TÍTULO: COMPARAÇÃO METODOLÓGICA PARA DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA

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Transcrição:

TÍTULO: COMPARAÇÃO METODOLÓGICA PARA DIMENSIONAMENTO DE RESERVATÓRIOS DE APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO: FACULDADE CAMPO LIMPO PAULISTA AUTOR(ES): CAMILA GOMES SILVA, NICOLY COELHO ORIENTADOR(ES): EDUARDO VIEIRA VILAS BOAS, WILLIAN TIMÓTEO NALOUF

Resumo: Atualmente em vista a escassez dos recursos naturais, em especial a água, a correta utilização bem como o reuso se tornam fatores essenciais para o desenvolvimento social. O presente trabalho visa a análise de dois métodos de dimensionamento de reservatórios para o aproveitamento de água de chuva recomendados pelas normas técnicas. Para desenvolver tal análise, foi realizado um levantamento de demanda em uma residência unifamiliar com cinco integrantes e então analisado, por meio de estimativas, o comportamento dinâmico do reservatório ao longo de um ano com as precipitações médias obtidas a partir de boletins hidrológicos. Os resultados demonstraram que tais métodos são uma importante ferramenta para tomada de decisão do projetista, mostrando uma pequena diferença nos resultados. 1. Introdução Assuntos envolvendo a sustentabilidade ambiental estão cada vez mais em foco da sociedade, um pouco por estarmos sofrendo consequências das ações do passado e por ter as informações cada vez mais acessíveis. Projetos direcionados ao aproveitamento de água de chuva proporcionam grandes ganhos em sustentabilidade ambiental e financeira, com tempos de payback interessantes como foi demonstrado por (Coelho et al., 2015), que mostraram por meio de análises que o retorno pode ser de médio prazo. Entretanto, muitos são os métodos de dimensionamento do reservatório possíveis de se encontrar na literatura, no entanto poucos permitem fazer uma análise mensal para o comportamento do sistema ao longo do ano. 2. Objetivos Este trabalho tem o objetivo de comparar dois métodos de dimensionamento de reservatórios destinados ao aproveitamento de água de chuva, recomendados pela ABNT. Analisando quais os volumes expressos por cada um dos métodos que permitem fazer uma análise mensal a partir de dados obtidos por estações pluviométricas da cidade de Jundiaí.

Para que o objetivo fosse realmente alcançado, foi realizado um levantamento de demanda em uma residência unifamiliar com cinco integrantes e então analisado, por meio de estimativas, o comportamento dinâmico do reservatório ao longo de um ano com as precipitações médias. 3. Métodologia Em uma analise realizada por (Dornelles, 2010) em seis métodos muito utilizados na prática, mostrou o método de Rippl não foi válido para todos os casos e o método da simulação foi o método que apresentou os maiores volumes já os métodos Azevedo Netto, Prático Alemão e Prático Inglês, ambos recomendados pela ABNT, apresentaram valores muito pequenos. Ao consultar a NBR 15527/2007 é possível visualizar que os métodos que possuem como fator a chuva mensal ou para um determinado tempo são os métodos de Rippl, Prático Australiano e o da Simulação. Assim, dois métodos escolhidos foram o Método Prático Australiano e o Método da Simulação, excluindose o método de Rippl por razões expostas anteriormente. Método Prático Australiano Como já foi citado o Método Prático Australiano considera a chuva média mensal para determinar o volume de água ao longo dos meses, além de ser o método que proporciona o maior número de fatores para análise, assim calcula-se o volume do reservatório da seguinte forma: Q= A C (P I) Onde: C = coeficiente de escoamento superficial (0,8); P = precipitação média mensal; I = interceptação da água que molha as supefícies e perdas por evaporação (2mm); A = área de coleta; Q = volume mensal produzido pela chuva (L);

A análise de como o reservatório irá estar ao longo dos meses é realizada por meio da equação: V t = V t 1 +Q t D t V t = volume de água no fim do mês analisado; V t-1 = volume de água no fim do mês anterior; Q t = volume de água produzido no mês analisado; D t = demanda do mês. Por último o método prático australiano faz uma análise de confiabilidade do sistema, analisando quando se tem água no reservatório ou não da seguinte maneira: P r = N r N Onde: P r = falha; N r = número de meses em que o reservatório não atende a demada; N = número total de meses (12). Confiança= (1 P r ) 90 e 99%. A NBR traz a observação de que é aconselhável que a confiança seja entre Método da Simulação O método da simulação não leva em conta as perdas por evaporação, mas é vantajoso, pois está preparado para realizar uma análise mensal para o dimensionamento do reservatório. Para um determinado mês aplica-se a seguinte equação:

S t = Q t +S t 1 D t Sendo: Q t = C i A Onde: St = volume de água no reservatório no mês analisado; St-1 = volume de água no reservatório no mês anterior; Qt = volume de chuva no mês; C = coeficiente de deflúvio; i = intensidade de precipitação; A = Área de captação. Deve-se observar que para este método o reservatório deve ser considerado cheio no instante inicial de funcionamento, ao contrário do método prático australiano que considera o reservatório vazio. 4. Desenvolvimento Os dados obtidos para cálculo do volume do reservatório foram retirados de boletins pluviométricos disponibilizados pela DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Jundiaí, com um período histórico de 16 anos (1997-2013).

Figura 1: Precipitação mensal anual da cidade de Jundiaí de 1997 a 2013 Embora houvessem dados suficientes para incluir o ano de 2014, foi preferível desconsiderá-lo por ter sido um ano de estiagem atípica em diversas regiões do país, principalmente na região sudeste. Para obter o valor de demanda mensal, foi realizado um levantamento a partir de contas de água de uma residência unifamiliar com quatro integrantes, compreendendo informações de um período de 5 anos.

Neste trabalho é adotado um valor de 50% do consumo total, uma vez que o reservatório de reaproveitamento de águas pluviais irá apenas direcionar água para torneiras de lavagem, vasos sanitário e locais onde a água utilizada não precisa de grandes processos de tratamentos. 5. Resultados Aplicando-se os métodos em um telhado com área igual a 100 m², nota-se que a diferença dos métodos no cálculo de volume de água é muito sensível, apresentando diferenças menores que 0,5 m³. Como pode ser demonstrado na tabela 1.a e 1.b, que apresenta as precipitações médias mensais com o volume calculado. Tabela 1: Comparação do volume de água calculado a partir de (a) Método Prático Australiano e (b) Método da Simulação Com os valores dos volumes mensais determinados foi possível verificar quais os volumes de água seriam possíveis armazenar ao longo dos meses e observar que em nenhum dos meses o reservatório ficaria abaixo da demanda, considerando que ambos os métodos permitiram determinar o volume máximo para o reservatório, bem como o volume mínimo do mesmo durante o período de estiagem.

A possibilidade de realizar a análise mês a mês torna-se uma importante ferramenta para o projetista no processo de tomada de decisão, uma vez que o potencial do sistema pode ser medido e a dimensão do reservatório pode ser otimizada de maneira a garantir o bom funcionamento do reservatório. Tais resultados podem ser verificados nas tabelas 2 (Método da simulação) e 3 (Método Prático Australiano). Tabela 2: Previsão de reserva x demanda de acordo com o Método Tabela 3: Previsão de reserva x demanda de acordo com o Método

Após o levantamento e processamento dos dados necessários foi possível elaborar dois gráficos para comparação aos dois métodos. Sendo que o volume captado mensalmente é muito parecido, pode ser que esta pequena diferença, demonstrada na Figura 3, é causada pelo simples fato de o método da simulação desconsiderar as perdas ocasionadas pela evaporação. Figura 3: Volume mensal captado comparado com a demanda Entretanto, ao fazer a análise da quantidade de água armazenada no final do mês o Método da simulação mostrou-se bem mais otimista, principalmente no período de estiagem, como pode ser visto na Figura 4, principalmente no mês de setembro que possui uma diferença de 3 m³.

Figura 4: Demanda mensal x volume de água no reservatório ao final do mês 6. Considerações Finais Embora os métodos tenham apresentado grande diferença ao se analisar dinâmica do reservatório, ambos garantiram que não deixariam de atender as demandas da residência em um ano onde as chuvas se mantivessem na média mensal. Assim, é possível explorar que o uso inteligente do consumo de água pode ser uma grande vantagem por produzir água o suficiente para atender a demanda necessária para uma família, sendo uma reserva para trabalhos de limpeza em épocas de seca, como a que houve em São Paulo no ano de 2014, assim como pode influenciar no consumo de água da casa, oferecendo uma economia nas despesas. Portanto, a utilização de sistemas sustentáveis é de fato um fator que pode melhorar a qualidade vida das pessoas que residem em grandes cidades. Referências Bibliográficas Coelho, N.; Vilas Boas, E. V.; Malouf, W. T. Reaproveitamento de águas de chuva aplicação e retorno de investimento. WEA, 2015 Associação Brasileira de Normas Técnicas. Águas de chuva aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis Requisitos. Rio de Janeiro, 2007. NBR 15527/07

DORNELLES, Fernando; TASSI, Rutinéia; GOLDENFUM, Joel A. Avaliação das técnicas de dimensionamento de reservatórios para aproveitamento de água de chuva. Revista Brasileira de Recursos Hídricos, v. 15, n. 2, p. 59-68, 2010.