Nota sobre os resultados da PIM-PF Regional 1 Março de 2016 A produção física da Indústria de Transformação da Bahia apresentou queda de 2,8%, na comparação dos últimos 12 meses, terminados em março, com igual período anterior, após o decréscimo (-2,6%) registrado em fevereiro. Com esse resultado, a Bahia mantem-se em 4º lugar no ranking dos quatorze estados que participam da PIM PF-R, do qual apenas Mato Grosso e Espirito Santo apresentaram resultados positivos (2,8% e 0,2%, respectivamente). Os demais estados registraram resultados negativos: Amazonas (-19%), São Paulo (-12,8), Pernambuco (-12,1%), Rio de Janeiro (-11,5%), Rio Grande do Sul (-10,9%), Minas Gerais (-10,4%), Ceará (-10,4%), Paraná (-8,9%), Santa Catarina (-8,5%), Pará (-5,9%), Bahia (-2,8%) e Goiás (-2,3%). Na Bahia, apenas três dos onze segmentos pesquisados registraram crescimento: Refino de petróleo e biocombustíveis (2,6%, maior fabricação de óleo diesel, óleos combustíveis e gasolina automotiva), Bebidas (2,5%) e Metalurgia (0,1%, maior fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre). Apresentaram resultados negativos: Equipamentos de Informática (-43,6%), Veículos automotores (-12,6%, menor produção de automóveis e painéis para instrumentos dos veículos automotores), Minerais não metálicos (-12,1%, queda na fabricação de cimentos Portland, massa de concreto preparada para construção, argamassas, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento e misturas betuminosas), Alimentos (-4,9%, queda na produção de farinha de trigo, carnes de bovinos congeladas e açúcar cristal), Produtos químicos (-4,1%), Borracha e plástico (-2,5%, menor produção de pneus novos de borracha para ônibus e caminhões, sacos, sacolas e bolsas de plástico, filmes de material plástico para embalagem e reservatórios, caixas d água e artefatos semelhantes de plástico), Couro e Calçados (-2,2%) e Celulose e papel (-1,6%, queda na produção de pastas químicas de madeira). Na comparação de março de 2016 com igual mês do ano anterior, a produção física da Indústria de Transformação baiana apresentou queda de 6,1%. Cinco dos onze segmentos industriais da Bahia apresentaram resultados positivos: Equipamentos de Informática 1 A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por pelo menos 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries. 1
(20,5%), Metalurgia (14,2%, maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Bebidas (11,9%), Couro e Calçados (3,4%) e Produtos químicos (0,1%). Apresentaram resultados negativos: Veículos automotores (-30,8%, menor fabricação de automóveis), Minerais não metálicos (-22,3%, queda na fabricação de cimentos Portland, massa de concreto preparada para construção, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica para pavimentação ou revestimento e argamassas ou outros aglomerantes não refratários), Borracha e plástico (-7,8%, redução da produção de pneus, reservatórios, caixas d água e artefatos semelhantes de plástico e filmes de material plástico para embalagem), Celulose e papel (-6,5%, queda na produção de pastas químicas de madeira), Refino de petróleo e biocombustíveis (-4,2%, menor produção de óleos combustíveis, naftas para petroquímica e parafina) e Alimentos (-0,9%). O setor industrial (brasileiro e baiano) enfrenta um ambiente de muita dificuldade, refletindo, sobretudo, uma conjuntura doméstica de crises econômica e politica que se retroalimentam, o que acarretou numa retração econômica grave. Do ponto de vista estadual, o desempenho negativo do ano é reflexo de maus resultados em alguns segmentos, com influência forte de Veículos Automotores, Minerais Não Metálicos, Alimentos e Produtos Químicos. O setor Refino de Petróleo e Biocombustíveis (por conta de uma parada para manutenção no início de 2015) apresenta resultado positivo na análise anualizada. A análise do primeiro trimestre de 2016 mostra que as dificuldades observadas em 2015 se mantêm e há poucos elementos que indiquem a possibilidade de recuperação da indústria nacional no curto prazo. A estimativa de mercado é de queda da produção industrial este ano (-5,95%) e de modesto crescimento só em 2017 (+0,74%), de acordo com informações do Banco Central (relatório Focus). Alguns indicadores ilustram as dificuldades enfrentadas pela economia nacional: (i) inflação elevada (o IPCA acumulou alta de 9,28% em abril deste ano, contra um teto de meta de inflação de 6,5% para o ano); (ii) patamar elevado da taxa de juros, com a Selic mantida em 14,25%; e (iii) crescimento do desemprego segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Estimativa Trimestral, do IBGE), em março de 2016, a taxa de desemprego foi de 10,9%. Por outro lado, a depreciação do Real pode ser um alento para o setor exportador. 2
Tabelas PIM-PF Produção Física por Estados Indústria de Transformação (variação percentual) Estados Mar 16 / Mar 15 Jan-Mar 16 / Jan-Mar 15 Abr 15-Mar 16 / Abr 14-Mar 15 São Paulo -12,5-13,6-12,8 Minas Gerais -6,0-10,2-10,4 Rio de Janeiro -9,5-11,0-11,5 Paraná -6,0-8,7-8,9 Rio Grande do Sul -10,6-6,7-10,9 Santa Catarina -8,3-8,7-8,5 Bahia -6,1 5,3-2,8 Amazonas -10,7-23,3-19,0 Pará -13,6-8,2-5,9 Espírito Santo -2,6-0,7 0,2 Goiás -13,9-10,6-2,3 Pernambuco -24,4-27,0-12,1 Ceará -5,8-8,5-10,4 Mato Grosso 4,0 6,6 2,8 Brasil -10,6-11,1-10,6 Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI 3
Bahia: PIM-PF de Março 2016 (variação percentual) Mar 16 / Mar 15 Jan-Mar 16 / Jan-Mar 15 Abr 15-Mar 16 / Abr 14-Mar 15 Indústria de Transformação -6,1 5,3-2,8 Refino de petróleo e biocombustíveis -4,2 39,5 2,6 Produtos químicos 0,1 0,5-4,1 Veículos automotores -30,8-31,8-12,6 Alimentos -0,9-2,5-4,9 Celulose e papel -6,5-2,7-1,6 Borracha e plástico -7,8-8,2-2,5 Metalurgia 14,2 21,4 0,1 Couro e Calçados 3,4-1,5-2,2 Minerais não metálicos -22,3-17,4-12,1 Equipamentos de Informática 20,5 20,7-43,6 Bebidas 11,9 8,8 2,5 Extrativa Mineral -25,5-18,2-9,9 Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI 4
Gráficos PIM-PF Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14) Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14) 5
Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14) Bahia: PIM-PF de Março 2016 (variação percentual) Bebidas 11,9 8,8 2,5 Equipamentos de Informática 20,5 20,7-43,6 Minerais não metálicos -22,3-17,4-12,1 Couro e Calçados 3,4-1,5-2,2 Metalurgia Borracha e plástico -7,8 14,2-8,2 21,4-2,5 0,1 Celulose e papel -6,5-2,7-1,6 Alimentos -0,9-2,5-4,9 Veículos automotores -30,8-31,8-12,6 Produtos químicos Refino de petróleo e biocombustíveis -4,2 0,1 0,5 39,5-4,1 2,6 Fonte: IBGE; Elaboração FIEB/SDI. Variação mensal (Mar 16 / Mar 15) Variação do acumulada no ano (Jan-Mar 16 / Jan-Mar 15) Variação em 12 meses (Abr 15 - Mar 16 / Abr 14 - Mar 15) 6