Associação Nacional de Desporto para Deficientes Visuais Campeonato Juvenil de Goalball REGULAMENTO Preâmbulo O Goalball é uma modalidade desportiva coletiva, originariamente concebida para pessoas com deficiência visual, podendo, no entanto, ser jogada por quaisquer indivíduos, desde que para isso estejam equipados com eyeshades - vendas homologadas pela Federação Internacional de Desporto para Cegos (IBSA), que impedem o jogador de receber qualquer informação visual, no caso dos atletas com baixa visão ou sem deficiência visual. Cada jogo de Goalball é disputado por duas equipas de três elementos, num campo de jogo que deverá ter 18 m x 9 m e duas balizas de 9 m de comprimento por 1.30m de altura. O objetivo do jogo consiste na marcação de golos através de lançamentos de uma bola que contém guizos no seu interior. Desde 2010 que a ANDDVIS desenvolve atividades de Goalball destinadas a crianças e jovens entre os 7 e os 16 anos, sendo exemplo disso o Campeonato Juvenil de Goalball, uma competição por jornadas que visa incrementar nos participantes o gosto pela prática da modalidade e a iniciação à vertente competitiva do Desporto. 1. Objeto e âmbito: 1.1 - O presente Regulamento constitui o instrumento regulador do Campeonato Juvenil de Goalball. 1.2 - O Campeonato Juvenil de Goalball será disputado em jornadas ao sábado, um por mês, dependendo o número de jornadas do número de equipas envolvidas e do consequente modelo competitivo. 2. Inscrições: 2.1 - As inscrições para a participação no Campeonato Juvenil de Goalball estão abertas até 10 dias úteis após notificação, por parte da ANDDVIS, da abertura das mesmas, acompanhada pelo presente Regulamento, bem como pelas informações sobre datas, locais e preços de inscrição, quando aplicável. 2.2 - Ao décimo e último dia útil, é permitida a entrega de inscrições até ao termo do respetivo horário de expediente em vigor na instituição. 2.3 - As inscrições deverão ser entregues pessoalmente na sede da ANDDVIS, sita na estação Metropolitano Jardim Zoológico, átrio Norte, loja 9, 1500-423 Lisboa, ou enviadas por correio registado e com aviso de receção para a mesma morada, ou ainda enviadas por correio eletrónico para o endereço desporto@anddvis.org.pt. 2.4 - A inscrição de cada equipa requere a apresentação dos seguintes documentos: a) Ficha de Inscrição da Equipa, devidamente preenchida, de acordo com o modelo que se junta em anexo, o qual constitui o único modelo válido para se realizar a inscrição; b) Seguros Desportivos de todos os membros da equipa (jogadores, treinadores, diretores, equipa médica); c) No caso de atletas com deficiência visual, deverá ser apresentado relatório médico oftalmológico atualizado ou certidão de incapacidade legalmente reconhecida.
2.5 - A validação da inscrição de cada equipa está condicionada nomeadamente à verificação do cumprimento das seguintes condições: a) Identificação do treinador responsável da equipa; b) Inscrição de, no mínimo, um total de 3 jogadores e um máximo de 9; c) Inscrição de, no mínimo, um jogador com deficiência visual; d) Os jogadores a inscrever não poderão ter idade inferior a 7 e superior a 16 anos. 2.6 - É permitida a inscrição de equipas femininas ou mistas. 2.7 - Nenhum jogador poderá estar simultaneamente inscrito em mais do que uma equipa. 2.8 - Não poderá participar no Campeonato Juvenil de Goalball nenhum elemento da equipa (jogadores, treinadores, diretores, equipa médica) que não esteja devidamente inscrito. 2.9 - Uma vez analisada a inscrição e verificada a sua regularidade, a validação da mesma será comunicada, por escrito, à equipa candidata. 3. Organização da prova: 3.1 - A organização da prova é da responsabilidade da Associação Nacional de Desporto para Deficientes Visuais (ANDDVIS). 3.2 - A entidade organizadora é responsável por: a) Convocação e deslocação dos árbitros; b) Preparação do pavilhão desportivo, montagem do campo de jogo e fornecimento das bolas a ele destinadas; c) Fornecimento, a cada elemento das comitivas, de uma refeição - lanche volante; d) Fornecimento de águas durante os períodos de competição; e) Fornecimento de toda a documentação referente à competição; f) Assegurar, em cooperação com os clubes, transporte para o local da competição. 3.3 - A ANDDVIS poderá, por motivos justificados, alterar a data e o local de realização da prova,, desde que desse facto dê atempado conhecimento às equipas participantes. 3.4 - As equipas são responsáveis por: a) Comunicar, por escrito, à entidade organizadora, com uma antecedência mínima de 10 dias relativamente à data de realização da prova, o número de elementos que integrarão as respetivas comitivas; b) Assegurar todo material individual necessário à prática da modalidade. 3.5 - Pelo menos metade da composição das comitivas das respetivas equipas deverá ser composta por jogadores. 4. Equipamento de Jogo: 4.1 - O equipamento individual de cada praticante deverá obedecer às normas em vigor, estabelecidas pela Federação Internacional de Desporto para Cegos (IBSA). 4.2 - Os números identificativos deverão ser bem visíveis e possuir a dimensão correta (20 cm vinte centímetros), tanto à frente como atrás. 4.3 - É obrigatório o uso, por todos os jogadores, de óculos opacos com proteções esponjosas (máscaras de ski ou semelhante). 4.4 - A não utilização do equipamento referido no número anterior implica a expulsão do infrator.
4.5 - É ainda recomendável o uso de cotoveleiras e joelheiras por todos os praticantes, e ainda de coquilhas no caso de praticantes do sexo masculino e de proteções de peito no caso de praticantes do sexo feminino. 4.6 - É dispensada a utilização de pensos oftálmicos. 5. Modelo competitivo e sorteio: 5.1 - O modelo competitivo do Campeonato Juvenil de Goalball será disponibilizado, às equipas inscritas, até cinco dias após o fecho das inscrições. 5.2 - O sorteio dos jogos será realizado na sede da ANDDVIS, até 3 dias antes da data da competição, na presença da coordenação da arbitragem, bem como da coordenação desportiva da ANDDVIS e representantes das equipas envolvidas. 5.3 - Os jogos terão uma duração total de 14 minutos (tempo corrido), com 7 minutos por parte e 3 minutos de intervalo. 6 - Sistema de Pontuação e Desempate 6.1 - Nos jogos do Campeonato Juvenil de Goalball, serão atribuídas as seguintes pontuações: a) Pela vitória 3 pontos; b) Pelo empate 1 ponto; c) Pela derrota 0 pontos; d) Pela falta de Comparência - -1 ponto. 6.2 - Em caso de igualdade pontual entre as equipas, os critérios de desempate, por ordem de aplicação, serão: a) Maior número de pontos conquistados nos jogos entre as equipas empatadas, disputados ao longo da prova; b) Melhor diferença de golos obtidos nos jogos entre as equipas empatadas, ao longo da prova; c) Melhor diferença entre golos marcados e sofridos em toda a prova; d) Melhor defesa; e) Melhor ataque; f) Finalíssima. Caso se verifique um empate no final do período regulamentar de jogo, será realizado um prolongamento de quatro minutos, 2 cada parte. 6.3 - Se o empate persistir, proceder-se-á ao sistema de desempate por marcação de penalties. O número de penalidades marcadas na primeira série corresponde ao menor número de jogadores inscritos pelas equipas nas fichas de jogo. No caso de as equipas terem um número diferente de jogadores inscritos na ficha de jogo, a equipa que tiver mais jogadores não contará neste sistema de desempate com a participação dos jogadores que na ordem da ficha estiverem para além do valor estipulado. As penalidades serão marcadas alternadamente seguindo a ordem de inscrição na ficha de jogo. É definida por lançamento de moeda ao ar e na a presença dos capitães das duas equipas, aquela que inicia a série de penalidades. 6.4 - No final da série, será declarada vencedora a equipa que obtiver maior número de golos. Se se verificar novo empate, dar-se-á início à segunda série, que manterá a ordem da primeira mas funcionará em sistema de morte súbita, isto é, se uma das equipas concretizar uma penalidade e a outra não, ou vice-versa, será declarada vencedora aquela que teve êxito. 6.5 - Para além de ser distinguida a equipa vencedora, será ainda atribuído um prémio de Melhor Jogador, mediante as votações:
a) Dos treinadores; b) Dos capitães de equipa; c) Da coordenação desportiva da ANDDVIS. 6.6 - Será ainda distinguido o melhor marcador da competição. 7. Preparação do jogo: 7.1 - No local da prova, serão realizados os seguintes procedimentos: a) Preenchimento e entrega das fichas de alinhamento das equipas, referentes à jornada; b) Lançamento da moeda ao ar para escolha, por parte das equipas, de bola ou campo para cada jogo; c) Escolha da bola a utilizar na partida (modelo juvenil ou modelo sénior), através de mútuo acordo. 7.2 - Cada equipa deverá fazer comparecer no local referido no número anterior, perante um elemento da arbitragem, o respetivo capitão, treinador ou diretor, para que o mencionado elemento da arbitragem possa proceder à concretização do processo indicado nas alíneas b) e c) do número anterior. 7.3 - Os representantes das equipas deverão comparecer no local referido em 7.1, no intervalo de cada jogo que preceda um que vão realizar. 7.4 - No caso de, por qualquer motivo, o jogo precedente terminar antes do final da primeira parte, os procedimentos em causa serão antecipados para este momento. 7.5 - No caso do primeiro jogo, os procedimentos terão lugar 10 minutos antes da hora marcada para o início do mesmo. 7.6 - A falta de comparência do representante mencionado em 7.2 no local referido em 7.1 implica a imposição de uma penalidade, no início do respetivo jogo, à equipa representada pelo infrator. 8.- Atraso de Jogo e Faltas de Comparência: 8.1 - Caso uma equipa, após indicação da mesa, não se encontre em condições de iniciar o jogo, ser-lhe-á averbado um penalty por atraso. 8.2 - Caso a mesma equipa continue inapta por um período de dois minutos, ser-lhe-á averbada derrota por falta de comparência. 8.3 - Nos casos de falta de comparência, será averbada uma derrota por 10-0 à equipa infratora, sendo-lhe simultaneamente retirado um ponto na classificação geral. 8.4 - Se a equipa infratora possuir zero pontos, ser-lhe-á atribuído um ponto negativo. 8.5 - Em todos os casos de falta de comparência, será atribuída a vitória à equipa adversária da equipa infratora, atribuindo-se-lhe 3 pontos por essa vitória e considerando-se o resultado do jogo como tendo sido de 10-0, não entrando o mesmo na contagem da diferença de golos. 8.6 - No caso de determinada equipa avisar antecipadamente a ANDDVIS por escrito de que não se apresentará no recinto de jogo em determinada partida, a equipa ou equipas adversárias envolvidas nos jogos em causa serão informadas da dispensa de comparência de um elemento dessas equipas no local definido em 7.1, local esse onde se procederia ao sorteio de campo ou bola. 9. Número Mínimo de Jogadores: 9.1 - Para que uma equipa possa iniciar um jogo, deverá ter três jogadores em campo, devidamente equipados e em condições de disputar o mesmo.
9.2 - Em caso de lesão ou expulsão, o jogo poderá continuar a decorrer mesmo quando uma das equipas apenas disponha de dois elementos em campo. 9.3 - Se uma equipa ficar reduzida a apenas um elemento, o jogo é dado por terminado, sendo a equipa em causa considerada derrotada por 10-0, não lhe sendo averbados quaisquer pontos e, consequentemente, atribuída a vitória por 10-0 à sua adversária, averbando-se-lhe 3 pontos pela mesma. 9.4 - Qualquer equipa poderá ter no banco até três jogadores suplentes e três não jogadores, desde que estejam inscritos na ficha de alinhamento da equipa com indicação das respetivas funções. 10. Tempos mortos: 10.1 - Durante uma situação de tempo morto de equipa, é autorizada a entrada no campo de, no máximo, dois elementos que estejam no banco. Os mesmos devem-se encontrar na zona do banco ao sinal sonoro de tempo. Caso contrário, será averbada uma grande penalidade contra a respetiva equipa. 10.2 - No tempo morto médico, nenhum elemento da equipa pode entrar em campo. Caso o treinador ou elemento médico queira assistir o jogador durante o tempo morto médico, poderá entrar, procedendo-se obrigatoriamente a uma substituição médica. Para que (no máximo) dois elementos do banco possam entrar em campo, sem ter de ser feita uma substituição médica obrigatória, poderá ser pedido um tempo morto, caso a equipa ainda não tenha esgotado os três tempos mortos permitidos por jogo. 11. Diferença de dez golos: 11.1 - Quando, no decorrer de um jogo, o marcador reflita uma diferença de dez golos, o árbitro dará o mesmo por concluído. 11.2 - O resultado final será o que se encontrar refletido no marcador nesse momento. 12. Procedimento no Final do Jogo: 12.1 - No final do jogo, os treinadores das duas equipas envolvidas deverão apresentarse na mesa de arbitragem. 12.2 - No momento referido no número anterior, os treinadores deverão proceder à assinatura das fichas de jogo. 13. Protestos: 13.1 - Qualquer equipa poderá apresentar protesto junto do responsável pela arbitragem, até 30 minutos após o final do jogo que lhe deu origem. 13.2 - O protesto é sempre apresentado por escrito, em impresso próprio para o efeito. 13.3 - O impresso referido no número anterior deverá ser devidamente preenchido e conter sempre a fundamentação do protesto. 13.4 - A equipa protestante poderá anexar a documentação que entenda pertinente, até às 18 horas do segundo dia útil subsequente à realização do jogo que deu origem ao protesto. 13.5 - A ação de protesto implica o depósito de uma caução no valor de 75, obrigatoriamente entregues juntamente com o protesto, os quais serão devolvidos no caso de o protesto vir a obter vencimento.
13.6 - Caso obtenha vencimento, o Conselho de Arbitragem decidirá os procedimentos a adotar e comunicará por escrito a decisão às restantes equipas participantes. 14. Sanções: 14.1 - As sanções a aplicar aos jogadores, treinadores ou quaisquer agentes desportivos serão decididas segundo a gravidade de cada ação. 14.2 - O que determinará a sanção serão as anotações realizadas na ficha de jogo por parte dos árbitros. 14.3 - Em qualquer caso, o jogador, o treinador ou qualquer outro agente desportivo que seja expulso no decurso de um jogo será sempre sancionado com um jogo de suspensão, independentemente de qualquer outra medida que o Conselho de Disciplina venha posteriormente a adotar. 15. Regulamento Técnico do Campeonato: 15.1 - O Regulamento Técnico utilizado é o homologado pela Federação Internacional de Desporto para Cegos (IBSA). 15.2 - Ao referido no número anterior são aditadas as adaptações previstas no presente Regulamento. 16. Estruturas de Coordenação e Gestão Intervenientes: 16.1 - São estruturas intervenientes na gestão do Campeonato Juvenil de Goalball: a) A Direcção Nacional da ANDDVIS; b) O Conselho de Disciplina da ANDDVIS; c) O Conselho de Arbitragem da ANDDVIS; d) A Comissão técnica. 16.2 - A Comissão técnica é composta: a) Pelos treinadores responsáveis das equipas participantes; b) Por um representante dos Árbitros; c) Pelo Coordenador Nacional de Goalball. 16.3 - A coordenação será assegurada pelo Coordenador Nacional de Goalball e pelo Coordenador de Arbitragem. 17. Casos Omissos: 17.1 - Os casos omissos referentes aos jogos serão avaliados e resolvidos pela Comissão Técnica da competição. 17.2 - Os restantes casos serão resolvidos pela Direcção da ANDDVIS, que poderá, sempre que o entenda adequado, delegar tal competência.