Centro de Animação Bíblico-Catequética Diocese de Ponta Grossa. Ide anunciai a Boa-Nova. (Mateus 28,19)

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Transcrição:

Centro de Animação Bíblico-Catequética Diocese de Ponta Grossa Ide anunciai a Boa-Nova. (Mateus 28,19)

Prefácio Após mais de 15 anos de utilização da Coleção Sementes manual de catequese elaborado na Diocese de Ponta Grossa (PR) utilizada por catequistas de muitas regiões do Brasil, é para mim motivo de alegria e grande esperança apresentar a nova coleção, totalmente reformulada no espírito do Documento de Aparecida e do processo de Iniciação à Vida Cristã. Compreendemos hoje melhor que a catequese não é uma transmissão de conteúdos de doutrina ( instrução ), nem apenas preparação para receber este ou aquele sacramento ( etapa de formatura ), mas é um processo dinâmico e abrangente de educação da fé, um itinerário de vida, que leva alguém ao encontro de comunhão e intimidade com Jesus Cristo e a aderir à proposta do Reino, que é vivida na Igreja. Duas consequências brotam dessa visão: o catequista precisa ser alguém orante, que experimenta e vive o seu encontro pessoal com o Senhor, e assim é capaz de introduzir os catequizandos no Mistério (mistagogia); esse processo de discipulado se realiza na comunidade eclesial, e toda a comunidade paroquial é catequizadora, com a participação da família e do sacerdote. A dinâmica toda da Catequese vai inserir o catequizando na vida da comunidade... Daí uma grande novidade da nova coleção: a inserção de celebrações litúrgico-catequéticas ou ritos de Iniciação, que vão assinalando as várias etapas e introduzindo o catequizando no Mistério do Ressuscitado, levando-o a assimilar a linguagem dos símbolos, gestos, à vida de oração e contemplação, bem como a participar de maneira ativa e frutuosa na Liturgia e na transformação da sociedade. O primeiro volume começa com uma preciosa apresentação, que expõe de maneira clara a mística da Iniciação à Vida Cristã, sempre iluminada pela atitude de Jesus com os discípulos de Emaús. Respeita a psicologia das idades e os diversos momentos do ano litúrgico. Será muito útil para a preparação dos catequistas, no início das atividades. Parabenizando a Equipe de Animação Bíblico-Catequética da diocese e a Editora Ave-Maria por colocar à disposição dos catequistas e das comunidades do Brasil este precioso instrumento, invoco sobre todos as bênçãos de Deus uno e trino. Na Festa de Maria, Mãe da Divina Graça, padroeira da Diocese. Ponta Grossa, 15 de setembro de 2011. Dom Sergio Arthur Braschi

Apresentação Esta edição reformulada do Manual de iniciação para uma vida de comunhão com Cristo na sua Comunidade faz parte da Coleção Sementes e é expressão do amadurecimento da edição publicada em 1995 na Diocese de Ponta Grossa (PR). Reformulada com a colaboração de catequistas, religiosos, pedagogos, psicólogos e sacerdotes, esta edição alinha o processo catequético com as orientações do Documento de Aparecida, do Diretório Nacional de Catequese, do Estudo 97 sobre iniciação à vida cristã e das diretrizes gerais da Ação Evangelizadora da Igreja (2011-2015). Deseja oferecer à Igreja um instrumento vivo e dinâmico de transmissão da fé, para auxiliar o processo de iniciação à vida cristã, que conduz a pessoa para um mergulho no Mistério de Cristo, formando nela um coração de discípulo missionário. É preciso tratar com zelo uma importante parcela do povo de Deus confiada à Igreja composta de crianças e adolescentes. Para eles, a catequese de iniciação à vida cristã é fundamental para o crescimento na fé, porque proporciona um encontro pessoal com Cristo pela escuta da Palavra, da Celebração dos mistérios da fé e da vida comunitária. O método de iniciação requer cuidado no planejamento para o êxito da ação catequética no âmbito paroquial. Necessita também de catequistas mistagogos, isto é, que tenham segurança para conduzir ao Mistério pela vivência da fé, da espiritualidade e do testemunho de vida de comunhão na comunidade. Por sua vez, a comunidade também é chamada a realizar essa tarefa, que é do conjunto da Igreja. A formação e a criatividade de nossos catequistas são sempre uma qualidade a ser valorizada e estimulada. Embora o trabalho dedicado de muitos catequistas seja objeto de nosso respeito e admiração, a iniciação de nossas crianças e adolescentes tem sido fragmentada e, às vezes, insuficiente diante dos desafios e das urgências desta mudança de época. Esta edição reformulada do manual da Coleção Sementes proporciona a diminuição da distância entre a catequese e a liturgia, que são duas faces do mesmo Mistério, em vista da adesão a Jesus e do discipulado. A catequese de iniciação à vida cristã favorece a integração entre Anúncio, Celebração e Vivência Comunitária. Sendo um método mais participativo, fomenta a conexão entre catequista, catequizandos, família e comunidade. A Coleção Sementes contém cinco volumes para realizar um processo global de catequese, instruindo com os quatro pilares da doutrina (crer, celebrar, viver e rezar), favorecem a experiência das primeiras e fundamentais noções da fé. Os três primeiros volumes preparam para a intimidade com Cristo, a inserção e a pertença à Sua comunidade, que se expressará por meio da participação eucarística. Os outros dois volumes confirmam a opção e a adesão a Jesus e à Sua comunidade, consolidando no catequizando um coração de discípulo missionário para atuar, na força do Espírito Santo, como sal da terra e luz no mundo. (Mateus 5,13-14) Este manual inicia-se com uma carta de acolhida aos pais e catequizandos e um encontro de acolhida dos catequizandos. Em seguida, sugere um encontro de reflexão sobre a Campanha da Fraternidade.

Neste volume, a 1 a unidade traz cinco temas que possibilitam a reflexão sobre si mesmo, sobre a própria história e sobre sua relação com a obra da criação, encerrando com a Celebração litúrgica do Querigma. A 2 a unidade, com cinco temas, favorece a experiência da abertura para as relações com os outros, valorizando o dom da amizade e do perdão; conclui-se com a Celebração litúrgica da entrega do Pai-Nosso. Também com cinco temas, a 3 a unidade aponta para a relação que somos chamados a ter com Deus, a qual se consolida em Jesus Cristo, ao apresentar a novidade do projeto do Reino. Conduz para a experiência de oração, tendo como base o Pai-Nosso. Na 4 a unidade, há sete temas que convidam para relações fraternas na comunidade de fé, que é assistida pela Virgem Maria. Nessa unidade, acontece a Celebração litúrgica da Redição do Pai-Nosso. Cada encontro apresenta orientações e formação para o catequista e é organizado segundo os quatro passos da metodologia do encontro dos discípulos de Emaús com o Ressuscitado: Acolhida, Fundamentação bíblica, Espiritualização e Atividades de fixação para integrar a família e fomentar o compromisso cristão. Este manual apresenta um processo pedagógico dinâmico, cristocêntrico, litúrgico-comunitário, orante e bíblico, que integra a família, o catequista, o catequizando e a comunidade, ajudando o catequizando a desenvolver o costume de ouvir a Palavra de Deus dentro e fora da família. Ide, fazei discípulos meus... ensinando-os tudo o que vos ordenei (Mateus 28,19-20). Desejosos de que esse mandato de Jesus à Igreja aconteça de modo sempre renovado e caracterizado pela alegria, pedimos os auxílios da Mãe da Divina Graça. Equipe Diocesana de Animação Bíblico-Catequética Diocese de Ponta Grossa, PR

Carta de acolhida aos pais e catequizandos Queridos pais e catequizandos, A Igreja recebe seu filho com carinho e se alegra em poder compartilhar com vocês deste momento de especial responsabilidade para uma família cristã, que é o processo de iniciar ou conduzir uma pessoa para a inserção na vida da comunidade cristã. Contando com a participação e o compromisso da família, a Igreja deseja auxiliar nessa tarefa, dando continuidade na missão de iniciação cristã, que significa conduzir para o encontro com o Ressuscitado, formando no cristão um coração de discípulo missionário. Toda pessoa carrega no coração o desejo de ser feliz. O processo de iniciação é a resposta para esse desejo e também a missão da Igreja de conduzir o homem para a alegria do encontro vivo com Cristo, inserindo no lugar onde Ele escolheu permanecer vivo: a comunidade cristã. A catequese inicia no ventre materno, que acolheu, com a experiência de amor, com sentimentos de afeto e gratidão, o dom da vida em seus primeiros momentos e se estende pela convivência familiar, que deve ser naturalmente compreendida como um núcleo de relações de amor que formam valores. É no ambiente de um lar com pais cristãos, permeado de gestos e valores do Evangelho, que são realizados nos filhos os primeiros e fundamentais traços que imprimirão neles uma fisionomia cristã. A Igreja, por sua vez, aprofundará e dará continuidade a essa tarefa que se inicia na família: Os pais são os catequistas insubstituíveis dos seus filhos. Nos primeiros anos de vida da criança, lançam-se a base e o fundamento do seu futuro. Por isso mesmo, devem os pais compreender a importância de sua missão a esse respeito. Em virtude do batismo e do matrimônio, são eles os primeiros catequistas de seus filhos: de fato educar é continuar o ato de geração. Nessa idade, Deus passa de modo particular mediante a intervenção da família. As crianças têm necessidade de aprender e de ver os pais que se amam, que respeitam a Deus, que sabem apresentar o conteúdo cristão no testemunho e na esperança de uma vida de todos os dias vivida segundo o evangelho. O testemunho é fundamental. A Palavra de Deus é eficaz em si mesma, mas adquire sentido concreto quando se torna realidade na pessoa que anuncia. Isso vale de modo particular para as crianças que ainda não têm condições de distinguir entre a verdade anunciada e a vida daquele que a anuncia. Para a criança, não há distinção entre a mãe e o pai que rezam e a oração: mais ainda, a oração tem especial valor porque é reza da mãe e do pai. (João Paulo II discurso em Porto Alegre, RS, 1980) Escutai: Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram. Outra parte caiu no solo pedregoso e, não havendo terra bastante, nasceu logo, porque não havia terra profunda, mas, ao surgir do sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou. Outra parte caiu entre os espinhos; os espinhos cresceram e a sufocaram, e não deu fruto. Outras caíram em terra boa e produziram fruto, crescendo e se desenvolvendo, e uma produziu trinta, outra sessenta e outra cem por cento. (Marcos 4,3-8) 11

Essa exposição pretende estimular a família, os sacerdotes, catequistas, catequizandos e toda a comunidade a tomar consciência da necessidade de olhar sempre para o campo semeado, e a fazê-lo a partir de uma perspectiva de fé e de misericórdia. (Diretório Geral para Catequese n o 14) Catequizando, a parábola Saiu o semeador a semear (Marcos 4,3) é fonte inspiradora para a evangelização. A semente é a Palavra de Deus, que será lançada no seu coração em cada encontro de catequese. O semeador é Jesus Cristo. Ele anunciou o Evangelho na Palestina há 2 mil anos e enviou os seus discípulos a semeá-lo pelo mundo, e assim fazem hoje os catequistas e a ação do conjunto da Igreja em suas pastorais e movimentos. (Diretório Geral para Catequese n o 15) Jesus Cristo hoje, presente na Igreja por meio do Espírito, continua a semear amplamente a Palavra do Pai no campo do mundo. Ele deseja lançar sementes de vida em seu coração por meio do seu catequista. Lemos na parábola que a qualidade do terreno é sempre muito variada. A semente do Evangelho cai à beira do caminho (Marcos 4,4), quando não é realmente escutada; cai em solo pedregoso (Marcos 4,5), sem que possa penetrar profundamente na terra; cai entre os espinhos (Marcos 4,7) e é imediatamente sufocada no coração daqueles que se fazem distraídos porque têm outras preocupações. Mas a parábola conta que há sementes que caem em terra boa (Marcos 4,8), isto é, no coração aberto e disposto à relação pessoal com Deus, que deseja ser solidário com o próximo, e a semente produz frutos abundantes! Com qual dessas situações você deseja que seu coração se assemelhe neste ano catequético? Caríssimos pais e catequizandos, meditando sobre isso, iniciemos com coragem, dinamismo e decisão a participação nesse processo. Seja bem-vindo, catequizando! Junto com seus pais e nossa comunidade, faremos um bonito caminho de iniciação para uma vida de comunhão com Cristo na sua Comunidade! Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria. (Documento de Aparecida n o 29) 12 Equipe Diocesana de Animação Bíblico-Catequética Diocese de Ponta Grossa (PR)

Encontro de acolhida dos catequizandos Objetivos: Acolher os catequizandos para criar um ambiente familiar. Ajudá-los a compreender os valores que aprenderão nos encontros da catequese. Dinâmica de acolhida 1 a parte desenhando a família Objetivo: quebrar o gelo para criar um ambiente familiar. 2 a parte descobrindo os valores da catequese Objetivo: ajudá-los a compreender o que é um encontro de catequese e os valores que aprenderão. Compromisso para o catequizando realizar com sua família O catequista explica que cada catequizando deve trazer para o próximo encontro uma caixinha pequena vazia (creme dental, sabonete ou chá) encapada com papel de presente. Dentro dela os pais devem colocar uma mensagem dirigida a seu filho e a todos os catequizandos de sua turma e uma lembrança (à sua escolha), que deve servir para todo o grupo de catequizandos. Oração final: Catequista: Jesus, nestes encontros de catequese, ajuda-nos a viver a/o... (Os catequizandos leem cada uma das palavras escritas nos cartões e os colocam sobre a Bíblia.) 13

Encontro sobre a Campanha da Fraternidade Objetivos: Descobrir o tema e o lema da Campanha da Fraternidade do ano corrente, refletir sobre a questão e definir ações concretas. Mobilizar-se para uma vida mais cristã e fraterna. Concluir que fraternidade é algo que se constrói no dia a dia. Acolhimento ver a realidade Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles. (Lucas 24,15) Dinâmica: descobrindo a família dos meus amigos Objetivo: interação dos catequizandos entre si e com as famílias para gerar um ambiente mais comunitário na catequese. Fundamentação iluminar Explicava-lhes as Escrituras. (Lucas 24,27) Desde 1962, a Igreja convida as comunidades no Brasil a refletir, no decorrer da Quaresma, sobre alguma questão social, ambiental, religiosa ou econômica, propondo a elas um gesto concreto de testemunho da fraternidade cristã, de conversão e de mudança de vida. A Campanha da Fraternidade provoca nas comunidades cristãs um sentimento profundo de solidariedade, considerando que existem muitas necessidades com as quais podemos ser mais fraternos. Desde então, em cada ano que chega é proposto um tempo de reflexão que se fundamenta num apelo profundo de conversão na vida de cada cristão e de gestos concretos em relação a uma temática proposta. Estamos vivendo com a Igreja o tempo da Quaresma. O espírito quaresmal acentua a necessidade de fraternidade, estimula um compromisso com um novo tipo de evangelização e nos faz olhar com carinho para as necessidades apresentadas. Cada cristão é chamado a refletir sobre as ações concretas que podem ser realizadas em favor do próximo e em relação às temáticas apresentadas na Campanha da Fraternidade. Para isso, faz-se necessária uma conversão do coração, acrescida de um esforço, a fim de beneficiar a sua vida, a do outro ou a realidade. O amor cristão não é puramente sentimento interior; é, sim, um comportamento expresso por atitudes concretas, dentro e fora da comunidade, de hospitalidade, solidariedade, respeito, testemunho (Mateus 25,37-40). 14

Quando o cristão vive os ensinamentos de Jesus e os leva a sério, ele se transforma e se compromete com a comunidade e a sociedade. Sabe colocar generosamente em comum os dons que tem e aquilo que lhe pertence. Consequentemente, acontece a justiça, a verdadeira fraternidade, e aparecem ações que amenizam a pobreza e a miséria e, sobretudo, promovem a dignidade do ser humano, porque um cristão supre a necessidade do outro, partilhando livre e cons cien temente o que possui. Dinâmica: cenário da Campanha da Fraternidade Objetivo: descobrir o tema, o lema e a reflexão proposta pela Campanha do ano. O que Deus falou para mim neste texto? Espiritualização celebrar Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes. (Lucas 24,30) Rezar a oração da Campanha da Fraternidade, que deve ser distribuída a cada um pelo catequista. Este momento será concluído com um dos cantos da Campanha da Fraternidade, que poderá ser escolhido a critério do catequista. O que sinto vontade de dizer a Deus? Atividades de fixação agir cristão Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém. (Lucas 24,33) 1) O catequista divide a turma em três grupos. 2) Cada grupo ficará responsável por uma das atividades abaixo: a) Fazer uma manchete para o jornal relacionada com o tema da campanha. b) Recortar imagens que ilustrem o tema da campanha. c) Elaborar uma pequena matéria ou reportagem com as atitudes concretas que podem ser desenvolvidas em relação ao tema da campanha. 3) Após o término da atividade nos grupos, e com o auxílio do catequista, todos organizarão a montagem do jornal no papel de bobina ou na cartolina. Vivendo a fé em família transformando a oração em compromisso de ação cristã Rezar com sua família a oração da Campanha da Fraternidade e comentar com eles sobre o que a campanha pede para estarmos atentos, relembrando a experiência vivida na montagem do jornal. Procurar colocar em prática as atitudes concretas sugeridas no jornal confeccionado no encontro. 15

Celebração Litúrgica de apresentação dos catequizandos Aos pais, sacerdotes e catequistas Na realização do processo de iniciação à vida cristã, a Igreja propõe dentro do Ano Litúrgico um momento para o início do processo e um momento para a recepção sacramental. Lembrando que a finalidade deste processo é uma vida de intimidade com Cristo e a inserção na Sua Comunidade que se expressa na vida sacramental, seguem algumas pistas e sugestões pastorais para a celebração litúrgica de apresentação dos catequizandos, inspirada nos elementos do processo catecumenal da iniciação à vida cristã. A celebração que se segue é uma maneira de inspirar nossa catequese nos ritos que fazem parte do processo da iniciação à vida cristã. Lembrando que iniciação vem da palavra latina in-ire, que indica a maneira, o modo, a forma ou o jeito pelo qual conduzimos uma pessoa que deseja fazer a experiência de um encontro vivo com Cristo. Iniciação não é tanto o que se diz, ou ensina. Antes, é o modo como se diz a fé, a qual deve estar impressa no coração e nos gestos de quem conduz aquele que deseja crescer no mistério de Cristo. A Iniciação Cristã é um desafio que devemos encarar com decisão, coragem e criatividade, visto que em muitas partes a Iniciação Cristã tem sido pobre e fragmentada. Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e convidando-as para seu seguimento, ou não cumpriremos nossa missão de Evangelizar (Doc. Ap. 287). Esta celebração deseja contribuir na compreen são da comunidade, dos pais e dos catequizandos a respeito do papel de cada um nessa tarefa junto com a Igreja em educar mediante o testemunho do primeiro anúncio que desperta a fé (querigma). A comunidade que já recebeu esse anúncio agora o transmite pelos seus gestos. Iniciação não se limita a um período de preparação imediata para a recepção deste ou daquele sacramento. Claro que uma boa catequese conduz a isso, mas não como ponto de chegada, e sim como força para desenvolver um caminho no discipulado. Tudo isso deve ser realizado visando a uma melhor compreensão do processo que a catequese deseja realizar por meio de um caminho que conduza ao discipulado. Sendo assim, o que se segue pode ser reelaborado ou simplificado ou, ainda, feito de modo espontâneo, desde que aquilo que for feito contribua para o encantamento com a fé dos envolvidos. Rito de apresentação dos catequizandos O objetivo desta celebração é auxiliar a comunidade, os pais e os catequizandos a perceber o caminho de fé que a catequese propõe. Os catequizandos devem perceber que estão iniciando um processo por meio do qual serão auxiliados a despertar progressivamente para o significado da fé, que vão amadurecer passo a passo; uma fé trinitária, a qual possibilitará um encontro vivo com a pessoa de Jesus. Essa experiência é uma tarefa de conjunto da Igreja comunicada pelos pais, fiéis e catequistas, e necessita ser vivida em uma comunidade. O rito de apresentação dos catequizandos é uma acolhida feita pela comunidade para celebrar o momento no qual os catequizandos darão os primeiros passos no despertar para a vivência da fé em comunidade, aprendendo os primeiros gestos de conversão. Pressupõem-se o começo da vivência da fé e também o desenvolvimento do sentido de pertencer e agir como membro da Igreja. Preparando a celebração O catequista deverá reservar o lugar para os catequizandos na Igreja. Os pais podem ficar normalmente na assembleia. O grupo de catequistas reúne os catequizandos que participarão do rito, se possível na porta da Igreja ou no início do átrio, a fim de que ali esperem ser chamados pelo sacerdote para a apresentação. Iniciando a celebração A missa inicia com o canto e a procissão de entrada normalmente. Ao chegar ao presbitério, o sacerdote faz o sinal da cruz, acolhe e esclarece a comunidade: Caríssimos irmãos, neste dia, nossa comunidade se alegra porque acolherá os catequizandos do 1 o tempo, os quais iniciarão sua caminhada na educação da fé cristã, em vista de uma pertença mais efetiva à comu- 16

nidade. Essa responsabilidade de educar na fé começa desde o ventre materno, prolonga-se em casa com os gestos de fé dos pais, que são os catequistas insubstituíveis dos seus filhos, prosseguindo também com o auxílio da comunidade que deve ser catequizadora. Nossos catequistas são enviados em nome da Igreja e de nossa comunidade para acompanhar esses catequizandos no processo do despertar da fé. Acolhamos os pais, catequizandos e catequistas com uma salva de palmas. Sacerdote aos catequizandos: Caríssimos catequizandos, com alegria a Igreja os toma pela mão para que vocês percorram um caminho de despertar para o aprendizado da fé por meio do encontro vivo com Jesus. Vocês estão dispostos a percorrer esse caminho com a ajuda dos seus pais, da comunidade e dos catequistas? Catequizandos (Combinar antes para que possam responder algo como o exemplo e, se houver condições pastorais, o sacerdote poderá perguntar o nome de cada um dos catequizandos.): Sim, estamos dispostos. Primeira adesão Sacerdote: Catequista, leve até os catequizandos o Círio Pascal, que simboliza a Luz do Céu, pois é a luz do Ressuscitado que acompanhará e iluminará o caminho deles. (O catequista, ao pegar o Círio Pascal, se dirige até a porta onde estão os catequizandos. Chegando lá, posiciona-se à frente deles e os convida a entrar, trazendo-os até o presbitério. Enquanto isso, pode-se cantar: Deixa a luz do céu entrar ou outro canto conveniente.) Sacerdote: Estendamos num instante de silêncio nossa mão, deixando a luz de Deus iluminar nossa vida. (O padre pode adaptar esta oração para melhor compreensão das crianças.) Caríssimos catequizandos, Deus comunica a sua luz a todos os homens que vêm a este mundo, e a partir das coisas criadas manifesta-lhe as suas perfeições invisíveis, para que o ser humano saiba dar graças ao seu Criador. Vós seguistes a luz de Deus e, por isso, agora, abre-se diante de vós o caminho do evangelho. Vocês caminharão para conhecer o Deus vivo que fala verdadeiramente aos homens, e esse é o ponto de partida de tudo o mais. Guiados pela luz de Cristo, começarão a descobrir a Sua sabedoria. Apoiando cada vez mais sua vida em Jesus, vocês acabarão por acreditar Nele de todo o coração. Aqui vocês vão percorrer o caminho da fé, e Cristo vos conduzirá, na caridade, à posse da vida eterna. Compromisso para pais e comunidade Em seguida, dirigindo-se aos pais e a todos os fiéis, o sacerdote interroga-os com estas palavras ou outras semelhantes: Sacerdote: Caríssimos pais, irmãos e irmãs da comunidade, estão dispostos a ajudá-los a encontrar Cristo e a segui-lo? Todos: Sim, estamos dispostos. (As respostas podem ser projetadas ou contidas numa folha com esta celebração.) Ato penitencial Depois, o sacerdote, dirigindo-se aos pais, convida-os a vir ao presbitério para ficarem ao lado dos filhos, motivando toda a comunidade a que olhe para o Círio Pascal e examine como tem sido seu caminho de fé, pedindo a luz de Deus pelas vezes que andamos nas trevas. (Instante de silêncio.) Em seguida, o sacerdote motiva os pais, recebendo dos catequistas uma sandália que simbolizará o caminho que percorrerão, a entregá-la a seus filhos, dizendo: Meu filho(a), caminhe na luz de Deus! Enquanto isso, todos cantam o canto penitencial. Hino de Louvor Para concluir o rito e continuar a celebração da missa, o sacerdote pede aos pais que entreguem seus filhos aos catequistas, pois eles, em nome da Igreja e da comunidade, os auxiliarão a conduzir- -se nesse caminho de fé. Enquanto a comunidade canta o Hino de Louvor, os catequistas conduzem os catequizandos aos bancos reservados e os pais retornam aos seus lugares. O sacerdote prossegue a missa normalmente. 17

1 a Unidade Eu e minha história

1 o Encontro Quem sou eu? Deus me conhece e me chama pelo nome

Objetivos: Reconhecer-se como pessoa querida, amada, conhecida por Deus e pelos outros. Valorizar o próprio nome e o dos outros. Identificar-se pelos nomes. Respeitar o nome de Deus. Acolhimento Ver a realidade Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles. (Lucas 24,15) Dinâmica: conhecendo meu amigo Objetivo: ajudá-los no entrosamento, conhecendo melhor o nome dos amigos e um pouco de sua história. O catequista conclui, dizendo: vamos criar cada vez mais um espírito de família, acolhendo-nos fraternalmente. Deus criou as pessoas para serem amigas. Ele é nosso amigo e nos ama assim como somos. Vamos olhar bem os nossos amigos e perceber que somos diferentes porque cada um de nós é único (alguns segundos de silêncio). Mesmo sendo diferentes, estamos aqui para crescer como pessoas, sendo amigas umas das outras, por isso nos acolhamos, cantando: Canto: Tomado pela mão (repetir o refrão 2 vezes) Tomado pela mão com Jesus eu vou, sigo como ovelha que encontrou o Pastor Tomando pela mão com Jesus eu vou, aonde ele for. Fundamentação Iluminar Explicava-lhes as Escrituras. (Lucas 24,27) Buscaremos sempre na Palavra de Deus a luz que iluminará nossos encontros. Vamos recebê-la cantando: Canto: Pela Palavra de Deus (Frei Luiz Turra, Paulinas COMEP, ou outro canto que favoreça a reflexão do tema) Pela palavra de Deus, saberemos por onde andar, ela é luz e verdade, precisamos acreditar. 22

Quando Deus Pai anunciou, por intermédio do anjo Gabriel, o nascimento do seu Filho entre os homens, deu-lhe um nome: Jesus, nome pelo qual o chamamos até os dias de hoje (Lucas 2,1ss). Na convivência entre pessoas, é importante que elas se chamem pelo nome, com respeito e carinho; pois o nome traz consigo sua história, suas virtudes e o jeito de ser de cada pessoa. Na Bíblia, encontramos uma citação na qual o próprio Deus diz que nos conhece pelo nome.... nada temas, pois eu te chamo pelo nome. És meu, és precioso a meus olhos. Eu te aprecio e te amo (Isaías 43,1). As pessoas que acreditam em Deus não precisam ter medo. Ele nos dá a segurança de que somos Dele e por isso nos diz: És meu, és precioso a meus olhos. Jesus pronunciará nosso nome com amor. Ele se apresenta como o Bom Pastor que nos conhece e acolhe. Eu sou o Bom Pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim (João 10,14). Eu, o Senhor, chamei-te realmente, e te segurei pela mão (Isaías 42,6). Neste texto, quando a Bíblia nos fala, Eu, o Senhor, ela nos apresenta Deus Pai como Criador, que nos conhece e chama pelo nome. Ele nos ama, por isso nos protege, nos acompanha, conhece toda a nossa vida e nos segura pela mão....teu nome está gravado na palma da minha mão (Isaías 49,16). O catequista pergunta aos catequizandos: Por que as pessoas escrevem alguma coisa na palma da mão? (Deixar que falem.) Depois da partilha diz: Somente quando desejamos não esquecer aquilo que é muito importante escrevemos na palma das mãos. Se Deus escolheu escrever nossos nomes na palma de sua mão, então somos importantes, amados por Deus, e Ele não quer esquecer-se de nós. Dinâmica: na mão de Deus Objetivo: compreender que todos nós temos nosso nome e nossa vida gravada nas mãos de Deus. O que Deus falou para mim neste texto? Espiritualização Celebrar Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes. (Lucas 24,30) Deus nos conhece e nos chama pelo nome. Ele nos ama com amor eterno, sabe de nossas vidas, está sempre conosco, nos traz no seu coração bondoso de Pai. Devemos gostar do nosso nome e agradecer diariamente ao Senhor, como vamos fazer agora. Dinâmica: Deus me ama Objetivo: perceber que estamos no coração de Deus. O amor de Deus por nós é tão grande que em seu coração cabemos todos. Ele nos ama e nos traz no seu coração. Por isso, como seus filhos queridos, agradeçamos o nome que temos. 23

Oração: vamos agora rezar, façamos juntos o sinal da cruz e reflitamos: Fazendo o sinal da cruz: Em nome do Pai (mão no centro da testa, que pode indicar o Pai que pensou em criar o mundo), Do Filho (mão no centro do peito perto do coração, lembrando que Jesus é o centro de nossa vida e nos amou dando sua vida por nós), E do Espírito Santo (mão que vai do ombro esquerdo para o direito indicando que o Espírito Santo nos envolve e abraça). Invocando a proteção do Anjo da Guarda: Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador. Se a ti me confiou a piedade divina, Sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém. O que sinto vontade de dizer a Deus? Atividades de fixação Agir cristão Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém. (Lucas 24,33) O grupo pode ler junto este propósito e depois realizar individualmente a atividade: 1) Neste ano, participarei da catequese junto com este grupo tão querido que hoje conheci. Cada um de nós se esforçará para criar um espírito de família. Juntos vamos conhecer e amar a Deus Pai, deixando nosso coração aberto para que Deus possa nos amar. 2) Com muito carinho e capricho, desenhe em seu manual o cartaz do Coração de Deus e copie o nome de cada um de seus amigos. Vivendo a fé em família Transformando a oração em compromisso de ação cristã 24 1) Peça que seus pais ou responsáveis leiam para você o texto que está em Isaías 43,1. Depois pergunte como eles já sentiram essa experiência de Deus que cuida, protege e ama por meio de um fato concreto da vida. Compromisso do discípulo de Jesus para a semana 1) Para ter sempre presente Deus na vida, durante a semana procure rezar ao ir à escola ou ao voltar dela a oração invocando o nome de Jesus com ternura e respeito. Jesus meu bom amiguinho, me leve sempre para o bom caminho. 2) Quem você poderá ensinar a rezar esta oração nesta semana? Faça isso! Material para o próximo encontro: além do seu material de catequese, levar giz de cera.

2 o Encontro Quem sou eu? Sou pessoa, vivo em família

Objetivos: Reconhecer a família como um presente de Deus para nós. Perceber como é minha família, o papel e a missão de cada um. Acolhimento Ver a realidade Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles. (Lucas 24,15) É agradável e realmente muito bom en contrá-los novamente. Estamos unidos para refletir sobre as coisas lindas do amor de Deus e construir a grande família dos filhos de Deus. Vendo-os tão dispostos, fico feliz e os convido para que, de mãos dadas em ciranda, possamos cantar. Canto: Amigo, que bom! Que bom que você veio! Amigo, ô, ô, que bom que você veio, ô, ô! Foi Jesus quem o chamou, ô, ô! e você aceitou. Amigo, que bom! Que bom que você veio! (bis) Dinâmica: minha família, nossa família Objetivo: perceber como cada catequizando enxerga sua família e levá-lo a refletir que a família de todos nós forma a família de Deus. Fundamentação Iluminar Explicava-lhes as Escrituras. (Lucas 24,27) Deus Pai nos criou para relacionarmo-nos com outras pessoas, que convivem conosco dia riamente, que nos ajudam e nos orientam, partilham conosco os bons e os maus momentos, passando a fazer parte de nossa família. A família é a primeira comunidade na qual ingressamos desde o momento em que nascemos. Independentemente das características próprias das pessoas que a compõem, precisamos amar, respeitar e honrar nossa família, pois ela é o lugar de acolhida, encontro, participação, doação, amor e perdão. 26

A família de Jesus nos dá um lindo exemplo. Pedir aos catequizandos que digam juntos: Jesus, Maria e José, a minha família, vossa é. Vamos ler a palavra e refletir: Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa (Lucas 2,41). Olhando para a família de Jesus, podemos aprender que eles eram unidos e sabiam viver e celebrar juntos os momentos festivos. Na vida de família é muito importante que os pais e responsáveis participem das celebrações e atividades da Igreja, assim como Maria e José fizeram quando levaram Jesus ao templo. Vamos refletir juntos e depois partilhar: Quais as atividades que vocês realizam juntos em família?... Maria e José voltaram da festa e o Menino Jesus ficou sem que seus pais percebessem. Pensando que ele estivesse com seus companheiros de viagem, andaram o caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos, mas não o encontraram e voltaram a Jerusalém a procura Dele (Lucas 2,43-45). Deus Pai havia confiado Jesus a Maria e José. Jesus sabia disso e valorizava isso; e Ele tinha uma grande missão. Nessa ocasião, não ter voltado com seus pais não significa que Jesus tivesse sido desobediente. Ao ficar em Jerusalém, Ele estava fazendo a vontade de Deus, o seu Pai. Alguma vez vocês já se envolveram tanto com algo que naquele momento era importante e se esqueceram de comunicar antes os seus pais, deixando-os preocupados? Também podemos perceber que na família de Jesus há um grande amor e preocupação de uns para com os outros. Quando Maria e José encontraram Jesus novamente, sua mãe lhe disse: Meu filho, que nos fizeste? Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição (Lucas 2,48). Como Jesus era um grande presente de Deus Pai confiado a Maria e José, eles cuidavam dele com muito zelo e preocupação; e até sentiram medo e angústia quando sentiram a sua ausência. O que você acha que seus pais sentem quando vocês estão ausentes? Por quê? Quando saíram do templo, Jesus ficou lá com os doutores, e seus pais nem perceberam. Andaram muito: Maria pensava que Ele estava com José, e José achava que o menino estava com Maria. Quando notaram sua falta, ficaram preocupados e foram à sua procura. Nossos pais também se preocupam conosco, fazem tudo para sermos felizes e para nos encaminhar bem na vida. (Exemplo: preocupação quando ficamos doentes, quando viajamos, preocupação com a nossa vida estudantil, procurando nos ensinar a amar a Deus e a respeitá-lo etc.) Quando encontraram Jesus, Maria disse: Meu filho! Por que você fez isso conosco? Jesus voltou para casa e ali viveu com humildade e obediência a seus pais (Lucas 2,51). Jesus ajudava nas tarefas que podia e sabia executar: buscar água para a mãe, pegar os materiais para José, estudar as Escrituras. Gostava de estar junto dos amigos. Enfim, vivia o verdadeiro espírito de família com José e Maria. 27

Jesus fez questão de ter uma família. Nasceu e viveu entre os homens. Sua família sempre o ajudou, respeitou, acolheu, incentivou e educou. Em nosso convívio humano e familiar, existem pessoas que nos são tão queridas que fazem por nós tudo o que José e Maria faziam por Jesus. Quem são essas pessoas? Vamos identificá-las e escrever o nome delas: Nem sempre nossa família é constituída como a família de Nazaré, com o pai, a mãe, mas todos temos pessoas que nos amam e nos acolhem: avós, professores, catequistas, parentes, amigos, pessoas que nos criam e nos educam. Essas pessoas são as que constituem também nossa família. Independentemente das pessoas que constituem nossa família, todos precisamos aceitar nossa história e nossa família. Respeitá-la, honrá-la, pois a família é o lugar de acolhida, encontro, amizade, ajuda, participação, amor e doação. Marque um X naquilo que você aprende com sua família: Na família, aprendemos a ( ) conviver e respeitar pais e irmãos; ( ) assumir as dificuldades com tranquilidade; ( ) não atender aos pedidos dos nossos pais; ( ) construir novos conhecimentos; ( ) dividir trabalhos e responsabilidades; ( ) não respeitar as pessoas da nossa família; ( ) perdoar e cultivar amigos; ( ) conhecer e amar nosso Deus. O que Deus falou para mim neste texto? Espiritualização Celebrar Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes. (Lucas 24,30) É na família e em família que aprendemos a amar nosso Deus. Peçamos com muita fé a Deus Pai que abençoe nossa família e que nos faça estimados e obedientes como Jesus. Rezemos juntos: Jesus, Maria e José, a minha família, vossa é. Oração: Jesus, meu bom amigo, tu, que tiveste uma família exemplar, atende, Senhor, o meu pedido. 28

Todos: Abençoa e protege as famílias do mundo inteiro, cuida de meus pais, protege sempre meus irmãos e a mim também. Ajuda-me a ser um filho educado, amável e obediente. Amém. Oração pela família: (Pe. Zezinho, SCJ) Sol nascente, sol poente 1. Que nenhuma família comece em qualquer de repente. Que nenhuma família termine por falta de amor. Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente. E que nada no mundo separe um casal sonhador. Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte. Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois. Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte. Que eles vivam do ontem no hoje em função de um depois. Que a família comece e termine sabendo aonde vai. E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai. Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor. E que os filhos conheçam a força que brota do amor. Abençoa, Senhor, as famílias. Amém! Abençoa, Senhor, a minha também! 2. Que marido e mulher tenham força de amar sem medida. Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão. Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida. Que a família celebre a partilha do abraço e do pão. Que marido e mulher não se traiam nem traiam seus filhos. Que o ciúme não mate a certeza de amor entre os dois. Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois! O que sinto vontade de dizer a Deus? 29

Atividades de fixação Agir cristão Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém. (Lucas 24,33) 1) Localize no quadro abaixo: a) Três palavras que identifiquem o bom filho (obedecer respeitar amar); b) Os nomes dos pais de Jesus (Maria José); c) Duas tarefas importantes para seus pais ou responsáveis (catequizar educar). A A M O V m a r I a L M L J D C A D B E M L R U Z I V A E e J O S E Z B X W Y K V L M B d E F I D Q T A M A R M O P Q U S I M E u m i P E H T P O U c P N K C A t e q u i z a r R a S O I E O E Q A I U T P E O r Q W Y R E S P E I T A R G H E Vivendo a fé em família Transformando a oração em compromisso de ação cristã Em nossa família existe amor, respeito, perdão, trabalho, momentos de oração etc. 1) Convide seus pais para ler em família o texto de Lucas 2,41-52. 2) Depois de lerem o texto, ensine-os a rezar a oração que você aprendeu no encontro da catequese: JESUS, MARIA E JOSÉ, A MINHA FAMÍLIA, VOSSA É. 3) Agora, com a ajuda dos pais e de seus irmãos, descubra em que sua família se parece com a Sagrada Família: Jesus, Maria e José. Compromisso do discípulo de Jesus para a semana Num momento em que sua família estiver reunida, assuma o compromisso de ler esta oração para eles a cada dia desta semana: Senhor, ensina-nos a viver bem em família. Que os pais do mundo inteiro sejam como José; as mães, como Maria; e os filhos cresçam queridos e obedientes como Jesus. Fica conosco, Senhor, para que juntos possamos formar a grande família dos filhos de Deus neste mundo. Amém. JESUS, MARIA E JOSÉ, A MINHA FAMÍLIA, VOSSA É. Material para o próximo encontro: trazer escrito para o próximo encontro os nomes dos avós paternos e dos avós maternos. 30

3 o Encontro Eu e a minha identidade cristã

Objetivo: Refletir sobre o valor do batismo que nos tornou filhos de Deus e membros da comunidade cristã. Acolhimento Ver a realidade Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles. (Lucas 24,15) Dinâmica: árvore da minha família Objetivo: perceber o dom de ser família. Com o nome dos avós que trouxemos, vamos completar o desenho da Árvore da Família, colocando também o nome dos nossos pais e irmãos. 32

Cada um de nós tem a própria identidade e por meio do batismo recebemos a graça de nos tornar membros da comunidade dos filhos de Deus. O batismo nos confere a identidade de filhos de Deus, por isso é importante respeitar todas as pessoas. Essa identidade cristã nos foi dada como um grande presente por Deus no dia em que nossa família nos levou a Igreja até as águas do batismo. A partir de então nos tornamos membros da comunidade dos filhos de Deus. A base de toda a comunidade é a família, e as famílias unidas no ideal de crescer em Deus formam uma comunidade cristã. Dinâmica: identidade de filhos de Deus Objetivo: ajudar os catequizandos a perceberem-se como membros de uma família, através da qual foram levados para as águas do batismo, tornando-se filhos de Deus e membros da comunidade cristã. Vamos juntos preencher nossa identidade de filhos de Deus. Fundamentação Iluminar Explicava-lhes as Escrituras. (Lucas 24,27) Tendo essa identidade nas mãos, rezemos pelas famílias, pedindo que Deus lhes dê abertura e generosidade de coração para que juntos formemos uma verdadeira comunidade cristã. (Oração espontânea agradecendo pela filiação divina que recebemos.) Vindos de famílias e lugares diferentes, pelo batismo recebido formamos a nossa comunidade de fé. Nela, juntos buscamos conhecer, vivenciar e acreditar na Palavra de Deus. Começamos a fazer parte da comunidade Igreja desde o momento em que fomos batizados. Com o batismo, nossos pais e padrinhos assumiram o compromisso de nos ensinar a viver segundo a proposta de Jesus. O batismo nos fez filhos de Deus Pai, irmãos em Jesus Cristo e membros da comunidade cristã. Assim como nós, Jesus também teve uma família, amigos, vizinhos, viveu em comunidade e foi apresentado no templo. Esse gesto indicava que a família reconhecia o recém-nascido como dom de 33

Deus e simbolicamente o entregava a Ele, consagrando-o. A partir desse momento, o recém-nascido começava a fazer parte do povo de Deus, o povo que Deus havia escolhido para oferecer a salvação a todos os homens. Do mesmo modo, o batismo nos introduz numa nova comunidade, a comunidade de Jesus. A união de todas as pessoas que vivem a fraternidade, o serviço aos outros e a união na fé forma a grande família de Jesus. Deus Pai quer o bem de todos os filhos e deseja que vivam como irmãos. Envia Seu Filho Jesus ao mundo e Ele nos garante que sempre estará com aqueles que construírem o bem. Ele diz: Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles. (Mateus 18,20) E ainda: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Marcos 12,31) Para viver o amor ao próximo, precisamos conhecer as pessoas de nossa comunidade, tratá-las bem, oferecer e aceitar ajuda, conviver fraternalmente, testemunhando que somos filhos do mesmo Pai. A força que une as pessoas na comunidade brota da vida e da união que elas têm com Deus. Por isso, reúnem-se para celebrar a presença de Deus nos vários momentos de suas vidas. (Exemplo: a celebração de sacramentos ou outros motivos de culto.) Dinâmica: o presente Objetivo: compreender que o batismo é um grande presente que nos torna Filhos de Deus. 34 Canto: És Água Viva Eu te peço desta água que Tu tens, és água viva, meu Senhor; tenho sede, tenho fome de amor e acredito nesta fonte de onde vens. Vem de Deus, estás em Deus, também és Deus e Deus contigo, faz um só, eu, porém, que vim da terra e volto ao pó, quero viver eternamente ao lado Seu. És água viva, és vida nova, e todo dia me batizas outra vez, me fazes renascer, me fazes reviver, eu quero água desta fonte de onde vens. (2 vezes) O que Deus falou para mim neste texto? Espiritualização Celebrar Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes. (Lucas 24,30) Mediante o batismo fomos introduzidos na comunidade dos filhos de Deus, a Igreja. Nela devemos buscar a união e a fraternidade, percebendo que Deus está sempre presente em nossas vidas, mostrando-nos sua vontade. Ele nos orienta, nos guia e nos aponta caminhos novos e novas maneiras para amarmos os irmãos e vivermos em comunidade. Quem segue as orientações de Deus pode celebrar a riqueza da vida em comunidade, rezando como o salmista. Oração: Salmo 132 Catequista: Como é bom e agradável viver juntos, como irmãos.

Todos: Como é bom e agradável viver juntos, como irmãos. O batismo nos fez filhos de Deus; portanto, somos todos irmãos. Simbolizando isso vamos nos dar as mãos e, em silêncio, agradecer pelo dom do batismo que nos fez comunidade. Esta vela simboliza Jesus. Nela brilha a luz do Filho de Deus. Vamos estender a nossa mão em direção a este símbolo, indicando que também nós recebemos desta mesma luz de filhos, enquanto cantamos. Canto: Minha luz é Jesus, e Jesus me conduz pelos caminhos da paz. (bis) O que sinto vontade de dizer a Deus? Atividades de fixação Agir cristão Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém. (Lucas 24,33) 1) Pinte apenas os espaços numerados. 2) Ordene as palavras contidas na figura, formando a seguinte frase: Deus Pai nos ama; Ele quer o bem de todos os seus filhos. 35

Vivendo a fé em família Transformando a oração em compromisso de ação cristã 1) Com a ajuda de seus pais ou responsáveis, leiam o texto de Marcos 1,9-11 e, depois de lido o texto, partilhem: a) Quando Jesus saiu das águas do batismo, o que aconteceu com Ele? b) Como Deus Pai passa a chamar aqueles que como Jesus também foram batizados? Compromisso do discípulo de Jesus para a semana Neste encontro você aprendeu que o batismo é um presente que nos faz filhos de Deus, irmãos em Cristo e membros de sua comunidade. 1) Procure saber se em sua família existe alguém que não tenha recebido esse presente e convide-o a recebê-lo.

4 o Encontro Sou batizado, tenho uma missão

Objetivos: Valorizar a graça do batismo. Assumir a missão de ser batizado. Acolhimento Ver a realidade Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles. (Lucas 24,15) Dinâmica: Batismo, Vida Nova Objetivo: dramatizar com os catequizandos a experiência do Batismo, que nos tornou novas criaturas. Fundamentação Iluminar Explicava-lhes as Escrituras. (Lucas 24,27) Nossa vida é marcada por momentos importantes e significativos. São esses momentos, somados uns aos outros, que fazem a história de nossa vida. O batismo é o mais belo e o mais magnífico dom que Deus nos deixou. O catecismo nos lembra o que está na Sagrada Escritura: o batismo nos faz uma cria tura nova, filhos queridos de Deus, membros de Cristo e da Igreja e templos do Espírito Santo (2Coríntios 5,17; 1Coríntios 6,19). Como membro da Igreja, a pessoa batizada passa a participar da vida e missão de Jesus, que morreu e ressuscitou para nos salvar. Todos os batizados, pela força da graça do sacramento do batismo, têm como privilégio uma graça especial que Deus nos dá: Viver como verdadeiros filhos de Deus. Testemunhar nas comunidades a fé que pela Igreja recebemos de Deus. Participar ativamente da atividade apostólica e missionária junto ao povo de Deus. Chamar a Deus de Pai e sentir-se real mente seu filho querido e amado. Conhecer e alimentar-se com a Palavra de Deus. Participar ativamente da comunidade e receber os sacramentos. 38 Dinâmica: desenhando e brincando de mímica Objetivo: compreender que, como batizados, a nossa vida deve transmitir, mesmo no silêncio de nossos gestos, a missão que possuímos.

Onde quer que estejamos, somos convocados a dar testemunho de Jesus, pois é Ele próprio que nos ordena: Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi... (Mateus 28,19-20). Como cristãos, recebemos do próprio Jesus a missão de tornar presente a ação Dele por meio do nosso trabalho, da nossa vida, da nossa oração e do nosso testemunho. O que Deus falou para mim neste texto? Espiritualização Celebrar Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes. (Lucas 24,30) Quando éramos ainda bem pequenos e fomos bati zados, nossos pais e padrinhos assumiram em nosso nome o compromisso do batismo. Naquele dia eles se aproximaram da pia batismal, apresentando-nos a Deus. Fomos banhados na água e com a invocação da Trindade nos tornamos filhos de Deus. Nossos pais e padrinhos, comprometeram-se em nos educar segundo os ensinamentos de Jesus e ao longo do tempo foram encaminhando-nos e introduzindo-nos na vida da Igreja. Agora com a dinâmica que faremos, vamos manifestar o nosso pedido para que possamos cumprir nossa missão de bons cristãos atuantes no mundo. Dinâmica: da flor Objetivo: fazê-los perceber que, assumindo nossa missão, estamos desabrochando nossa vida cristã com mais plenitude. Aproximemo-nos com nosso manual da pia batismal (ou de uma bacia com água), que nos recorda o nosso batismo; cada um pode escolher um dos compromissos ou criar outro e um a um, ao colocar a flor na água, reza, assumindo o compromisso de viver como bom cristão sua missão de batizado. 39

Compromissos a) Eu, NOME, quero viver o meu batismo, testemunhando a luz de Jesus a todos. b) Eu, NOME, quero viver o meu batismo, comunicando a todos que Deus nos ama. c) Eu, NOME, quero viver o meu batismo, transmitindo os ensinamentos de Jesus aos meus familiares. d) Eu, NOME, quero ser filho de Deus, amando e perdoando os meus irmãos. Canto: Pelo batismo recebi uma missão 1. Pelo batismo recebi uma missão; vou trabalhar pelo Reino do Senhor, vou anunciar o Evangelho para os povos, vou ser profeta, sacerdote, rei, pastor. Vou anunciar a boa-nova de Jesus; como profeta recebi esta missão; onde eu for serei fermento, sal e luz, levando a todos a mensagem de cristão. O que sinto vontade de dizer a Deus? Atividades de fixação Agir cristão Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém. (Lucas 24,33) 1) Desenhe como você acha que foi o momento do seu batismo, colocando as pessoas que estavam presentes e os outros dados pedidos: pai, mãe, padrinho, madrinha, seu nome, nome do padre, dia do seu batismo, nome da Paróquia etc. (Pesquise as informações que você não souber em casa, com seus pais e padrinhos, para completar o desenho.) 2) Procure a chave que abre a porta que nos introduz na vida cristã. Na linha da chave que abrir a porta, una as letras e identifique a palavra que se formou: 40