Visitas Ilustres. Bollettino informativo e culturale della Scuola Italiana "Eugenio Montale" ANNO 6 N. 14 Dicembre 2008

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2 Indice Visitas ilustres Lettera di un Lupo La battaglia di Kadesh Election Day Fiera del Libro Apertura anno scolastico Viaggio di lavoro nell'autunno italiano La mostra "Lina Bo Bardi - Arquiteto" al MASP La Settimana della Lingua Italiana nel Mondo Italia RAI: italiano televisivo Ai miei tempi Algumas vezes na vida aparecem uns anjos Ponto de mutação Documentario Realidade e Consciência Inaugurazione dell'affresco "Omaggio a Eugenio Montale" La Scuola si rinnova Indovinelli Dietro la maschera Grandes em consciência e esperança Projeto Tietê: Sustentabilidade Ambiental Concurso Cultural "Direitos Humanos na Escola" Projeto Parlamento Jovem Projeto Vitrine º Fórum Educação/Competências/Valores Reseñas Book Reviews Ultime notizie dai corsi di italiano Sentido Inverso Poesie di Sergio Romanelli Poesia di Maria Juliana Peruíbe em italiano Natale La mia amata Diferenças entre aquecimento global e efeito estufa Impegni di studente opere grafiche donate alla Scuola Crítica do aluno Giuliano Ziron Quinta Essentia Il lettore scrive Autorità, Fondatori, Direzione e Rappresentanti Bollettino informativo e culturale della Scuola Italiana "Eugenio Montale" ANNO 6 N. 14 Dicembre 2008 Direzione: Carlo Alberto Dastoli (dastoli@uol.com.br) Revisione dell'italiano: Sergio Romanelli Revisione del portoghese: Carlo Alberto Dastoli e Helenice Schiavon Correttori di bozze: Carlo Alberto Dastoli e Sergio Romanelli Giornalista Responsabile: Lizandra Magon de Almeida (MTb ) Composizione grafica: Copertina: Affresco "Omaggio a Eugenio Montale" di Vico Calabrò Tiratura: 1000 copie Visitas Ilustres Em julho de 2008, a Escola Italiana Eugenio Montale teve a honra de receber a visita do ilustre Senador Alfredo Mantica, Sub-Secretário dos Italianos no Exterior, e de sua comitiva, que foi acompanhada pelo Sr. Embaixador da Itália Min. Plen. Michele Valensise, pelo Sr. Cônsul Geral Min. Plen. Marco Marsilli, pela Min. Plen. Carla Zuppetti, Diretora Geral, pelo Min. Plen. Giorgio Malfatti di Monte Tretto, pela adida cultural do Instituto Italiano de Cultura sra. Leonilde Callocchia e pelo Cons. di Legazione Enrico Pavone. A comitiva foi recepcionada pela Direção da Escola e por autoridades locais, a saber, pelo governador prof. Claudio Lembo, pelo Deputado Fabio Porta, pelo vice-presidente do Colégio Dante Alighieri, Dr. Farina, pela Sra. Manuelita Scarano, vice-presidente do Patronato Assistencial Imigrantes Italianos, pelo Dr. Celso Azzi, vice-presidente da Câmara Ítalo Brasileira, sob o olhar atento dos Professores Dell'Aira e Spaggiari. O Sub-Secretário e sua comitiva puderam conhecer mais de perto o projeto pedagógico da Escola, que há 26 anos trabalha com o currículo italiano integrado ao currículo brasileiro. Nessa ocasião, a comitiva foi informada, também, sobre o andamento das conversações entre a Scuola Italiana Eugenio Montale e o Colégio Dante Alighieri. Na ocasião, o senador Mantica foi presenteado com uma gravura que retrata o afresco "Omaggio a Eugenio Montale" do artista italiano Vico Calabrò. O Grupo Pais em Ação da Escola Eugenio Montale reuniu alguns pais para presenciar e participar dessa calorosa recepção. A visita do Sub-Secretário a São Paulo foi muito rápida e ficamos muito orgulhosos por ele ter incluído nossa Instituição entre as poucas visitas que realizou nesta Capital. Estaremos sempre de portas abertas para receber o Senador Alfredo Mantica e sua comitiva. Torcemos para que sua próxima visita ocorra durante o ano letivo, pois assim terá a oportunidade de conhecer também nossos professores e alunos. 2

3 A ESCOLA ITALIANA EUGENIO MONTALE recebe a visita do Senador Alfredo Mantica, Sub-Secretário dos Italianos no Exterior Por Sandra Papaiz fotos: WRTC [à esq.] o governador Claudio Lembo, o Cônsul Geral da Itália Marco Marsilli e o Embaixador da Itália Michele Valensise. [à esq.] Maysa Santello, Maria Fernanda Rosella e Massimo Rosella, André e Daisy Allodi. Claudia Papaiz e Sandra Papaiz. [à esq.] a diretora da Escola Eugenio Montale, profª Leila Andrade, a presidente da Escola dra. Sandra Papaiz, o Senador Alfredo Mantica, Sub-Secretário dos italianos no exterior, e o Conselheiro da Montale, dr. Sandro Isidori Benedetti. [à esq.] Manuelita Scarano, vice-pres. Patronato Ass. Imigrantes Italianos, Carla Zuppetti, Dir. Geral dos Italianos no Exterior e Marco Marsilli, Cônsul Geral da Itália em São Paulo. [à esq.] André Allodi, Maysa Santello, Alessandra Luglio e Massimo Rosella. [à esq.] o Deputato Fabio Porta e o Diretor da Delegacia de Ensino do Consulado Geral da Itália, Prof. Alessandro Dell' Aira. [à esq.] Lucia Pattarino (Cônsul) e Giorgio Malfatti di Monte Tretto (Chefe de Gabinete dos Italianos no Exterior). [ao fundo] Deputato Fabio Porta; [à esq.] Leonilde Callocchia (Istituto Italiano di Cultura), Lauro Spaggiari (Diretor do Colégio Dante Alighieri), Alessandro Dell'Aira (Diretor da Delegacia de Ensino do Consulado Geral da Itália) e José Luiz Farina (Vice- Presidente da Dante Alighieri). [à esq.] o Senador Mantica, dra. Sandra Papaiz e o dr. Lauro Spaggiari. 3

4 Lettera Senhores, Escrevo em português, pois imagino que a maioria dos pais não fale ou entenda a língua italiana. Eu me chamo Giovanni Nicola Montesano Lacava, tenho 21 anos, sou Presidente da Associação dos ex-alunos I Lupi da Scuola Italiana Eugenio Montale, e membro do Comitê de Gerenciamento da Escola. Estudei durante 15 anos nesta Instituição, e tenho diploma de Técnico em Economia e tradutor-interprete italiano/português. Curso Relações Internacionais na Trevisan - Escola de Negócios, avaliada com nota máxima de 5 estrelas pelo MEC (já que estamos falando tanto em avaliações oficiais). Fiz dois anos de Economia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e seis meses de Business & Management na Università degli Studi di Roma Tor Vergata. Faço essa breve apresentação para que possam entender melhor o personagem que lhes escreve. Acredito ser muito interessante que pais discutam assuntos referentes à vida de seus filhos, principalmente quando estes dizem respeito à educação recebida por suas crias. Todavia, acho que prudência e bom senso são fundamentais, como em tudo na vida, para que possamos realmente fazer desta uma discussão proveitosa. Creio que os pais têm sua parcela de razão e é possível compreender todas as opiniões colocadas. No entanto, acredito ser leviano criticar alguns aspectos da escola que não são exatamente colocados de forma realista em alguns comentários dos senhores. Não é verdade que colocar X em alguma questão seja pouco produtivo intelectualmente ou menos digno do que uma questão dissertativa. Nossas provas também contemplam questões de múltipla escolha e são tão fundamentais na avaliação quanto as questões dissertativas. Quando se ensina um aluno a ter capacidade de raciocínio e de síntese para desenvolver uma resposta, você já o está preparando para responder também a questão assinale a alternativa correta com X. Isso é óbvio ululante!!! O grande equívoco que os senhores cometem, a meu ver, é o de JULGAR o méto- Lettera di un 'LUPO' do de ensino da Escola como sendo unicamente proveitoso para aqueles que vão fazer Universidades italianas e relativamente fraco para os que irão enfrentar um vestibular brasileiro. Pois bem, gostaria que cada um dos senhores, inteligentemente, (segundo a verdadeira etimologia da palavra intellego (ler dentro de si) considerasse a razão pela qual escolheram a Montale como Accademia (instituição de ensino) de seu respectivo filho. Acredito ser fundamental essa consciência antes de qualquer discussão. A SCUOLA ITALIANA EUGENIO MONTALE é sim diferente das escolas brasileiras, e diferente também das escolas italianas. Temos qualidades, e defeitos também (purtroppo), das duas. Sinceramente, acredito que o ENEM é importante sob vários aspectos, mas julgar a FORMAÇÃO que é dada a seus filhos, e que foi dada aos filhos de outras pessoas, é uma atitude pouco racional. Compreendo que pais tenham preocupação com seus filhos e com o que está sendo transmitido a eles. Porém, a meu juízo, é inadmissível que se desconfie da QUALI- DADE e do MODO como o conteúdo é transmitido nas salas de aula há mais de 20 anos e do histórico FANTÁSTICO na formação de INDIVÍDUOS que obtiveram sucesso profissional e PRINCIPALMENTE PES- SOAL em suas vidas. A INDIVIDUALIDADE de seus filhos não é determinada pela escola. O fato de se colocar um filho na escola número 1 no ENEM não será certamente fato vital para que ele possa ter um passaporte garantido para uma excelente universidade brasileira ou italiana, ou que se torne um indivíduo com capacidade de encarar a própria vida com mais cultura e intelecto. E é aí que nossa Escola realmente se diferencia das demais. Dentro dos muros montalianos forma-se um INDIVÍDUO com capacidade de raciocínio e lógica que REALMENTE fará muita diferença na sua vida pessoal e profissional. Convido os senhores a passar uma semana numa sala de aula do 4º Liceo, assistindo aulas de Filosofia, Latim, Literatura Latina, Literatua Inglesa, Literatura Italiana, Literatura Brasileira, Historia Italiana, História do Brasil, entre outras matérias. Tenho convicção de que os pais, que desconfiam da Escola, irão mudar de opinião rapidamente. Acredito que a carta escrita pela diretoria do Eugenio Montale é oportuna. O fato de termos poucos alunos que fizeram a prova, de não considerarem as provas dos alunos do 4º Liceo, de muitos alunos não terem feito a redação por opção, e principalmente de alguns de nossos alunos terem obtido notas excepcionais no próprio ENEM, deveria fazer com que os senhores repensassem o real sentido dessa discussão. Nós, Lupi, estamos presentes nas melhores faculdades do Brasil e da Itália, assim como foi mencionado na carta da diretoria. Com todo o respeito, não há sentido em tanta discussão sobre NOSTRA SCUOLA, pois temos ótimos resultados numéricos e humanos. E temos também algo que será sempre o nosso maior diferencial: A PARTI- CIPAÇÃO DE PAIS E ALUNOS DA NOS- SA ESCOLA! Devemos confiar no trabalho da diretoria, do Comitê de Gerenciamento e PRIN- CIPALMENTE no trabalho do corpo docente da Escola. Não devemos colocar em xeque a formação pessoal e pedagógica recebida na Eugenio Montale. Certamente, os senhores terão orgulho de seus filhos quando eles passarem no Esame di Stato da 4ª Liceo. Tenho o DEVER de alertá-los quando, na minha opinião, a Escola é julgada e classificada de forma precipitada. Atenciosamente, Giovanni Nicola Montesano Lacava Carissima Sandra, come stai? Ti scrivo due righe per salutarti e ricordarti con stima e affetto. Qui in Italia, a parte il gran freddo, le cose vanno abbastanza bene. Devo dire che mi manca tantissimo la scuola Montale, sento nostalgia dei colleghi, dei ragazzi e soprattutto del modo come si educa alla Montale; unico e incomparabile. Davvero qui in Italia le cose sono diverse, ho trovato molta chiusura mentale, vecchiume e soprattutto confusione emotiva tra i ragazzi. Per il momento ti mando una foto e gli auguri di buon Natale ed un Felice Anno Nuovo. Grazie di cuore per tutto ciò che hai fatto per me, saudades. Victor Claudio Vallerini 4

5 Battaglia La battaglia di Kadesh di Gabriella Fancio e Piero de Sá Le tensioni tra gli egizi e gli ittiti, popolo indo-europeo, erano iniziate dopo la morte di Tuthankamon e si dovevano al fatto che i due popoli, in fase di espansione, erano interessati a dei territori nella regione dell'attuale Siria (Mesopotamia). Queste tensioni, però, risultarono solo in conflitti armati alla fine del XIII secolo a.c., quando i due popoli si scontrarono in una battaglia che oggi è conosciuta come la battaglia di Kadesh. La battaglia di Kadesh, avvenuta nell'anno 1285 a.c., è una delle battaglie più antiche ad essere stata documentata. Ci sono alcune incertezze circa il numero dei soldati, ma si crede che gli egizi, guidati dal Faraone Ramsete II, avessero circa 20 mila soldati, divisi in quattro gruppi, chiamati Amon, Rà, Ptah e Set, mentre gli ittiti, guidati dal Re Muwattali, pare ne avessero il doppio. La battaglia avvenne in due momenti diversi: in un primo momento, Ramsete II e la divisone Amon attaccarono gli ittiti, presso la fortezza di Kadesh, mentre le altre tre divisioni, che si erano fermate presso le rive del fiume Oronti, aspettavano il faraone. A questo punto, il re Muwattali attaccò di sorpresa il faraone che era stato ingannato da informazioni false fornite da una spia catturata. Ramsete II, che più tardi ricevette l'aiuto delle altre tre divisioni, vinse la battaglia, che, successivamente, diede origine ad un trattato di pace tra le due nazioni. L'Egitto si sviluppò in modo tale da lasciare al mondo monumenti ancora oggi intatti, come le piramidi e la città di Tebe. Anche gli ittiti crebbero, e più tardi si fusero con le province assirie; anch'essi lasciarono grandi monumenti, come la "Porta dei Leoni" all'entrata della loro grande capitale, Hattusa. La storia di Kadesh, data la sua importanza, fu anche descritta nel "Poema di Pentauer" e sulle pareti dei templi di Abido, Luxor, Karnak, altri due templi nella Nubia, in un altorilievo in Abu-Simbel, e in altri luoghi. Nella maggior parte delle scene, Ramsete II è raffigurato mentre lotta, circondato da truppe nemiche. Election ELECTION DAY 2008 di Lorenzo di Muro Ĺ ora è ormai giunta, 14 aprile: è il tempo di far dare una sterzata all'italia. "Meno tasse per tutti", " più sicurezza per i cittadini", "modernizzazione per il paese", "rimettere in moto l'economia dello Stato". Slogan emblema di programmi speculari dei presunti centro-destra e centro-sinistra si susseguono tra comizi elettorali studiati a tavolino e scandali vari. L'ambiente universitario italiano com'è risaputo ha sempre avuto un ruolo attivo nella vita politica dell'intera nazione, a partire dal fatidico '68. Quello di Roma è senza dubbio tra i più caldi, con fazioni e quindi facoltà storicamente schierate da una parte o dall'altra. La tensione è palpabile, non si parla d'altro, si arriva al punto che i docenti universitari utilizzino le proprie ore di lezione per ricollegare la loro materia ad argomenti inerenti la campagna elettorale e dare inesorabilmente la loro opinione a riguardo. Intanto si rincorrono voci circa un primo broglio elettorale concernenti le schede provenienti dalle sezioni estere del Sud America. Reato di cui viene accusato un personaggio precedentemente già indagato per associazione mafiosa e accostato alla cerchia del neo-premier Silvio Berlusconi: Dell'Utri, il quale viene indiziato a seguito dell'acquisizione di alcune intercettazioni telefoniche alquanto compromettenti. Il caso viene sgonfiato nel giro di pochi giorni e tutto torna alla normalità. Walter Veltroni intanto viene accusato di avere un passato da comunista ed essere quindi un trasformista, un voltagabbana. Gli si rimprovera di essere ipocrita, di asserire di voler cambiare l'italia, per poi proporre i soliti volti noti del panorama politico nostrano. È una lotta senza esclusione di colpi tra Titani che concorrono per la presidenza del consiglio dei ministri. Berlusconi annovera tra le sue schiere la Lega Nord (Bossi), Alleanza Nazionale (Fini), il Movimento per l'autonomia del Sud e ovviamente Forza Italia: il Popolo delle Libertà. Veltroni invece, candidato del recente Partito Democratico, ha scelto di correre solo al fianco dell'italia dei Valori (Di Pietro). L' UDC di Casini intanto per la prima volta da anni ha lasciato la partnership del centro-destra, candidandosi con un motto d'orgoglio. Così come la Sinistra Arcobaleno, che riunisce partiti come i Verdi, Comunisti Italiani, Rifondazione ecc... In tutto ciò l'onorevole Mastella può essere definito la mina vagante, la cui fedeltà non è dato sapere a chi vada dopo le dimissioni da ministro della giustizia dell'uscente governo Prodi. Tra gli studenti ormai da qualche tempo serpeggia un sentimento d'ineffabile impotenza. Vi sono scontri accesi talvolta, ma la ferrea logica di due schieramenti diametralmente opposti ma molto simili nelle proposte, rende molto difficile una presa di posizione univoca. Eppure nel periodo delle elezioni ogni cittadino di qualsiasi età dovrebbe sentirsi parte integrante dell'apparato statale che lo governa a suo nome, il popolo sovrano. Dai primi exit-pole e proiezioni appare un leggero vantaggio del PDL. Entrambi i Leader sono sicuri e continuano imperterriti ad affermare: "Vinceremo". L'esito è schiacciante, il PDL ha vinto sia al Senato che alla Camera, mentre nessun partito di Sinistra per la prima volta dopo le elezioni del 1946 supera la soglia del 4% che permette di accedere ai seggi (dato su cui vale la pena riflettere). Le lezioni all'università in questi giornate primaverili sono sospese. Il giorno dopo si respira gia un'aria più rilassata entrando nei corridoi, con facce sorridenti o affrante (ma non troppo), a secondo della facoltà cui si fa visita. C'è scontento in generale e sfiducia verso i politici: si è votato per colui che si riteneva "meno peggio", qualunque fosse lo schieramento di appartenenza. Questo fenomeno è la logica conseguenza di un periodo di decadenza del "Belpaese", che si riflette sui molteplici aspetti della vita sociale tra cui la politica. Uno dei fattori più preoccupanti è che tutto ciò traspare anche dall'atteggiamento dei giovani che dovrebbero rappresentare il motore ed il futuro d'italia. La speranza che però si possa riportare il nostro paese ai livelli che gli competono sarà indubbiamente l'ultima a morire, continuiamo a confidare nella linfa che le nuove leve dovrebbero dare alla nostra società negli anni a venire. 5

6 Cultura Cronaca della giornata: La Fiera del Libro A cura di Donatella Romanazzi Anno Scolastico di Luciano Ermilivitch, Giuliana Furlanetto, Priscilla de Brito e Luigi Innocente La Fiera del Libro si è svolta nel mese di febbraio 2008 nella Scuola Italiana Eugenio Montale. Tutte le classi hanno partecipato con ottimi lavori. La mostra ha avuto inizio alle 9 del mattino con la presentazione della scuola materna; i bambini hanno esposto un libro infantile letto con l'insegnate durante l'anno. La presentazione ha ricevuto molti applausi. Dopo questa, le persone sono arrivate copiose per vedere i lavori della Media e del Liceo, tra questi ultimi l'inferno di Dante, della III liceo, è quello che ha riscosso più successo. Il lavoro della III Liceo, consisteva in un percorso nell'inferno dantesco. Lo scenario era molto ben costruito. Le bambole rappresentavano le anime dei morti senza battesimo condannati da Dante al limbo; alle pareti, lungo il percorso, c'erano stoffe nere e rosse. Alcuni alunni della IIª Media hanno contribuito all'allestimento dei gironi. Anche la nostra classe, la IIª Media, ha fatto un bel lavoro. Abbiamo presentato dei rebus, poesie e descrizioni. Anche in portoghese e inglese abbiamo fatto dei lavori. Abbiamo usato il Power Point per fare una breve presentazione della lingua italiana. Alle 10:00 c'è stata la presentazione della 2ª elementare: i bambini hanno presentato canzoni composte da loro. Tutti si sono divertiti e i piccoli sono stati soddisfatti per il risultato della loro presentazione. La IIIª Media, invece, ha fatto una presentazione sulla Storia d'italia. Hanno utilizzato documenti iconografici, documenti scritti, testimonianze e reperti per ricostruire la nostra storia. Ogni documento prodotto era corredato da [da sin.] Ilaria Caputo, Marta D'Aprile e Fernando Oliva. una didascalia. La loro presentazione è stata fantastica ed ha attirato l'attenzione di tutti gli spettatori. Alle 11:00 è arrivato il momento che tutti aspettavamo: l'inaugurazione dell'affresco "Omaggio a Eugenio Montale", opera dell'artista Vico Calabrò e donato alla scuola dal Comm. Zanella. Tutti sono scesi per vedere il nuovo affresco che adesso decora la reception della nostra scuola. Quando l'inaugurazione è finita, tutti sono tornati verso gli stand per ascoltare le storie di Ilan Bremmon, un contastorie, autore di libri infantili. La mostra è stata bellissima e molto creativa. È finita alle 12:00 e tutti si sono divertiti. [da sin.] La Sig.ra Ana Maria Pravadelli, l allievo Pravadelli; la Sig.ra Paternò e gli allievi Paternò, Arpino e Meale. Difficoltà Organizzative di Catalina Bergues, Luisa Galli, Fabrizio Fancio e Carlo Pravadelli Dopo una lunga giornata di preparativi abbiamo faticosamente finito l'allestimento per la Fiera del Libro. La preparazione è stata lunga, a tratti difficile, ma divertentente. È stata essenziale la collaborazione di tutti per eseguire i lavori chiesti dalla professoressa e per affrontare gli insormontabili ostacoli tecnici. I nostri lavori includevano rebus, fumetti, poesie e figure retoriche, queste ultime spiegate agli spetattori mediante video realizzati da noi stessi. La maggiore difficoltà è stata quella di unire tutti questi lavori in un unico cd; abbiamo dovuto fare ricorso a tutta la nostra conoscenza informatica. Nonostante gli sforzi, le nostre conoscenze non sempre sono risultate sufficienti a superare le difficoltà. Questi momenti ci hanno visti lavorare insieme ed è stato importante: finalmente sembravamo una classe! Sono stati momenti meravigliosi. Un'altra difficoltà è stata utilizzare i programmi del Microsoft Office. Spesso i programmi si bloccavano e ci facevano perdere tutto costringendoci a ricominciare. Il risultato è stato quello sperato: la fiera si è conclusa senza rimpianti e con tanti complimenti. Come dire? Sappiamo solo che stiamo andando avanti quando lasciamo un ostacolo indietro. 6

7 Il lavoro degli altri di Fernando Oliva e Mariana Bugelli Alla Fiera del Libro di quest'anno sono stati presentati molti lavori interessanti, delle elementari, delle medie e del liceo. I temi erano vari, c'erano anche molti giochi, come quello del "Perché", composto da domande su vari temi. Chi è riuscito a indovinare le risposte è stato premiato con caramelle. Il lavoro della III liceo è stato sulla Divina Commedia. Mostrava Il percorso fatto da Dante Alighieri nell'inferno. Si attraversava un tunnel che conduceva all'inferno di Dante passando per alcuni gironi. Per la scenografia del girone dei golosi gli studenti hanno utilizzato caramelle. E per spiegare la Divina Commedia a chi non l'avesse mai letta, è stato installato un video con la lettura dei versi e le illustrazione di Gustave Doré. Questo lavoro è stato per noi molto interessante, ma difficile da capire, perché molti di noi non hanno ancora letto la Divina Commedia e non conosco l' Autore. Il lavoro della III media, invece, è stato diverso da tutti gli altri. Gli studenti hanno ricostruito la società al tempo delle due guerre partendo dalla vita degli avi di ciascuno di loro. Gli alunni hanno raccolto diversi materiali: foto d'epoca della guerra, utensili, armi ecc... Per finire, gli alunni della V elementare hanno descritto alcuni personaggi famosi scegliendoli tra i loro idoli, quelli con i quali gli studenti stessi sono soliti identificarsi. Questa fiera è stata applaudita da tutti e per noi è stata una delle migliori fiere de libro. Il nostro lavoro di Maria Regina Paternò, Lucas Saraiva, Henrique de Oliveira e Luca Scacchetti Alla Fiera del Libro, la nostra classe ha presentato un CD-ROM. In questo cd c'erano tre lavori principali, sui quali abbiamo lavorato con molto inpegno: i rebus, i test e le poesie. Il primo ha coinvolto tutta la classe. Questo gioco linguistico consiste nell' indovinare frasi combinando figure e lettere. Le poesie, come i rebus sono state oggetto di studio da parte nostra. Le poesie composte da ciascuno di noi sono versi divertenti, utilizzati per raccontare qualcosa o descrivere un'azione, un'emozione, cose, persone, ecc. I test, invece, sono stati realizzati in piccoli gruppi che hanno scelto temi diversi: l'amicizia, lo sport, il benessere, ecc. Alcuni rebus sono stati riscritti su cartelloni come le poesie e altri lavori, per rendere più fruibile l'espressione. Abbiamo realizzato anche cartelloni con giochi linguistici, storie a fumetti. I fumetti sono stati ispirati a temi della nostra vita quotidiana. Molti dei lavori esposti sono stati realizzati in gruppi e questa è stata un'esperienza importante per tutti. Il lavoro più difficile è stato quello delle poesie, perché ci sono tante regole da rispettare e si deve avere tanta creatività, mentre i lavori più belli e divertenti sono stati i rebus: bastava solo scegliere bene le parole e l'immagine per comporre una frase di senso compiuto. È stato anche molto divertente disegnare e colorare i fumetti esposti su cartelloni. Anche se qualche lavoro è risultato difficile, abbiamo superato tutte le difficoltà, esponendo il lavoro in modo correto e riuscendo a ultimare tutto per la data designata. Una panoramica della Fiera del Libro 7

8 Apertura Ĺ11 agosto 2008, al suono degli inni nazionali del Brasile e dell Italia e alla presenza di autorità, dirigenti, alunni e docenti, si dà il via al nuovo anno scolastico alla Scuola Italiana Eugenio Montale. La presidente del Comitato Gestore, Dott.ssa Sandra Papaiz, prende la parola e racconta in breve uno spaccato della sua vita. Sono nata dice a San Paolo nel quartiere Vila Prudente, da genitori italiani. Andavo a scuola dalle suore. Mia madre Angela era maestra elementare e ha oggi 80 anni. Mio padre Luigi era un uomo un po autoritario e voleva che i figli parlassero solo in italiano. Quando ero in 4ª elementare, mio padre mi ha detto: D ora in poi studierai alla Dante Alighieri per coltivare la lingua e la cultura italiana. Così ho fatto l esame d ammissione e sono entrata alla Dante dove ho frequentato la Scuola Media e il Liceo. Sapere le lingue è molto importante nel mondo globalizzato. Oggi dice Sandra abbiamo qui presente il Dott. José de Oliveira Messina (presidente della Dante Alighieri), che ha iniziato una crociata di italianità. È stata firmata una lettera di intenti tra la Dante e la Eugenio Montale. Si è creata una commissione per gettare le basi di un dialogo permanente tra le due scuole. L idea è quella di lavorare insieme, di fare rete, e cioè di creare nuovi legami, così come li abbiamo creati con l Istituto Italiano di Cultura e con l ICIB. Sandra ricorda che quando la Eugenio Montale è nata, il Dott. Messina era il presidente dell A.E.D.A. e ha sempre appoggiato, sin dall inizio, la fondazione della Scuola. Basti ricordare che la A.E.D.A è benemerita della Scuola. La casa che ha ospitato la Scuola all Avenida Angélica n. 688, apparteneva all A.E.D.A. (Associazione degli ex alunni della Dante Alighieri). In seguito ringrazia tutti i presenti: il Console Generale Marco Marsilli; il Presidente della Camara di Commercio il senatore Edoardo Pollastri (ex Presidente della Montale); la direttrice dell Istituto Italiano di Cultura Dott.ssa Luigina Peddi; i membri del Comitato Gestore della Scuola; il Presidente del Comites Dott.ssa Rita Blasioli, i docenti, i genitori e gli alunni. Abbiamo sentito la mancanza del nostro caro Padre Giorgio Cunial, sempre presente e disponibile nei riguardi delle famiglie della Montale. La Sig.ra Neide Montesano rivolge un saluto in portoghese a tutti i presenti: Quero expressar meu agradecimento pela cultura e a instrução que os meus filhos receberam na Eugenio Montale. Quando minha filha tinha três anos de idade, surgiram as escolas modernas. Um dia um anjo apareceu em minha vida: a senhora Nicoletta Mattoli. Fui visitá-la na Avenida Angélica e fiquei encantada com o projeto pedagógico da Escola Eugenio Montale. Essa escola forma cidadãos que fazem a diferença lá fora. Mãe - disse meu filho Giovanni eu quero ser diferente. Sim, a Eugenio Montale é efetivamente uma escola diferente. E espero que continue assim, para que meu filho Raphael, que hoje está na 2ª Elementare, tenha o direito de ter a mesma formação dos irmãos. Ora è arrivato il turno del Presidente del COMITES (Comitato degli Italiani residenti all estero) Dott.ssa Blasioli, la quale esordisce dicendo che essere cittadini vuol dire avere dei diritti e dei doveri. La Scuola Italiana crea dei cittadini pieni. Anzi essa forma doppi cittadini: italiani e brasiliani. Questa intesa firmata con la Dante Alighieri serve soprattutto a salvaguardare l identità della scuola. Insomma, vi auguro un anno pieno di successi. Il Dott. Pollastri ricorda che è sempre una grande emozione partecipare alla apertura di un nuovo anno scolastico. Alla Eugenio Montale [...] non si insegna soltanto, ma ci si forma e ci si formano i cittadini italiani. Noi formiamo dei cittadini nuovi. Cita poi una [da sin.] la Dott.ssa Luigina Peddi (direttrice dell'istituto Italiano di Cultura), il Senatore Edoardo Pollastri e la consorte Prof.ssa Rossana De Luigi Pollastri, la Dott.ssa Rita Blasioli (presidente del Comites), Il Conte Giuseppe Lanterno di Montelupo (Rappresentante della Repubblica di San Marino). 8

9 frase del filosofo tedesco Immanuel Kant ( ) tratta dalla Critica della ragion pratica: [...] il cielo stellato sopra di me e la legge morale dentro di me. Infine, sottolinea che la Dott.ssa Sandra cerca sempre di allargare e di trovare nuove sinergie nella comunità italiana per portare avanti il progetto della Montale. E conclude con il noto motto baconiano: sapere è potere. Arriva il turno del Console Marco Marsilli, il quale ricorda che [...] il primo giorno di scuola è sempre un giorno di buoni propositi. La Montale è una scuola di fatti e non di parole. La Scuola è basata sulla koiné, e cioè su una comunità aperta e presente. Alla Montale possiamo fare il tifo per gli atleti italiani e brasiliani. Appartenere ad una scuola biculturale può tramutarsi in un vantaggio. Il fatto di poter parlare più lingue è indubbiamente un arricchimento. Quest anno nel mese di giugno è stata sottoscritta un intesa tra la Dante e la Montale. Si tratta di un riavvicinamento tra le due scuole, che avrà molto successo. Poi è stato il turno del Prof. Carlo Alberto Dastoli, che ha esordito con il seguente discorso: Carissimi, È appena suonata la prima campanella di questo 26º anno di vita della Scuola Italiana Eugenio Montale che dà il via all anno scolastico Anche quest anno ci sono bambini che si affacciano per la prima volta al mondo della scuola e ragazzi che a giugno saranno pronti per affrontare nuove situazioni di vita sia essa scolastica o anche lavorativa. I 2 cicli d istruzione ricoprono un arco di tempo fondamentale per l apprendimento e la costruzione dell identità degli alunni, nel quale si sviluppano le competenze indispensabili per continuare ad apprendere a scuola e durante l intero arco della vita. La finalità è la promozione del pieno sviluppo della persona. Per realizzarla la scuola concorre con le altre istituzioni alla rimozione di ogni ostacolo, accompagna gli alunni nell elaborare il senso della propria esperienza, promuove la pratica consapevole della cittadinanza attiva e l acquisizione dell alfabetizzazione culturale. La scuola svolge un importante ruolo educativo e di orientamento, fornendo all alunno le occasioni per capire se stesso, per essere consapevole delle sue potenzialità e delle sue risorse, favorendo lo sviluppo delle capacità necessarie per imparare a leggere e a gestire le proprie emozioni. Promuove il senso di responsabilità nel fare bene il proprio lavoro, nell avere cura di sé e dell ambiente. Durante quest anno scolastico una particolare importanza sarà data all ambiente (quale tema interdisciplinare) la cui salvaguardia necessita di grande rispetto da parte di tutti in funzione di una qualità di vita migliore per ogni essere vivente, primo fra tutti l essere umano. Un evento importante di questi ultimi giorni è lo svolgimento dei giochi olimpici che da tempi lontanissimi si ripetono ogni 4 anni, e vi partecipano gli atleti di tutto il mondo senza distinzione di appartenza religiosa, culturale o di pensiero politico nel rispetto della convivenza fra i popoli. E anche per questo la scuola svolge un compito importante, sollecita gli alunni ad un attenta riflessione sui comportamenti di gruppo con lo scopo di individuare quegli atteggiamenti che violano la dignità della persona ed il rispetto reciproco e li orienta a sviluppare atteggiamenti positivi e di collaborazione. Obiettivi indispensabili dell educazione alla cittadinanza attiva sono la costruzione del senso di legalità e lo sviluppo di un etica di responsabilità, atte a promuovere azioni finalizzate al miglioramento continuo del proprio contesto di vita, imparando a riconoscere e a rispettare i valori sanciti nella Costituzione della Repubblica Italiana (e ovviamente anche in quella Brasiliana) ed in particolare gli articoli 2, 3, 4, 8, 13 e 21. È bene ricordare che per il raggiungimento degli obiettivi prefissati occorre operare nel pieno rispetto della libertà d insegnamento, così come stabilito dalla Costituzione. Per quanto riguarda l ambiente, dobbiamo riflettere e fare nostre le nuove formule dell imperativo ecologico lanciato dal filosofo tedesco Hans Jonas ( ) che sono le seguenti: 1 Agisci in modo che le conseguenze della tua azione siano compatibili con la permanenza di un autentica vita umana sulla terra ; 2. Agisci in modo che le conseguenze della tua azione non distruggano la possibilità futura di tale vita ; 3. Non mettere in pericolo le condizioni della sopravvivenza indefinita dell umanità sulla terra ; 4. Includi nella tua scelta attuale l integrità futura dell uomo come oggetto della tua volontà (cfr. Il principio responsabilità. Un etica per la civiltà tecnologica, trad. it., Einaudi, Torino, 1993, p. 16). Lo scopo fondamentale della Scuola infine è quello di suscitare negli studenti questo grande amore e rispetto per la vita, il Prof. Lorenzo Gemma Il Senatore Edoardo Pollastri il Prof. Carlo Alberto Dastoli la Sig.ra Neide Montesano il Console d'italia Min. Marco Marsillii Il Presidente del Comites Dott.ssa Rita Blasioli questa capacità di cogliere il momento opportuno, il kairòs. La saggezza insomma è il non lasciarsi sfuggire il kalòs, il sapere cogliere nella vita l attimo di bellezza. Buon anno scolastico! Alla fine del suo discorso, il Prof. Dastoli ha riscosso applausi entusiasti e calorosi da parte di tutta la scolaresca. da sin: Giovanni Lacava (presidente degli ex Alunni della Scuola Italiana Eugenio Montale e membro del Comitato Gestore), Dott. Alessandro dell'aira (Dirigente dell'ufficio Scolastico del Consolato), Dott.ssa Sandra Papaiz (Presidente del Comitato Gestore della Scuola), Min. Marco Marsilli (Console Generale d'italia), Dott. José Oliveira Messina (Presidente della Dante Alighieri). 9

10 Viaggio Viaggio di lavoro nell'autunno italiano di Paola Capraro me e studiata dai vari punti di vista. Ho potuto immergermi in un universo ricco di stimoli, dove il più profondo rispetto per il mondo infantile ne tutela la creatività al di là di ogni stereotipo, nella sua essenza più profonda. La notevole professionalità degli operatori è finalizzata ad un processo educativo motivante e coinvolgente, capace di rendere ogni bimbo creativo e critico, dunque protagonista della propria formazione, cosa che prepara potenzialmente lo sviluppo di personalità autonome e ben strutturate. La mia visita non era però destinata solo ad ammirare le produzioni delle scuole e gli splendidi spazi dedicati ai bambini, poiché aveva l'intento di riattivare, dal vivo, i contatti che ideologicamente non avevamo mai perso. Ho provveduto dunque a ristabilire legami con chi si occupa dei corsi di aggiornamento e dei contatti con l'america Latina e diversi sono stati gli incontri importanti, come quello con il Sig. Sarracino che, indicatoci dalla Dirigente di Bogotà, ha il compito di selezionare e contrattare in Italia insegnanti per l'america latina. Fa parte dell'associazione "La goccia", preposta anche ai corsi di formazione per docenti ed al contatto con le case editrici italiane per l'importazione-esportazione dei libri. Oltre ad inebriarmi con questo ricco mondo educativo ho avuto inoltre l'opportunità di rivedere due colleghe che avevano lavorato con me e che adesso stanno insegnando a Roma. Ad entrambe mi legano ricordi di vita e una sottile e persistente "saudade". Una è Mariangela Lanzillotta: è stata la preside delle medie e del liceo e con lei ho condiviso vari momenti ed epoche più o meno difficili lavorando a stretto contatto in periodi di transizione e trasformazione. Programmavamo insieme; ci si consigliava, si prendevano decisioni unanimi, insomma, un'autentica compagna di lavoro. L'altra, Cristina Mazzanti, era l'insegnante responsabile per il Laboratorio di Italiano, per il corsi di recupero e appoggio ed una grande collaboratrice per i progetti. Anche con lei abbiamo condiviso dei momenti importanti e difficili in cui ha dimostrato con molta grinta di, come si suol dire in Brasile, "vestir a camisa" ossia di essersi presa veramente a cuore la scuola. Una sola settimana, ma ricca di emozioni e professionalmente molto stimolante. * Paola Capraro è Dirigente Scolastica della Scuola Italiana Eugenio Montale Nel mese di ottobre dell'anno in corso, la realizzazione di un incontro programmato con la dirigente scolastica presso il MAE Ornella Scarpellini ha regalato, a me e alla Presidente Sandra Papaiz, un breve ma intenso viaggio a Roma. Avevo dimenticato quanto fosse bella l'italia in questa stagione! I colori e i profumi di un autunno particolarmente dolce mi hanno accompagnato durante le diverse peregrinazioni, rendendo più piacevoli i miei incarichi. All'incontro con la dirigente, che si è rivelato decisamente positivo, ha partecipato anche Lauro Spaggiari, Direttore Pedagogico del Collegio Dante Alighieri, una tradizionale scuola di San Paolo, che, fondata nel 1911, possiede da sempre un profondo e antico vincolo con l'italianità, e con la quale la nostra scuola ha firmato una lettera di intenti allo scopo di ampliare l'offerta di corsi parificati a San Paolo e quindi aumentare la diffusione della cultura italiana in Brasile. L'accoglienza da parte della Dott.ssa Scarpellini è stata improntata a una grande disponibilità ed apertura, il che ci ha permesso di chiarire dubbi e perplessità, nonché di illustrare a lei le caratteristiche della Riforma della scuola Brasiliana. La dirigente si è mostrata particolarmente interessata alla possibilità di una proficua collaborazione tra i due istituti, che deve comunque vedere noi, l'eugenio Montale, in quanto scuola paritaria, quale costante punto di riferimento, per l'istituzione di eventuali corsi ed esami da parte della Dante. A questo piacevole e proficuo incontro ha partecipato anche la Vice Console Dott.ssa Pina Cardinale, che ha avuto una significativa e importante partecipazione nella storia della scuola. Ma, visto che lo scopo del mio viaggio non era goderci la città eterna, eccomi in treno verso Reggio Emilia, famosa non solo per i suoi monumenti ma per le scuole dell'infanzia, considerate "le migliori del mondo". Qui, oltre ad assaporare dei buoni tortellini, il calore e l'ospitalità tipica della città, ho potuto visitare il nuovo centro internazionale Loris Malaguzzi, dove ho ammirato la mostra fotografica "Lo sguardo misterioso dei bambini nella città" - in cui i bambini raccontano, attraverso le fotografie scattate da loro, la città, nonché l'atelier permanente "Raggio di Luce", destinato, come sottolineano gli stessi intenti dei suoi creatori, ai bambini dai 3 mesi ai 90 anni. Un laboratorio sulla luce, vissuta nelle sue diverse for- Nella foto più celebre, il volto di Lina non si distingue. Sullo sfondo, a perdita d'occhio, il bosco di Morumbi, dove il cemento armato non c'è ancora. La vita entra in casa dalle vetrate e disegna in controluce le forme del suo corpo, mentre lei dà le spalle all'obiettivo. La Casa de Vidro è la sua prima creatura brasiliana. Costruita nel '50, è monumento nazionale dal '92, anno in cui Achillina Bo, detta Lina, architetto, lascia per sempre quella casa e questa terra. La sua seconda casa, il progetto del cuore di Lina era il MASP, l'anti-museo di San Paolo, ideato da Assis Chateubriand con la consulenza di Pietro Maria Bardi, marito di Lina, gallerista geniale e critico d'arte autodidatta, italiano anche lui. Il MASP ha settanta metri di luce senza una colonna e si regge ancorato a due staffe gigantesche. È un luogo dell'arte non comune, un mastodonte con le zampe rosse che pascola sul bordo dell'avenida Paulista. Ai suoi piedi una volta s'è attendato un circo. Lì sotto torna ogni domenica la gente, a vedere le bancarelle degli antiquari. Per usare le parole di Lina, il MASP è un esempio di dignità dell'architettura civile. Pietro Bardi s'imbarca con Lina per il Brasile nel '46. Lina è la sua seconda moglie. In Italia, repubblica in fasce, s'è appena conclusa l'estate della Topolino amaranto celebrata da Paolo Conte, l'estate del Giro vinto da Bartali davanti a Coppi. La coppia giunge a Rio de Janeiro sull'almirante Jaceguay il 17 ottobre. Si porta dietro una montagna di libri e una scelta di opere dello Studio d'arte Palma, dove Pietro e Lina si sono conosciuti. Da quel giorno, dia a dia, Pietro si fa brasiliano con Lina. Quattro mesi più tardi l'arrivo in aereo a San Paolo ha qualcosa di fatale. È il 27 febbraio del '47. Lina guarda nell'obiettivo del fotografo, decisa e leggermente imbronciata a fianco di Pietro che sorride e guarda a terra. Motivo? Lei era dell'idea di fermarsi a Rio. E forse, come tutti gli spiriti liberi, sta pensando: i sogni finiscono quando cominciano i soldi. A sessant'anni dalla sua personale scoperta del Brasile, Lina Bo Bardi torna a San Paolo per qualche settimana. La Hall Civica del MASP, capoluogo dell'arte, dal 12 gennaio trabocca del suo mondo non comune. Mobili, libri, bozzetti, balocchi, progetti, scenografie. C'è anche la Grande Vacca a quattro ruote, il ventre magico del Brasile amato da Lina, container pop della sua collezione di oggetti, proiezione dei suoi desideri innocenti. Tutto rientra sulla Paulista dalla Laguna di Venezia. Tutto rientra dalla Ca' Pesaro sul Canal Grande, 10

11 Lina nella Casa de Vidro. Foto di Fernando Albuquerque. Per gentile concessione dell'instituto Bo Bardi. Architettura, cultura della vita Lina Bo Bardi al MASP di San Paolo di Alessandro Dell'Aira dove le tante cose di Lina erano andate nel 2004 per essere organizzate in mostra da Luciano Semerani, Antonella Gallo e Giovanni Marras, tre professori dell'istituto Universitario di Architettura di Venezia, in occasione della 9ª Biennale. Lo sponsor è la FIAT, la mente di San Paolo è l'équipe dell'instituto Bo Bardi della Casa de Vidro di Morumbi. Questo andare e venire di risorse, di materiali e di idee sintetizza un processo biculturale durato quasi mezzo secolo, dal '46 al '92, un mezzo secolo breve, di cui la "italianinha" Lina Bo Bardi è stata anima e corpo. Lo si intuisce da un'altra foto degli anni Settanta, un primo piano di Lina a San Paolo seduta in cantiere come un regista sul set, con il volto in piena luce, un casco bianco di sicurezza tenuto sulle ginocchia e le mani da indovina sul casco, quasi a stringere una sfera di cristallo. La gente di San Paolo, la sua gente, tra le tante altre cose le deve il SESC Pompeia, il più bello dei Servizi Sociali del Commercio, una fabbrica cadente trasformata in centro culturale oggi frequentatissimo, inventato molto prima che si imponesse in Europa e nel mondo la tendenza al recupero di stabilimenti e cantieri per farne volumi riconsacrati alla vita urbana, dove adulti e bambini vanno a cercare occasioni per giocare, mangiare, creare, imparare e divertirsi insieme. Nell'agosto del '43 lo studio milanese di via del Gesù è sventrato dalle bombe. Lina ricomincia da zero, dedicandosi al giornalismo divulgativo e specializzato. Pietro Bardi e Lina Bo all'aeroporto di Congognas, in arrivo da Rio. Per gentile concessione dell'instituto Bo Bardi" Lavora con il fotografo Federico Patellani a un reportage sull'italia ferita dal cielo. Questa fase della sua esistenza, che la vede impegnata sul fronte della ricostruzione, inconsapevolmente la prepara all'avventura americana. La sua scelta di andare in Brasile con Pietro non è un tradimento. È un correre incontro alla vita liberamente, a modo suo. È un bisogno di casa, di Domus dei sogni. Perché Domus per Lina non è solo la rivista del cuore. Non lo diciamo per niente. "A", come Attualità, Architettura, Abitazione, Arte, è la rivista quindicinale fondata a Roma nel febbraio del '46 da Lina Bo e Carlo Pagani, con il sostegno di Bruno Zevi. Arriva solo al numero nove, datato 8 giugno '46. Sono passati tre giorni dalla proclamazione dell'esito del referendum. Ha vinto la repubblica. Nel box di copertina con l'editoriale, la redazione rigetta l'idea che si tratti di un "salto nel buio". Accanto alla grande "A" della testata c'è un titolo: "Cultura della Vita". Lina Bo sposata Bardi, quella frase la mette in valigia e la porta in Brasile. Tanto è vero che la sua opera brasiliana si rivolge in primo luogo alla vita e crea cultura recuperando i valori schietti della gente. Quasi trent'anni dopo, nell'agosto del '74, scrive Lina sul numero 226 della rivista "L'architettura, cronache e storia": "Non ha importanza che l'architettura sia 'moderna' o no, importante è che sia valida. In quanto alla realtà, occorre stabilire ben chiaramente e senza equivoci rispetto a quale realtà essa debba collocarsi nella consapevolezza che le favelas, slums e bidonvilles hanno scambi comunitari superiori a quelli dei quartieri pianificati". Il collega ed amico Bruno Zevi le risponde dall'italia, sulle pagine della stessa rivista: "Con Lina Bo Bardi non si ha mai voglia di polemizzare. Tale è la sua foga, la generosa irruenza, l'inquieta ricerca di una realtà vera, scarnificata. Specie da quando vive in Brasile, non tollera più le acrobazie intellettuali europee, soprattutto italiane. Le sembrano schemi difensivi, imbrogli rispetto a se stessi e agli altri." Zevi voleva dire che già nel '46, per quella Lina messasi per mare con Pietro, l'architettura era da tempo un impegno con la libertà, era cultura della vita. E che in Brasile lo era ancora, più che mai. Quasi fosse partita da un giorno. Un grazie di cuore a Tatiana Russo, dell'instituto Bo Bardi, e a Mariana Falqueiro, del MASP, per i preziosi suggerimenti. Questo articolo è già stato pubblicato orginalmente su "Oriundi, Revista italo-brasileira de informação e emoção", X, 66, Janeiro-Feveriro 2006, p. 13, e per gentile concessione di Vezio Nardini, direttore della rivista Oriundi, lo ripubblichiamo ora su IL GIRASOLE. Donazione Libri di Fabio Bordi * La Eugenio Montale ringrazia la direzione dell'istituto Lina Bo e P.M.Bardi nella persona del suo presidente Giuseppe D'Anna e dei direttori Sandra Papaiz, Anna Maria Carboncini e Eugenia Gorini Esmeraldo per la donazione fatta alla biblioteca della nostra scuola di vari libri di arte e architettura con opere di uno dei maggiori architetti brasiliani: Lina Bo. A conferma di una integrazione sempre più operativa tra le varie corporazioni italobrasiliane, l'istituto ha anche aperto, alla visita dei nostri studenti, la "Casa di vetro" dove hanno vissuto e dove sono conservate varie opere, non ancora accessibili al pubblico, dei due artisti Lina Bo e Pietro Maria Bardi. 11

12 Língua La "Settimana della Lingua Ita (San Paolo, ottobre-novembre 2008) di Cecilia Casini* La Settimana della Lingua Italiana nel Mondo è giunta quest anno alla sua ottava edizione. L iniziativa è nata nell anno 2001 ad opera del Ministero degli Esteri del Governo italiano, con l intenzione di dedicare una settimana all anno integralmente alla promozione della nostra lingua e cultura, nei vari paesi del mondo in cui esistano Istituti Italiani di Cultura. Sono infatti gli I.I.C. i principali organizzatori dei vari eventi in cui si articolano le Settimane, in collaborazione con altri importanti poli d italianità come, per esempio, le aree di italianistica delle Università locali. Non che, nel resto dell anno, gli I.I.C. non facciano altrettanto ché, anzi, essi sono esattamente preposti a questo: la promozione e la diffusione della cultura italiana all estero; ma in questa settimana, scelta all uopo dal Ministero, le attenzioni riguardanti tale obiettivi si intensificano e si ampliano. L idea è quella che, su indicazione del Ministero, tutti gli Istituti Italiani di Cultura presenti nei vari paesi lavorino all unisono attorno a un tema, che sia uno e portante delle varie iniziative, in un ideale comunanza d intenti: che tale tema diventi occasione per rinnovare l interesse per il patrimonio artistico e culturale italiano, e per proporre allo stesso tempo una riflessione sull insegnamento e sulla diffusione della lingua italiana nel mondo. Il tema scelto per quest anno L italiano e la piazza - non poteva calzare più a proposito per i tempi che stiamo vivendo; lo si è visto particolarmente bene nei tre incontri realizzati all Università di San Paolo (USP): la presentazione di due film, Vogliamo anche le rose e Lavorare con lentezza, e la conferenza Il mio 68". Film e argomento della conferenza sono stati scelti per trattare delle lotte per il riconoscimento dei diritti civili delle donne, della libertà d informazione, contro l autoritarismo nelle sue varie vesti - nell ambito della società italiana degli anni 60-70; lotte, come si sa, in gran parte avvenute sulle piazze delle città italiane in cui il dibattito si accendeva più forte. L organizzazione dell evento è stata a carico della Professoressa Elisabetta Santoro (USP), mentre la presentazione dei film è stata affidata alle Professoresse Cecilia Casini e Roberta Barni (USP) e la conferenza al Professor Andrea Lombardi (UFRJ). In ognuno degli incontri la partecipazione degli alunni dei corsi d italiano e di altri interessati è stata alta, e particolarmente stimolante la discussione che è seguita ad essi: di fatto, i giovani studenti di italianistica a San Paolo hanno dimostrato di essere al corrente della situazione italiana contemporanea, e di saper constatare l attualità del portato della nostra storia di piazza in episodi, per esempio, come quello avvenuto il 29 ottobre ultimo scorso proprio sotto le finestre dell ambasciata brasiliana, in 12

13 liana nel Mondo" Piazza Navona a Roma. Ma non di solo scontro, fortunatamente, vive la nostra storia di piazza, presente e passata; e un segno tangibile di ciò è stato offerto dall esposizione As palavras da praça, a praça das palavras, realizzata nello spazio della Biblioteca Florestan Fernandes della Facoltà di Lettere dell USP. La mostra, curata da studiosi dell Università per Stranieri di Siena e corredata da agili cataloghetti pubblicati dall IIC-SP, si componeva di una serie di pannelli presentanti al pubblico una panoramica esaustiva dell importanza della piazza nella cultura italiana: dall origine della parola piazza alle piazze nella letteratura di alcuni dei più importanti dei nostri scrittori, all insostituibile ruolo della memoria nella vita della piazza riscontrabile in vari suoi aspetti, dalla toponomastica alla gastronomia. Da segnalare pure l oculatissima scelta del film L Orchestra di Piazza Vittorio nel giorno di presentazione della Settimana all Istituto Dante Alighieri di San Paolo, il 21 ottobre scorso; scelta all insegna del multiculturalismo più fecondo, culturalmente parlando - il film mostra la storia di un orchestra musicale nata in Italia e composta da immigrati -, nel quale riconosciamo i valori più profondi della civiltà italiana. Ci auguriamo che la prossima edizione della Settimana della Lingua Italiana nel Mondo accomuni ancora una volta organizzatori e fruitori nella passione per la promozione culturale italiana. *Profa. Dra.Cecilia Casini (Área de Italiano/DLM/FFLCH/USP) L Italiano e la piazza: riflessione sulla lingua all Eugenio Montale di Adriana Grasso e Sergio Romanelli* Lunedì 20 ottobre, nell ambito dell VIII Settimana della Lingua Italiana nel Mondo, la 2ª liceo dell Eugenio Montale ha presentato a scuola un lavoro avente come tema L Italiano e la piazza. Dopo una riflessione critica sulle differenze socio-culturali italiane e bra- siliane e sul valore della piazza in quanto spazio pubblico e di diffusione linguistica, gli alunni hanno elaborato dei pannelli espositivi mostrando le principali funzioni della piazza. Tali funzioni: religiosa, commerciale, politica e culturale sono state inoltre associate a grandi eventi e personaggi della storia italiana. Durante l esposizione sono state proiettate le foto dei fratelli Alinari, con le più famose piazze italiane, il tutto accompagnato dalle note musicali di Piazza Grande la celebre canzone di Lucio Dalla. *Adriana Grasso è docente di Lingua e Letteratura Italiana e Latina presso il Liceo Scientifico Eugenio Montale. *Sergio Romanelli è docente di Lingua e Letteratura Italiana presso il Liceo Scientifico Eugenio Montale. 13

14 Italiano Televisivo ITALIA RAI: Italiano Televisivo di Loredana Caprara Una di queste sere, mentre leggevo e ascoltavo la RAI, sono stata sorpresa da una frase che non mi aspettavo: la lingua italiana messaggio di pace. Alzai gli occhi dal libro e vidi che chi parlava era il professor Vedovelli dell'università di Siena di cui ricordavo un interessante saggio "L'italiano parlato dagli italiani e l'italiano appreso dai non italiani", in un libro che focalizzava come parlano gli italiani oggi, basandosi sull'inchiesta di Tullio De Mauro del 93. L'affermazione mi piacque e cominciai a stare più attenta. Ma le interviste televisive sono brevi e Vedovelli non esponeva le ragioni di questo messaggio. Cerchiamole noi. L'italiano, tutti sanno, è una lingua di cultura e come tale viene studiato in molti paesi del mondo, con un interesse che supera a volte quello per lingue più utili per lavoro,viaggi, turismo, ricerca. Ma l'italiano offre quel di più che è un'antica e raffinata cultura, soprattutto di poesia. Poesia da leggere in originale, perché tradotta in un'altra lingua, perde molto del suo richiamo e del suo fascino. Si studia italiano dunque per leggere e magari ascoltare Dante, Ariosto, Tasso, Leopardi, Montale, Ungaretti, solo per fare alcuni nomi. Sono i poeti a portarci il messaggio di pace di cui parlava il Prof. Vedovelli. È la poesia ad allontanare la contingenza violenta e aggressiva per portarci in un mondo di bellezza, anche quando, per caso, ci parla di guerre. Soprattutto quando parla ad un mondo in guerra. Bellezza e poesia sinonimi di pace. Sì, per molti è così, ma non per tutti. Il messaggio non arriva ugualmente a tutti. Per esempio non arriva a quelli che non possiedono dominio sufficiente della lingua. Credono di conoscere la lingua, ma in realtà ne conoscono solo una piccola parte. Qui può entrare la RAI? Proponendo trasmissioni di letture poetiche? Certo, lo ha fatto anche ultimamente con le letture dantesche di Benigni che ci hanno emozionati tutti. Potenza del mezzo televisivo! Ma non parlo solo della spettacolarizzazione della poesia. Anche se essa ha il suo valore. Quello che conta veramente è il contatto emozionale con la parola poetica. Per questo è necessario che la lingua non si opponga ai significati che propone, ma li offra appena velati dalla parola. L'azione della RAI sta nell'offrire esempi sempre nuovi, attuali e variati di lingua e di lingua parlata. Siamo ancora lontani dalla poesia, direte. D'accordo! Ma la poesia, quella vera e grande, sorge innalzandosi su una base di parole vive e facendo a queste parole da contrappunto. Senza conoscere bene il modo di esprimersi di un popolo, difficilmente capiremo fino in fondo la sua poesia. Per le lingue classiche non possiamo farlo, purtroppo. Per l'italiano sì. Anche perché l'italiano è rimasto singolarmente simile a se stesso lungo la sua lunga vita letteraria. Questo però è un altro discorso, che non è il caso di fare ora. RAITALIA, dunque, ha il compito di insegnare la lingua attraverso la varietà espressiva e culturale dell'italiano trasmessa nell'arco giornaliero dei suoi programmi. Varietà è diversità e il convivere con la diversità è democrazia. Un altro aspetto del messaggio di pace che l'italiano può offrire, per tornare al discorso di Vedovelli. Noi che viviamo in Brasile sappiamo come alcuni aspetti della convivenza nella diversità possono essere positivi. Anche la diversità linguistica può avere un valore positivo e insegnare la tolleranza. Nel suo piccolo la televisione - Italia Rai e Raitalia - ci offre la possibilità di avvicinare molte varietà diverse di italiano. Più della maggior parte dei corsi di lingua, le trasmissioni televisive in lingua italiana offrono un panorama linguistico ampio e sfaccettato della lingua, in diversi registri e livelli. Non è solo la parola di uno o di pochi professori, spesso legati a concetti normativi della lingua. Alla RAI, vari tipi di trasmissioni parlano linguaggi differenti: dall'informale, più o meno popolare di alcune fiction e della maggior parte degli spettacoli comici o di intrattenimento con partecipazione di pubblico; al registro formalmente corretto e un po' ingessato dei telegiornali; a quello quasi scolastico di lezioni di italiano con spiegazioni di parole meno usate o più difficili; a quello specialistico di documentari e servizi culturali d'arte, di cinema o di storia; a quello colto ma sciolto di alcuni dibattiti politici e sociali; fino alla presentazione di brani di discorsi formali di registro alto di personaggi importanti della politica, della cultura o della religione, in occasioni formali. Molte lingue parlate da un solo popolo indicano che quel popolo non è monolitico, che al suo interno sussistono differenze e varietà e, a pensarci bene, fanno sembrare meno rilevante la differenza con i modi di parlare di altri popoli. Significa che siamo passati dal concetto normativo del giusto e sbagliato, del corretto e scorretto, di barbaro - come dicevano i greci e i romani - a un concetto più ampio che privilegia la comunicazione. È difficile per un italiano accettare un'impostazione libera del discorso linguistico. Ma è un'impostazione sempre più diffusa che ci appare persino negli studi grammaticali i quali privilegiano oggi una grammatica più descrittiva, che non nega alle differenze diritto di esistere. Tra i programmi che la TV ci largisce giornalmente, al primo posto per chi sta ancora imparando il linguaggio colloquiale, ci sono le fiction. Un posto al sole, per esempio, che oltre al parlato presenta sottotitoli, in cui le frasi dette in linguaggio colloquiale vengono ancora semplificate ad uso di uno straniero, soprattutto per il lessico meno comune e le espressioni idiomatiche. In altre fiction, prive di questo espediente, le parole si chiariscono solo per l'accompagnamento dell'immagine che le contestualizza. Se pensiamo a serie come Don Matteo o Un medico in famiglia, converrete che non presentano difficoltà di comprensione e tuttavia usano un linguaggio vivace e spontaneo, più di quello di molti libri di testo per l'insegnamento a stranieri. I personaggi parlano il linguaggio attuale, proprio della loro età e condizione sociale. Se sono ragazzi, parlano come i ragazzi italiani di oggi, stesso vocabolario, stesse espressioni colorite. Se sono adulti o anziani il loro linguaggio un po' meno sciolto non è meno fresco e naturale. Ad un altro livello, più alto, ma non troppo, persino le letture dantesche di Benigni, precedute da un'introduzione esplicativa in linguaggio quotidiano, risultano facilitate e invogliano l'ascoltatore a misurarsi col testo. Naturalmente i programmi televisivi cambiano continuamente, si alternano, a volte si interrompono, lasciano spazio ad altri programmi analoghi o no. Il panorama è quindi solo indicativo di tendenze, titoli e protagonisti possono cambiare. Ci sono programmi culturali il cui linguaggio è sostenuto. Penso ad alcune trasmissioni del Caffè, con invitati che spesso frequentano il mondo dell'alta cultura e parlano d'accordo col loro ambiente culturale di provenienza. Il loro lessico a volte non manca di ricercatezza, né di allusioni e sfumature ironiche. Occorre attenzione per capire tutto quello che viene detto. Ci sono i 14

15 grandi dibattiti. Dallo scanzonato e ironico Che tempo che fa, che mescola interlocutori molto diversi tra loro - dal grande pianista, allo scrittore di successo, al cantautore, al politico, allo scienziato, sempre per presentare un loro libro e intervistarli su di esso - e finisce con spassosi interventi comici. La comicità, come l'ironia, non è facile da capire. A volte ci si confonde se non si conosce il contesto culturale in cui sono inserite certe battute. Divertirsi con comicità e ironia come sono presentate in un paese straniero, mette alla prova la nostra conoscenza di lingua e cultura di quel paese. Alla comicità fanno ricorso alcuni dibattiti politici come Ballarò, allo scopo di sciogliere eventuali tensioni iniziali. Ma Ballarò come Anno Zero sono veramente trasmissioni un po' difficili, il cui ritmo veloce non aiuta chi ancora fa fatica a capire un linguaggio spedito. Più facile e meno rapido è Porta a Porta, ma è un po' più banale e meno divertente. Riuscire ad accompagnare queste trasmissioni permette di mettere alla prova il proprio italiano e, se ci si riesce, autorizza a dire che davvero si conosce la lingua. Ci sono poi meno impegnati i programmi musicali, di canzoni vecchie e nuove, di ballo, di pattinaggio artistico, e programmi di quiz a premi. Comune denominatore è il linguaggio dei presentatori, colloquiale, quotidiano, idiomatico. Forse voi pensate che molti di questi programmi non interessano i giovani. Pensate che RAITALIA si rivolga agli adulti, magari agli anziani. E questo può essere vero qui dove adulti e anziani, vissuti a lungo in Italia, sono quelli che meglio conoscono lingua, cultura e costumi del paese e che in queste trasmissioni ritrovano parte della loro giovinezza e della loro cultura. Ma se fate attenzione, vi accorgerete che queste persone spesso protestano per la modernizzazione, a sentir loro, eccessiva e per la libertà e trascuratezza del linguaggio. No, non sono programmi per i vecchietti. E nella varietà rispondono a molte esigenze di intrattenimento e culturali di tutte le età. Più che altro ci pongono problemi di conoscenza della lingua e della cultura. Indicano eventuali limiti di questa conoscenza e con l'ascolto, un ascolto prolungato, evidentemente, riescono a far superare questi limiti. Buon ascolto! Loredana Caprara Docente USP in pensione Collabora col Programma di Pós-Graduação in Lingua Italiana Giochi Olimpici Ai miei tempi Durante i giochi olimpici dell'eugenio Montale mentre presenziavo alle gare mi sono lasciato trascinare dai ricordi di quando ero bambino, correva l'anno La guerra era appena finita, con tutti gli orrori che ha comportato, ma il dopoguerra per alcuni aspetti fu altrettanto duro. L'abitazione, il vestire, il cibo erano questioni difficili per le famiglie ed ognuno si aggiustava come poteva. I traffici, gli scambi di merci, la famosa "borsa nera" composta da alimenti procurati per vie poco ortodosse. A questo proposito il governo di allora aveva dato vita ad un corpo denominato "guardie annonarie" proprio per reprimere queste attività. Nonostante ciò continuavano ad arrangiarsi come potevano, facendone di ogni colore. Emblematici sono i famosi film "Sciuscià" e "Ladri di biciclette", il quadro era quello. I nostri parenti del Veneto denunciavano la mancanza di sale e noi in Piemonte quella di alcuni alimenti. Detto fatto, mia mamma mi collocava sul treno in carrozze di terza classe, affidandomi ad una famiglia con una valigetta di fibra piena di fagioli e giunto a Vicenza ne caricavo una piena di sale e così via per due volte al mese. Un viaggio terribile di dieci ore con la locomotiva a vapore, in quanto gli eventi bellici avevano distrutto la rete elettrica. Come ogni bambino mi piaceva stare al finestrino, risultato giungevo a destinazione tutto nero. Un bel giorno mia madre decise di accompagnarmi con mio fratello, noi tre con la solita valigetta. Davanti a noi seduto su quei sedili di legno c'era un signore attento a leggere il giornale tutto preso dalle notizie. Ad un tratto a Treviglio, cittadina alle porte di Milano in piena campagna, il treno si ferma. In un primo tempo si era pensato fosse una fermata di servizio, poi guardando di Attilio Fania* meglio, si accorse che il treno si era fermato per far salire gli uomini dell'annonaria per una ispezione. Attimi di terrore mia madre parlando a voce alta pensava ai fagioli, invitandoci a pregare per la Madonna di Monte Berico, la Madonna nera di Vicenza. Quel signore davanti a noi imperterrito con il suo giornale pareva del tutto estraneo alla nostra piccola, grande tragedia che poteva portarci alla requisizione della nostra valigetta. Ad un tratto si affaccia uno di questi signori saliti sul treno, ci guarda e senza neanche un parola prosegue. Esplosione di gioia, mia mamma ringraziando la Madre Celeste, quando tutto di un tratto, il famoso giornale si chiude e appare la faccia dell'ignoto lettore "Signora io sono un ufficiale dell'annonaria", presentando la tessera, "ho fatto un gesto con la testa perché il mio subalterno se ne andasse". L'ufficiale aveva capito la nostra piccola tragedia e ci aveva aiutato. Di colpo cessano i pensieri, guardo quelle piccole creature ben vestite e ben nutrite, penso a quanto sia importante la pace, la convivenza tra i popoli, ma anche a quanti bimbi vivono ancora con una ciotola di riso al giorno, o sono schiavizzati in qualche legnaia a fare carbone. Comunque di strada ne abbiamo fatta molta! *Attilio Fania è il responsabile del Centro Formativo della Camera Italo-Brasiliana di Commercio e Industria di San Paolo. 15

16 Agradecimento Algumas vezes na vida aparecem uns anjos Por Sandra Papaiz * Há alguns anos tive a oportunidade de conhecer Raymundo Magliano Filho, através de um amigo comum, Celso Azzi. De imediato fiquei impressionada por sua personalidade. Como um Presidente da Bovespa podia se interessar por Filosofia, amar o pensamento e as obras de Norberto Bobbio, criar um Instituto em sua homenagem e ainda dizer que aplicava os ensinamentos do filósofo italiano ao Mercado de Capitais! Passei a admirá-lo ainda mais quando vi o trabalho da Bovespa na favela de Paraisópolis, que visitei com Lucia Pattarino e Luigina Peddi, num sábado ensolarado. E também quando participei de um seminário sobre Bobbio na Bovespa assistindo a uma brilhante palestra de meu caro Professor Celso Lafer. Fui falando aos poucos com Magliano sobre o trabalho da Montale. Ele veio nos visitar com o Cônsul Marsilli e o Senador Pollastri. Imediatamente colocou-se à disposição oferecendo recursos para um projeto de alfabetização de adultos e aceitando o convite para participar do seleto grupo de Beneméritos de nossa Escola. Mais recentemente nos incluiu num Concurso do Instituto Bovespa, para estimular nossos alunos a pensar sobre os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. De tanto em tanto, a Montale recebe apoio de pessoas que eu chamaria de anjos, que nos dão aquele estímulo para continuar a árdua tarefa de manter a italianidade viva em São Paulo! * Sandra Papaiz é empresária e presidente da Escola Italiana Eugenio Montale. Filme PONTO DE MUTAÇÃO di Carlo Alberto Dastoli Il film Ponto de Mutação (Mindwalk, 1992), diretto da Bernt Capra e ispirato al libro Turning Point del fisico austriaco Fritjof Capra, presenta una prolissa discussione sui rapporti tra scienza, filosofia, politica, economia, società ed ecologia. Non solo, ma punta anche sulla possibilità di gettare le basi di una concezione olistica del mondo, della natura e della cultura. La scena iniziale si svolge tra due amici. Un politico liberal-democratico (ex candidato alla presidenza degli Usa) e un poeta si incontrano su un isola nei dintorni del Canale della Manica, per una sosta e una visita a luoghi e chiese medioevali. Una guida turistica spiega ai visitatori, prima di addentrare in una cattedrale gotica, che la percezione del tempo nel Medioevo era radicalmente diversa da quella che abbiamo oggi. In quell epoca, - afferma la guida - il tempo era vissuto all insegna dell escatologia verso la quale ogni essere umano doveva prepararsi nel miglior modo possibile. Si tratta del noto Dies irae, dies illa, ossia, del giorno del Giudizio Finale, momento fatidico e decisivo del destino individuale e collettivo. Oggi, invece, il tempo è percepito da un altro angolo e appare determinato da fattori estrinseci e meccanicistici. Ma non è solo il tempo ad avere una dimensione diversa, anche lo spazio in cui si muoveva l uomo medioevale era collegato ad una visione trascendente della vita. Lo spazio interno della chiesa gotica, per esempio, rendeva l individuo piccolo e insignificante nei confronti della trascendenza e della grandezza del mistero, espresse dallo stile architettonico dell epoca. Nel corso della visita, però, e proprio mentre guardavano attoniti al funzionamento dell orologio del campanile, i due amici finiscono per conoscere una scienziata, che si era ritirata a vita privata, delusa ormai dall uso inadeguato che i militari americani avevano fatto delle sue ricerche sui raggi laser. Infatti negli anni 80 il governo Reagan dette l avvio al progetto guerra stellare. La scienziata conduce la discussione sui molteplici rapporti tra scienza, potere e tecnica, portando così i suoi nuovi amici a ripercorrere la traiettoria della modernità fino ai giorni nostri. A parte la prolissità delle riflessioni della scienziata - non è mica facile seguire con attenzione le sue lunghe disquisizioni, inframezzate, per fortuna, dall intervento saltuario del poeta e dalla reticenza del politico, nonché dagli sforzi ricorrenti di tradurre in termini meno ostici (attraverso esemplificazioni, metafore e analogie) il complesso discorso scientifico - il film presuppone che lo spettattore abbia una certa conoscenza filosofica, storica e dello sviluppo tecnico-scientifico, che va da Newton alla fisica quantica. La scienziata vuole intentare un processo alla scienza, presentandone i limiti e i paradossi più lampanti. Interessante, ma non sempre riuscita, è la discussione sui molteplici rapporti tra scienza e potere, scienza e tecnica, scienza ed etica. È questa la trama e l orbita attorno a cui ruotano e si snodano tutti i dialoghi tra i protagonisti. Si va così dalla visione pragmatica e realistica del politico a quella critica e rivoluzionaria della scienziata, che riscontra e scopre, mirabilmente, nel poeta e nella poesia i suoi più forti alleati. Chiamati in causa sono i filosofi e gli scienziati moderni e contemporanei, da Bacone ( ) a Cartesio ( ), da Newton ( ) ad Einstein ( ). Bacone viene descritto come il filosofo che ha esteso il dominio dell uomo sulla natura. E pur non avendo scoperto nulla di rilevante sul piano scientifico, egli è l esponente della nuova mentalità industriale, e ha comunque consolidato l idea secondo cui sapere è potere, cioè occorre espugnare la natura e piegarla ai voleri dell uomo. L utopia baconiana della Nuova Atlantide si è così pienamente realizzata. La natura è stata non solo piegata, ma anche modificata, alterata e manipolata dall ingegno e dalla tecnica dell uomo. Per quanto riguarda Cartesio, citato fin dall inizio della discussione, questi viene considerato come colui che ha ridotto l essere umano e il mondo ad una macchina. La sua concezione meccanicistica della vita ha avuto, e ha tuttora, delle conseguenze anche sul piano politico ed economico. Il suo razionalismo e il suo soggettivismo avrebbero portato ad una sorta di separazione radicale tra pensiero e realtà. Il cogito ergo sum sarebbe l espressione manifesta di questa dicotomia che non si è mai ricucita all interno della mentalità scientifica e razionalistica dal Settecento in poi. Non scappa neppure Newton, presentato come il fisico che ha portato a compimento il progetto cartesiano di costruzione di una matematica universale, un punto archimedeo (che per Cartesio era il cogito), capace di ricomprendere e spiegare tutti i fenomeni riconducendoli ad una sola legge. Ma l universo newtoniano non reggerà alle nuove indagini sulla materia, sugli atomi e sui quanti. Newton, infatti, aveva a che fare con un universo visibile, quantificabile, regolare e mensurabile, dove l incertezza non poteva essere né concepita né pensata. Dopo il revisionismo storico abbiamo adesso a che fare con una sorta di revisionismo scientifico, che, a dirla papale papale, sembra buttare il bambino con l acqua sporca. 16

17 Vida e Arte Documentario La Eugenio Montale ha riattivato il suo laboratorio di documentaristica diretto dal regista Mario Balsamo e finanziato dal Ministero degli Affari Esteri italiano. La classe III Liceo nell'anno scolastico ha cominciato infatti a mettere a punto le storie che sono diventate degli episodi di un lungometraggio documentaristico, che è stato ultimato solo nel primo quadrimestre di questo nuovo anno scolastico (Mario Balsamo) TESTIMONIANZA DEGLI ALUNNI SUL DOCUMENTARIO Titolo del documentario: Qui vive gente felice ( Aqui vive gente feliz ) Quando abbiamo saputo di essere stati scelti per realizzare il documentario ci siamo sentiti i più bravi della Scuola e così abbiamo intrapreso l arduo compito con molto entusiasmo e disposizione, con l illusione che sarebbe stato un lavoro facile e piacevole. Il nostro obiettivo era raccontare una storia e, nel caso del nostro gruppo, la storia di una casa di cura con 100 vecchietti. Bisognava cogliere l essenza della casa, bisognava conoscere ognuno di loro e sentire come loro percepivano quell ambiente, bisognava scegliere vite da raccontare. È forse stata questa la parte più difficile, almeno per me. Con quale criterio considerare la storia di un anziano più significativa rispetto a quella di un altro? Ci eravamo già buttati emozionalmente dentro le loro storie e le sostenevamo contro il finto e distaccato Mario Balsamo che ci ripeteva ogni secondo che dovevamo selezionare soltanto alcune storie. Abbiamo dovuto cedere, e oggi dopo aver finito tutto possiamo con sicurezza affermare che lui aveva ragione, che infatti i personaggi avevano bisogno di respirare. Una volta scelti i personaggi, il passo successivo era riprendere tutto. L abbiamo fatto. Ma non era così semplice: quando Balsamo è arrivato e ha visto le nostre riprese ci ha detto che facevano schifo e che le dovevamo rifare. Non era neanche facile far ridire agli anziani parti che avevano detto nelle prime interviste senza far perdere la loro spontaneità; ma alla fine ci siamo riusciti. La soddisfazione di vedere i nostri filmati era gigantesca. Ci sentivamo dei veri e propri cineasti e aspettavamo il giorno in cui ci avrebbero consegnato l Oscar!!! Avevamo più di 16 ore di riprese e dovevamo sceglierne 25 minuti, ma non volevamo scartare niente! Sentivamo che tutte quelle ore erano nostre, che non utilizzare alcune scene era come lasciare una parte di noi, ma dopo discussioni e deliberazioni abbiamo ridotto le ore che avevamo, selezionando le migliori scene. Nonostante lo sforzo, Balsamo ci ha detto che la quantità di scene che avevamo, equivalevano a un film della durata di 2 ore e mezza. Casa di riposo per anziani Con molto affanno abbiamo selezionato i migliori minuti. Mancavano la musica e il montaggio. Quest ultimo ha presentato innumerevoli problemi tecnici che ci hanno fatto litigare notevolmente, ma ogni minuto che aggiungevamo ci ispirava e ci incentivava ad andare avanti. Ogni secondino raccontava due storie: da un lato quella degli anziani, dall altro la nostra. La scelta della disposizione delle interviste e delle immagini è stata fatta con una minuziosa cura e non è stato per nulla facile far sì che tutti gli integranti del gruppo fossero soddisfatti di ogni scenetta, ma ci siamo riusciti anche questa volta. L ultimo grosso problema era la musica. Il problema dei diritti d autore e i problemi finanziari non ci hanno fornito possibilità che si sposassero con il nostro stile e con la nostra storia. Ma Victoria Devià e suo padre hanno raccolto la sfida e hanno composto la musica adatta ad ogni pezzo. Se si fa attenzione si percepisce che ogni nota racconta in sintonia la stessa storia che stavamo raccontando con le immagini e con le interviste. È curioso, inoltre, che ogni partecipante del gruppo si sia identificato particolarmente con un aspetto del lavoro e, in un certo senso, che si sia potuto specializzare ; il lavoro è stato quindi molto da sin. Martina e Rubens utile nel rivelarci le nostre attitudini. (Martina Bergues) 17

18 La possibilità di fare un documentario assieme ad un grande regista è stata un esperienza che non solo mi ha aiutato a capire il processo cinematografico, ma che anche mi ha fatto capire come l interazione tra le persone di un gruppo sia fondamentale per lo sviluppo di un lavoro e come sia necessario conoscere altre persone con una vita completamente diversa dalla nostra per avere una concezione più ampia della realtà. (Tamara Brezighello) da sin. Luzia e Tamara da sin. Luzia, Isabel e Martina da sin. Rubens e Martina da sin. Tamara e Enrico Non avevamo una musica, una colonna sonora che potesse essere utilizzata o che fosse adatta per le scene. La musica è una cosa importantissima per un documentario, per un film, e non mi ero mai accorta di questo fatto fino a quel giorno. Abbiamo cercato su internet, in svariati siti che potessero fornirci la canzone senza chiedere i diritti d autore, però le canzoni trovate non si adattavano al tema del nostro documentario, al suo ritmo, agli sguardi e alle espressioni. Allora i miei compagni mi hanno chiesto (visto che suono il piano già da anni), se ero in grado di comporre una canzone semplice e che al tempo stesso fosse in sintonia con lo stile del nostro documentario; e infatti, in un martedì pomeriggio, seduta al piano sono riuscita a suonare la canzone che poi è diventata la colonna sonora del nostro documentario. Con l aiuto di mio padre poi, sono riuscita a fare altre due o tre versioni della stessa canzone, in altre tonalità, scale e arpeggi: una versione allegra, una più triste e poi una lenta e raffinata, denominata nel gergo musicale, staccata. La colonna sonora era infine pronta! In due giorni avevamo già registrato le tre versioni, suonate a 4 mani da me e da mio padre al pianoforte! E alla fine ci siamo accorti che questa era stata l alternativa migliore, dato che io conoscevo ognuno dei vecchietti, le scene e i componenti del gruppo. (Victoria Devià) Da sin. Matteo Vignanelli, Marco Brancher, Martina Bergues Il Progetto Balsamo di Matteo Vignanelli Il progetto Balsamo è stato un avvenimento unico e nuovo: unico perché non so se avrò la possibilità di partecipare ad un evento di questa portata un altra volta, e nuovo perché mai prima d ora avevo avuto l occasione di realizzare un documentario. Riguardo alla parte tecnologico-informatica, le difficoltà sono state molte: una di queste è stata quella di filmare in maniera tale da riuscire a captare non solo ogni parola di chi è stato intervistato, ma anche esperessioni, sorrisi ed emozioni per attirare l attenzione dello spettatore; un altra difficoltà è stata concentrare 16 ore di filmato in soli 25 minuti di documentario, tagliando tante scene che per noi erano comunque importanti. C è voluto molto tempo prima di arrivare a una decisione finale anche a causa della nostra inesperienza. Altre piccole difficoltà sono apparse durante il montaggio: bisognava mixare il suono di passaggio da una scena all altra; accorciare le scene senza farlo notare; fare i sottotitoli e farli coincidere con la voce; abbinare le diverse scene ai vari capitoli all interno del documentario ed altre difficoltà minori! Matteo Vignanelli Casa di riposo per anziani Per quel che mi riguarda ritengo che il documentario sia stato molto importante perché mi ha dato la possibilità di raccontare la mia grande passione, i vecchietti!!! (Martina Bergues) Da sin. Mario Balsamo, Luciano Deviá Victoria Deviá, Marco 18

19 Mario Balsamo Lavorare durante mesi con una mente artistica come quella di Mario Balsamo non è affatto facile, ma sono sicuro che il risultato finale è la prova di un lungo lavoro d integrazione, tra noi del gruppo, il regista e i vecchietti. L esperienza di lavorare e vivere questa integrazione è stata davvero unica e molto speciale. (Marco Brancher) Marco Brancher Questo lavoro ha stimolato in tutti noi un processo di crescita del tutto personale; abbiamo imparato a lavorare con persone dell ambiente artistico e abbiamo anche imparato cose importanti che ricorderemo per tutta la vita. L ospizio ci ha insegnato molte cose sulla vita e ci ha insegnato a vivere. È stato un piacere enorme aver lavorato in questo progetto con Balsamo. (Isabella Buso) Titolo del Documentario: Circolo Pacifico di Renata Castanho Nell anno scolastico , la III Liceo è stata la classe prescelta per realizzare il progetto documentario con il regista italiano Mario Balsamo. Le prime settimane sono state veramente piacevoli: abbiamo avuto lezioni per imparare cos è un documentario, come farlo, come scegliere la storia e come raccontarla. Eravamo tutti felicissimi e ansiosi di trovare una storia interessante. In una visita alla Praça da Sé, con tutta la classe, ci siamo imbattutti nel mondo reale e abbiamo conosciuto tanti personaggi degni di avere la loro storia raccontata. Lì il nostro gruppo ha conosciuto una famiglia di musicisti peruviani che ha attraversato tutto il Brasile per diffondere la loro musica e i loro ideali. Avevamo già una storia. Dopo aver fatto alcuni filmati, il filo narrativo era già pronto e il passo successivo era ottenere l approvazione di Balsamo. A questo punto eravamo già ad aprile-maggio. Balsamo ha visto alcune delle nostre riprese e ha detto che mancavano alcune immagini, che la storia non era molto chiara e che dovevamo ripensare tanti dettagli. Comunque, i personaggi erano belli e la loro storia era molto interessante; il regista italiano ci ha detto di aver coraggio e di non desistere. A questo punto ci siamo trovati in difficoltà: i peruviani erano tornati in Perù e non avevamo ancora tutti i filmati necessari. Lì veramente ci è venuta voglia di desistere perché eravamo quasi a giugno e dovevamo ricominciare da zero. Per fortuna avevamo un piano B, un altra storia da raccontare. Nicolas conosceva una famiglia di velisti che ha viaggiato per tutto il Pacifico durante due anni, da sola, in una barca a vela. Era una storia bellissima, ricchissima in immagini e di storie. Allora abbiamo fatto tutto nuovamente: riprese, filo narrrativo, approvazione di Balsamo (sì! Ci siamo riusciti!), correzioni di Balsamo e finalmente l edizione. Era già la fine di agosto e, dopo due settimane di molto lavoro, abbiamo finito il nostro montaggio. Balsamo non lo aveva ancora visto, le canzoni le avevamo scelte noi e abbiamo selezionato le scene più importanti e significative in base al nostro giudizio. A settembre è arrivato Balsamo, per l ultima volta. Abbiamo dedicato una settimana, senza fare nessuna lezione, alle revisioni finali e ai sottotitoli, che però erano già scritti su un foglio e corretti. Balsamo ha voluto cambiare tante cose, ma finalmente era soddisfatto del nostro lavoro. In quest ultima settimana abbiamo fatto una ripresa in più, che siamo riusciti ad inserire in tempo nel film. Balsamo ha ridotto il nostro documentario dai 28 ai 18 Da sin. Victoria Deviá, Enrico Brancher, Roberto Paternó Da sin. Nicolas Brancher, Mario Balsamo minuti, selezionando solo l essenziale. Ha tolto tutti gli effetti di video che avevamo messo e ha sostituito le canzoni con quelle di Victoria. Dopo tanto lavoro e tanto sforzo, il documentario era finalmente pronto, con titolo, sottotitoli e titoli di coda, a metà settembre. Ci sentiamo orgogliosi di aver realizzato questo documentario, anche se sappiamo che il processo è stato più difficile ed è durato più tempo di quello che ci immaginavamo. Quest opportunità è stata unica, abbiamo imparato tantissime cose e ci siamo sentiti un vero gruppo. Ci sono stati tanti problemi. La scuola ci ha fornito un buon computer, ma durante l edizione alcuni dati del nostro progetto sono stati cancellati dal programma. Allora abbiamo perso molto tempo provando a recuperarlo. Dopo tanto lavoro ce l abbiamo fatta e l abbiamo finito. (Roberto Paternò) Il progetto ci ha insegnato a non demordere, e che anche se tutto va malissimo dobbiamo insistere. (Carolina Monteiro) L esperienza del progetto Balsamo si è rivelata davvero molto importante, poiché la nostra classe ha lavorato molto bene pur avendo poco tempo a disposizione. Questa esperienza unica ci ha insegnato a guardare il mondo da altri punti di vista e, come ha detto Carolina, a non demordere mai. (Nicolas Brancher) 19

20 Religião REALIDADE E CONSCIÊNCIA Nos tempos modernos tornou-se lugar comum encarar a religiosidade como uma forma infantil e fantasiosa de consciência. Especialmente nos meios acadêmicos e intelectuais, a vivência religiosa é tida como algo exótico e pouco sério. É como se a visão religiosa da vida buscasse apenas dourar a pílula e acalmar as mentes diante da realidade tão difícil e assustadora. A pessoa religiosa seria então um tipo de lunático ou louco manso, que em vez de encarar o mundo de frente preferiria olhar as coisas com lentes cor de rosa. O pior é que muitos, que se declaram religiosos, realmente agem dessa forma, sustentando idéias completamente contraditórias e distantes da realidade. Completamente diferente dessa posição é a verdadeira consciência religiosa. Em sua busca pela transcendência, a pessoa religiosa deveria querer alcançar a essência do real, e não sua negação: a fantasia. Essa pelo menos tem sido a visão de grandes mestres da tradição judaica. O judaísmo já nasce a milênios atrás negando a fantasia da idolatria. A hagadá de Pessach chega até a declarar a idolatria uma espécie de escravidão mental. Tanto os profetas, nos tempos bíblicos, como os rabinos, nos tempos talmúdicos, demonstraram uma visão sábia e corajosa da existência. Em hebraico a palavra metziut pode ser traduzida como realidade e também como existência. No século XVIII o rabino e místico italiano Moshé Haim Luzzato começa seu famoso tratado o Derech HaShem (O Caminho de Deus) afirmando que Deus, a quem chama de Matzui Risho (O Ente Real Primário) é a essência geradora de toda a realidade. Luzzato era um grande conhecedor do Zohar e tentou ensiná-lo em uma linguagem compreensível às pessoas de seu tempo. Segundo ele, o encarar a realidade de frente é que torna possível principiar a sentir a presença de Deus. Essa postura vivencial é o principio da experiência religiosa profunda. A realidade não é o que nós Rabino Alexandre Leone * queremos que ela seja, ela é. Por isso, a verdadeira consciência religiosa é também uma postura corajosa. Coragem que Luzzato demonstrou em toda sua vida, ensinando a mística judaica, apesar de todos os inúmeros problemas que enfrentou em sua época. Em nosso século, o Rav Kook, primeiro rabino chefe de Israel, ensinava que a consciência religiosa deve se alargar na medida em que a ciência, e ética, os valores humanos e a civilização avançam. Dizia Rav Kook, que a consciência religiosa deveria ser a forma mais abrangente de contato com a realidade numa dada época e por isso ela não é algo estático. Foi assim que ele, corajosamente, aceitou a teoria da evolução das espécies como a forma como Deus criou a vida nesse planeta. No plano político, Rav Kook bancou uma postura sionista apesar de os meios religiosos de seu tempo pensarem que só seria possível a fundação de um estado judeu na era messiânica. Todas essas eram posturas baseadas em seu ponto de vista, de que a busca de Deus é a busca do âmago da Realidade. Recentemente dois intelectuais israelenses contemporâneos, o rabino ortodoxo de origem sefaradi holandesa Natan Lopes Cardoso e Tamar Ross, professora na Universidade Bar Ilan, tem sustentado posturas semelhantes às de Rav Kook e Luzzato. Segundo o rabino Lopes Cardoso é possível e apreciável, que um judeu religioso aceite que o universo tem bilhões de anos e que a vida evoluiu até o estágio atual. Isso não enfraquece a religiosidade, torna-a mais forte e capaz de dar respostas válidas às situações da vida real. A religiosidade não é uma fuga, é antes um mergulho na existência. Ross afirma que a verdadeira religiosidade judaica é o oposto do fundamentalismo, que tem vicejado em nossos dias em certos círculos. Navegar através da vida é deslocar-se no oceano chamado realidade. A aposta judaica é que a realidade é una, apesar de ter muitos níveis. Na medida em que alargamos nossa consciência e permanecemos despertos, nos tornamos mais sábios. O marinheiro sábio quer chegar no grande encontro sem afundar nem bater n algum recife ou iceberg. Para isso, ele precisa conhecer o mar. Uma das formas de meditação judaica é a hitbonenut, que significa estar luminosamente desperto. São exercícios e práticas espirituais que têm como finalidade levar o praticante a não confundir suas ilusões e devaneios com o real, em seus vários níveis. A falsa religiosidade manifestase como fundamentalismo infantil ou como conveniência social vazia. A pessoa religiosa, por outro lado, é antes de tudo um buscador corajoso e consciente da Essência de todas as coisas. Diziam os hassidim da cidade de Mezbizh em idish: Ales ist Gott. - Deus é tudo o que existe Ele é, portanto, a essência da Realidade. * Alexandre Leone é rabino e estudioso do pensamento judaico medieval e moderno. Sua área de interesse e pesquisa é ligada ao aspecto ético e humanizante do pensamento judaico. No dia 18 de novembro de 2008 defendeu sua tese de doutorado Mística e Razão na Dialética Teológica Rabínica: A Dinâmica da Filosofia de Abraham J. Heschel recebendo o grau de doutor em cultura judaica pela USP. Foi ordenado rabino e recebeu o Master of Arts in Jewish Philosophy pelo Jewish Theological Seminary, em Nova York. Desde 2005 atua como rabino do Centro Bnei Chalutzim, entidade que serve à comunidade judaica de Alphaville, Granja Viana e região. Ministra cursos de pensamento judaico em diversos institutos e seminários no Brasil. 20