PROGRAMA DE APOIO E QUALIFICAÇÃO DE HOSPITAIS PÚBLICOS E FILANTRÓPICOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DO PARANÁ

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1 MANUAL DO HOSPSUS PROGRAMA DE APOIO E QUALIFICAÇÃO DE HOSPITAIS PÚBLICOS E FILANTRÓPICOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DO PARANÁ Paraná

2 Michele Caputo Neto Secretário de Estado da Saúde René José Moreira dos Santos Diretor Geral Márcia Huçulak Superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde Antonio Dercy Silveira Filho Superintendente de Políticas de Atenção Primária Sezifredo Paz Superintendente de Vigilância em Saúde Pythagoras Schmidt Schroeder Superintendente de Infra Estrutura 2

3 Equipe Técnica: Márcia Huçulak Superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde Marise Gnata Dalcuche Departamento de Habilitação e Contratualização Ivete Jaworski Wazur Divisão de Monitoramento e Avaliação Maria Emi Shimazaki Consultora Colaboração Ana Maria Perito Manzochi Ivana Maura Cuquel Kaminski Vinicius Augusto Filipak Apoio Luana Yurye Kira 3

4 SUMÁRIO 1. PROGRAMA DE APOIO E QUALIFICAÇÃO DE HOSPITAIS PÚBLICOS E FILANTRÓPICOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DO PARANÁ 5 2. MAPA ESTRATÉGICO DA SESA MAPA ESTRATÉGICO DO HOSPSUS 16 PAINEL DE BORDO O MONITORAMENTO E A AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO DOS INDICADORES 22 ÁREA DE GESTÃO 22 ÁREA DE ESTRUTURA 24 ÁREA DE PROCESSO 25 ÁREA DE RESULTADO 35 BIBLIOGRAFIA 40 ANEXOS 41 ANEXO 1. Relatório do Programa HOSPSUS 41 ANEXO 2 - Relatório da Comissão Regional de Acompanhamento e Avaliação 48 Rede de Urgência e Emergência e Rede Mãe Paranaense ANEXO 3 - Relatório da Comissão Regional de Acompanhamento e Avaliação - 52 Rede de Urgência e Emergência ANEXO 4 Relatório da Comissão Regional de Acompanhamento e Avaliação - 56 Rede Mãe Paranaense ANEXO 5 - Relatório de cirurgias de emergência realizadas dentro de 6 horas 60 após a admissão do paciente pela unidade de emergência ANEXO 6 Relatório de cirurgias de urgência realizadas dentro de 24 horas após 61 a admissão do paciente pela unidade de urgência ANEXO 7 Relatório de atendimento a paciente com indicação de procedimento 62 cardiológico de urgência ANEXO 8 - Relatório de pacientes atendidos com classificação de risco 63 ANEXO 9 - Resolução SESA no. 172/ ANEXO 10 - Resolução SESA no. 173/ ANEXO 11 Resolução SESA no. 174/

5 1 - PROGRAMA DE APOIO E QUALIFICAÇÃO DE HOSPITAIS PÚBLICOS E FILANTRÓPICOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DO PARANÁ HOSPSUS - 1ª. Fase Introdução O Governo do Paraná estabeleceu como uma de suas prioridades, na área de saúde, a reestruturação e melhoria da qualidade hospitalar do SUS, por meio da implantação de um programa destinado aos hospitais públicos e filantrópicos, que tem condições e capacidade para resolver problemas de saúde mais complexos e que atuam como referência na região onde estão inseridos. O Paraná possui leitos hospitalares ofertados em 458 hospitais públicos, filantrópicos e privados que atendem o SUS. Destes, 331 (72,3%) tem menos de 50 leitos. São hospitais que em geral tem baixa capacidade resolutiva, pela insuficiência da escala adequada, poucos recursos humanos especializados e baixa agregação tecnológica. Do total dos hospitais do Paraná que atendem SUS apenas 50 tem mais de 100 leitos, que representam 11% dos hospitais. O Estado do Paraná, de acordo com o Plano Diretor de Regionalização está organizado em 22 regiões de saúde e 4 macrorregiões, nos municípios sede das regionais de saúde estão concentrados os recursos assistenciais de maior densidade tecnológica, com maior concentração de recursos humanos especializados, serviços mais complexos e mais onerosos, são os hospitais com maior capacidade resolutiva para a grande parte dos problemas de saúde que exigem atenção hospitalar. Considerando a necessidade de melhorar o acesso a leitos qualificados, estabelecer um programa de melhoria da qualidade da assistência, o aumento da eficiência, a eficácia e a eqüidade do sistema assistencial, a Secretaria de Saúde do Paraná está propondo o HOSPSUS. O programa estabelece diretrizes e normas para a melhoria do acesso aos leitos hospitalares resolutivos de acordo com as redes de atenção prioritárias definidas no Plano de Governo Beto Richa, a Rede Mãe Paranaense e a Rede de Urgência e Emergência Objetivo O HOSPSUS tem como objetivo melhorar a oferta de leitos hospitalares qualificados em todas as regiões de saúde do estado, mediante contrato/convênio firmado entre o hospital e a SESA/PR, contribuindo para o desenvolvimento de um parque hospitalar público e filantrópico no estado, social e sanitariamente necessário e capaz de: 5

6 a) operar com eficiência; b) prestar serviços de qualidade que atendam às necessidades e demandas da população; c) preencher vazios assistenciais; d) inserir-se nas redes de atenção à saúde prioritárias no estado Estratégias a) assistencial: conformação de um sistema de saúde que integre dois níveis territoriais: o regional com auto-suficiência em atenção de media complexidade; e o macrorregional, com auto-suficiência em atenção de alta complexidade, possibilitando desta forma, a melhoria do acesso diminuindo os deslocamentos, para os grandes centros, dos cidadãos do Paraná que necessitam de assistência hospitalar resolutiva; b) econômica: a alocação de recursos financeiros para melhoria das estruturas físicas e de equipamentos, para capacitação dos profissionais de saúde, e para a modernização gerencial do hospital, de acordo com o perfil assistencial que se espera do hospital para a região ou macrorregião; c) redistributiva: estabelecer um fator de alocação segundo necessidades; d) gerencial: estabelecer uma lógica contratual por meio da assinatura do contrato/convênio e elaboração do Plano Operativo entre a SESA/PR e o hospital; e) educacional: participar de curso de gestão hospitalar e capacitação permanente das equipes dos hospitais de acordo com o perfil assistencial; f) parceria com os gestores locais: participação dos gestores locais nas comissões de avaliação do programa na região e definição da carteira de serviços necessários para o atendimento das necessidades de saúde da população; g) cooperação técnica horizontal: por meio da parceira com a FEMIPA e a organização de cursos de capacitação gerencial possibilita-se a transferência de conhecimentos entre os hospitais participantes 6

7 do programa, a troca de experiências, contribuindo para capacitação de recursos humanos, a melhoria da qualidade da atenção e do acesso aos usuários Fundamentos conceituais: compromissos de gestão em políticas públicas O HOSPSUS fundamenta-se no estabelecimento de compromissos entre o hospital e a SESA/PR. Esses compromissos serão firmados mediante contrato/convênio no qual a Secretaria repassa um montante de recursos financeiros, e os hospitais se comprometem, em contrapartida, a promover a melhoria da qualidade da assistência com o cumprimento de metas preestabelecidas pelo contrato/convênio. A introdução da lógica contratual na gestão, entre organismos governamentais ou entre estes e prestadores de serviços, constitui uma importante inovação que vem se estendendo a diversos âmbitos das políticas públicas. Tal inovação é estruturada em alguns princípios, entre os quais merecem destaque: o relacionamento entre um principal e um agente, a perspectiva estratégica da missão das instituições e a gestão orientada à obtenção de resultados. No Brasil, desde 2004, por iniciativa dos Ministérios da Saúde e da Educação vem ocorrendo um processo de contratualização dos hospitais universitários vinculados ao SUS, baseado no estabelecimento de metas relativas a prestação de serviços, ensino e pesquisa. Esse processo foi estendido aos hospitais filantrópicos da rede SUS, visando ao fortalecimento gerencial e à melhoria das atividades assistenciais. Em geral, os contratos têm perspectiva integral, isto é, incluem as áreas programáticas, referentes ao desempenho final da instituição e as áreas-meio, financeira, de recursos humanos e de investimentos. Contudo, os mesmos princípios têm sido aplicados em distintas áreas de políticas públicas e entre diferentes tipos de atores institucionais, na forma de compromissos de gestão, também chamados compromissos de desempenho, os quais não implicam exatamente um contrato integral. Tanto contratos integrais de gestão como compromissos circunscritos a alguns âmbitos e de menor duração temporal modificam as relações interinstitucionais, na medida em que afeta a inércia na distribuição de recursos segundo orçamento histórico, que estabelecem direitos e deveres entre as partes e definem mecanismos de prestação de contas e monitoramento dos resultados alcançados. Tais procedimentos podem ter repercussões positivas para a melhoria da cobertura, da qualidade, da eficiência e a satisfação dos usuários, com impactos também na prestação de contas e na 7

8 transparência na condução de políticas públicas. A adoção de tal lógica, porém, exige modificar uma cultura administrativa focalizada no planejamento e no controle exclusivo de atividades e insumos. A implementação de compromissos de desempenho inclui alguns requisitos importantes por parte do contratante, entre os quais se destacam: a) estabelecer os objetivos estratégicos; b) identificar as medidas de melhoria na gestão; c) definir os indicadores de desempenho; d) conhecer previamente as condições dos contratados com relação aos objetivos estratégicos; e) determinar metas concretas e verificáveis; f) vincular o montante de recursos às metas; g) definir e aplicar incentivos e sanções relacionadas ao cumprimento de metas; h) definir o fluxo de informação, no sentido de garantir sua confiabilidade e a obtenção em tempo oportuno; i) realizar o monitoramento contínuo dos compromissos; j) realizar avaliação periódica da gestão; k) utilizar a informação do monitoramento e da avaliação para decisões gerenciais: introduzir ajustes, rever formatos de compromissos; l) ter real interesse e condições para aplicar tanto as sanções estabelecidas como os incentivos ao desempenho. Para que o compromisso de gestão seja implementado com êxito, é fundamental que seja realizado o acompanhamento da execução dos compromissos, assim como o monitoramento e a avaliação do programa e da situação dos hospitais Ações Propostas 1. Implantação do incentivo financeiro para a melhoria das estruturas físicas, de equipamentos e materiais, modernização gerencial, custeio e qualificação de recursos humanos para atuarem no Sistema Único de Saúde (SUS). O valor total a ser repassado é composto de uma parte fixa (50%) e outra variável (50%). O recebimento da parte variável está condicionado ao cumprimento de metas de desempenho; 2. Implantação do programa de capacitação permanente na área de gestão hospitalar para os hospitais participantes do HOSPSUS; 8

9 3. Implantação de programa de capacitação permanente nas áreas de urgência e emergência e assistência materno-infantil para os profissionais que atuam nos hospitais do HOSPSUS; 4. Elaboração do Plano Operativo pelo hospital, em conjunto com a SESA, contendo os compromissos, metas e projetos de aplicação dos recursos, de acordo com as propostas definidas pelo Programa; 5. Implantação da Comissão Estadual de Avaliação do HOSPSUS e as Comissões Macrorregionais de avaliação do HOSPSUS; 6. Formalização dos contratos/convênios com os hospitais cujos Planos Operativos forem aprovados pela Comissão de Estadual de Avaliação do HOSPSUS; 7. Realizar anualmente pesquisa avaliativa da satisfação dos usuários nos hospitais participantes do HOSPSUS; 8. Realizar anualmente seminário de avaliação do HOSPSUS Critérios para seleção dos hospitais participantes do HOSPSUS Nessa primeira fase do programa a SESA/PR definiu os seguintes critérios para a inclusão dos hospitais no HOSPSUS: Ser hospital de referência macrorregional e/ou regional; Ser público ou filantrópico, localizado nos municípios-sede das macrorregiões e ou regiões de saúde do estado do Paraná, definidas no Plano Diretor de Regionalização e/ou em municípios de localização estratégica para a região; Ter 100 ou mais leitos ativos e ofertá-los ao Sistema Único de Saúde (SUS) regulados pela Central Estadual de Regulação; e, em caso de inexistência de hospital desse porte na sede da região, ser o hospital de maior complexidade e porte; Ser referência na região para a atenção de Média e/ou Alta Complexidade; Atender no mínimo 25% de pacientes referenciados de sua região de abrangência, respeitada a Programação Pactuada Integrada, e ter o perfil e a atuação de âmbito regional estabelecidos com base no fluxo de atendimento aos usuários do SUS. 9

10 1.7. Monitoramento e Avaliação O monitoramento e a avaliação do HOSPSUS serão exercidos: I pela Coordenação do HOSPSUS SESA-PR; II pela Comissão Estadual de Avaliação do HOSPSUS; e III pela Comissão Regional de Avaliação do HOSPSUS. O Comitê Regional do HOSPSUS emitirá parecer acerca dos relatórios que serão submetidos à aprovação da CIB-Regional. No período compreendido entre a apresentação dos Relatórios e a emissão do parecer pelo Comitê Regional do HOSPSUS, o repasse dos recursos financeiros será mantido até o máximo de 30 dias após a data prevista para sua apresentação, limitada à liberação de apenas 01 (uma) parcela do recurso. Os hospitais que não atingirem as metas deverão justificar o desempenho no relatório. O sistema de informação e monitoramento do HOSPSUS será composto por dados das seguintes fontes de informações: Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES) Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS) Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA/SUS) Relatórios de acompanhamento da Coordenação do HOSPSUS Relatórios das Centrais de Leitos Municipais e/ou estadual Relatórios de outros sistemas de informações da saúde 1.8.As Comissões Compete à Coordenação do HOSPSUS, sediada no nível central da SESA-PR: I - planejar, implantar, executar e monitorar cada competência do HOSPSUS; II - autorizar o repasse dos recursos financeiros aos hospitais participantes do Programa. A Comissão Estadual de Avaliação do HOSPSUS instituída pela Resolução SESA nº 0173/2011, será formada por representantes das seguintes áreas/instituições: 10

11 I Superintendência de Gestão de Sistemas de Saúde SESA/PR; II Superintendência de Vigilância em Saúde /SESA/PR; III Superintendência de Políticas de Atenção Primária SESA/PR; IV Diretoria de Unidades Próprias SESA/PR V Diretoria de Políticas de Urgência e Emergência SESA/PR VI - 02 (dois) representantes do Colegiado dos Secretários Municipais de Saúde COSEMS/PR. VII - Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná FEMIPA; VIII Conselho Regional de Medicina PR IX Conselho Regional de Enfermagem PR X Conselho Estadual de Saúde 2 representantes segmento usuários A Comissão Estadual será coordenada pela Superintendência de Gestão de Sistemas de Saúde SESA/PR Compete à Comissão Estadual de Avaliação do HOSPSUS: I - avaliar e emitir parecer sobre o atendimento às condições exigidas dos hospitais participantes e sobre os Planos Operativo apresentados pelos hospitais e gestores municipais, trimestralmente; II - aprovar a alocação de recursos às unidades hospitalares, com base no estudo de fluxo de atendimento regional e macrorregional aos usuários do SUS-PR; III analisar os relatórios das Comissões Regionais; IV realizar visitas técnicas aos hospitais A Comissão Regional de Avaliação do HOSPSUS será formado pelos seguintes áreas/instituições: I 2 representantes da Regional de Saúde -SESA/PR II 2 representantes do Conselho Regional de Secretários Municipais de Saúde CRESEMS/PR, sendo um deles o Secretário Municipal de saúde do município sede da região; III 2 representantes do hospital; IV 2 Representantes do segmento dos usuários do Conselho Municipal de Saúde do município onde localiza-se o hospital; O Comitê Regional será coordenado pelo Diretor da Regional de Saúde. Compete a Comissão Regional de Avaliação do HOSPSUS: 11

12 I - emitir parecer, consensuado entre os representantes sobre assuntos referentes ao Hospital a fim de subsidiar as decisões da CIB Regional; II - submeter seus pareceres à aprovação da CIB-Estadual; III - realizar visitas técnicas para o acompanhamento e validação da execução dos compromissos assumidos pelos hospitais; e IV - analisar e validar os relatórios apresentados pelo Hospital, a cada três meses Incentivo Financeiro O incentivo financeiro deverá ser calculado utilizando valores per capita diferenciados por região de saúde, obedecendo ao princípio da eqüidade. O índice utilizado para definir as populações de cada região será do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Tribunal de Contas da União - IBGE/TCU, referente ao ano inicial da competência. O incentivo financeiro será repassado às instituições observando os seguintes critérios: 100% da parcela do 1º. ao 4º. mês, 80% fixo e 20% variável do 5º. ao 8º. mês, mediante avaliação das metas 60% fixo e 40% variável do 9º. ao 12º. mês, mediante avaliação das metas A partir do primeiro ano do programa o incentivo será repassado da seguinte forma: I - 50% (cinqüenta) do valor total do incentivo será destinado às instituições de forma fixa; e II - 50% (cinqüenta) de forma variável, ou seja, condicionado ao desempenho alcançado durante a vigência do Programa, sendo que a avaliação será realizada trimestralmente. O incentivo financeiro deverá ser aplicado em investimentos, modernização gerencial, custeio e qualificação de recursos humanos, para atuarem no SUS - PR. Os investimentos deverão ser prioritariamente, utilizados para o cumprimento do cronograma definido no Plano Operativo, e de acordo com a implantação de ações e serviços das Redes de Atenção prioritárias definidas para o hospital integrante do HOSPSUS. Em caso de execução de obras de construção, reforma ou ampliação, a instituição hospitalar deverá obter aprovação da Superintendência de Vigilância à Saúde/SESA-PR antes de iniciar a execução do referido projeto, sob pena de suspensão do repasse dos recursos financeiros. 12

13 As instituições que executarem os recursos financeiros de forma adversa à sua programação no Plano Operativo serão obrigados a devolvê-los ao Fundo Estadual de Saúde Resultados esperados A curto prazo: a) fortalecimento da gestão, com otimização dos processos e equilíbrio financeiro; b) aumento da resolutividade da instituição com a readequação das instalações, incorporação de tecnologia e ampliação das atividades assistenciais; c) fortalecimento das relações Gestor-Hospital-Região e, conseqüentemente, do Sistema Único de Saúde. A médio e longo prazo: a) garantia do atendimento de qualidade da assistência hospitalar, nas regiões do estado do Paraná contempladas pelo Programa; b) contribuir para a melhoria do acesso e da assistência à saúde, assegurando a resolutividade em procedimentos de atenção especializada, de pelo menos um hospital publico ou filantrópico em cada região; c) promoção da auto-suficiência em procedimentos de alta complexidade nas macrorregiões; d) fixação de profissionais em regiões menos atrativas Contratos/Convênios No HOSPSUS haverá dois tipos de formalização de compromissos, através de: - Contratos: será celebrado contrato com os hospitais que estão sob gestão estadual (mesmo que o hospital já seja contratualizado com a SESA será realizado um novo contrato para o HOSPSUS. - Convênios: será celebrado convênio com os hospitais que estão situados em municípios que tem a gestão total dos serviços públicos de saúde, o convênio será celebrado diretamente com o hospital. Tanto o contrato como o convênio estabelecerão a elaboração do Plano Operativo Anual POA - onde estarão definidas as metas específicas de cada hospital e através do qual será feita a avaliação e o monitoramento. Além disso, o POA estabelecerá a proposta de aplicação dos recursos financeiros e a contrapartida das instituições participantes do Programa. Qualquer alteração no POA deverá ser solicitada previamente ao Comitê de Avaliação 13

14 Regional do HOSPSUS e somente será aceita quando aprovada pela CIB-regional. O acompanhamento do contrato/convênio será realizado mediante apresentação de 03 (três) relatórios com periodicidade trimestral: I Relatório de Acompanhamento; II Relatório do Seminário de Avaliação da Competência; e III Relatório Circunstanciado. 14

15 2. MAPA ESTRATÈGICO SESA 15

16 3. MAPA ESTRATÈGICO HOSPSUS 16

17 3.1. Painel de Bordo 17

18 18

19 4. O Monitoramento e a Avaliação A proposta do sistema de monitoramento pressupõe: O acompanhamento tanto dos compromissos e metas estabelecidos entre o hospital e a SESA PR, decorrente do modelo contratual adotado, quanto de indicadores que, embora não pactuados, refletem a qualidade da assistência hospitalar. Além disso, o sistema de monitoramento foi desenhado de modo a permitir: a avaliação periódica da gestão; a utilização da informação do monitoramento e da avaliação.para decisões gerenciais; a introdução de ajustes e a revisão dos compromissos. Para o monitoramento do HOSPSUS é necessário ter presente que: a) trata-se de um programa de incentivo financeiro a hospitais que compõem a rede SUS no Paraná para que fortaleçam sua gestão buscando a melhoria da qualidade da assistência, o aumento da eficiência, a eficácia e a eqüidade do sistema assistencial; b) o Programa opera com base em compromissos e metas, assumidos periodicamente pelo hospital participante com o gestor estadual da Saúde. Os indicadores de desempenho foram agrupados em cinco áreas temáticas que deverão ser monitoradas pelo Programa. A seleção das áreas temáticas, e os indicadores nelas incluídos, não pretendem ser exaustivos com relação à complexidade do cuidado hospitalar e às várias dimensões da qualidade da assistência. As áreas temáticas, com suas respectivas subáreas. O Hospital deve apresentar o Relatório do Programa HOSPSUS (anexo 11) para a Comissão Regional de Acompanhamento e Avaliação, no prazo determinado. A Comissão de Acompanhamento e Avaliação apreciará o relatório e preencherá o Relatório da Comissão (anexo 8 ou anexo 9 ou anexo 10) com a devida pontuação e o encaminhará à Comissão Estadual de Acompanhamento e Avaliação do Programa que elaborará a planilha de pagamento. O percentual da parcela variável a ser paga é igual ao percentual de pontos atingidos. Para 100% dos pontos atingidos será paga 100% da parcela variável. ÁREA 1: GESTÃO Subárea 1.1: Direção Membros da Direção do Hospital com Especialização em (participando do Curso de) Gestão Hospitalar Implementação do Plano Diretor Subárea 1.2: Gestão administrativo-financeira Sistema de apropriação de custos implantado Subárea 1.3: Gestão da informação hospitalar Censo Hospitalar Diário Notificação compulsória de doenças e agravos 19

20 ÁREA 2: ESTRUTURA Subárea 2.1: Informações gerais Atualização das informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde Licença Sanitária atualizada Subárea 2.2: Hemoterapia.2.1 Agencia Transfusional Subárea 2.3 Unidades de Tratamento Intensivo Número de leitos de UTI s no mínimo de 10% dos leitos gerais Subárea Oferta de Leitos para Central de Leitos/Regulação Disponibiliza todos os leitos de UTI/SUS para a Central de Leitos/Regulação Disponibiliza todos os leitos gerais/sus para a Central de Leitos/ Regulação ÁREA 3: PROCESSOS Subárea 3.1: Comissões Comissão de Revisão de Prontuário Comissão de Verificação de Óbitos Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) Subárea 3.2: Rede Mãe Paranaense Protocolos clínicos de perinatologia implantado Existência de Comitê de Mortalidade Materna Existência de Comitê de Mortalidade Infantil e Fetal Números de partos realizados a gestantes vinculadas, conforme classificação de risco Subárea 3.3: Rede de Urgência/Emergência Serviço de pronto-atendimento 24 horas Atende SAMU/SIATE Atendimento com classificação de risco Percentual de pacientes atendidos na unidade de emergência submetidos à classificação de risco discriminados por nível de prioridade Percentual de pacientes atendidos dentro de tempo-limite estabelecido para cada nível de prioridade Percentual de cirurgias de emergência realizadas dentro de 24 horas após a admissão do paciente pela unidade de emergência Percentual de pacientes com tempo porta balão inferior a 90 minutos Subárea 3.4: Programa de Humanização Grupo de Trabalho de Humanização Ouvidoria 20

21 Subárea 3.5: Segurança do Paciente Implantada atividade relacionada a segurança do paciente Subárea 3.6: Produção Taxa de Cesáreas Taxa de Cesáreas em primíparas Tempo médio de permanência geral Tempo médio de permanência clínica médica Tempo médio de permanência clínica cirúrgica Tempo médio de permanência clínica obstétrica Tempo médio de permanência Unidade de Tratamento Intensivo- Adulto Tempo médio de permanência Unidade de Tratamento Intensivo- Neonatal Taxa de ocupação Taxa de ocupação clínica médica Taxa de ocupação clínica cirúrgica Taxa de ocupação clínica obstétrica Taxa de ocupação Unidade de Tratamento Intensivo- Adulto Taxa de ocupação Unidade de Tratamento Intensivo- Neonatal Pacientes em lista de espera para procedimento cirúrgico ÁREA 4: RESULTADOS Subárea 4.1: Mortalidade Taxa de mortalidade institucional Taxa de mortalidade materna hospitalar Taxa de mortalidade neonatal precoce hospitalar Taxa de mortalidade perinatal hospitalar Taxa de mortalidade fetal hospitalar Subárea 4.2: Notificação de infecções relacionadas a assistência a Saúde (IRAS) Taxa global de infecção hospitalar Taxa de infecção hospitalar em cirurgias limpas Densidade de pneumonia associada à ventilação mecânica Densidade de infecção primária de corrente sanguínea clínica e confirmada laboratorialmente Densidade de Infecção urinária associadas à sondagem vesical de demora Subárea 4.3: Movimentação de pacientes Taxa de atendimento a paciente referenciado Taxa de transferência de pacientes entre hospitais Subárea 4.4: Relação com os usuários Realização de pesquisa de satisfação de usuários A definição das áreas temáticas segue a lógica, bastante difundida na literatura especializada, que propõe avaliar a qualidade do cuidado hospitalar segundo estrutura, processo e resultado. A estrutura 21

22 corresponde aos recursos utilizados (físicos, humanos, materiais, instrumental-normativo e administrativo e fontes de financiamento); o processo às atividades relativas à organização da assistência, à produtividade, à produção e utilização de recursos, nos seus aspectos quantitativos e qualitativos; e o resultado à efetividade do cuidado, entendida como o grau com que a assistência hospitalar atinge o objetivo de promover a saúde dos indivíduos. As áreas de gestão e relação com os usuários e a comunidade foram destacadas no monitoramento do HOSPSUS. A gestão devido ao caráter do programa de promoção da melhoria gerencial. E a área de relação com os usuários e a comunidade devido a importância do fortalecimento da relação do hospital com os usuários e a comunidade, atores fundamentais no processo de melhoria da qualidade da assistência. Os indicadores correspondentes a cada área estão conceituados e buscou-se padronizar o método de cálculo, a periodicidade e a fonte de informação a ser utilizada pelo hospital. 4.1.DESCRIÇÃO DOS INDICADORES ÁREA 1: GESTÃO Esta área agrupa aspectos fundamentais da administração do hospital: direção, gestão administrativo-financeira e gestão da informação hospitalar. Subárea 1.1: Direção Objetivo: verificar a participação da direção no Curso de Especialização em Gestão Hospitalar, bem como a implementação e atualização de plano diretor do estabelecimento. Para o desempenho de excelência de um estabelecimento hospitalar é indispensável um corpo diretivo com visão da missão assistencial da instituição, capacidade de planejamento estratégico e liderança no exercício da gestão. A liderança é, assim, aspecto-chave nesta subárea, em que se destacam os instrumentos que permitem a sua implementação e o seu exercício: existência de plano diretor e especialização em gestão hospitalar da equipe diretiva Membros da Direção do Hospital com Especialização em (participando do Curso de) Gestão Hospitalar do HOSPSUS Conceito: pelo menos um diretor do estabelecimento participando ou concluído o Curso de Especialização em Gestão Hospitalar oferecido pelo HOSPSUS. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Assinalar resposta no formulário. Periodicidade: trimestral. Fonte de informação: Coordenação do Curso (freqüência ou certificado) Implementação do Plano Diretor Conceito: Instrumento elaborado e implementado pela direção do hospital contendo ações relacionadas ao desenvolvimento de políticas, ao planejamento estratégico e à organização da sistemática de governo da Instituição. Possibilidades de resposta: 1ª) Plano Diretor está sendo elaborado pelos membros da direção do hospital que participam do Curso de Especialização em Gestão Hospitalar, com a apresentação dos produtos das oficinas e a reprodução das oficinas nos hospitais. 22

23 Fonte de informação: hospital e coordenação do curso. 2ª) Plano Diretor foi aprovado pela banca de avaliação do curso do Curso de Especialização em Gestão Hospitalar. Fonte de informação: hospital e coordenação do curso. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Assinalar resposta no formulário. Periodicidade: trimestral. Subárea 1.2: Gestão Administrativo-financeira Objetivo: Verificar a existência de instrumentos favoráveis à eficiência da gestão administrativofinanceira. As dimensões consideradas são custos hospitalares, estoque, preços, manutenção de equipamentos e controle interno Sistema de apropriação de custos implantado Conceito: a implantação de um sistema de apropriação de custos pressupõe a existência de equipe responsável pela alocação de custos incorridos pela instituição nos seus diversos setores em um determinado período. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Se o hospital possui sistema de custos, informar o método adotado para apropriar custos, a abrangência do sistema, os setores do hospital para as quais é feita a apropriação de custos e indicar os subprodutos e seus respectivos valores. Periodicidade: anual. Fonte de informação: hospital, relatórios extraídos do sistema. Subárea 1.3: Gestão da informação hospitalar Objetivo: verificar a existência de instrumentos que permitam a produção de informação confiável, periódica e informatizada como insumos estratégicos na gestão hospitalar, especialmente relacionados à qualidade da assistência. As seguintes dimensões são focalizadas: censo hospitalar e notificação epidemiológica Censo Hospitalar Diário Conceito: realizar o Censo Hospitalar Diário de acordo com a Portaria nº 312 de 2002 do Ministério da Saúde. Referência normativa: Segundo a Portaria nº 312 de 2 de Maio de 2002 da Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde, censo hospitalar diário é a contagem e o registro, a cada dia hospitalar, do número de leitos ocupados e vagos nas unidades de internação e serviços do hospital. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Informar se a instituição faz a contagem de leitos diariamente e no mesmo horário e informa a Central de Regulação. Periodicidade: trimestral. Fonte de informação: relatório da Central de Leitos/Regulação sobre a disponibilidade de leitos diários. 23

24 1.3.2 Notificação compulsória de doenças e agravos Conceito: o hospital preenche e encaminha as fichas de notificação quando da ocorrência ou da suspeita de doença ou agravo; e, a ficha de notificação negativa de doenças quando for o caso. Utiliza os instrumentos padronizados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Referência normativa: A Portaria nº 104/GM, de 25 de janeiro de 2011 do Ministério da Saúde regulamenta a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo território nacional e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Periodicidade: trimestral. Fonte de informação: SINAN/Secretaria Municipal de Saúde ÁREA 2 ESTRUTURA Indicadores da estrutura A Estrutura contempla informações gerais que permitem caracterizar o hospital bem como sua adesão a programas governamentais. Subárea 2.1: Informações Gerais Objetivo: caracterizar o perfil do hospital e contextualizar os compromissos assumidos Atualização das informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) Conceito: a instituição atualiza, regularmente, seus dados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), junto ao Gestor Municipal, de modo a assegurar a veracidade das informações disponibilizadas na página eletrônica deste cadastro. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Informar a data da última atualização junto ao Gestor Municipal. Periodicidade: trimestral Fonte de informação: hospital/ CNES Licença Sanitária atualizada Conceito: o hospital possui Licença Sanitária atualizada, emitida pela Vigilância Sanitária sem restrições. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Periodicidade: anual. Fonte de informação: cópia da Licença Sanitária atualizada. Subárea.2: Hemoterapia Objetivo: Agencia transfusional nos hospitais que realizam no mínimo sessenta cirurgias /mês, conforme portaria, ou conforme pactuação com o gestor. Utilização de hemocomponentes preferencialmente da Rede HEMEPAR. 24

25 2.2.1 Agência transfusional Conceito: existência de agência transfusional no hospital que realiza mais de sessenta cirurgias/mês, com condições estruturais de funcionamento. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Periodicidade: anual. Fonte de informação: Sistema de Informação da VISA. Subárea 2.3: Unidades de Tratamento Intensivas Objetivo: Ampliar e adequar as estruturas das UTI s, disponibilizando os leitos integralmente ao SUS pela Central de Regulação Ampliar o número de UTI s para no mínimo 10% dos leitos gerais Conceito: Ampliar o número de UTI s para no mínimo 10% dos leitos gerais para os hospitais que ainda não atingem esse percentual. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Periodicidade: trimestral. Fonte de informação: CNES/hospital Subárea - Oferta de Leitos para Central de Leitos/Regulação Disponibiliza todos os leitos/sus de UTIs para a Central de Leitos/Regulação Conceito: Disponibilizar todos os leitos de UTI/SUS para a Central de Leitos/Regulação Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Periodicidade: trimestral. Fonte de informação: Central de Leitos/Regulação Disponibiliza leitos gerais/sus para a Central de Leitos/Regulação Conceito: relatar o percentual das internações realizadas pelo SUS, na instituição, que foram reguladas pela Central Estadual de Regulação/Central de Leitos:. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Periodicidade: trimestral. Fonte de informação: Central de Leitos/Regulação. ÁREA 3: PROCESSOS Esta área focaliza os processos assistenciais relacionados ao cuidado do paciente para obtenção de um dado resultado. A gestão dos processos assistenciais exige uma certa padronização dos procedimentos, que deve servir de orientação contínua para a melhoria do desempenho do hospital. 25

26 Subárea 3.1: Comissões Objetivo: caracterizar a existência das comissões no hospital Comissão de Revisão de Prontuário Conceito: comissão de funcionamento obrigatório nos estabelecimentos hospitalares. Referência normativa: A Resolução 1331/1989 do Conselho Federal de Medicina define o prontuário como um conjunto de documentos padronizados e ordenados, destinados ao registro dos cuidados profissionais prestados ao paciente pelos serviços de saúde pública ou privada. A Resolução nº 1.639/2002 do Conselho Federal de Medicina regulamenta a Comissão de Revisão de Prontuário. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Em caso de resposta afirmativa anexar as atas das 2 últimas reuniões. Destacar nas atas enviadas os itens relacionados à organização do prontuário e à qualidade dos registros. Periodicidade: trimestral. Fonte de Informação: hospital Comissão de Verificação de Óbitos Conceito: comissão de funcionamento obrigatório nos estabelecimentos hospitalares. Destina-se a análise da mortalidade intra-hospitalar e ao estudo dos fatores associados à sua ocorrência. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Em caso de resposta afirmativa anexar as atas das 2 últimas reuniões. Destacar nas atas enviadas a análise dos óbitos ocorridos durante a competência divididos por faixa etária. Periodicidade: trimestral. Fonte de Informação: hospital Comissão de Controle de Infecção Hospitalar Conceito: comissão de funcionamento obrigatório nos estabelecimentos hospitalares. Referência normativa: Desde 1997, os hospitais devem manter Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH), que consiste de um conjunto de ações desenvolvidas, deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, definida pela Lei nº de 6 de janeiro de 1997, integra o PCIH, tendo sido regulamentada pela Portaria do Ministério da Saúde nº de 12 de maio de Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Em caso de resposta afirmativa, verificar o documento de nomeação oficial da CCIH e anexar as atas das 2 últimas reuniões. Verificar a existência de protocolos funcionais, o registro de Educação Continuada com treinamentos internos e notificação regular no SONIH Periodicidade: trimestral. Fonte de Informação: hospital Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) 26

27 Conceito: as instituições que possuem mais de 80 leitos devem constituir, formalmente, essa Comissão nos termos da legislação específica. A atribuição da CIHDOTT é a de organizar a instituição hospitalar para viabilizar doações e transplantes. Referência normativa: Portaria nº 1.752/GM de 23 de setembro de Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Em caso de resposta afirmativa anexar atas das 2 últimas reuniões e informar a evolução das notificações e dos transplantes (para hospitais que realizam esse procedimento). Periodicidade: trimestral. Fonte de Informação: hospital. Subárea 3.2: Rede Mãe Paranaense Protocolos clínicos de perinatologia implantado Conceito: utilização de protocolos como instrumentos que normalizam o padrão de atendimento. O protocolo clínico deve fornecer elementos de apoio à decisão e ao manejo clínico, além de orientar a organização do processo de trabalho, estabelecendo fluxos integrados e medidas de suporte, definindo competências e responsabilidades dos serviços, das equipes e dos profissionais. Sua aplicação deve resultar em melhoria da qualidade do atendimento, eficiência e efetividade clínica. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Em caso de resposta afirmativa, relacionar o protocolo implantado. Periodicidade: trimestral. onte de informação: hospital Existência de comitê de mortalidade materna no hospital Conceito: existência de comitês de mortalidade materna em funcionamento no hospital. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Em caso de resposta afirmativa anexar as duas últimas atas. Destacar nas atas a análise dos óbitos maternos, identificando o nome da mãe, endereço, idade e Unidade de Saúde e Município onde foi realizado o Pré-Natal. Periodicidade: trimestral Fonte de informação: hospital Existência de comitê de mortalidade infantil e fetal no hospital Conceito: existência de comitê de mortalidade infantil fetal em funcionamento no hospital. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Em caso de resposta afirmativa e anexar as duas últimas atas. Destacar nas atas enviadas a análise dos óbitos infantis e fetais, identificando o nome endereço, idade, bem como a análise dos óbitos infantis e fetais. Periodicidade: trimestral Fonte de informação: hospital. 27

28 3.2.4 Número de partos realizados em gestantes vinculadas ao hospital de acordo com a classificação de risco. Conceito: Atendimento ao parto de gestantes residentes nos municípios para os quais o Hospital é referência para parto de risco Método de cálculo: Não há método de cálculo específico. Periodicidade: trimestral Fonte de informação: hospital e Secretaria Municipal de Saúde Subárea 3.3: Rede de Urgência e Emergência Serviço de pronto atendimento 24 horas Conceito: manter o serviço de pronto atendimento funcionando 24 horas por dia para atendimento de urgência/emergência, conforme perfil assistencial pactuado com a SESA. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Periodicidade: trimestral Fonte de informação: hospital, Central de Regulação SAMU/SIATE Atende SAMU/SIATE Conceito: Atender ao SAMU/SIATE Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Periodicidade: trimestral Fonte de informação: Hospital, Central de Regulação SAMU/SIATE Percentual de pacientes atendidos com classificação de risco Conceito: pacientes atendidos no Pronto Socorro com classificação de risco discriminados por nível de prioridade,. Método de cálculo: Não há método de cálculo específico. Apresentar relatório proposto no anexo Txpacrisc =n ºde pacientes atendidos c/ classificação risco no PS no mês x 100 n º total de pacientes atendidos no PS no mesmo período VM = n ºde pacientes vermelhos no PS no mês x 100 n º total de pacientes atendidos no PS no mesmo período 28

29 LJ = n ºde pacientes laranjas no PS no mês x 100 n º total de pacientes atendidos no PS no mesmo período AM = n ºde pacientes amarelos no PS no mês x 100 n º total de pacientes atendidos no PS no mesmo período VD = n ºde pacientes verdes no PS no mês x 100 n º total de pacientes atendidos no PS no mesmo período AZ = n ºde pacientes azuis no PS no mês x 100 n º total de pacientes atendidos no PS no mesmo período Periodicidade: trimestral Fonte de informação: hospital Percentual de cirurgias de emergência realizadas dentro de 6 horas após a admissão do paciente pela unidade de emergência Conceito: percentual de pacientes atendidos no Pronto Socorro com cirurgia de emergência realizada em até 6 horas após a admissão Método de cálculo: Não há método de cálculo específico. Apresentar relatório proposto no anexo Txpaccirem: n ºde pacientes em emergência operados em 6 horas no PS no mês x 100 n º total de pacientes cirúrgicos em emergência admitidos no mesmo período Periodicidade: trimestral Fonte de informação: hospital Percentual de cirurgias de urgência realizadas dentro de 24 horas após a admissão do paciente pela unidade de emergência Conceito: número absoluto e percentual de pacientes atendidos no Pronto Socorro com cirurgia de urgência realizada em até 24 horas após a admissão Método de cálculo: Não há método de cálculo específico. Apresentar relatório proposto no anexo Txpaccirur: n ºde pacientes em urgência operados em 24 horas no PS no mês x 100 n º total de pacientes cirúrgicos em emergência admitidos no mesmo período Periodicidade: trimestral Fonte de informação: hospital Percentual de pacientes com tempo porta-balão inferior a 90 minutos após a admissão do paciente pela unidade de emergência 29

30 Conceito: número absoluto e percentual de pacientes atendidos no Pronto Socorro com tempo portabalão inferior a 90 minutos após a admissão Método de cálculo: Não há método de cálculo específico. Apresentar relatório proposto no anexo Txpacporbal: n ºde pacientes com tempo porta-balão < 90 minutos no PS no mês x 100 n º total de pacientes com indicação do procedimento admitidos no mesmo período Periodicidade: trimestral Fonte de informação: hospital. Subárea 3.4: Programa de Humanização Grupo de trabalho de humanização Conceito: existência do grupo de trabalho de humanização com implantação pela instituição das ferramentas e instrumentos de gestão preconizados pela Política Nacional de Humanização. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Em caso de resposta afirmativa anexar atas das duas últimas reuniões e plano de trabalho anual. Periodicidade: trimestral Fonte de informação:hospital Ouvidoria Conceito: existência de ouvidoria e ou do serviço/setor de coleta de reclamações e sugestões dos usuários. Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Em caso de resposta afirmativa apresentar registro das ocorrências e soluções indicadas. Periodicidade: trimestral Fonte de informação: hospital Subárea 3.5: Segurança do paciente Implantada atividade relacionada a segurança do paciente Conceito: Atividades de acordo com a Aliança Internacional para a Segurança do paciente, conforme preconizado pela Organização Mundial da Saúde e ANVISA Método de cálculo: não há método de cálculo específico. Em caso de resposta afirmativa indicar qual a estratégia implantada e apresentar copia do protocolo de implantação. Periodicidade: trimestral. Fonte de informação: hospital. 30

31 Subárea 3.6: Produção Objetivo: caracterizar o desempenho do hospital no que se refere ao volume de partos e cesáreas realizadas, ao tempo médio de permanência e a taxa de ocupação de leitos Taxa de Cesáreas (txces) Conceito: relação percentual entre o número de partos cirúrgicos realizados em determinado período e o número total de partos realizados (normais e cirúrgicos) no mesmo período. Método de cálculo: txces = cesáreas realizadas no mês 100 cesáreas + partos normais no mês Periodicidade: mensal. Fonte de informação: SIHD/hospital Taxa de Cesáreas em primíparas (txcesprim) Conceito: relação percentual entre o número de partos cirúrgicos em primíparas e o total de partos em primíparas em determinado período. Entende-se por primípara a parturiente que deu à luz pela primeira vez. Método de cálculo: Periodicidade: mensal Fonte de informação: hospital Tempo médio de permanência geral (tmp) txcesprim = cesáreas primíparas realizadas no mês 100 partos em primíparas (partos normais e cesáreas) Conceito: relação entre o total de pacientes-dia e o total de pacientes que tiveram saída do hospital em determinado período, incluindo os óbitos. Representa o tempo médio em dias que os pacientes ficaram internados no hospital. Referência normativa: Portaria nº 312 de 2 de Maio de 2002 da Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde. A média de permanência representa o tempo médio em dias que os pacientes ficaram internados no hospital; é igual à relação entre o total de pacientes-dia e o total de pacientes que tiveram saída do hospital em determinado período, incluindo os óbitos. Essa medida pode ser afetada pela forma de tratamento das transferências internas; nesse caso a sugestão é atribuir a permanência de internação à unidade da qual o paciente teve alta. Para o caso da UTI, unidade que tem grande volume de pacientes transferidos, a estatística deve ser feita separadamente. Paciente-dia: é a unidade de mensuração da assistência prestada, em um dia hospitalar, a um paciente internado, devendo o dia de alta somente ser computado quando este ocorrer no dia da internação. A saída do paciente da clínica/unidade de internação pode se dar por alta (curado, melhorado ou inalterado), evasão, desistência do tratamento, transferência interna, transferência externa ou óbito. As transferências internas não são consideradas saídas para os cálculos das estatísticas hospitalares gerais. 31

32 Método de cálculo: tmp = n º pacientes - dia no mês n º de saídas do hospital no mesmo período Periodicidade: mensal Fonte de informação: hospital Tempo médio de permanência clínica médica (tmpcmed) Conceito: relação entre o número de pacientes-dia na clínica médica em determinado mês e o número de saídas da clínica médica no mesmo período. Método de cálculo: tmpcmed = nº de pacientes/dia na clínica médica no mês nº de saídas da clínica médica no mesmo período Periodicidade: mensal Fonte de informação: hospital Tempo médio de permanência clínica cirúrgica (tmpccir) Conceito: relação entre o número de pacientes-dia na clínica cirúrgica em determinado mês e o número de saídas da clínica cirúrgica no mesmo período. Método de cálculo: tmpccir = nº de pacientes / dia na clínica cirúrgica no mês nº de saídas da clínica cirúrgica no mesmo período Periodicidade: mensal Fonte de informação: hospital Tempo médio de permanência clínica obstétrica (tmpcobs) Conceito: relação entre o número de pacientes-dia na clínica obstétrica em determinado mês e o número de saídas da clínica obstétrica no mesmo período. Método de cálculo: tmpcobs = nº de pacientes - dia na clínica obstétrica no mês nº de saídas da clínica obstétrica no mesmo período Periodicidade: mensal Fonte de informação: hospital Tempo médio de permanência Unidade de Tratamento Intensivo - Adulto (tmputi) Conceito: relação entre o número de pacientes-dia da UTI Adulto em determinado mês e o número de saídas da UTI Adulto no mesmo período. Método de cálculo: tmputi = nº de pacientes - dia na UTI - Adulto no mês nº de saídas da UTI - Adulto no mesmo período 32

33 Periodicidade: mensal Fonte de informação: hospital Tempo médio de permanência Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (tmputineo) Conceito: relação entre o número de pacientes-dia da UTI Neonatal em determinado mês e o número de saídas da UTI Neonatal no mesmo período. Método de cálculo: tmputineo = nº de pacientes - dia na UTI - Neonatal no mês nº de saídas da UTI - Neonatal no mesmo período Periodicidade: mensal Fonte de informação: hospital Taxa de ocupação geral (to) Conceito: relação percentual entre o número de pacientes-dia em determinado mês e o número de leitos-dia no mesmo período. Observação: Nos indicadores relativos à Taxa de ocupação, considerar que Leito-dia é a unidade de medida que representa a disponibilidade de um leito hospitalar de internação por um dia hospitalar. Corresponde aos leitos operacionais ou disponíveis, incluindo os leitos extras com pacientes internados, o que significa que o número de leitos-dia pode variar de um dia para outro de acordo com o bloqueio e desbloqueio de leitos e com a utilização de leitos extras. Método de cálculo: To= n º de pacientes / dia no mês x100 n º de leitos / dia no mesmo período Periodicidade: mensal Fonte de informação: hospital Taxa de ocupação clínica médica (tocmed) Conceito: relação percentual entre o número de pacientes-dia na clínica médica em determinado mês e o número de leitos-dia da clínica médica no mesmo período. Método de cálculo: tocmed = n pacientes/ dia na clínica médica no mês x100 n leitos / dia da clínica médica no mesmo período Periodicidade: mensal Fonte de informação: hospital Taxa de ocupação clínica cirúrgica (toccir) Conceito: relação percentual entre o número de pacientes-dia na clínica cirúrgica em determinado mês e o número de leitos-dia da clínica cirúrgica no mesmo período. Método de cálculo: 33