São Paulo Apóstolo: discípulo - missionário de convicção Depois de Jesus de Nazaré, o apostolo Paulo é a pessoa mais fascinante do cristianismo nascente. A igreja acaba de celebrar o ANO PAULINO na ocasião dos 2000 anos de seu nascimento. Queremos nestas Santas Missões Populares resgatar a memória e o entusiasmo desse seguidor de Jesus, conhecido como o Apostolo das Nações, tamanha a sua obra de anúncio do Evangelho da Salvação por quase todo o mundo conhecido em sua época. Que a nossa imaginação agora nos leve a acompanhar a fantástica aventura desse ardoroso pregador e testemunha do Evangelho de Jesus. E tocado pela sua vida e sua obra, nosso coração se decida por Jesus com ainda maior convicção. Suas origens "Nasci em Tarso da Cilícia. Sou judeu de nascimento, da tribo de Benjamin, hebreu, filho de hebreus. Quanto à lei judaica, fariseu" (Atos 22,3; FI 3,5). Paulo nasceu no ano 8 da nossa era, quando Jesus tinha cerca de 14 anos. Sua infância decorreu dentro do ambiente judaico. Sentia-se chamado desde cedo a ser um escolhido de Deus, desde o seio de sua mãe (GI1,15). De inteligência brilhante e vontade decidida, Paulo começou também cedo a embeber-se dos conhecimentos do judaísmo: "Progredi no judaísmo além de muitos dos meus colegas de idade, tornando-me defensor implacável das minhas tradições paternas" (GI1,14). Paulo foi a Jerusalém com cerca de 20 anos de idade. Será que viu Jesus? Em nenhum texto aparece a indicação de que tenha encontrado Jesus. Paulo foi sendo formado na escola de Gamaliel, ilustre estudioso da Palavra de Deus. "Fui educado na cidade de Jerusalém, formado na escola de Gamaliel, seguindo a 1
linha mais escrupulosa dos nossos antepassados, cheio de zelo pela Lei de Deus" (Atos22,3). Os primeiros contatos de Paulo com a Igreja nascente eram os de um inimigo feroz. Levado pelo zelo religioso, perseguia os cristãos. Experimentava ódio ardente vendo desprezada a sua lei querida pelos adeptos da nova seita: "Repleto de ódio, persegui a Igreja de Deus" (FI 3,6). "Persegui mortalmente este caminho, prendendo e lançando à prisão homens e mulheres" (Atos22,4). Paulo, discípulo de Jesus Cristo Mas algo totalmente novo irrompeu em sua vida naquela estrada de Damasco numa determinada manhã: "Quando aquele que me escolheu desde o seio materno achou oportuno revelar seu Filho em mim, a fim de que eu o anunciasse aos pagãos, e me chamou pela graça, eu fui à Arábia para novamente retornar a Damasco" (Cf.GI1,15-17; 2Cor 11,32). Os Atos dos Apóstolos nos contam como foi a conversão de Paulo. Ouçamos: Paulo converteu-se a Jesus Cristo aos 25-27 anos de idade. As atividades do perseguidor foram encerradas por um acontecimento sobrenatural. Paulo teve um encontro com o Cristo ressuscitado. Ele foi como que agarrado por Cristo. Desmoronou-se o seu passado de fariseu. E sem hesitar um momento sequer, pôs-se a serviço do Ressuscitado e do evangelho na qualidade de servo de Jesus e de apóstolo. Daquele momento em diante Paulo reconheceu o seu erro. Jesus não era um falso pregador, mas o Messias prometido, o Filho de Deus; os seus discípulos não eram uma seita de alucinados, eles tinham plena razão. Persegui-los é atingir nos olhos o próprio amado Mestre: "Sou Jesus, a quem persegues" (Atos5,5). Paulo começa a aprender que ser discípulo de Jesus é ser uma extensão palpável da presença do Senhor no mundo, pertencer à sua comunidade é ser parte do seu Corpo glorioso. Tudo começou com uma luz forte vinda do céu (Atos 9,3). Saulo caiu. Caiu e desceu ao seu nada para dali sair erguido por Cristo para uma missão diante do mundo. A queda física inesperada e forte era necessária para que ele se convencesse de sua fraqueza, de sua nulidade, de sua fragilidade para depois ser levantado e conduzido pela força de Cristo. Deus nunca deixa alguém cair sem lhe estender a mão, para eleva-io numa posição bem mais alta. Saulo caiu, Saulo foi levantado por Deus. Saulo, o futuro Paulo, passou três dias sem enxergar (Atos 9,9). Foram três dias de retiro, totalmente isolado, em que Jesus falou com ele pessoalmente, preparando-o para fazer parte da Igreja e para a missão que lhe estava reservada. Saulo permaneceu numa escuridão total para depois receber a luz sobrenatural, isto é, Deus, de maneira toda especial, porque também toda especial seria sua missão na história. De agora em diante as coisas na vida de Paulo têm um sentido completamente novo: "Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro" (FI1,21). Repitamos juntos essa frase. "Considero tudo uma perda, diante do bem superior que é o conhecimento do meu Senhor Jesus Cristo" (FI 3,8). "Cristo nos libertou para que sejamos verdadeiramente livres" (GI 5,1). 2
Paulo, missionário de Jesus Cristo Paulo estava pleno do Espírito de Pentecostes, como os outros apóstolos. E, como eles, começou a manifestar a todos sua fé em Jesus Cristo. Não era uma explosão repentina, mas uma formação que vinha sendo feita pouco a pouco e que a vaidade e a soberba tentaram sufocar. Mais tarde, na carta aos tessalonicenses vai recomendar: "não abafem o Espírito Santo" (1Tes 5,19). Saulo foi tentado a abafar o Espírito, mas o Espírito venceu o seu orgulho e o conquistou: "Eu fui conquistado por Cristo" (FI3,12). Repitamos juntos... Daí em diante ninguém mais segurou esse campeão da fé e da evangelização. Ainda hoje ficamos admirados ao contemplar as imensas extensões geográficas que percorreu para testemunhar o Amor de Cristo. Suas viagens foram sem conta, mas geralmente falamos de quatro grandes viagens. Logo após a conversão dirigiu-se à Arábia. Imaginamos Paulo percorrendo região por região, meditando e ganhando o seu pão pelo trabalho. A conversão era um impacto momentâneo e decisivo. Mas o homem precisava de um prazo mais longo para assimilar as novas idéias. Três anos depois ele reapareceu em Jerusalém para se encontrar com Pedro, permanecendo com ele 15 dias (GI 1,18), convivendo familiarmente com testemunhas oculares da pessoa e vida de Jesus, Paulo recebeu as notícias de primeira mão sobre a ceia do Senhor, sua paixão e ressurreição. Tempos depois Paulo iniciou suas jornadas missionárias, percorrendo distâncias incríveis movido pelo ardor da Evangelização, a ponto de dizer: "Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!" (1Cor 9,16). Repitamos juntos... "Eu Ihes falo como filhos: abram o coração de vocês" (2Cor 7,13). Paulo, em suas viagens missionárias, andou cerca de 16.000 km a pé e por navio: "Nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos" (1Cor 1,23). "Tenham em vocês os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo" (FI2,5). Leiam comigo: "Somos atribulados por todos os lados, mas não desanimamos; somos postos em extrema dificuldade, mas não somos vencidos por nenhum obstáculo; somos perseguidos, mas não abandonados; prostrados por terra, mas não aniquilados" (2Cor 4,8-9). "Meus filhos, sofro novamente com dores de parto, até que Cristo esteja formado em vocês" (GI4,19). Desde a conversão, Paulo não conhecia outra tarefa senão pregar o Cristo que por ele morreu e ressuscitou. Se não o fizesse, ele se sentiria condenado e maldito como um servo imprestável. Os trabalhos de apostolado eram para ele um dever de honra e de amor a Cristo e aos homens, sem distinção de raças e de cultura. Cristo morreu por todos, e por isso deverá ser anunciado a todos. Enquanto houvesse uma cidade ou recanto onde não tinha chegado o Evangelho, Paulo não descansava: "É o amor para com o Cristo que me impele" (2Cor 5,14). "Eu faço questão de anunciar o Evangelho lá onde o nome de Cristo ainda não foi anunciado" (Rom 15,20). Uma só coisa importava a ele: Cristo. Cristo deve ser pregado onde quer que seja e de qualquer maneira. "Que importa? Basta que Cristo seja anunciado... é nisto que me alegro" (Cf. FI 15,18). A sua recompensa era anunciar o Evangelho gratuitamente (Cf.1Cor 9,18). 3
Seu desprendimento e seu zelo pelos irmãos na fé eram tão grandes, que só um pai ou uma mãe poderia agir assim: "Sabeis como vos temos admoestado e confortado, como um pai a seus filhos, insistindo para que vos comportásseis dignos de Deus que vos chamou a seu Reino glorioso (1Tes2,12). Por outro lado, Paulo tem compreensão das fraquezas humanas. Não impõe pela força o seu ideal: respeita a raça, a cultura e a opinião alheia, contanto, que se salvem. "Gostaria que todos fossem como eu, mas cada qual recebeu de Deus o seu carisma, diferentes uns dos outros" (1Cor 7,7). "Fiz-me tudo para todos, para salvar ao menos alguns. Tudo faço por causa do evangelho, a fim de me tornar participante dele" (1Cor9,23). Entusiasta pelo Evangelho e por Cristo, Paulo se esforçava para incutir nos fiéis essa mesma convicção e alegria: "Alegrai-vos sempre no Senhor; repito: alegrai-vos!" (FI 4,4). "Vigiai, permanecei na fé, sede fortes, coragem! De vossa parte tudo seja feito com amor!" (Cf.1Cor 16,13-14) Alegrias e sofrimentos na missão Quando acompanhamos a trajetória de Paulo vamos percebendo que sua vida era uma constante doação de amor. E onde há verdadeiro amor há muitas alegrias, e não deixam de existir também muitos sofrimentos. Pois o caminho do Mestre é o caminho da Cruz para chegar à Ressurreição. Leiam comigo: "Nós somos loucos por causa de Cristo... Até agora passamos fome, sede, frios e maus tratos; nós não temos lugar certo para morar. Esgotamo-nos, trabalhando com nossas próprias mãos..." (1Cor 4,10-13). "... Somos amaldiçoados, e abençoamos; perseguidos, e suportamos; caluniados, e consolamos. Até hoje somos considerados como o lixo do mundo, o esterco do universo..." (1Cor 4,13). "Somos atribulados por todos os lados, mas não desanimamos; somos postos em extrema dificuldade, mas não somos vencidos por nenhum obstáculo; somos perseguidos, mas não abandonados; prostrados por terra, mas não aniquilados" (2Cor 4,8-9). Dos judeus recebi cinco vezes as quarenta chicotadas menos uma. Fui flagelado três vezes; uma vez fui apedrejado; três vezes naufraguei; passei um dia e uma noite em alto mar. Fiz muitas viagens... Sofri perigos nos rios, perigos por parte dos ladrões,perigos por parte dos meus irmãos de raça, perigos por parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos por parte dos falsos irmãos... Mais ainda: morto de cansaço, muitas noites sem dormir, fome e sede, muitos jejuns, com frio e sem agasalho. E isso para não contar o resto: a minha preocupação cotidiana, a atenção que tenho por todas as comunidades. Quem fraqueja sem que eu também me sinta fraco? Quem cai sem que eu me compadeça?" (2Cor 11,24-29). "Diariamente estou correndo perigo de morte" (1Cor 15,31-32). "A tribulação que sofremos na Ásia nos fez sofrer muito, além de nossas forças, a ponto de perdermos a esperança de sobreviver" (2Cor 1,8-10). A vida de Paulo era um contínuo caminho de cruz. Pobreza material, calúnias e perseguições, mal-entendidos e humilhações: "Creio que Deus designou a nós, 4
apóstolos, o último lugar, o dos condenados à morte... mas quando somos amaldiçoados, abençoamos" (Cf.1Cor 4,9-11). Nas suas atividades apostólicas, Paulo não visava criar um círculo de admiradores, não pretendia formar um partido pessoal, nem honrarias. Considerava-se apenas um porta-voz de alguém maior: "Nós não pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, Senhor; quanto a nós, apresentamo-nos como servos vossos, por causa de Jesus" (2Cor 4,5). Paulo,formador de missionários e missionárias As cartas de Paulo e Atos dos Apóstolos citam o nome de 63 missionários/as itinerantes, formados por Paulo em suas viagens, trabalhando em equipe, visitando as comunidades distantes. Os textos sagrados lembram o trabalho de vários outros missionários, mas sem citar os nomes. Foi assim que se espalhou o cristianismo nascente. Para confortar seus irmãos, animá-ios incentivá-ios na fé e na missão, encorajá-ios na evangelização escreveu várias cartas onde aparece seu zelo de apóstolo, sua oração de discípulo, sua peregrinação de missionário. Hoje, neste santo retiro, estamos tendo a feliz oportunidade de entrar em contato com alguns preciosos textos de suas cartas que nos despertam para também assumirmos a Missão de Jesus Cristo com a mesma convicção de Paulo. Alguns traços da espiritualidade missionária de Paulo Basta acompanhar atentamente algumas frases de Paulo para percebermos algumas marcas fortes de sua espiritual idade, que o mantinham na fidelidade de discípulo e no fervor de missionário: "Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim" (GI 2,20). Repitamos juntos... "Prego o evangelho gratuitamente" (1Cor 9,18). "Tornei-me o servo de todos, a fim de ganhar para Cristo o maior número possível de pessoas" (1Cor9,19). "Eu quero bem a todos vocês com a ternura de Jesus Cristo" (FI 1,8). "Aprendi a me arranjar em qualquer situação" (FI4,11-12). "Também eu corro, mas não como quem vai sem rumo. Trato com dureza o meu corpo e o submeto, para não acontecer que eu proclame a mensagem aos outros, e eu mesmo venha a ser reprovado" (1Cor 9,26-27). "Não conheço que Cristo e Cristo crucificado" (1Cor 2,2). Mística: a força que sustentava Paulo Quando consideramos o dinamismo e a empolgação que Paulo possuía na sua doação pelo Reino de Deus e no seu testemunho do Evangelho, a gente logo percebe que esse homem não estava sozinho, não fazia nada por si mesmo. Havia uma paixão e uma força incrível que o sustentavam e o lançavam para a obra de Deus. "O Filho de Deus me amou e se entregou por mim" (GI2,20). "O tempo se tornou breve" (1Cor 7,29). "Esqueço-me do que fica para trás e avanço para o que está na frente. Lanço-me em direção à meta, tendo em vista o prêmio do alto, que Deus nos chama a receber em Jesus Cristo" (FI3,13-14). 5
"Quem nos poderá separar do amor de Cristo?... Estou convencido de que nada poderá nos separar do amor de Cristo, manifestado em Jesus Cristo" (Rom 8, 35-36). "Tudo posso naquele que me fortalece" (FI 4,13). "O Senhor me disse: Para você basta a minha graça, pois é na fraqueza que a força manifesta todo seu poder" (2Cor 12,9). "Sou prisioneiro do Espírito Santo" (Atos20,22). "Durante a noite o Senhor se aproximou de mim e me disse: tenha confiança" (Atos 23,11). "Se não há ressurreição dos mortos, então Cristo também não ressuscitou; e se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vazia... E a fé que vocês têm é ilusória... Se a nossa esperança em Cristo é somente para esta vida, nós somos os mais infelizes de todos os homens... Mas não! Cristo Ressuscitou!" (Cf. 1Cor 15,13-20). "Se não tivesse o amor, eu não seria nada" (1Cor 13,2). "O amor jamais passará!" (1Cor 13,8). Testamento de Paulo Paulo percebia que o seu tempo chegava ao fim. Serenamente foi-se preparando para 'o grande encontro com o Amado Mestre, ao mesmo tempo que preparava seus companheiros de missão para caminharem com as próprias pernas, na força do Espírito Santo. Paulo sabia que aqueles que quiseram calar o Mestre não deixariam em paz um verdadeiro discípulo missionário dele. Da prisão Paulo escreve: "Timóteo, Deus não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, de amor, de sabedoria... Timóteo, não se envergonhe de dar testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro... Esta é a causa dos males que estou sofrendo... Todavia, não me envergonho, porque sei em quem depositei minha fé" (2Tm 1,8-12). "Meu sangue está para ser derramado, chegou o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a minha corrida, conservei a fé... "Agora só me resta a coroa da justiça que o Senhor me entregará naquele dia" (2Tm 4,6-8). "E não somente a mim, mas para todos os que estiveram esperando, com amor, a sua manifestação"(2tm 4,8). "O Senhor me libertará de todo mal e me levará para o seu Reino Eterno... A Ele a glória para sempre. Amém" (2Tm 4,18). Paulo na prisão "Estou na prisão por causa de Cristo" (FI 1,13). Paulo foi preso por causa do evangelho. Primeiramente em Jerusalém, depois conduzido para Cesaréia, até ser levado a Roma, para ser julgado pelo Imperador de um dos mais terríveis impérios de todos os tempos. No meio de tanto sofrimento e privação, Paulo não se deixa abater pelo desânimo. Pelo contrário, aproveita a ocasião como um tempo de Deus para fortalecer e encorajar na fé os inúmeros filhos que gerou pela evangelização e os companheiros de missão. Testemunho até a morte 6
Conforme tradições antigas, do segundo século, Paulo, antes de ser morto, falou alto aos carrascos: "Creio em Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado". Paulo foi decapitado (degolado) pela polícia do império romano nos primeiros meses do ano 67, em Roma, durante a perseguição do imperador Nero. Tinha cerca de 59 anos de idade, com 30 anos de vida missionária. O sangue de mártires gera vida. Tradições antigas contam que a cabeça decepada de Paulo, ao cair, deu três pulos. Em cada pulo surgiu uma fonte de água. Até hoje, em Roma, há a "Igreja das Três Fontes", lembrando o extraordinário acontecimento. Sua vida, desgasta da pelas atividades em favor do Reino de Deus, continuaria sendo fonte de vida para a Igreja e para toda a humanidade.. Paulo de Tarso: discípulo de Jesus Cristo, missionário da liberdade em Cristo, profeta, coluna da Igreja nascente, mártir... 7