não é possível enfrentar a crise ambiental sem uma profunda reflexão sobre as bases nas quais se sustenta a atual civilização tecnológica. Nesse contexto, vem sendo anunciado o surgimento de um novo paradigma ético para a humanidade, ou, como ensina Karl-Otto Apel, uma ética de responsabilidade solidária em face da crise ecológica da civilização técnico-científica (APEL, 1994, p.172), que possibilita a orientação ético-política fundamental para uma era marcada pelo agravamento da crise ambiental e que leva em consideração a sustentabilidade planetária e a responsabilidade para com as gerações futuras. Da mesma forma, para Leff (2001, p.86-87), a ética deve ser capaz de propor um sistema de valores associados a uma racionalidade produtiva alternativa, a novos potenciais de desenvolvimento e a uma diversidade de estilos culturais de vida. Para ele os princípios éticos do ambientalismo devem se desdobrar em sistemas para reger a moral individual e os direitos coletivos. Via de regra, as éticas que se voltam para a questão ambiental têm, dentre outras, as seguintes motivações básicas (SOSA, 1990): 1. O interesse de indivíduos e comunidades que estão sendo diretamente afetados pelos problemas ambientais; 2. O interesse da sociedade em geral, ameaçada em sua qualidade de vida em relação às suas oportunidades de futuro; 3. A solidariedade humana que concebe a terra como espaço vital de todos os seres que podem compartilhar seus bens; 4. O reconhecimento do direito à vida e à qualidade desta para as gerações futuras; 5. O reconhecimento do direito à vida de outras espécies não humanas e que estão ameaçadas pela ação do homem. Partindo-se do entendimento de que a ética auxilia as sociedades a buscar o que é bom e desejável para todos, parece evidente que a dimensão ética assume um papel importantíssimo nas discussões sobre a sustentabilidade e, no que diz respeito às preocupações e ao cuidado com o meio ambiente e com as gerações futuras, a responsabilidade parece estar no cerne desta ética. É o que será discutido a seguir. 4 A RESPONSABILIDADE COMO UM IMPERATIVO ÉTICO Foi Max Weber (1968, p.114) quem primeiro apresentou os pontos de vista para uma ética de responsabilidade, no momento em que estabeleceu a reconhecida distinção entre ética de convicção e ética de responsabilidade. Para ele, enquanto os adeptos da ética de

5 5 convicção se orientam por imperativos de consciência decorrentes da aplicação imediata de valores anteriormente eleitos (princípios ou ideais), os que seguem uma ética de responsabilidade se guiam por uma análise de riscos, que decorre de alcançar os fins almejados (finalidade) ou conseqüências presumidas. A ética de responsabilidade sempre se pergunta pelos resultados das ações e exige uma resposta pelas conseqüências do agir. No entanto, para o filósofo Hans Jonas a responsabilidade, tal como concebida por Weber, acontece em uma dimensão espaço-temporal limitada e, por isso, não dá conta dos problemas trazidos pela crise ambiental. Nas perspectivas tradicionais, como a weberiana, só se é responsável por aqueles que estão num horizonte próximo (física e temporalmente) do agente moral, o futuro longínquo não faz parte das preocupações. Sendo assim, como justificar a responsabilidade para com as gerações futuras como quer o texto do relatório Brundtland? É uma situação que só se resolve pelo aprofundamento do conceito de responsabilidade. Nesse sentido, Hans Jonas, vê o homem como responsável pelo devir e pelo futuro. Ele não deprecia as tradicionais prescrições de caridade, honestidade, virtude e justiça, pois todas mantêm seu valor no dia-a-dia e nas relações pessoais. Mas, o predomínio crescente da ação coletiva, ou da soma das ações dos indivíduos, teve a sua natureza modificada, e todos os atos e feitos são, agora, passíveis de serem potencializados pelo imenso poderio tecnológico disponível. Há, portanto, a exigência de uma nova e radical responsabilidade. Para ele, [...] as antigas prescrições da ética do próximo as prescrições da justiça, da misericórdia, da honradez, etc. ainda são válidas, em sua imediaticidade íntima, para a esfera mais próxima, quotidiana, da interação humana. Mas essa esfera torna-se ensombrecida pelo crescente domínio do fazer coletivo, no qual ator, ação e efeito não são mais os mesmos da esfera próxima. Isso impõe à ética, pela enormidade de suas forças, uma nova dimensão, nunca antes sonhada, de responsabilidade (JONAS, 2006, p. 39). Nesse ponto ele está muito próximo de Paul Ricoeur (2000), para quem a idéia tradicional de responsabilidade, ainda muito presente no pensamento ético aproxima-se muito mais de uma limitada noção jurídica que de um conceito moral abrangente. Ou seja, a única preocupação recai sobre qual é a responsabilidade da ação de alguém, quando esta ação causa algum tipo de dano. Nesse contexto, quem causa dano deverá responder por ele, reparando-o. Ricoeur chama a atenção para as limitações dessa visão de responsabilidade e sugere uma espécie de responsabilidade social e coletiva, na qual o sentido tradicional (imputação) deveria ser transposto para um outro, que tenha nos conceitos de cuidado e prudência (previsão e avaliação das implicações da ação) sua tônica principal. Isso se deve à expansão dos riscos muitos, incalculáveis provenientes do imenso potencial tecnológico que se tem em mãos, hoje em dia. Ricoeur argumenta que, neste cenário tecnológico, as conseqüências das ações humanas podem se propagar no futuro e que, muitas vezes, as intenções, mesmo quando

6 6 positivas, podem fugir do controle. O efeito da ação pode, mesmo quando impulsionada por uma boa intenção, ser, no futuro, catastrófico. Exercer a responsabilidade desta natureza requer não apenas a capacidade de avaliação moral, mas também conhecimentos científicos sobre os efeitos das ações presentes em relação ao ambiente, avaliando suas conseqüências para o futuro. Ricoeur se aproxima do conceito de phronésis (prudência) de Aristóteles, ou seja, sabedoria na deliberação, decisão e ação (ABBAGNANO, 1998, p ), que deveria se transformar num princípio geral a priori sob o qual se construiriam as responsabilidades individuais e coletivas. Jonas também retorna ao conceito de prudência. A prudência considera a existência do acaso, da incerteza, do risco, do desconhecido, componentes da realidade científica em que a modernidade está imersa. É ela prudência que possibilita certa previsibilidade para com o futuro, tão necessária na discussão dos resultados da ciência e da tecnologia. A prudência, também, determina o que é necessário escolher e o que é necessário evitar. O grave e nocivo equívoco está, na maioria das situações, na não observância dessa última categoria o evitar. Decorre pois, que, adotar a prudência no sentido moderno do termo, deve ser como precaução. A prudência está ligada à sabedoria, à capacidade de se determinar o que é bom e mau para o ser humano e, deve-se, então, adotá-la regida pela conduta racional das atividades humanas, e da melhor maneira de ser conduzida. Para Jonas, no entanto, e isso o diferencia de todos os outros, a responsabilidade é ontológica e refere-se ao futuro longínquo da humanidade, estendendo-se aos descendentes, ou seja, abarca um futuro ilimitado. Deve-se ter responsabilidade para com uma humanidade que ainda não existe; ser responsável por outras pessoas que ainda estão por nascer e que, por conta disso, não podem, ainda, reivindicar para si um ambiente saudável para viver. Não é uma relação de reciprocidade, tal como prescrito nas éticas tradicionais. O dever para com os descendentes é muito profundo e só pode ser entendido quando se compara com o que as éticas tradicionais sugerem, no caso dos deveres dos pais para com os filhos, um dever de total entrega e não reciprocidade para com o outro. Esse tipo de responsabilidade é o arquétipo de toda a ação responsável, arquétipo que, felizmente, não precisa de nenhuma dedução a partir de um princípio, senão que se encontra poderosamente implantado pala natureza em nós (JONAS, 2006, p.90). Face às novas dimensões espaço-temporais do agir humano presentes na atual civilização tecnológica, Jonas propõe um imperativo ético, que é aja de modo a que os efeitos da tua ação sejam compatíveis com a permanência de uma autêntica vida humana sobre a Terra ou, expresso negativamente, aja de modo a que os efeitos da tua ação não sejam destrutivos para a possibilidade futura de uma tal vida ou, simplesmente, não ponha em perigo as condições necessárias para a conservação indefinida da humanidade sobre a Terra (JONAS, 2006, p.47-48). Jonas aponta para a importância das conseqüências de longo prazo das ações humanas. Antes de agir é preciso avaliar a ação segundo o imperativo da vida humana. Já não

7 7 mais se justifica a ação desprovida de responsabilidade. Uma ética para o futuro, que começa hoje, deve ter em vista as gerações futuras, enxergue o amanhã e se proponha a proteger os futuros descendentes da humanidade das conseqüências das ações presentes, executadas sob o signo da globalização da tecnologia, cujo potencial e conseqüências são imprevisíveis e potencialmente perigosas (JONAS, 1998, p.69-70). O futuro da humanidade tem de ser incluído nas escolhas presentes. Não se tem o direito de escolher ou de arriscar a não-existência de gerações futuras por causa da atual. Há agora, também, um dever para com o que ainda não existe. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A crise ambiental é a expressão da crise cultural, civilizacional e espiritual que a humanidade está atravessando. Fritjof CAPRA (1988, p.19), em seu famoso livro, O Ponto de Mutação, já via as últimas décadas do século XX marcadas por essa profunda crise mundial. Uma crise que afetaria todos os aspectos da vida humana saúde, relações sociais, economia, tecnologia e política. Uma crise de dimensões espirituais, intelectuais e morais, em tal escala que, pela primeira vez na história, a humanidade estaria sendo obrigada a se defrontar com a real ameaça de sua extinção e de toda a vida no planeta. Esta crise obriga a um novo posicionamento sobre o papel do ser humano no planeta, obrigando-o a repensar a dimensão da responsabilidade que deve ter para com tudo o que existe e vive, inclusive para aqueles que estão temporalmente distantes. Neste contexto, é forçoso reconhecer a importância da abordagem que Hans Jonas dá ao conceito de responsabilidade: uma responsabilidade que se projete no tempo e que contemple a humanidade futura. Seu imperativo geral, ao preconizar de forma radical o cuidado para com as gerações futuras, pode muito bem ser visto como a base ética necessária para se pensar a sustentabilidade. REFERÊNCIAS ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, ALMEIDA, Fernando. O mundo dos negócios e o meio ambiente no século 21. In: TRIGUEIRO, André. Meio ambiente no século 21. Rio de Janeiro: Sextante, p APEL, Karl Otto. Estudos de moral moderna. Petrópolis: Vozes, BRUNDTLAND, Harlen G. Our Common Future (The Brundtland Report). Oxford: Oxford University Press, CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação: a ciência, a sociedade e a cultura emergente. São Paulo: Cultrix, JAPIASSÚ, Hilton.; MARCONDES, Danilo. Dicionário de filosofia. 2.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991.

8 8 JONAS, Hans. O princípio responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio, JONAS, Hans. Pour une éthique du futur. Paris: Payot & Rivarges, LEFF, Enrique. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Rio de Janeiro: Vozes, RICOEUR, Paul. The concept of responsibility: an essay in semantic analysis. Chicago: The University of Chicago Press, SACHS, Ignacy. Estratégias de desenvolvimento para o século XXI: desenvolvimento e o meio ambiente. São Paulo: Studio Nobel, SOSA, Nicolás M. Ética ecológica. Necesidad, posibilidad, justificación y debate. Madrid: Universidad Libertarias, WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1968.