Placas. CONSULTORAS Patrícia Corsino e Hélen A. Queiroz

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1 Placas CONSULTORAS Patrícia Corsino e Hélen A. Queiroz

2 SINOPSE geral da série Chico, 6 anos, adora passar as tardes na estamparia de fundo de quintal do seu avô. Nela, Vô Manu construiu um Portal por onde o menino viaja pelo mundo da fantasia. Ocride, o papagaio tagarela do avô, é o grande companheiro de Chico na Ilha dos Jurubebas, uma civilização formada por seres que são uma mistura de dois bichos. Na ilha eles se transformam em personagens animados e encontram a menina Anabela. O lugar é fascinante, tem um vulcão que expele letras, frutas como a mangalarancia e seres que adoram cantar. Ozo, o monstro, quer expulsar os Jurubebas desse paraíso. Mas, Chico, Ocride e Anabela adoram aventuras e são bem mais espertos do que Ozo imaginava... 1

3 sinopse do episódio nesse episódio, o personagem Chico em sua aventura na Ilha dos Jurubebas precisa ler várias placas até chegar à Terra da Fertilidade, onde há uma plantação de mangalarancias. Chico já compreende para que servem as placas e como são úteis no cotidiano; além de ler e interpretá-las, o garoto também cria suas próprias placas para indicar lugares da Ilha. PALAVRAS-CHAVE P lacas; informação, aviso, indicação, alerta; convenção social; leitura de ícones e símbolos. 2

4 PRINCIPAIS CONCEITOS A SEREM TRABALHADOS As placas estão presentes no nosso cotidiano espalhadas pelas estradas, ruas, shoppings, parques, escolas, seja para informar, seja para avisar, alertar, indicar caminhos. Explorar a função social deste suporte textual e seus diferentes tipos, nas turmas em processo de alfabetização, pode ser bastante interessante. Placas são usadas em inúmeras situações. Há placas de muitos tipos: só com símbolos ou ícones (placas de trânsito, de proibido fumar), com uma só palavra (PARE), com frases curtas (NÃO PISE NA GRAMA), com figuras e palavras (palavra SILÊNCIO e o desenho de uma enfermeira). As placas exigem uma leitura de imagens, desenhos, símbolos, ícones e também de palavras e pequenos textos. É importante que as crianças conheçam e utilizem diferentes formas de representação e compreendam que a escrita é uma destas formas. 3

5 Placas de Atenção, Informação e Advertência 4

6 ~ SUGESTAÃO DE ATIVIDADES Criar placas para colocar em espaços da sala e da escola com o objetivo de alertar para alguma situação ou para indicar um lugar como banheiro, escada, sala da direção, pátio, etc, e facilitar o cotidiano de quem os frequenta e até mesmo de visitantes. Outra atividade a ser proposta pode ser produzir um jogo de trilha, para ser jogado em grupo, com as placas indicando situações a serem seguidas pelos jogadores - pode ser no pátio, riscando o chão e usando o corpo ou movimentando carrinhos, ou em tabuleiro (cartolina). Podem ser usados diversos tipos de placas das ruas e também outras como: Silêncio, Perigo, Hospital, Não Estacione e Cão Bravo. Aquelas que têm desenhos facilitam a compreensão de quem ainda não consegue ler todas as palavras. Você, professor (a), pode estimular a brincadeira de ler as placas e também propor a criação de Feira Cultural - E.M. Profª. Consuelo Amora Fortaleza (CE) 5

7 novas placas. As crianças podem ser estimuladas também a criar uma história em que as placas ajudem a solucionar problemas, como na elaboração das placas, as crianças podem levantar hipóteses e refletir sobre a função dos símbolos e sobre a escrita. Na produção das placas, as crianças têm oportunidade de desenhar e de escrever usando diferentes formas de expressão a partir de uma necessidade real. DURAÇÃCAO, ~ DAS ATIVIDADES SUGERIDAS As atividades têm duração variável. Um jogo de tabuleiro, por exemplo, pode ser feito em vários dias. Cada dia um detalhe: desenho da trilha, pintura da base, confecção das placas, colagem e, principalmente, tempo para jogar o jogo. A duração vai depender da elaboração proposta. Entretanto, cabe ressaltar que não se deve deixar as crianças muito tempo numa mesma atividade e numa mesma posição corporal. É preciso ter sensibilidade para terminar a atividade antes que ela se torne desinteressante. Continuar no dia seguinte as atividades mais elaboradas deve fazer parte da rotina de uma turma que não se limita a fazer deveres/exercícios já prontos. Toda atividade mais criativa é demorada e exige etapas de execução. 6

8 AVALIAÇÃCAO, ~ Todo processo de elaboração das placas para as atividades propostas deve ser acompanhado pelo (a) professor (a) com atenção. No trabalho em duplas ou em pequenos grupos a colaboração é uma importante característica a ser avaliada. As possibilidades das crianças de fazer algo em grupo e de participar de atividades coletivas são objetivos educacionais que vão além de um conteúdo específico. No caso do jogo proposto, o processo abarca toda a confecção do jogo até o momento em que estão jogando, que inclui a leitura numa situação necessária para o próprio desenrolar do jogo. Visita guiada dos alunos ao Mercado Ver o Peso Belém (PA) 7

9 ~ SUGESTÃAO DE ~ AMPLIACOÇÔES, Vivemos num mundo repleto de signos e as crianças precisam conhecê-los. Conforme os estudos da Semiótica, os signos podem ser de três tipos: índice - quando a imagem tem relação causal com o que representa (fumaça para fogo, palidez para o cansaço), ícone - quando as imagens têm semelhança com o objeto representado (desenho da impressora para a ação de imprimir), símbolo - quando o signo mantêm uma relação de convenção com o seu referente (como sinal de trânsito - as cores e seus significados foram convencionados). Todo este universo de signos, como na vida, pode estar presente na escola para ser interpretado pelas crianças. Sempre em forma de jogo, brincadeiras e situações de uso. Criar situações próximas do mundo social fora da escola é um importante desafio para os educadores. Isto significa sair dos espaços convencionais com salas de aula e de propostas prontas para serem respondidas em cadernos e em folhas xerocadas. Os tipos de signos supracitados podem ser encontrados em vários outros suportes além das placas. Nos programas de computador, por exemplo, a comunicação icônica está muito presente. Não se pode também deixar de pensar nos gestos e seus significados. Portanto, são muitas as ampliações que podem ser feitas nesta dimensão da leitura de índices, ícones e símbolos. 8

10 Também cabe ressaltar que a nossa escrita alfabética é uma das formas como foi se registrando o que era do domínio da oralidade. Ao longo do tempo e do espaço encontramos sistemas de escrita que não são fonográficos e sim ideográficos ou que apresentam os dois registros, ideograma e fonograma, como é o caso das escritas chinesa e japonesa. Mostrar para as crianças diferentes inscrições feitas por diferentes povos em cavernas, placas, monumentos, utensílios pode ser interessante para ampliar os conhecimentos das crianças sobre o mundo e sobre a própria escrita. No Episódio 1, há na oficina do Vô Manu cartazes com diferentes escritas. Mostre para a turma escrita japonesa, por exemplo, ou os hieróglifos dos antigos egípcios. Há vários filmes sobre a história da escrita que podem ser assistidos pelas crianças. Tatuagens com ideogramas Egípcios usavam hieróglifos como esse, que documenta o primeiro uso da criptografia escrita 9

11 ~ SUGESTÃOES DE LEITURA Chico, Anabela e Ocride na choupana do Sábio Bido. MENDONÇA, Rosa Helena e MARTINS, Magda Frediani (Orgs). TV, Educação e formação de professores. Salto para o Futuro: 20 anos. Rio de Janeiro: ACERP; Brasília, DF: TV Escola, Volume 1. tvescola.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=827:downloadsalto-para-o-futuro-20-anos-tv-educacao-e-formacao-dos-professores&catid=97:dicaspedagogicasoutras ROCHA, Ruth e ROTH, Otávio. O livro da escrita. São Paulo: Melhoramentos,1992. ROCHA, Ruth e ROTH, Otávio. O livro das línguas. São Paulo: Melhoramentos,1992. Video: TV Escola A História da Palavra

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