DESPESAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA COM SERVIÇOS, AÇÕES E PROGRAMAS DE COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E DA UNIÃO EM (Estudo Técnico nº 107)

Documentos relacionados
TRANSPARÊNCIA MUNICIPAL

ITE M Nº DA ZONA MUNICÍPIOS INTEGRANTES 1 21 ACAJUTIBA CONDE ESPLANADA * 2 29 FLORESTA AZUL IBICARAÍ * SANTA CRUZ DA VITÓRIA 3 30 ARATUÍPE JAGUARIPE

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

MUNICÍPI0S EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA SECA E OU ESTIAGEM /10/2014 DECRETOS HOMOLOGADO PELO ESTADO RECONHECIDO PELO GOVERNO FEDERAL

CONCORRENCIA CONCILIADOR

CONCORRENCIA JUIZ LEIGO

Conselhos Tutelares da Bahia

Data e hora da impressão: 08/03/ :05:13 Total de rgistro impresso: 372 Página: 1

ANEXO 1 RELAÇÃO DE MUNICÍPIOS DA REGIÃO DO SEMIÁRIDO BAIANO POR TERRITÓRIO DE IDENTIDADE

Área colhida (ha) Mandioca/Bahia/ ,24

Código da UF (INEP) Região

Município. 17 Adustina Água Fria Aiquara Almadina Amargosa Amélia Dourada

LISTA COMPLETA DAS CIDADES ABRANGIDAS PELAS SUBSEÇÕES

SECRETARIA DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, IRRIGAÇÃO, REFORMA AGRÁRIA, PESCA E AQUICULTURA SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍTICA DO AGRONEGÓCIO

Costa do Descobrimento Itapebi 09/07/13

VEJA QUANTOS ESTUPROS OCORRERAM NA SUA CIDADE EM 2015

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA RESOLUÇÃO Nº 05, DE 10 DE OUTUBRO DE Área Territorial : UF Bahia BA - 29

ESTIMATIVA DO ADICIONAL DE 1% DO FPM BAHIA

Eleições 2014 UF (BAHIA) - Cargo (DEPUTADO FEDERAL) Candidato (JUTAHY MAGALHÃES JÚNIOR) apurados: VOTAÇÃO: (1,63%)

Sistema Nacional de Cadastro Rural Indice Básico de 2001

FPM EC55 distribuição provável em dezembro de FPM EC84 Distribuído em 07/07/2016

Sheet1. Resultado da consulta avançada Municípios do Estado da Bahia

Sheet1. Resultado da consulta avançada Municípios do Estado da Bahia

1. ABARE 2. AGUA FRIA 3. AIQUARA 4. ALCOBACA 5. ALMADINA 6. AMARGOSA 7. AMELIA RODRIGUES 8. ANAGE 9. ANDARAI 10. ANGICAL 11. ANTAS 12.

EDITAL DE VACÂNCIA N.º 003/2012 CCI

Sumário Ligas Filiadas (202 ligas)... 2 Ligas de Reforma do Estatuto (145 ligas)... 3 Ligas do Colégio Eleitoral (121 ligas)...

SERVIÇO PÚBLICO ESTADUAL

Nacional Estadual IFDM Consolidado UF Município. 1194º 1º BA Guanambi. 1206º 2º BA Lauro de Freitas. 1223º 3º BA Mata de São João

ESTADO DE ALERTA MÁXIMO

IDEB 2011 * CLASSIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA BAHIA * ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Evolução Histórica do Índice de Gini Brasil, Bahia e Municípios baianos ( )

NÚMERO MÁXIMO DE VEREADORES POR MUNICÍPIO, NA ELEIÇÃO DE 2012, SEGUNDO OS DADOS DO CENSO 2010 BAHIA

Mairi 1ª Centro-Norte Baiano Itaberaba

IDEB 2011 municípios BA anos iniciais EF * Página 1 de 8

MANUAL DE ORÇAMENTO PÚBLICO _ MOP

Projeto TRILHAS, do Instituto Natura, chega a mais de dez mil escolas da rede pública da Bahia

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

DECRETO Nº DE 17 DE OUTUBRO DE 2017

DECRETO Nº DE 17 DE OUTUBRO DE 2017

RANKING DA TRANSPARÊNCIA

REPUBLICADA EM 09/03/2019, POR TER SAÍDO COM INCORREÇÃO

EDITAL Nº CCI 02/2011-GSEC

Planilha1 LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA

RESOLUÇÃO CIB Nº 235 /2017

SERVIÇO PÚBLICO ESTADUAL RESOLUÇÃO CIB Nº 035/2018

RELAÇÃO ENDEREÇOS DIRETORIAS REGIONAIS DE EDUCAÇÃO

CADASTRO PARA PREENCHIMENTO DAS VAGAS DO BANCO DE JOVENS DO PROGRAMA DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO DE NÍVEL SUPERIOR DO ESTADO DA BAHIA

RANKING DA TRANSPARÊNCIA

ESTIMATIVAS DO FPM PARA 2011 BAHIA. François E. J. de Bremaeker

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA PRESIDÊNCIA RESOLUÇÃO N, DE DE DE 2017.

Diário Oficial do Estado da Bahia de 17 de Dezembro de 2004

Comarca Serventia Baixados Sentenças/Decisões

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

Total de homens Total de mulheres

TRANSPARÊNCIA MUNICIPAL

DESPESAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA COM SERVIÇOS, AÇÕES E PROGRAMAS DE COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E DA UNIÃO EM (Estudo Técnico nº 241)

EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: POR UM MUNDO MELHOR. Mozart Neves Ramos. FÓRUM EXPOENTE DE GESTORES EDUCACIONAIS Recife, 23 de maio de 2009

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

DESPESAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA COM SERVIÇOS, AÇÕES E PROGRAMAS DE COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E DA UNIÃO EM (Estudo Técnico nº 134)

AS RECEITAS DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO SUDOESTE DA BAHIA EM 2008

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

,84 ABARE , ,38 0, , , ,88 ACAJUTIBA , ,88 0, , ,16

TABELA DE ATAQUES EM AGÊNCIAS BANCÁRIAS 2015

ESTIMATIVAS DAS COTAS DO FPM BAHIA

ESTIMATIVAS DO FPM PARA 2010 ACRE. François E. J. de Bremaeker

ESTATÍSTICAS DOS TERRITÓRIOS BAIANOS

TERMO DE REFERÊNCIA Nº 28/2013, de 31 de outubro de 2013.

AS RECEITAS DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO NORTE-NORDESTE DA BAHIA EM 2008

EDITAL N 02/2017. Nome da Área de Trabalho, (Município de realização da prova do Recenseador)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA EDITAL Nº 2/2004

FUNDAÇÃO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES CNPJ /

DIVISÃO REGIONAL DA APLB - SINDICATO

BAHIA. Tipo de Serviço. Dias de Funcionamento

IBAM 50 ANOS DESPESAS MUNICIPAIS COM AS FUNÇÕES DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO E DOS ESTADOS EM (Série Estudos Especiais nº 49)

16/12/ :53 Página 1 de 326

Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado da Bahia

EDITAL Nº 07 TJBA NOTÁRIOS E OFICIAIS DE REGISTRO, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2013

Processo Eleitoral do SINTSEF/ BA Triênio 2019/ e 08 de maio de 2019 Relação dos Locais de Votação

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA - PROC. SELETIVO SIMPLIFICADO - 001/ EDUCAÇÃO BÁSICA E TÉCNICOS CONCORRÊNCIA

FATOR APLICÁVEL (PREFEITO) FATOR APLICÁVEL (VEREADOR)

FATOR APLICÁVEL (PREFEITO) FATOR APLICÁVEL (VEREADOR)

ESTATÍSTICAS DOS TERRITÓRIOS BAIANOS

PANORAMA DOS TERRITÓRIOS BAHIA

Coberturas Vacinais da Campanha Nacional de Vacinação contra DIVEP/SUVISA/SESAB

Defensoria Pública do Estado

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À POBREZA - SEDES SUPERINTENDÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SAS

ESTATÍSTICA DE OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO O SETOR FINANCEIRO 2014

CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS EM EMPREGOS DE NÍVEL SUPERIOR E DE NÍVEL MÉDIO EDITAL N.º 1 FESF, 04 DE FEVEREIRO DE 2010

NÚMERO MÁXIMO DE VEREADORES NAS ELEIÇÕES DE 2008 E Bahia -

AS RECEITAS DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE FEIRA DE SANTANA EM 2008

Transcrição:

DESPESAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA COM SERVIÇOS, AÇÕES E PROGRAMAS DE COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E DA UNIÃO EM (Estudo Técnico nº 107) François E. J. de Bremaeker Salvador, agosto de 2010

A ASSOCIAÇÃO TRANSPARÊNCIA MUNICIPAL é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, tem sede na Rua Fernando Menezes, de Góes, nº 397, sala 203 Edifício empresarial Lucílio Cobas, Pituba, Salvador, Bahia, CEP nº 41810.700. Serviços da Associação Transparência Municipal Serviços de Ensino Execução de cursos de extensão nas mais diversas áreas de interesse da administração pública municipal, especialmente transparência administrativa municipal, contratação direta, licitação, contrato e execução orçamentária; Promoção de palestras, debates, encontros, cursos, seminários, congressos, conferências, fóruns e outros tipos de eventos visando o aprimoramento do servidor público e levando conhecimento ao cidadão. Serviços de Transparência Implantação de projetos de democracia representativa, participação popular e controle social; Criação, implantação e gestão de projeto de transparência administrativa municipal; Criação, reestruturação e gestão de Diários Oficiais de Prefeituras e Câmaras de Vereadores; Revisão de Lei Orgânica municipal e normatização da política pública de transparência administrativa municipal; Orientação a Imprensas Oficiais dos Estados sobre como criar, implantar e operar serviços integrados de publicação de atos oficiais, digitalização e armazenamento de documentos públicos municipais.

Serviços de Desenvolvimento Institucional Na área de programas estruturantes Implantação de programas estruturantes de gestão documental através da digitalização e do armazenamento on-line de documentos de prestação de contas especificados pelos Tribunais de Contas e documentos de convênios firmados com secretarias e ministérios e de outros órgãos públicos; Implantação de programas de avaliação periódica externa e interna da qualidade dos serviços públicos; Implantação de programa de ouvidoria municipal compartilhada. Na área de tecnologia da informação Suporte de infra-estrutura de tecnologia da informação aplicada à transparência administrativa municipal; Gestão de banco de dados digital de informação de atos oficiais que se sujeitam ao princípio constitucional da publicidade; Gestão de banco de dados digital da documentação de prestação de contas, inclusive de convênios; Locação de sistemas de Diário Oficial, arquivo público digital e ouvidoria municipal; Gestão de banco de dados da legislação municipal; Locação, hospedagem e gerenciamento de sites de Diários Oficiais eletrônicos de Prefeituras e Câmaras de Vereadores com fornecimento de sistema operacional, banco de dados, servidor de aplicação na modalidade ASP (Application Service Provider), serviço de firewall e de backup geral e incremental robotizado; Disponibilização de assinatura digital através de e-cpf e e-cnpj no âmbito da Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira ICP-Brasil.

Na área de publicação de atos oficiais Publicação de atos oficiais de Prefeituras e Câmaras de Vereadores no Diário Oficial da União, nos Diários Oficiais dos Estados e em jornais diários de grande circulação. Na área de gestão do princípio constitucional da publicidade Gestão do princípio constitucional da publicidade através do Programa da Qualidade Total de Publicação de Atos Oficiais. Na área de gestão de Diários Oficiais Gestão de Diários Oficiais de Prefeituras e Câmaras de Vereadores. Na área de serviço auxiliar de publicação de atos oficiais Edição e diagramação de Diários Oficiais de Prefeituras e Câmaras de Vereadores para neles publicar todos os atos oficiais que a legislação não exige que sejam publicados no Diário Oficial da União, no Diário Oficial do Estado ou em jornal diário de grande circulação no estado. Na área do Programa da Qualidade Total de Publicação de Atos Oficiais Gestão da publicação dos atos oficiais através do PQT, que permite receber, analisar e confrontar o material recebido com o padrão da norma legal, de maneira a identificar os requisitos de legalidade que envolvem a publicação dos atos oficiais; Emissão de relatórios de conformidade ou de não-conformidade, de acordo com o caso, dos prazos de publicação e da quantidade dos anexos dos instrumentos de transparência da gestão fiscal e das contas públicas; Auditoria de publicação dos avisos de licitações, contas públicas, instrumentos de transparência da gestão fiscal, leis, decretos e portarias.

Na área de monitoramento de informação de risco administrativo, fiscal e judicial Monitoramento estratégico de informação de risco administrativo, fiscal e judicial, através de leitura, busca, clipagem e armazenamento on-line de recortes de avisos administrativos e jurídicos publicados no DOU nas seções do TCU, da CGU e do MPF e no Diário da Justiça da União, que publica os atos judiciais dos Tribunais Superiores (STF, STJ, TSE, TST) e Tribunais da Justiça Federal. Pesquisas e Estudos Promoção de pesquisas e estudos sobre os mais diversos assuntos e interesses da administração pública, com a finalidade de fornecer ao gestor público argumentos e base para tomada de decisão; Elaboração de estudos técnicos que divulguem informações inerentes ao meio público para a sociedade em geral; Promoção, através de divulgação de estudos e pesquisas, da transparência pública.

DESPESAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA COM SERVIÇOS, AÇÕES E PROGRAMAS DE COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E DA UNIÃO EM François E. J. de Bremaeker Economista e Geógrafo Consultor da Associação Transparência Municipal Gestor do Observatório de Informações Municipais (francois.bremaeker@tmunicipal.org.br) (/oim) Para se saber se algo é certo ou errado, basta exagerar D. Irineu Pena O.S.B. A Lei de Responsabilidade Fiscal foi concebida com o objetivo de controlar o déficit fiscal da União, dos Estados e dos Municípios, procurando fazer com que o Poder Público realize despesas dentro do limite de suas receitas. O resultado orçamentário dos Municípios, mesmo antes da vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, já vinha apresentando resultados auspiciosos. Em 1995, o primeiro ano pleno após a implantação do Plano Real, 82,2% dos Municípios encontrava-se em déficit orçamentário, ou seja, estavam gastando mais do que arrecadavam através dos seus tributos e do que recebiam através das transferências constitucionais e/ou legais, além daqueles recursos que lhes eram transferidos voluntariamente. Certamente esta situação se devia ao fato de, naquela época, ainda se encontrarem influenciados pelo descontrole financeiro provocado pela elevada inflação que existia nos anos anteriores.

Nos anos seguintes, a situação financeira dos Municípios foi melhorando, até que foi aprovada a Lei Complementar nº 101, em maio de 2000. A partir daí foram relativamente poucos os Municípios que apresentaram déficit orçamentário num ou noutro exercício. A aprovação da Lei nº 10.028, que prevê penalizações para os agentes públicos que não cumprirem os dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, também preocupou a todos. Verificava-se, entretanto, que o rigor da lei esbarrava em práticas do passado que continuavam a vigorar, tais como o custeio por parte dos Municípios de uma série de ações e programas das outras esferas de Governo, notadamente dos Estados e da União, cujos custos deveriam reverter para estes entes. Uma pesquisa constatou que as despesas realizadas pelos Municípios com as atividades de competência da União e dos Estados chegavam a pelo menos 4,5% das suas receitas para o conjunto dos Municípios do Brasil. A atualização destes estudos, feitos pela Transparência Municipal tomando por base os dados sobre as receitas municipais disponibilizados pela Secretaria do Tesouro Nacional, mostra algumas situações interessantes. A média municipal dos gastos com serviços dos Estados e da União é diretamente influenciada pelo montante da receita dos Municípios. Desta forma, as médias são maiores nas regiões mais ricas. A participação relativa dos gastos com serviços dos Estados e da União sobre a receita total são maiores nas regiões mais abandonadas, ou seja, onde há necessidade de uma atuação mais intensa por parte dos Municípios para garantir o fornecimento dos serviços à população. Nestes casos as despesas recaem mais intensamente nos Municípios de menor porte demográfico.

TABELA 1 DISTRIBUIÇÃO DAS RECEITAS MUNICIPAIS SEGUNDO AS GRANDES REGIÕES NO ANO DE (*) BRASIL RECEITA RECEITAS RECEITAS OUTRAS E ORÇAMENTÁRIA TRIBUTÁRIAS DE RECEITAS GRANDES TOTAL TRANSFERÊNCIAS REGIÕES (R$) (R$) (R$) (R$) BRASIL 264.670.146.727 43.258.379.071 180.542.620.490 40.869.147.166 Norte 16.637.778.744 1.588.457.161 13.781.210.371 1.268.111.212 Nordeste 56.183.273.319 4.584.967.287 46.625.482.169 4.972.823.863 Sudeste 134.347.558.538 29.332.482.094 81.233.264.315 23.781.812.129 Sul 40.881.978.914 5.807.112.129 26.585.591.965 8.489.274.820 Centro-oeste 16.619.557.212 1.945.360.400 12.317.071.670 2.357.125.142 FONTE: Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. TABULAÇÕES ESPECIAIS: François E. J. de Bremaeker (*) Dados expandidos a partir de uma amostra de 5.048 Municípios para um total de 5.563 Municípios. Não são considerados os dados referentes ao Distrito Federal e Fernando de Noronha. No ano de a receita orçamentária dos Municípios brasileiros, em média, é constituída por 68,21% de transferências, por 16,34% de receitas tributárias e por 15,45% de outras receitas. Em a região Sudeste é aquela que apresenta os resultados globais mais expressivos. A região detém 29,98% do número de Municípios do País e 42,87% da sua população total (não considerados o Distrito Federal e Fernando de Noronha); entretanto, concentra 50,75% do montante da receita orçamentária do conjunto dos Municípios. A distribuição das receitas segundo as categorias mostra que, frente ao conjunto dos Municípios brasileiros, a região Sudeste concentra 67,81% do montante da receita tributária municipal; e 44,99% das receitas de transferências. A distribuição intrarregional mostra que as receitas tributárias representam 21,83% do total das receitas da região (5,52 pontos percentuais acima da média brasileira) e que as receitas de transferências representam 60,47% do total das receitas (7,74 pontos percentuais abaixo da média nacional).

A região Nordeste é a segunda em importância frente aos resultados globais. A região detém 32,23% do número de Municípios do País e 28,38% da sua população total; entretanto, concentra 21,23% do montante da receita orçamentária do conjunto dos Municípios. A distribuição das receitas segundo as categorias mostra que, frente ao conjunto dos Municípios brasileiros, a região Nordeste concentra 10,60% do montante da receita tributária municipal; e 25,83% das receitas de transferências. A distribuição intrarregional mostra que as receitas tributárias representam 8,16% do total das receitas da região (8,19 pontos percentuais abaixo da média brasileira) e que as receitas de transferências representam 82,99% do total das receitas (14,78 pontos percentuais acima da média nacional). A região Sul é a terceira em importância frente aos resultados globais. A região detém 21,36% do número de Municípios do País e 14,70% da sua população total; entretanto, concentra 15,45% do montante da receita orçamentária do conjunto dos Municípios. A distribuição das receitas segundo as categorias mostra que, frente ao conjunto dos Municípios brasileiros, a região Sul concentra 13,42% do montante da receita tributária municipal; e 14,73% das receitas de transferências. A distribuição intrarregional mostra que as receitas tributárias representam 14,20% do total das receitas da região (2,11 pontos percentuais abaixo da média brasileira) e que as receitas de transferências representam 65,03% do total das receitas (3,18 pontos percentuais abaixo da média nacional). A região Norte é a quarta em importância frente aos resultados globais. A região detém 8,07% do número de Municípios do País e 8,10% da sua população total; entretanto, concentra 6,29% do montante da receita orçamentária do conjunto dos Municípios. A distribuição das receitas segundo as categorias mostra que, frente ao conjunto dos Municípios brasileiros, a região Norte concentra 3,67% do montante da receita tributária municipal; e 7,63% das receitas de transferências. A distribuição intrarregional mostra que as receitas tributárias representam 9,55% do total das receitas da região (6,76 pontos percentuais abaixo da média brasileira) e que as receitas de transferências representam 82,83% do total das receitas (14,62 pontos percentuais acima da média nacional).

A região Centro-oeste detém 8,36% do número de Municípios do País e 5,95% da sua população total; entretanto, concentra 6,28% do montante da receita orçamentária do conjunto dos Municípios. A distribuição das receitas segundo as categorias mostra que, frente ao conjunto dos Municípios brasileiros, a região Centro-oeste concentra 4,50% do montante da receita tributária municipal; e 6,82% das receitas de transferências. A distribuição intrarregional mostra que as receitas tributárias representam 11,71% do total das receitas da região (4,60 pontos percentuais abaixo da média brasileira) e que as receitas de transferências representam 74,11% do total das receitas (5,90 pontos percentuais acima da média nacional). A tabela 2 mostra para as regiões como se distribuem os gastos efetuados pelos Municípios com ações, programas e serviços de responsabilidade dos Estados e da União, calculados a partir dos grupos de habitantes. TABELA 2 GASTOS EFETUADOS PELOS GOVERNOS MUNICIPAIS COM SERVIÇOS DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO E DOS ESTADOS, SEGUNDO AS GRANDES REGIÕES (*). BRASIL. Brasil Número Gastos com serviços da União e dos Estados e Grandes Regiões de Municípios % sobre a receita total Média municipal (em R$) total dos Municípios (em R$) BRASIL 5.563 4,46 2.123.226 11.811.508.478 Norte 449 4,82 1.785.905 801.871.362 Nordeste 1.793 5,07 1.588.676 2.848.496.313 Sudeste 1.668 3,83 3.081.000 5.139.108.274 Sul 1.188 5,19 1.785.364 2.121.012.021 Centro-oeste 465 5,42 1.937.679 901.020.508 FONTE: Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional.. TABULAÇÕES ESPECIAIS: François E. J. de Bremaeker. Obs.: Dados expandidos a partir de uma amostra de 5.048 Municípios para um universo de 5.563 Municípios. Não foram levados em consideração os dados de Brasília (DF) e de Fernando de Noronha (PE).

A combinação destes dois indicadores mostra que a região Sudeste é aquela que apresenta situações aparentemente opostas: é a única a apresentar uma participação relativa abaixo da média nacional, muito embora também seja a única que apresenta um gasto médio municipal acima da média nacional. Isto se deve ao fato de ser a região que apresenta as mais elevadas receitas orçamentárias médias do País (R$ 80.544.100,00) frente a uma receita média nacional de R$ 47.576.873,00) em, o que leva a que sua participação relativa seja mais baixa. Por outro lado, a região Centro-oeste é a que apresenta os resultados mais preocupantes, pois registra uma receita orçamentária média (R$ 35.740.983,00) e apresenta a mais elevada participação relativa de gastos com serviços de responsabilidade exclusiva da União e dos Estados. Conforme pode ser observado na tabela 3, esses gastos são relativamente mais elevados nos Municípios de menor porte demográfico, que, por se localizarem na periferia ou distantes dos grandes centros urbanos, se vêem na contingência de financiar com maior intensidade ou num maior número de casos esses serviços, para que eles estejam disponíveis à sua população. Os 4.979 Municípios com população até 50 mil habitantes, que representam 89,50% do total de unidades do País, apresentam um resultado médio de gastos com os serviços de competência das outras esferas de Governo abaixo da média nacional em termos absolutos, entretanto, em termos relativos, os gastos acima da media nacional abrangem aos Municípios com população até 100 mil habitantes: 95,24% do total de Municípios. Dada a maior quantidade de Municípios com menor porte demográfico, verifica-se que o grupo que apresenta o mais expressivo quantitativo de recursos são aqueles representados pelos Municípios com população inferior a 10 mil habitantes. Ao se observar os diferenciais entre os resultados médios dos grupos extremos de Municípios, verifica-se que aqueles com mais de 5 milhões de habitantes gastam em média um volume de recursos 419 vezes maior que os Municípios com população inferior a 2 mil habitantes, entretanto, sua população média é 5.174 vezes maior.

TABELA 3 GASTOS EFETUADOS PELOS GOVERNOS MUNICIPAIS COM SERVIÇOS DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO E DOS ESTADOS, SEGUNDO OS GRUPOS DE HABITANTES (*). BRASIL -. Grupos de Número Gastos com serviços da União e dos Estados Habitantes (por mil) de Municípios % sobre a receita total Média municipal (em R$) total dos Municípios (em R$) BRASIL 5.563 4,46 2.123.226 11.811.508.039 Até 2 102 10,85 674.019 68.749.938 2 I 5 1.164 10,85 839.199 976.827.636 5 I 10 1.291 10,85 1.146.903 1.480.651.773 10 I 20 1.385 7,13 1.307.963 1.811.528.755 20 I 50 1.037 5,62 2.063.382 2.139.727.134 50 I 100 319 4,55 3.988.135 1.272.215.065 100 I 200 137 4,02 8.044.081 1.102.039.097 200 I 500 92 3,35 13.557.395 1.247.280.340 500 I 1000 23 3,12 29.901.139 687.726.197 1000 I 5000 11 1,62 41.861.328 460.474.608 5000 e mais 2 1,62 282.143.748 564.287.496 FONTE: Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional.. TABULAÇÕES ESPECIAIS: François E. J. de Bremaeker. Obs.: Dados expandidos a partir de uma amostra de 5.048 Municípios para um universo de 5.563 Municípios. Não foram levados em consideração os dados de Brasília (DF) e Fernando de Noronha (PE). Em seguida serão apresentados os mesmos dados para os Municípios do Estado da Bahia.

OS MUNICÍPIOS DA BAHIA Os gastos efetuados pelos Municípios da Bahia com serviços, programas e ações de competência ou responsabilidade do Estado e do Governo federal representa 4,91% do montante da receita orçamentária do conjunto dos Municípios. Esta participação é mais elevada que a da média nacional. Apresentam gastos acima da média da participação relativa estadual nada menos que 90,41% dos seus Municípios, ou seja, aqueles com população até 50 mil habitantes. TABELA 4 GASTOS EFETUADOS PELOS GOVERNOS MUNICIPAIS COM SERVIÇOS DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO E DOS ESTADOS, SEGUNDO OS GRUPOS DE HABITANTES (*). ESTADO DA BAHIA -. Grupos de Número Gastos com serviços da União e dos Estados Habitantes (por mil) de Municípios % sobre a receita total Média municipal (em R$) total dos Municípios (em R$) BRASIL 417 4,91 1.723.763 718.809.354 Até 2-10,85 - - 2 I 5 7 10,85 740.235 5.181.645 5 I 10 63 10,85 1.056.245 66.543.435 10 I 20 171 7,13 1.163.996 199.043.316 20 I 50 136 5,62 1.636.678 222.588.208 50 I 100 25 4,55 2.798.354 69.958.850 100 I 200 8 4,02 5.943.082 47.544.656 200 I 500 5 3,35 10.580.889 52.904.445 500 I 1000 1 3,12 13.362.080 13.362.080 1000 I 5000 1 1,62 41.682.719 41.682.719 5000 e mais - 1,62 - - FONTE: Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional.. TABULAÇÕES ESPECIAIS: François E. J. de Bremaeker. Obs.: Dados expandidos a partir de uma amostra de 331 Municípios para um universo de 417 Municípios.

A SITUAÇÃO FINANCEIRA DOS MUNICÍPIOS DA BAHIA A receita orçamentária dos 417 Municípios do Estado da Bahia é calculada em R$ 14,714 bilhões no ano de. As receitas de transferências R$ 12,197 bilhões (82,89% da receita total) enquanto que as receitas tributárias dos seus Municípios é de R$ 1,524 bilhão (10,36% da receita total). Os restantes R$ 993 milhões são constituídos por outras receitas. O Estado da Bahia possui 7,49% do total de Municípios do País e 7,75% da sua população, não computada a população do Distrito Federal. A participação dos Municípios do Estado no montante da receita orçamentária dos Municípios brasileiros é de 5,56%. A participação na receita de transferências aos Municípios é de 6,76%, enquanto que a participação na receita tributária do conjunto de Municípios é de 3,52%. Verifica-se, pois, que o conjunto dos Municípios do Estado é relativamente mais dependente das transferências constitucionais em relação à média dos Municípios brasileiros. Na composição das transferências, as duas mais importantes são o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), de origem federal, e a participação no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de origem estadual. É muito comum encontrarmos críticas a respeito da criação de novos Municípios, utilizando como argumento o custo dos agentes políticos (Prefeitos, Vice-Prefeitos, Secretários, Vereadores) e efetuando a comparação destes custos com a receita tributária dos Municípios. Em primeiro lugar a participação da receita tributária dos Municípios de pequeno e até mesmo de médio porte demográfico na composição da receita municipal é baixa pelo fato de que aos Municípios são dados tributos de base tributária urbana (ISS e IPTU), enquanto que estes Municípios, que constituem a grande maioria do universo, tem sua base econômica ligada às atividades do meio rural. Em segundo lugar ninguém fala da relação existente entre o custeio das atividades dos outros entes governamentais pelo Município e a sua receita tributária.

Ao se comparar os gastos municipais com atividades das outras esferas de Governo tomando por base as receitas tributárias municipais, verifica-se que, no conjunto dos Municípios brasileiros todos aqueles com população inferior a 20 mil habitantes despendem com essas atividades mais do que conseguem arrecadar com seus tributos. Os 102 Municípios brasileiros com população até 2 mil habitantes têm um gasto com as despesas de responsabilidade dos Estados e da União 5,14 vezes maior que o da sua arrecadação tributária; para os 1.164 Municípios com população entre 2 mil e 5 mil habitantes esta relação é de 3,75 vezes; para os 1.291 Municípios com população entre 5 mil e 10 mil habitantes esta relação é de 2,53 vezes; e para os 1.385 Municípios com população entre 10 mil e 20 mil habitantes esta relação é de 1,48 vezes. Isso representa dizer que 70,86% dos Municípios brasileiros comprometem mais do que toda a sua arrecadação tributária para custear serviços que a União e os Estados deveriam executar no seu território por sua própria conta. No caso do Estado da Bahia esta situação acontece com 90,41% dos seus Municípios, ou seja, com todos aqueles que possuem menos de 50 mil habitantes. Os Municípios com população entre 2 mil e 5 mil habitantes, apresentam despesas com serviços dos demais entes governamentais 8,49 vezes maior que sua receita tributária. Em média suas despesas são de R$ 740.235 e as receita tributárias equivalem a R$ 87.145. Nos Municípios com população entre 5 mil e 10 mil habitantes a relação é de 3,41 vezes. Em média suas despesas são de R$ 1.056.245 e as receita tributárias equivalem a R$ 309.574. Nos Municípios com população entre 10 mil e 20 mil habitantes a relação é de 2,45 vezes. Em média suas despesas são de R$ 1.163.996 e as receita tributárias equivalem a R$ 474.272. Nos Municípios com população entre 20 mil e 50 mil habitantes a relação é de 1,10 vezes. Em média suas despesas são de R$ 1.636.678 e as receita tributárias equivalem a R$ 1.491.422.

O ENFRENTAMENTO DA SITUAÇÃO Já se acumularam, nos gabinetes de Prefeitos, Governadores e do Presidente da República, problemas causados pela queda da receita em 2009. No caso dos Municípios, os números impressionam, com a queda da arrecadação do IPI e do IR, que vão constituir o FPM. Os Municípios de menor porte demográfico dependem mais do FPM do que os demais Municípios. Nos grandes Municípios o ICMS (repasse estadual) tem um peso maior nas finanças municipais. O Presidente da República pouco mais poderá fazer pelos Prefeitos do que, como prometeu em Salvador, "olhar com carinho" para o problema financeiro que eles estão enfrentando por causa da redução dos valores que recebem da União por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O governo federal aprovou a Medida Provisória nº 462/2009, que repassaria aos Municípios, ao longo do ano de 2009, um montante equivalente a R$ 1 bilhão, como forma de compensar as perdas de recursos do FPM com a desoneração dos tributos federais que compõem o FPM, de tal forma a garantir em 2009 o mesmo valor creditado em, ou seja, sem levar em conta o fator inflacionário. A Medida Provisória foi convertida na Lei nº 12.052/2009 e repassou aos o equivalente a R$ 2,384 bilhões. O ministro das Relações Institucionais, reconhecendo a procedência das reivindicações dos Prefeitos admitiu que, para aliviar a situação dos Municípios, o governo poderia liberar as emendas ao Orçamento da União feitas pelos congressistas e que foram congeladas. Mas essas verbas são carimbadas, isto é, têm destinação própria e compulsória, e não resolverão o problema de caixa dos Prefeitos. Segundo o Ministro, como a crise atinge a arrecadação tributária dos três níveis de governo, a hora é de contenção de gastos. A mesma opinião é externada pela Secretaria da Receita Federal. O repasse do FPM até julho e as estimativas feitas pela Secretaria do Tesouro Nacional até outubro de 2010 mostram que se registraria um crescimento de 6,71% em relação ao valor repassado em 2009, mas que ainda é 0,75% menor do que o repassado em.

Medidas de curto prazo É difícil cortar gastos quando o principal item de despesa dos Municípios, que se refere aos salários e encargos foi reajustado em 12% a partir de 1º de fevereiro de 2009 e em 9,5% em 1º de janeiro de 2010, como se não existisse a crise financeira. Na hora de começar a cortar despesas, as primeiras ações são voltadas para os investimentos, para o corte das horas-extras, para a redução do número de cargos comissionados, para o adiamento do pagamento dos fornecedores e dos prestadores de serviços. Outra saída é não conceder o reajustamento para os servidores que ganham acima de um salário mínimo nas mesmas bases. Efetuar cortes na compra de material de consumo e restringir o uso de veículos produz alguma economia, mas pode representar uma queda de qualidade nos serviços prestados, principalmente na área da saúde e da educação. Deixar de cuidar da cidade representa diminuir a qualidade de vida dos cidadãos. Mas será que são apenas estas as despesas passíveis de contenção? E as despesas efetuadas pelos Municípios com serviços, ações e programas de responsabilidade dos Estados e da União? O sacrifício tem de ser feito apenas com os serviços municipais ou poderia ser feito no custeio dos serviços de responsabilidade (competência) dos Estados e da União. Estudo elaborado pela Transparência Municipal mostra que em o custeio destes serviços representava um gasto da ordem de R$ 11,8 bilhões. E o pior é que estes serviços são relativamente mais caros para os Municípios de menor porte demográfico. Para Municípios com população até 10 mil habitantes são comprometidos 10,85% do seu orçamento. Para Municípios com população acima de 1 milhão de habitantes são comprometidos 1,62% do seu orçamento. E quais são estes serviços?

Na área da saúde pública: fornecer material e efetuar a manutenção de prédios estaduais ceder pessoal e manter os serviços estaduais de apoio; manter o serviço estadual de hemocentro; suplementar os recursos não previstos nos convênios; fornecer suporte às campanhas de vacinação. Na área da educação: ceder professores para as escolas estaduais; fornecer merenda escolar e transporte escolar para os alunos das escolas estaduais; efetuar a manutenção das escolas estaduais; ceder pessoal e manter os serviços estaduais de apoio. Na área da assistência social: manutenção de serviços de assistência social estadual. Na área da administração fazendária: manter um núcleo de atendimento aos contribuintes; ceder pessoal e manter os serviços estaduais e do Governo federal de agências, postos, delegacias e exatorias. Na área da agricultura: manter a unidade municipal de cadastramento; manter o serviço de extensão rural; manter os serviços de polícia florestal e do horto estadual. Na área das comunicações: manter o serviço de correios e telégrafos; manter o posto telefônico.

Na área do judiciário: manter o Fórum; manter os serviços da justiça eleitoral e dos cartórios; manter os serviços de defesa do consumidor; manter os serviços de juizados especiais (juizado de menores, juizado de pequenas causas, vara da infância e da juventude); manter os serviços de defensoria pública; manter os serviços de promotoria de justiça; dar suporte à manutenção do pessoal do judiciário. Na área da segurança pública: manter a junta de alistamento militar e o tiro de guerra; auxiliar na manutenção da polícia militar; auxiliar na manutenção da polícia civil; auxiliar na manutenção do corpo de bombeiros; auxiliar na manutenção de delegacias especiais (entorpecentes, idoso, meio ambiente, mulher); auxiliar na manutenção do instituto médico legal; auxiliar na manutenção da polícia rodoviária. manter guardas municipais em serviços de segurança pública Na área do trabalho e da previdência: auxiliar na manutenção de órgãos do setor (delegacia, secretaria, posto): auxiliar na manutenção do Serviço Nacional de Emprego; auxiliar na manutenção do Tribunal Regional do Trabalho; expedir cartas de trabalho. Na área de transporte e trânsito: auxiliar na manutenção dos departamentos e circunscrições de trânsito; manutenção de estradas federais e estaduais; manutenção de aeroportos.

Mais detalhes a respeito do trabalho elaborado pela Transparência Municipal sobre as despesas municipais com os serviços dos Estados e da União, pode ser encontrado no Observatório de Informações Municipais, clicando em estudos. Medidas de médio e longo prazos Em eventos e em entrevista que se encontra na seção de "artigos" do Observatório de Informações Municipais, sob o título "Crise dá tom ao início dos mandatos nas Prefeituras", já se fazia uma advertência quanto ao muito provável cenário desfavorável e que a recomendação era de "precaução, precaução e mais precaução" com as despesas em início de mandato, principalmente aquelas que diziam respeito aos compromissos de campanha. As possíveis medidas de atenuamento da crise financeira que se abate sobre os Municípios seriam: 1) Emenda à Constituição para liberação do adicional de 1% do FPM antes do dia 10 de dezembro ou mesmo, em caráter emergencial, permitindo a liberação mensal até a normalização do repasse do FPM; 2) Lei (ou Medida Provisória inicial) compensando os Municípios pelas perdas com as renúncias fiscais promovidas pelo governo federal com o Imposto de Renda e com o Imposto sobre Produtos Industrializados; 3) Lei (ou Medida provisória inicial) aumentando os valores por habitante/ano do Piso de Atenção Básica (PAB); 4) Lei (ou medida Provisória inicial) aumentando os valores por aluno referentes à merenda escolar; 5) Lei (ou Medida Provisória inicial) revendo os coeficientes do FUNDEB, com vistas a reduzir os prejuízos imputados aos Municípios com a manutenção do ensino infantil e de jovens e adultos; e 6) Lei (ou medida Provisória inicial) aumentando os valores referentes ao ressarcimento dos procedimentos médicos pelo Sistema Único de Saúde. Este conjunto de medidas poderia aliviar significativamente as finanças dos Municípios, que são os entes governamentais que têm a menor participação na repartição federativa dos recursos e que são aqueles que estão mais próximos da população.

REIVINDICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS No entendimento do autor seria injusto penalizar os agentes políticos por um déficit fiscal provocado por despesas efetuadas com a manutenção de serviços de competência da União e dos Estados. A Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe em seu artigo 62 que os Municípios somente contribuirão para o custeio de competências de outros entes da Federação se houver autorização em suas Leis de Diretrizes Orçamentárias e previsão nos seus orçamentos, além de um convênio, acordo, ajuste ou congênere entre as partes. Considerando-se que a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece uma série de rígidos dispositivos, fica parecendo que o artigo 62 segue uma outra trajetória, abrindo brechas que possibilitam a fuga da responsabilidade dos Estados e da União na prestação dos serviços de sua competência, vez que é por demais sabido que o Município acaba sendo pressionado e forçado a efetuar estes gastos, pois se não os fizer, a população acabará ficando sem estes serviços. Ou seja, a Lei de Responsabilidade Fiscal não sanou os vícios do passado e os ratificou. Nestes casos, os Prefeitos já sabem que as pressões virão de dois lados: da população que se vê privada do serviço e do ente federado que se exime da sua responsabilidade. A luta municipalista Em junho de 2009 a Associação Brasileira de Municípios (ABM) apresentou numa reunião do Comitê de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República uma proposta, fundamentada em estudos da Associação Transparência Municipal e de parecer jurídico do advogado Antônio Sérgio Baptista, que exerce a função de coordenador jurídico da Associação Paulista de Municípios.

A proposta introduz dispositivos ao artigo 62 da Lei Complementar nº 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal, para que as despesas efetuadas pelos Municípios efetuadas através de convênios, acordos, ajustes ou congêneres, contenham previsão de custos e a origem destes recursos, de acordo com o artigo 16 da Lei de Responsabilidade Fiscal e que haja previsão de custeio de no mínimo 80% das despesas a serem assumidas pelo Município, por parte da União ou do Estado. Esta proposta representa um vigoroso passo em direção à construção de um novo pacto federativo, que defina as competências de cada ente da federação e que efetue a justa repartição de recursos para o custeio dos serviços e ações de cada ente governamental. CONCLUSÃO Poderia haver quem considerasse como normal que os Municípios assumissem essas despesas que são de competência dos Estados e da União, até alegando que sua cobertura se daria com os recursos que recebem através das transferências constitucionais. Somente que essas transferências constitucionais são recursos que pertencem aos Municípios, para que os utilize, com autonomia, na cobertura das suas despesas e não para que venha a comprometê-los com despesas de outras esferas de Governo. A admissão de que o comprometimento dos recursos municipais fosse normal, seria o mesmo que admitir a possibilidade de comprometimento integral dos recursos do FPM, do ICMS e das demais transferências constitucionais. A necessidade de observância por parte de todos os entes federados dos limites de gastos impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, torna evidente que cada qual deveria assumir integralmente suas obrigações, inclusive dos serviços de sua competência, que são colocados sob a responsabilidade dos Municípios, devendo, pois, ser contabilizados à conta do ente federado por ela responsável. Sabe-se que nem sempre os Municípios mantém convênios com os demais entes não apenas para auxiliar na manutenção desses serviços, mas porque, se não o fizerem, esses serviços deixarão de ser prestados à comunidade. Além do mais, não seria nenhum absurdo remunerar os Municípios pela prestação desses serviços, pelo simples fato de que, por estarem mais próximos da população a ser atendida, o fazem melhor e a um menor custo.

Na opinião do autor, caso os Municípios venham a ser forçados a cortar os gastos que efetuam com os serviços de competência da União e dos Estados, para se adequarem aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, não se sabe exatamente a extensão dos efeitos que adviriam dessa medida. Nesse caso corre-se o risco de enfraquecer e/ou até desestruturar o equilíbrio da Federação, pois é sabido que tanto a União quanto os Estados não estarão em condições de manter esses serviços em todo o Território Nacional. Se os Municípios continuarem a assumir os encargos das demais esferas de Governo, sem que seja efetuada a correspondente compensação financeira, não resta dúvida de que acabará por comprometer a qualidade dos seus serviços oferecidos à população. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria do Tesouro Nacional. Finanças municipais dados contábeis dos municípios. Brasília, STN, 2009. (meio eletrônico). ------. Ministério do Planejamento, Organização e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativa de população. Rio de Janeiro, IBGE / MPOG,. (meio eletrônico). BREMAEKER, François E. J. de. As finanças municipais em. Salvador, Associação Transparência Municipal / Observatório de Informações Municipais, 2009. 46p. (Estudo técnico, 88). ------. As receitas tributárias municipais em. Salvador, Associação Transparência Municipal / Observatório de Informações Municipais, 2009. 32p. (Estudo técnico, 89). ------. Despesas municipais com serviços, ações e programas de competência dos Estados e da União em. Salvador, Associação Transparência Municipal / Observatório de Informações Municipais, 2009. 36p. (Estudo técnico, 87).

ANEXO O quadro a seguir apresenta valores estimados dos gastos municipais realizados na manutenção de serviços, ações e programas de responsabilidade do Estado e do Governo federal. Os valores são calculados a partir de participações encontradas em levantamento realizado em anos anteriores. Estes valores são indicativos, devendo ser recalculados pelos Municípios a partir de levantamento específico, devendo ser remetido por meio eletrônico à Associação Transparência Municipal. Os Municípios que aparecem em negrito não constam da base de dados da Secretaria do Tesouro Nacional, tendo seus dados estimados a partir de parâmetros relacionados à média do grupo de habitantes e proporcional a sua população.

DESPESAS MUNICIPAIS COM SERVIÇOS, AÇÕES E PROGRAMAS DE RESPONSABILIDADE DOS ESTADOS E DO GOVERNO FEDERAL EM ESTADO DA BAHIA MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Abaíra 8.851 912.458 8.409.754 Abaré 18.362 1.352.409 18.967.875 Acajutiba 15.123 1.202.271 16.862.145 Adustina 15.354 1.144.764 16.055.599 Água Fria 15.284 1.266.670 17.765.357 Aiquara 5.361 866.578 7.986.891 Alagoinhas 137.202 5.478.385 136.278.241 Alcobaça 20.320 1.457.415 25.932.648 Almadina 6.742 874.882 8.063.432 Amargosa 34.918 1.697.719 30.208.520 Amélia Rodrigues 24.192 1.128.686 20.083.373 América Dourada 16.723 1.240.966 17.404.852 Anagé 25.823 1.407.715 25.048.310 Andaraí 14.554 1.157.036 16.227.710 Andorinha 14.359 1.310.804 18.384.343 Angical 15.157 1.062.092 14.896.106 Anguera 9.707 900.340 8.298.065 Antas 17.268 1.002.511 14.060.458 Antônio Cardoso 12.509 950.216 13.327.014 Antônio Gonçalves 11.107 779.378 10.930.972 Aporá 18.570 1.476.306 20.705.550 Apuarema 7.601 1.002.654 9.241.050 Araças 12.108 962.580 13.500.420 Aracatu 14.437 1.144.391 16.050.370 Araci 54.092 2.217.529 48.736.892 Aramari 9.858 1.279.233 11.790.168 Arataca 10.986 930.071 13.044.472 Aratuípe 8.788 1.107.105 10.203.728 Aurelino Leal 14.559 1.157.433 16.233.285 Baianópolis 14.019 1.063.665 14.918.166 Baixa Grande 21.704 1.161.212 20.662.132 Banzaê 11.166 1.155.511 16.206.319 Barra 49.705 2.622.648 46.666.337 Barra da Estiva 20.918 1.074.971 19.127.593 Barra do Choça 32.419 1.767.289 31.446.430 Barra do Mendes 14.458 1.014.573 14.229.641 Barra do Rocha 6.071 1.084.538 9.995.743 Barreiras 135.650 5.203.375 129.437.198

MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Barro Alto 13.990 935.289 13.117.657 Barro Preto 6.626 859.830 7.924.696 Barrocas 13.722 1.717.868 24.093.515 Belmonte 22.336 1.217.625 21.665.920 Belo Campo 15.427 1.217.133 17.070.587 Biritinga 14.307 1.135.230 15.921.877 Boa Nova 15.916 1.141.897 16.015.386 Boa Vista do Tupim 18.323 1.484.990 20.827.351 Bom Jesus da Lapa 65.148 3.393.525 74.582.974 Bom Jesus da Serra 10.588 855.511 11.998.748 Boninal 13.738 1.092.164 15.317.870 Bonito 14.205 1.129.290 15.838.575 Boquira 22.502 1.126.188 20.038.936 Botuporã 11.186 880.871 12.354.434 Brejões 12.726 1.011.711 14.189.490 Brejolândia 9.703 1.259.119 11.604.788 Brotas de Macaúbas 11.083 881.093 12.357.545 Brumado 64.417 2.654.700 58.345.059 Buerarema 20.687 1.127.731 20.066.390 Buritirama 19.349 1.439.682 20.191.891 Caatiba 10.023 796.823 11.175.645 Cabaceiras do Paraguaçu 18.302 1.149.284 16.118.995 Cachoeira 33.495 1.469.738 26.151.918 Caculé 22.282 1.148.495 20.435.854 Caém 10.417 874.339 12.262.824 Caetanos 12.389 823.233 11.546.040 Caetité 47.774 2.124.917 37.809.917 Cafarnaum 18.119 1.314.883 18.441.551 Cairu 14.438 1.873.593 26.277.597 Caldeirão Grande 13.697 1.095.828 15.369.255 Camacan 31.133 1.535.705 27.325.713 Camaçari 227.955 16.091.360 453.277.749 Camamu 32.981 1.845.353 32.835.466 Campo Alegre de Lourdes 27.686 1.509.275 26.855.420 Campo Formoso 67.582 2.536.309 55.743.048 Canápolis 11.016 861.904 12.088.415 Canarana 25.557 1.170.150 20.821.177 Canavieiras 36.911 2.012.166 35.803.670 Candeal 9.157 1.188.267 10.951.772 Candeias 81.306 3.333.180 73.256.706 Candiba 12.766 756.688 10.612.740 Cândido Sales 27.327 1.412.507 25.133.576 Cansanção 33.920 1.677.115 29.841.905

MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Canudos 15.229 1.060.041 14.867.330 Capela do Alto Alegre 12.748 876.872 12.298.350 Capim Grosso 26.877 1.465.173 26.070.690 Caraíbas 10.659 863.304 12.108.055 Caravelas 21.945 1.523.181 27.102.869 Cardeal da Silva 8.570 1.322.256 12.186.696 Carinhanha 29.988 1.700.982 30.266.581 Casa Nova 65.747 2.535.110 55.716.697 Castro Alves 25.052 1.274.810 22.683.454 Catolândia 3.972 722.129 6.655.564 Catu 50.470 2.494.094 54.815.263 Caturama 8.749 964.168 8.886.337 Central 17.928 1.340.734 18.804.125 Chorrochó 10.952 894.275 12.542.430 Cícero Dantas 31.774 1.382.664 24.602.567 Cipó 15.634 1.264.006 17.727.989 Coaraci 22.812 1.121.024 19.947.051 Cocos 17.908 1.909.809 26.785.541 Conceição da Feira 19.891 1.093.771 15.340.410 Conceição do Almeida 18.076 1.437.033 20.154.740 Conceição do Coité 63.318 2.125.853 46.722.050 Conceição do Jacuípe 28.552 1.247.575 22.198.844 Conde 22.929 1.493.940 26.582.563 Condeúba 17.000 1.273.970 17.867.737 Contendas do Sincorá 3.924 842.191 7.762.125 Coração de Maria 23.797 1.244.898 22.151.209 Cordeiros 8.826 960.725 8.854.604 Coribe 14.931 1.179.014 16.535.958 Coronel João Sá 18.540 2.068.509 29.011.341 Correntina 32.784 2.765.307 49.204.751 Cotegipe 14.127 1.065.292 14.940.983 Cravolândia 5.651 887.145 8.176.447 Crisópolis 20.179 1.100.038 19.573.630 Cristópolis 14.140 1.068.628 14.987.773 Cruz das Almas 56.766 2.127.470 46.757.582 Curaçá 33.929 1.825.350 32.479.544 Dário Meira 12.611 1.002.568 14.061.265 Dias d'ávila 56.600 4.440.075 97.584.076 Dom Basílio 11.518 969.987 13.604.304 Dom Macedo Costa 3.936 680.806 6.274.709 Elísio Medrado 8.159 1.058.761 9.758.164 Encruzilhada 21.875 1.192.494 21.218.750

MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Entre Rios 40.276 2.486.996 44.252.595 Érico Cardoso 10.809 848.311 11.897.774 Esplanada 32.593 1.776.775 31.615.210 Euclides da Cunha 58.746 1.950.234 42.862.285 Eunápolis 98.194 4.814.376 105.810.460 Fátima 19.588 1.220.699 17.120.597 Feira da Mata 6.537 843.225 7.771.661 Feira de Santana 584.497 13.362.080 428.271.795 Filadélfia 16.319 1.248.083 17.504.675 Firmino Alves 5.804 803.885 7.409.083 Floresta Azul 10.489 788.640 11.060.875 Formosa do Rio Preto 21.827 1.904.822 33.893.632 Gandu 31.410 1.235.077 21.976.452 Gavião 4.537 722.168 6.655.925 Gentio do Ouro 11.829 750.505 10.526.021 Glória 14.223 1.275.691 17.891.875 Gongogi 6.581 853.990 7.870.876 Governador Mangabeira 20.539 1.119.663 19.922.830 Guajeru 9.216 996.569 9.184.965 Guanambi 79.190 2.665.146 58.574.638 Guaratinga 23.105 1.115.699 19.852.300 Heliópolis 14.575 1.017.897 14.276.257 Iaçu 28.616 1.514.058 26.940.541 Ibiassucê 9.372 1.224.850 11.288.939 Ibicaraí 24.989 1.325.231 23.580.630 Ibicoara 16.643 1.361.510 19.095.509 Ibicuí 16.353 1.191.280 16.707.993 Ibipeba 17.466 1.148.393 16.106.488 Ibipitanga 14.327 1.003.730 14.077.561 Ibiquera 5.229 678.546 6.253.884 Ibirapitanga 24.052 1.311.171 23.330.440 Ibirapuã 7.825 1.102.263 10.159.103 Ibirataia 24.582 1.361.217 24.220.937 Ibitiara 16.471 1.035.547 14.523.801 Ibititá 19.286 1.280.430 17.958.342 Ibotirama 26.228 1.420.244 25.271.241 Ichu 6.101 791.702 7.296.796 Igaporã 14.944 1.248.663 17.512.808 Igrapiúna 13.436 1.133.536 15.898.118 Iguaí 29.070 1.230.708 21.898.727 Ilhéus 219.710 9.484.441 267.167.360 Inhambupe 36.084 1.661.383 29.561.978 Ipecaetá 15.694 1.247.665 17.498.810

MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Ipiaú 43.749 1.918.520 34.137.368 Ipirá 61.439 2.097.193 46.092.163 Ipupiara 9.259 1.125.365 10.372.026 Irajuba 7.550 1.269.336 11.698.952 Iramaia 15.291 1.124.544 15.772.003 Iraquara 23.867 1.138.239 20.253.358 Irará 25.771 1.404.880 24.997.870 Irecê 65.310 3.131.782 68.830.372 Itabela 26.636 1.044.068 18.577.722 Itaberaba 61.302 2.513.106 55.233.102 Itabuna 212.245 9.162.192 258.089.920 Itacaré 26.348 1.436.335 25.557.560 Itaeté 14.614 1.227.677 17.218.476 Itagi 14.217 1.130.244 15.851.955 Itagibá 16.659 1.734.437 24.325.908 Itagimirim 7.181 1.259.261 11.606.095 Itaguaçu da Bahia 13.097 1.027.014 14.404.123 Itaju do Colônia 7.794 1.011.396 9.321.624 Itajuípe 20.695 1.100.462 19.581.171 Itamaraju 67.517 2.633.232 57.873.228 Itamari 8.747 1.118.212 10.306.099 Itambé 35.106 1.695.234 30.164.299 Itanagra 6.841 1.159.007 10.682.094 Itanhém 21.188 1.073.327 19.098.337 Itaparica 20.641 1.235.007 21.975.213 Itapé 11.013 875.528 12.279.495 Itapebi 11.931 1.339.754 18.790.373 Itapetinga 65.904 2.795.787 61.445.878 Itapicuru 32.100 1.568.275 27.905.249 Itapitanga 10.385 747.720 10.486.952 Itaquara 7.761 949.811 8.754.021 Itarantim 18.254 1.335.011 18.723.854 Itatim 15.266 1.179.852 16.547.718 Itiruçu 16.538 1.111.894 15.594.589 Itiúba 36.890 1.758.773 31.294.890 Itororó 20.841 1.059.913 18.859.666 Ituaçu 18.621 1.437.928 20.167.296 Ituberá 24.185 1.318.421 23.459.450 Iuiú 11.954 950.337 13.328.710 Jaborandi 9.032 2.218.970 20.451.340 Jacaraci 14.656 1.058.702 14.848.549 Jacobina 78.842 3.272.174 71.915.904 Jaguaquara 48.097 2.500.617 44.494.962

MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Jaguarari 30.222 1.647.522 29.315.340 Jaguaripe 17.074 1.206.929 16.927.472 Jandaíra 10.027 797.141 11.180.105 Jequié 150.351 6.728.127 167.366.354 Jeremoabo 38.924 2.121.903 37.756.280 Jiquiriçá 13.771 885.078 12.413.442 Jitaúna 16.816 1.178.060 16.522.575 João Dourado 21.726 1.108.739 19.728.444 Juazeiro 237.627 7.732.099 217.805.605 Jucuruçu 10.698 894.049 12.539.254 Jussara 15.229 1.174.935 16.478.747 Jussari 6.980 905.767 8.348.080 Jussiape 8.356 1.238.429 11.414.094 Lafaiete Coutinho 3.561 716.875 6.607.147 Lagoa Real 14.359 1.042.403 14.619.961 Laje 21.957 1.315.947 23.415.422 Lajedão 3.585 652.696 6.015.630 Lajedinho 4.461 757.239 6.979.164 Lajedo do Tabocal 8.923 1.028.614 9.480.312 Lamarão 12.682 774.300 10.859.749 Lapão 26.461 1.464.159 26.052.655 Lauro de Freitas 153.016 8.332.541 207.277.130 Lençóis 10.008 868.409 12.179.649 Licínio de Almeida 13.135 927.204 13.004.270 Livramento de Nossa Senhora 43.994 1.948.201 34.665.492 Luís Eduardo Magalhães 48.977 4.068.276 72.389.248 Macajuba 11.522 955.088 13.395.343 Macarani 16.735 1.331.366 18.672.729 Macaúbas 47.991 2.328.666 41.435.339 Macururé 7.913 1.026.838 9.463.948 Madre de Deus 16.354 8.151.521 114.327.088 Maetinga 8.432 1.094.187 10.084.672 Maiquinique 8.713 904.265 8.334.236 Mairi 19.752 1.399.216 19.624.346 Malhada 16.647 1.439.616 20.190.966 Malhada de Pedras 7.753 944.684 8.706.763 Manoel Vitorino 14.389 1.137.874 15.958.964 Mansidão 12.142 1.005.074 14.096.413 Maracás 35.617 1.398.482 24.884.023 Maragogipe 43.620 1.994.785 35.494.396 Maraú 17.386 1.584.978 22.229.711 Marcionílio Souza 11.043 877.913 12.312.945 Mascote 16.557 1.125.640 15.787.376

MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Mata de São João 38.962 4.117.279 73.261.197 Matina 12.976 917.741 12.871.544 Medeiros Neto 22.629 1.318.217 23.455.813 Miguel Calmon 27.850 1.365.374 24.294.910 Milagres 12.100 895.041 12.553.168 Mirangaba 18.436 1.481.774 20.782.244 Mirante 8.876 1.105.414 10.188.143 Monte Santo 53.577 2.278.561 50.078.258 Morpará 8.853 996.584 9.185.110 Morro do Chapéu 35.009 1.558.244 27.726.764 Mortugaba 14.508 923.073 12.946.325 Mucugê 14.629 1.138.488 15.967.576 Mucuri 34.836 1.899.050 33.790.920 Mulungu do Morro 14.006 1.044.545 14.650.003 Mundo Novo 24.895 1.357.126 24.148.150 Muniz Ferreira 7.214 771.303 7.108.782 Muquém de São Francisco 10.547 1.177.312 16.512.089 Muritiba 27.866 1.267.657 22.556.168 Mutuípe 21.935 1.151.460 20.488.621 Nazaré 27.350 1.217.120 21.656.931 Nilo Peçanha 13.092 1.050.393 14.732.013 Nordestina 12.599 1.025.299 14.380.065 Nova Canaã 19.866 1.125.150 15.780.505 Nova Fátima 7.930 1.211.502 11.165.919 Nova Ibiá 7.047 993.135 9.153.321 Nova Itarana 7.762 1.007.244 9.283.352 Nova Redenção 9.262 1.267.389 11.681.005 Nova Soure 26.666 1.287.634 22.911.629 Nova Viçosa 36.032 2.183.984 38.860.932 Novo Horizonte 10.860 751.441 10.539.147 Novo Triunfo 14.666 1.165.940 16.352.590 Olindina 24.516 1.268.474 22.570.719 Oliveira dos Brejinhos 23.436 1.209.608 21.523.274 Ouriçangas 8.081 1.026.011 9.456.318 Ourolândia 16.933 1.290.785 18.103.580 Palmas de Monte Alto 21.896 1.170.209 20.822.232 Palmeiras 8.358 887.106 8.176.095 Paramirim 20.756 1.147.968 20.426.475 Paratinga 29.693 1.580.763 28.127.454 Paripiranga 29.459 1.605.928 28.575.230 Pau Brasil 12.418 988.508 13.864.070 Paulo Afonso 105.837 5.228.237 130.055.647 Pé de Serra 14.683 1.167.291 16.371.545

MUNICÍPIOS POPULAÇÃO DESPESAS COM ENTES RECEITA ORÇAMENTÁRIA Pedrão 7.525 976.489 8.999.900 Pedro Alexandre 17.643 1.402.610 19.671.945 Piatã 18.532 1.452.017 20.364.897 Pilão Arcado 34.144 1.883.713 33.518.024 Pindaí 15.759 1.079.611 15.141.805 Pindobaçu 20.873 1.153.792 20.530.112 Pintadas 10.831 948.575 13.303.993 Piraí do Norte 8.975 1.164.650 10.734.100 Piripá 13.597 806.252 11.307.882 Piritiba 25.612 1.101.815 19.605.250 Planaltino 8.802 958.342 8.832.650 Planalto 22.127 1.258.284 22.389.390 Poções 46.224 1.837.104 32.688.686 Pojuca 31.687 3.824.522 68.051.996 Ponto Novo 14.974 1.525.747 21.398.978 Porto Seguro 120.460 5.331.584 132.626.460 Potiraguá 10.123 856.316 12.010.038 Prado 26.082 1.875.865 33.378.381 Presidente Dutra 14.264 952.125 13.353.780 Presidente Jânio Quadros 14.039 1.026.423 14.395.841 Presidente Tancredo Neves 23.817 1.568.218 27.904.239 Queimadas 28.368 1.546.453 27.516.960 Quijingue 28.001 1.497.873 26.652.549 Quixabeira 9.624 1.074.361 9.901.941 Rafael Jambeiro 23.893 1.311.830 23.342.179 Remanso 39.415 1.879.091 33.435.783 Retirolândia 12.446 844.317 11.841.750 Riachão das Neves 23.309 1.587.871 28.253.924 Riachão do Jacuípe 33.326 1.427.989 25.409.058 Riacho de Santana 30.444 1.442.564 25.668.400 Ribeira do Amparo 14.566 1.170.840 16.421.312 Ribeira do Pombal 49.024 2.393.552 42.589.887 Ribeirão do Largo 14.612 1.059.159 14.854.965 Rio de Contas 13.823 783.380 10.987.094 Rio do Antônio 14.926 1.030.199 14.448.798 Rio do Pires 11.659 781.294 10.957.842 Rio Real 37.675 1.700.207 30.252.796 Rodelas 7.341 1.273.328 11.735.743 Ruy Barbosa 30.316 1.652.646 29.406.520 Salinas da Margarida 13.850 1.218.810 17.094.107 Salvador 2.948.733 41.682.719 2.573.007.359 Santa Bárbara 20.242 950.138 16.906.370 Santa Brígida 15.781 1.226.558 17.202.782