MANUTENÇÃO PREVENTIVA E HIGIENIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE SOPRO MANUAL

Documentos relacionados
SOPROS SAXOFONE MANUAL DO PROPRIETÁRIO

Manual de uso dos Móveis

SOPROS TROMPETE FLUGELHORN MANUAL DO PROPRIETÁRIO

SOPROS MANUAL DO PROPRIETÁRIO

LUBRIFICAÇÃO EM CORRENTES DE MOTOCICLETAS 1 CORRENTE DE TRANSMISSÃO LUBRIFICAÇÃO

PISTOLA DE PINTURA HVLP8

PISTOLA DE PINTURA PP3

PISTOLA DE PINTURA HVLP10

Saxofone Manual de instruções

Coleções. manual de montagem. Kit com 3 Nichos. ou... tempo 20 minutos. montagem 2 pessoas. ferramenta martelo de borracha. ferramenta chave philips

05/ / REV1 SOMENTE PARA USO DOMÉSTICO. Manual de Instruções ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR

manual produtos conservação e limpeza

Manual de instalação das Cubas de Sobrepor VULCANO

Metais. informativo técnico

MANUAL DE conservação e limpeza

06/ REV. 2. imagem meramente ilustrativa SOMENTE PARA USO DOMÉSTICO. Manual de Instruções

COMO FAZER ESCOVA PROGRESSIVA. Para obter um bom resultado usar um secador de 2100 watts e prancha de 230 graus.

BOLETIM DE SERVIÇO B.S. REDE N 009/10

Manual de Instruções

Além de fazer uma ótima escolha, você ainda está ajudando a natureza e garantindo a preservação do meio ambiente.

TOP GRILL. Manual de Instruções

MONTAGEM E DESMONTAGEM

Instrumentos Cirúrgicos

Após o uso diário do seu calçado, deixe-o secar em local ventilado.

MANUAL DE INSTRUÇÕES buffet VISION

Manual de Manutenção. Cabeçote Inferior Robofil 290P

10/ REV 0 SOMENTE PARA USO DOMÉSTICO. Manual de Instruções

TUTORIAL LIMPEZA DE ESPELHO DE TELESCÓPIO NEWTONIANO: PROCEDIMENTOS, MATERIAIS E ETAPAS. Por: James Solon

Opcionalmente, remover o volante soltando a porca de fixação, se necessário.

MANUAL. Descrição do Produto, Dados Técnico, Instalação Hidráulica, Informações, Instalação das Cascatas, Manutenção e Limpeza.

Procedimentos Básicos sobre manuseio e cuidados com a Tochas MIG/MAG

09/ REV.2. FRITADEIRA Frita-Fácil. Plus 3. MANUAL DE INSTRUÇÕES

Manual de Instruções

Manual de Instruções. Máquina de Costura Galoneira Industrial SM-500-5Z SM-500-Z SM-500 W500

SEMPRE LISO COMPONENTES

EXTRATOR DE SUCOS MODELO TS-213 MANUAL DE INSTRUÇÕES

12/ REV. 1 SOMENTE PARA USO DOMÉSTICO. Manual de Instruções

Ferragens utilizadas para montagem da Mini Cama

Bem Vindo INSTRUÇÃO DE MONTAGEM. Home Alessio

CONTROLE DE QUALIDADE DE ALIMENTOS Instituto de Nutrição Annes Dias INFORMATIVO Nº05/2010 OUTUBRO

02/ REV 1 SOMENTE PARA USO DOMÉSTICO. Panquequeira. Manual de Instruções

Manual de Instruções

MANUAL DE INSTRUÇÕES

CACHEADOR CERAMIC MAGIC CURLS

Manual de instalação das Cubas de Sobrepor VITRUM

TELHAS DE POLICARBONATO

INTRODUÇÃO MEDIDAS IMPORTANTES DE SEGURANÇA

Sofá Cama. manual de montagem. Flora. ou... 2 pessoas. montagem. ferramenta martelo de borracha. ferramenta martelo. chave philips.

>>contramarco de concreto 42

COMO LIMPAR VIDROS E ESPELHOS SEM DEIXAR MANCHAS

MANUAL DO PROPRIETÁRIO. desde 1976

08 Como cuidar das suas facas

ESCOVA DE MODELADORA


COMO ORGANIZAR A SUA MARMITA. Assessoria de Assuntos Estudantis - Pró-Reitoria de Ensino. Assistência Estudantil. Campus Serra

Liquidificador Due Sapore

Manual Técnico Linha Externa Escovado

Umidificador de Ar Ultra-Sônico 5L

Além de fazer uma ótima escolha, você ainda está ajudando a natureza e garantindo a preservação do meio ambiente.

*Imagens meramente ilustrativas LIXADEIRA ORBITAL. Manual de Instruções

B30 Turbo Silencium Six Mega Turbo 40 Six

Engenharia e a Música Instrumentos de Sopro

Dimensões [mm] Furo padrão [mm] Haste-[mm] max. Quant. 0,35 mm 0,50 mm 0,50 mm D A T B min -1 Embal. Código. Código. Código.

INTRODUÇÃO Dipping Expert System método inovador não utilização de qualquer luz UV ou LED inúmeras as suas vantagens

ELECTRIC GUN AUTOMATIC. GUIA RÁPIDO DE MANUTENÇÃO E CUIDADOS PARA AEGs ALLAN PAINK RODRIGUES MAD DOG AIRSOFT TEAM DIVISÃO PARANÁ

CHAVE DE IMPACTO EM L

DICAS E PROCEDIMENTOS

DICAS E PROCEDIMENTOS DE COMO CUIDAR DAS PEDRAS DE MÁRMORES E GRANITOS

Manual de Instalação e Manutenção Série AP

SOMENTE PARA USO DOMÉSTICO

LOUÇAS SANITÁRIAS MANUAL DE INSTRUÇÕES

VIOLÃO ACÚSTICO MANUAL DO PROPRIETÁRIO

Perfis para degraus Protect Protect S

INTRODUÇÃO. Parabéns!

Guia de conservação de produtos La Fonte. Mantenha seu produto bonito e funcional por mais tempo.

Perfia para pavimentos em madeira e laminados Alfix 615

Preparativos Antes da Montagem

Apostila de Ensino - Flauta Transversal Noções Gerais

INSTITUTO FEDERAL DO SUDESTE DE MINAS GERAIS CAMPUS JUIZ DE FORA PET MECATRÔNICA/BSI MINICURSO: SOLDAGEM DE COMPONENTES ELETRÔNICOS

Liquid Repellent. Os tecidos com Liquid Repellent recebem uma aplicação de Fluorcarbono, que proporciona a repelência a manchas aquosas e oleosas.

*Imagens meramente ilustrativas LIXADEIRA ORBITAL. Manual de Instruções

Informações Técnicas Certified ISO 2008

Manual de Instruções

SEMEADEIRA MANUAL INSTRUÇÕES DO OPERADOR

Manual de Instruções. Forno de Pizza e Assados a Gás

Aspirador de pó Fast 1800 PAS851

GUIA DE CUIDADOS PARA O SEU BARCO

MINI KIT MARTELINHO DE OURO

COMPOUND ADESIVO. -colagem de concreto, ferro, madeira, azulejo, cerâmica, pedra, fibrocimento, vidro e plásticos; -reparos em concreto;

Argamassa Colante. Argamassa Colante. Areia fina. Aditivos. Adições

COMPOUND ADESIVO GEL

MANUAL DO PRODUTO LAVATÓRIO AIR BAG. cód. 7777

Como limpar os bancos de couro de um carro?

08/ REV. 0. Manual de Instruções

1 INSTRUÇÕES IMPORTANTES DE SEGURANÇA

MANUAL DO USUÁRIO MÁQUINA DE CORTAR CABELOS CAB600

MANUAL DE INSTRUÇÕES DA ESTAÇÃO DE SOLDA SMD MODELO TS-960D

CHALEIRA CONTROL 1.8L

Transcrição:

APRESENTAÇÃO MANUTENÇÃO PREVENTIVA E HIGIENIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE SOPRO MANUAL O destino tem a mania de nos pregar peças. Eu, um técnico em informática por profissão, físico por formação, prático em mecânica fina, atirador por hobby e amante de um bom rock da década de setenta, tenho como um bom e velho amigo, Agostinho Fonseca - o Maestro Tinho -, que por varias vezes trouxe sua "maquina" para "brincarmos" um pouco. Em uma dessas vezes, observou-me trabalhando na restauração de um rifle. Não sei até hoje o que se passou na sua cabeça... Mas, dias depois, ele me aparece com uma maleta e, brincando, disse que havia trazido um desafio para mim: era um fagote que estava precisando ser restaurado. Depois de obter algumas informações, aceitei o desafio. Após algum tempo, sob sua orientação, conseguimos concluir o "serviço". Com o seu senso de humor sempre afinado, o Maestro Tinho colocou-me frente a um novo desafio: ir à Belém fazer um Curso de Manutenção de Instrumentos de Sopro realizado pela Fundação Carlos Gomes em parceria com o PEP. Alegando que eu não sabia tocar nenhum instrumento musical, tentei esquivar-me,...mas não houve jeito... Fui fazer o curso com o Mestre José Vieira. Por: Frederico G.S. Baró - "Fritz" Desde então venho "brincando" de técnico de instrumentos de sopro. Digo "brincando" porque é uma atividade que desenvolvo com muito gosto, prazer e auto realizaçâo. Atualmente sou o responsável pela manutenção dos instrumentos de diversas instituições na cidade de Santarém bem como de outras localidades da região e, de forma especial, da Banda Sinfônica "Wilson 2

Fonseca", da Escola de Música "Maestro Wilson Fonseca", com a qual sou intimamente ligado tanto através da minha amizade com o Maestro Tinho, como pelo fato de minha filha Germana Patrícia ser uma das clarinetistas que compõe a Banda, e Pâmela aluna de música da Escola. Fica então meu reconhecimento ao Mestre José Vieira que me ensinou os rudimentos da manutenção de instrumentos de sopro, à Fundação Carlos Gomes e ao PEP que possibilitaram a realização desses ensinamentos, e o meu eterno agradecimento ao Maestro Tinho que, com sua larga visão, me possibilitou o aprendizado e o desabrochar de uma nova paixão. INTRODUÇÃO Partindo do pressuposto que instrumentos musicais geralmente são caros, de natureza delicada e, portanto, de aquisição difícil para a maioria dos músicos, nada mais importante do que promover a sua conservação para manter o bom funcionamento e a aparência de novo por muitos anos. E isso pode ser conseguido através do manejo correto do instrumento, bem como de uma manutenção preventiva a qual irá ter um custo bem menor do que o de uma manutenção corretiva. As Bandas de Música são constituídas de instrumentos de sopro e percussão. As Bandas Sinfônicas podem ser acrescidas de instrumentos de cordas e teclas. Neste curso estaremos dando ênfase especial à manutenção preventiva dos Instrumentos de Sopro. Os instrumentos de sopro são divididos nas seguintes categorias: madeiras e metais. Os de madeira são assim classificados: 3 4 Embocadura livre: Flautim e Flauta; Palheta simples: Clarinete; Palheta dupla: Oboé e Fagote. Bocal: Trompa. Embora seja feita de metal, ela é classificada como integrante da família dos instrumentos de madeira devido às características sonoras do

timbre. Os de metal são classificados da seguinte forma: Palheta simples: Saxofone. Apesar de utilizar palheta, faz parte da família dos instrumentos de metal devido às características sonoras do timbre; Bocal: Trompete, Cornet, Flugelhorn, Saxhorn; Trompa, Trombone, Bombardino, Eufônio, Sousafone e Tuba; Há de se dizer que, sob o aspecto de higiene e zelo pelo instrumento, é o correto e/ou o ideal que cada músico (ou aluno) seja o proprietário e/ou o único usuário do instrumento que utiliza. Mas todos sabemos que, infelizmente, isso não é uma realidade entre nós. Por força da situação quase sempre difícil que as Bandas têm que enfrentar; os músicos e os alunos são obrigados, na maioria das vezes, a compartilhar o mesmo instrumento com duas ou até mais pessoas. Neste caso torna-se de suma importância não somente a limpeza, mas também a higiene do instrumento por razões óbvias. Cada instrumento tem suas características próprias. Mas existem alguns detalhes que se estendem a toda uma linha de instrumentos de sopro. Uma deles é a presença de saliva no seu interior, após o uso. Afinal ao soprar o ar para dentro do instrumento, junto vão partículas de saliva. Porém como a quantidade varia de 5 pessoa a pessoa, este é também um dos fatores determinantes da periodicidade da limpeza dos instrumentos de sopro numa regra simples: mais saliva, maior freqüência da limpeza. Outro elemento que compõe o ar que respiramos é a água sob forma de vapor. Nos instrumentos normalmente ocorre o fenômeno da condensação. Assim, além da saliva, temos presente no interior do instrumento a formação e a deposição de significativa quantidade de água. Considerando que junto com o ar não vão agregadas somente gotículas de saliva e água em forma de vapor, mas também restos de comida e de líquidos que o músico porventura tenha ingerido antes de usar o instrumento, concluímos que este procedimento é incorreto por ser prejudicial tanto, à saúde do músico quanto à do instrumento. Primeiro, por uma questão de higiene; dado o acúmulo de bactérias desenvolvidas pela falta de limpeza, e em segundo, pelo acúmulo de resíduos no interior do instrumento que fica exposto às mais variadas agressões das reações químicas, sem contar que com o tempo a sonoridade do instrumento também fica afetada. Para evitar tudo isso, se faz necessária uma boa higiene bucal antes de utilizar qualquer instrumento de sopro, sem esquecer também, é claro, de uma boa limpeza do instrumento após o seu uso. Embora possa parecer estranha a preocupação com a limpeza e higiene, primeiramente trata-se da saúde pessoal do músico e/ou do aluno e da garantia de maior tempo de vida útil do instrumento. Constatamos, ao longo do tempo, que muitos 6

instrumentos vêm apresentando problemas que poderiam ser evitados se recebessem a devida manutenção preventiva a partir da correta limpeza após o uso. O importante fator limpeza é negligenciado talvez pelo desconhecimento dessa necessidade, ou pela pressa em guardar o instrumento e assumir outros compromissos, ou por esquecimento de fazê-lo, ou até mesmo por relegar esta prática a um segundo plano. É importante repetir que a falta de higiene provoca acúmulo de sujeira que com o passar do tempo pode ocasionar sérios danos à saúde do músico e ao correto funcionamento do instrumento. E tudo isso pode ser evitado se todos trabalharmos na conscientização da importante prática da limpeza, higienização Material: LIMPEZA, HIGIENIZAÇÃO FLAUTIM e FLAUTA o pedaço de pano (de preferência algodão); o pedaços de papel absorvente; o pano de algodão; o pincel chato ½ "; o chave de fenda (tipo relojoeiro) 2 mm; o chave de fenda 2 mm haste longa (>15 cm); o alicate bico chato 4"; o alicate bico redondo 4"; o óleo lubrificante para chaves; o agulha de crochê n 12 ou similar; 7 8

o algodão; o palitos de dente; o óleo fino (fluido de freios ou óleo de maquina); o detergente neutro; o polidor de metais; o pincel chato ½ " com pêlos cortados curtos. LIMPEZA REGULAR Toda flauta vem de fabrica acompanhada de uma vareta com dupla função: afinação e limpeza. Sempre imediatamente ao termino do uso do instrumento, iniciar o processo de limpeza começando pela parte interna, procedendo da seguinte forma: em uma das extremidades da vareta existe uma fenda na qual deve ser introduzido um pedaço de pano de algodão, com a finalidade de secar a parte interna do instrumento. Alguns cuidados devem ser tomados: 1. Após introduzir o pano na fenda da vareta, enrolar o pano na haste para evitar que o contado entre metais venha a danificar ou riscar o instrumento. Alguns instrumentos vêm acompanhados de varetas feitas de material plástico. Neste caso torna-se desnecessário envolver a haste com o pano; 9 10 2. Sempre se enfiar a vareta por uma extremidade do tubo da Flauta e retirá-la pelo outro, nunca puxando de volta, pois nesse caso o pano pode engatar em alguma peça e danificar o instrumento. Feita esta parte da limpeza interna proceder à secagem das sapatilhas, isso mesmo, pois com toda saliva e água que "enfia-se" flauta adentro, estas se encontram às vezes literalmente encharcadas, e caso elas sejam guardadas assim podem aparecer fungos, como também diminuir a vida útil das mesmas, isso sem falar naquele odor característico causado pela falta de higiene. Para proceder-se tal "enxugamento" serão necessários simplesmente de pedaços de papel absorvente. Ir-se-á introduzir um pedaço de papel entre a sapatilha e o corpo do instrumento e pressionar a chave repetindo o processo até que no papel não fique marca de umidade, Tal procedimento deverá ser feito em todas as sapatilhas. Agora irá se fazer à limpeza do corpo do instrumento, como nosso suor é acido, deve-se remover o quanto possível qualquer marca de nossos dedos bem como qualquer poeira acumulada entre as chaves, primeiramente usando do pincel com pêlos longos remover qualquer vestígio de poeira acumulada entre as chaves, logo após, passar por todo o instrumento um pano macio de algodão para remover as marcas de suor, tomando um cuidado maior com as chaves. Embora algumas pessoas recomendem que se deva periodicamente se pingar óleo lubrificante nos

eixos, lembramos que tal procedimento devido a não completa penetração do óleo e conseqüente "lambuzamento" das partes próximas ao eixo, irá provocar um acumulo de poeira a qual quando não completamente limpa, irá provocar na próxima "lubrificação" a penetração desta poeira no eixo podendo com o tempo torná-lo "pesado" ou danificá-lo por esmerilhamento. Notamos que a grande maioria dos flautistas, para não dizermos sua totalidade, quando da limpeza do seu instrumento esquece de limpar uma parte importante dele: o conjunto de afinação. Primeiro deve-se remover o conjunto de afinação, para tal afrouxar o parafuso externo até o seu limite, depois pressionar para dentro, feito isso remover o parafuso externo e com a ponta do dedo empurrar o conjunto de afinação até ele ficar livre e ser removido pela parte oposta ao parafuso externo, feito isso proceder ao "enxugamento" da mesma forma como foi feito no corpo do instrumento. Limpar a cortiça de afinação com um pedaço de pano de algodão e remontar o conjunto na cabeça da flauta, aqui se deve ter o cuidado de usar um lubrificante para cortiças (geralmente sebo de Holanda), na montagem para facilitar deve-se usar a vareta de afinação para posicionar o conjunto em seu lugar e depois colocar novamente o parafuso externo, e usar da marcação existente na vareta de afinação posicionar, corretamente o conjunto. 11 LIMPEZA GERAL Embora alguns autores defendam que tal procedimento deva ser feito a cada seis meses, cheguei à conclusão que deverá ser feito sempre que necessário, e a periodicidade será determinada pêlos meios onde o instrumento está sendo utilizado, bem como da higiene pessoal do musico, cabendo ao musico e/ou ao responsável pêlos instrumentos a sensibilidade de determinar o momento para execução deste tipo de procedimento. Primeiro passo, desmontagem do instrumento: separar a cabeça, o corpo e o pé do instrumento. Na cabeça encontra-se o bocal e o conjunto de afinação o procedimento a seguir é o mesmo da limpeza padrão com a diferença que após seguir os procedimentos anteriormente descritos, ira passar uma fina camada de polidor de metais sempre seguindo as instruções do fabricante. Segundo passo: desmontar o corpo e do pé do instrumento, para tal procedimento primeiro devera se aliviar a pressão das molas utilizar para tal da agulha de crochê, após todas as molas estarem devidamente sem pressão, remover as chaves, para tal deve-se retirar os parafusos de cada chave e logo após a remoção da chave retornar os parafusos aos orifícios de origem, com isso tanto se evita perder os parafusos bem como trocálos de lugar o que pode ocasionar o mau funcionamento das mesmas. Removidas as chaves, verificar o estado das sapatilhas, caso estas não se encontrem em perfeito estado deve-se procurar um técnico para providenciar a 12

troca das mesmas logo após o procedimento de limpeza, mas caso se encontre em perfeito estado dar prosseguimento ao processo de limpeza. A quase totalidade das sapatilhas da flauta têm como característica serem presas ás chaves através de parafusos, o que não é comum, já que via regra geral as sapatilhas são coladas às chaves. Essa característica nos permite a fácil remoção das mesmas, mas devendo observar alguns cuidados neste procedimento. Antes da retirada deve-se marcar qual a sua posição e após a retirada marcar a que chave ela pertence. Tal retirada somente deve ser feita se a chave em questão estiver tão suja que tenha que obrigatoriamente ser lavada. Caso contrario é aconselhável seguir o procedimento abaixo. as chaves com o pincel de pêlos curtos para remoção dos restos do polidor. Agora vem a parte que alguns consideram "chata", a limpeza dos orifícios e dos parafusos, lembramos que caso esta etapa não seja feita, de pouco adianta termos um instrumento limpo e brilhando se o funcionamento dele não corresponde. Terminada a limpeza deve-se verificar a tensão das molas. Terminado o processo de limpeza, passar à montagem do instrumento, observando-se sempre que todos os eixos e parafusos devem ser corretamente lubrificados antes da montagem. Tudo feito é hora de testar para ver se o instrumento se encontra em perfeitas condições e se todos os parafusos de ajuste estão corretamente ajustados. Após a verificação das sapatilhas, deve-se passar uma pequena,mas suficiente quantidade de polidor de metais no corpo do instrumento sempre seguindo as orientações do fabricante. Findo o polimento, lavar o corpo da flauta com um sabão ou detergente neutro com a finalidade de remover os resíduos do polidor de metais, não esquecendo de lavar o interior da mesma. Após o enxágüe, secar imediatamente o corpo do instrumento para evitar a formação de manchas. Estando devidamente seco, proceder à limpeza das chaves. Como as sapatilhas não devem ser molhadas, o procedimento será um pouco diferente, primeiro com um chumaço de algodão embebido em um pouco de polidor para metais passar na chave seguindo as recomendações do fabricante, após o polimento escovar 13 14

OBOÉ e CLARINETE o chave de fenda (tipo relojoeiro) 2 mm; o chave de fenda 2 mm haste longa (>15 cm); o alicate bico chato 4"; o alicate bico redondo 4"; o óleo lubrificante para chaves; o lubrificante para juntas; Material: o um cordel resistente com aproximadamente 20 cm maior do que o comprimento do corpo do instrumento; o pedaço de pano (de preferência de algodão) que deve ser firmemente fixado em uma das pontas do cordel, para limpeza interna do instrumento; o um pequeno peso que deve ser preso em outra extremidade do cordel, de modo que passe livremente pelo interior do instrumento; o pedaços de papel absorvente; o pano de algodão para limpeza externa do instrumento; o pincel chato ½ "; 15 16 o agulha de crochê n 12 ou similar; o algodão; o palitos de dente; o óleo fino (fluido de freios ou óleo de maquina); o detergente neutro; o polidor de metais; ' o pincel chato ½ " com pêlos cortados curtos. Os corpos dos Oboés e dos Clarinetes são fabricados de madeira ou resina plástica. Existem também clarinetes fabricados de metal, porém são raros de serem encontrados. Os que normalmente encontramos nas escolas e bandas são de resina plástica. Portanto o corpo deste tipo de oboé e clarinete pode ser lavado normalmente se utilizando água e

detergente neutro. Já o mesmo não se pode fazer com as chaves em razão de na maioria delas se encontrarem as sapatilhas. Mas vamos pelo começo. LIMPEZA REGULAR Partindo do pressuposto de que o Oboé ou Clarinete se encontra montado, e terminou-se de ser manuseado: O primeiro passo é retirar a palheta (da boquilha no caso dos Clarinetes) e, se possível, lavá-la em água corrente. Em seguida enxugá-la delicadamente e guardá-la no estojo apropriado.o segundo passo é separar as partes do instrumento, cuidadosamente. Com elas separadas, passar o pano preso ao cordel com peso, pela parte interna do instrumento com o fim de secá-lo (inclusive pela boquilha, no caso dos Clarinetes). O terceiro passo é utilizar o papel absorvente, introduzindo-o entre a sapatilha e o corpo do instrumento, pressionando levemente a respectiva chave para secar a sapatilha. O último passo é a limpeza externa do instrumento. Para isso utilizar o pincel e o pano de algodão. Primeiro com o pincel, limpar delicadamente os sujos e a poeira depositados entre as chaves. Depois, com o pano, limpar completamente as chaves e o corpo do Oboé ou Clarinete. Este procedimento deverá ser executado invariavelmente TODAS as vezes que o instrumento for manuseado para estudo, ensaio ou apresentação. 17 LIMPEZA GERAL O primeiro passo é o mesmo utilizado para a Limpeza Regular. O segundo passo começa pela separação das partes que compõe o Oboé ou Clarinete. Em seguida a desmontagem que deve iniciar pela parte superior do instrumento, tendo-se como ordem de seqüência de retirada às chaves que ficam por cima das demais. Começar aliviando a pressão da mola da chave correspondente, utilizando-se para isso a agulha de crochê. Com a mola destensionada, utilizar as chaves de fenda de acordo com a posição dos parafusos. Retirar os parafusos de uma chave por vez. Para os parafusos longos que apresentem dificuldade de remoção, usar cuidadosamente o alicate de bico chato: Logo após a retirada de cada chave retornar os parafusos aos locais originais para evitar perda ou erro na remontagem. Manter a chave retirada em local seguro. Repetir o procedimento para todas as chaves. O terceiro passo é a limpeza do corpo do Oboé ou Clarinete. Caso ele seja feito de resina plástica ou de metal, proceder à limpeza utilizando água e sabão ou detergente neutro. Para isso, molhar o corpo do instrumento e aplicar o sabão ou detergente neutro com um pincel de cerdas duras (que pode ser também uma escova de dente), terminando com enxágüe com bastante água para a remoção dos resíduos do sabão ou detergente. Imediatamente ao terminar o enxágüe, enxugar totalmente o corpo de instrumento utilizando para tal um pano, de preferência de tecido de algodão que não solte fiapos. 18

Terminado esse passo, promover a limpeza dos parafusos e dos castelos. Utilize pequenos pedaços de algodão, palitos de dente e um pouco de óleo fino (fluido de freio, óleo de maquina), introduzindo o palito de dente com um pequeno pedaço de algodão embebido com um POUCO de óleo nos orifícios dos castelos para remover as sujeiras ali acumuladas. Nos parafusos colocar uma gota de óleo fino, e em seguida escovar os mesmos com um pincel de cerdas duras e curtas, e os "enxugar" (tirar o excesso) do óleo com um chumaço de algodão. Limpar as chaves utilizando produtos específicos para limpeza de metais (Kaol, Brasso, Silvo, etc.) seguindo sempre as recomendações do fabricante para cada produto. Só após a limpeza da chave é que se deve limpar completamente os seus orifícios e lubrificálos sem excessos. Após a limpeza de todos os elementos (corpo, chaves e parafusos), proceder as seguintes tarefas: lubrificar os parafusos e chaves; verificar a tensão das molas: retensioná-las se preciso for utilizando o alicate de bico redondo; verificar o estado das sapatilhas: se danificadas, substituí-las; examinar os calços surdos; Terminado o exame acima e corrigidos todos os problemas apresentados, iniciar a montagem o instrumento. Um detalhe de suma importância deve ser observado SEMPRE: colocar uma gota de óleo lubrificante para chaves em cada parafuso a ser montado. Depois de colocar os parafusos, retirar o excesso de óleo e não esquecer de recolocar as molas usando novamente a agulha de crochê. Finalmente lubrificar a cortiça das juntas, montar o Oboé ou Clarinete e o testá-lo. Caso apresente algum vazamento, fazer a seguinte verificação: se houve esquecimento de retornar alguma mola ao seu lugar original; se alguma chave foi montada de forma incorreta; se alguma chave deixou de ser montada; se existe algum calço faltando ou desgastado:neste caso proceder à substituição. O procedimento de LIMPEZA GERAL deverá SEMPRE ser feito bi-mensalmente, para lugares com pouca poeira ambiente. Para lugares com alto índice de poeira, deverá ser feito mensalmente. Em ambos os casos proceder com mais freqüência quando se fizer necessário, ou então antes de se guardar o instrumento por períodos prolongados. efetuar os ajustes necessários. Caso seja encontrado algum defeito, corrigi-lo imediatamente. 19 Cuidado especial deve ser dispensado aos Clarinetes Alto e Baixo, por possuírem a campana, feita de metal. Remova a chave localizada nessa peça, antes 20

de lavá-la. Utilizando um polidor apropriado de metais, polir cuidadosamente. Após o polimento lavar com sabão ou detergente neutro e imediatamente enxugá-la para evitar a formação de manchas. Remontar a chave retirada dessa peça. SAXOFONES 21 22 Material: o um cordel resistente com aproximadamente 30 cm maior do que o comprimento do corpo do instrumento; o pedaço de pano (de preferência de algodão) que deve ser firmemente fixado em uma das pontas do cordel, para limpeza interna do instrumento; o um pequeno peso que deve ser preso em outra extremidade do cordel, de modo que passe livremente pelo interior do instrumento; o pedaços de papel absorvente; o pano de algodão para limpeza externa do instrumento; o pincel chato ½ "; o chave de fenda (tipo relojoeiro) 3 mm;

o chave de fenda 3 mm haste longa (>20 cm); o alicate bico chato 4"; o alicate bico redondo 4"; o óleo lubrificante para chaves; o agulha de crochê n 12 ou similar; o algodão; o palitos de dente; o óleo fino (fluido de freios ou óleo de maquina); o detergente neutro; o polidor de metais; o pincel chato ½ " com pêlos cortados curtos; o arame recozido (± 20 cm); Os processos de limpeza de instrumentos muito se assemelham, principalmente quando existe uma semelhança na lógica construtiva. Embora os Saxofones não se assemelhem nem em timbre sonoro nem em aparência aos Oboés e aos Clarinetes, existem semelhanças construtivas. São instrumentos de palheta, possuem chaves e molas, castelos que suportam as chaves e as molas, sapatilhas, e, no caso dos Clarinetes e Saxofones, possuem boquilhas. Partindo desse principio, os procedimentos 23 seguintes serão uma repetição dos procedimentos já vistos para a limpeza do Oboé e do Clarinete. LIMPEZA REGULAR Para a limpeza regular utilizar os mesmos procedimentos citados anteriormente para o Oboé e Clarinete. Partindo do pressuposto de que instrumento se encontra montado, e terminou-se de ser manuseado: O primeiro passo é retirar a palheta e, se possível, lavá-la em água corrente. Em seguida enxugála delicadamente e guardá-la no estojo apropriado. O segundo passo é separar as partes do instrumento, cuidadosamente. Com elas separadas, passar o pano preso ao cordel com peso, pela parte interna do instrumento com o fim de secá-lo. O terceiro passo é utilizar o papel absorvente, introduzindo-o entre a sapatilha e o corpo do instrumento, pressionando levemente a respectiva chave para secar a sapatilha. O último passo é a limpeza externa do instrumento. Para isso utilizar o pincel e o pano de algodão. Primeiro com o pincel, limpar delicadamente os sujos e a poeira depositados entre as chaves. Depois, com o pano, limpar completamente as chaves e o corpo do saxofone. Não esquecer que este procedimento deverá ser executado invariavelmente TODAS as vezes que o instrumento for manuseado para estudo, ensaio ou 24

apresentação. LIMPEZA GERAL O primeiro passo é retirar a palheta da boquilha e, se possível, lavá-la em água corrente. Em seguida enxugá-la delicadamente e guardá-la no estojo apropriado. O segundo passo consiste em retirar o tudel do corpo do instrumento, e em seguida, a desmontagem do instrumento. Começar sempre pelo destensionamento das molas. Após, proceder à retirada das chaves, sempre começando pelas chaves posicionadas mais externamente. Manter o permanente cuidado de logo após a retirada de cada chave, recolocar o(s) parafuso(s) novamente em seu local de origem. O terceiro passo vai depender das condições do instrumento. Caso ele esteja com seu banho (de níquel, cromo ou laca) em perfeito estado de conservação, recomenda-se somente lavá-lo com a utilização de um pincel, de uma espoja macia e de detergente ou sabão neutro. Atenção: nunca utilizar elementos abrasivos tipo palha de aço, nem o lado áspero das esponjas com dupla-face. Imediatamente após a lavagem, enxaguar com bastante água corrente, enxugá-lo o mais perfeitamente possível. Caso o instrumento apresente desgaste acentuado em seu acabamento de cobertura, as partes que estão sem proteção, e que apresentem oxidação acentuada, deverão ser limpas primeiro com um polidor de metais apropriado para o acabamento do instrumento, dando-se preferência pêlos me- nos abrasivos. Na falta 25 desses, um pequeno truque é não agitar a lata do polidor para evitar a mistura da parte abrasiva que fica depositada no fundo da lata, quando esta está em repouso. Utilizar somente o solvente de oxido que se encontra na parte superior da solução. Logo após o termino do polimento das partes oxidadas, proceder à lavagem do instrumento como descrito no terceiro passo acima. Isso deverá ser feito sempre, não somente para retirar os resíduos formados, como também para preservar a saúde do músico, pois no caso da permanecia do material usado para o polimento, este poderá causar danos à sua saúde. Concluída a tarefa de limpeza do corpo do instrumento, iniciar o quarto passo que é proceder a limpeza das chaves. Para tal, utilizar um polidor apropriado para o acabamento correspondente das chaves, tendo o cuidado primordial de evitar o contato do produto polidor com o couro das sapatilhas. Visto que os polidores de metal são basicamente feitos de derivados de petróleo, concluímos, portanto, que eles têm o efeito de ressecar o couro das sapatilhas e, assim danificá-las de forma irremediável. Por isso, todo cuidado se faz necessário. Uma lembrança se faz necessária: após o polimento de qualquer peça, usando um polidor de metais, sempre ter o cuidado redobrado na remoção de qualquer resíduo do produto aplicado, utilizando um pano limpo de algodão e, caso se faça necessário, o uso de um pincel. Quinto passo, embora seja tediosa para muitos, considero parte essencial para preservar o 26

perfeito funcionamento das chaves de qualquer instrumento: a perfeita limpeza e lubrificação de todos os parafusos, seus receptáculos, roscas, bem como os encaixes e passadores das chaves. Para a execução deste trabalho ira se necessitar de palitos de dente, algodão, óleo fino (fluido de freio, óleo de maquina) e arame recozido. Como nos Oboés e Clarinetes usar os palitos de dente com pequeno pedaço de algodão embebido em um POUCO de óleo nos orifícios dos castelos para remover as sujeiras ali acumuladas. Como os saxofones possuem algumas chaves com passadores longos, usar o arame recozido da mesma forma que a dos palitos de dente. Para os parafusos seguir o mesmo processo utilizado anteriormente. Terminado o processo de limpeza, remontar o instrumento sempre seguindo o processo abaixo: lubrificar os parafusos e chaves; verificar a tensão das molas: retensioná-las se preciso for utilizando o alicate de bico redondo; verificar o estado das sapatilhas: se danificadas, substituí-las; examinar os calços surdos; efetuar os ajustes necessários. Caso seja encontrado algum defeito, corrigi-lo imediatamente. Tudo estando montado é hora de testar o 27 instrumento. Caso apresente algum problema, verificar se todas as molas estão corretamente colocadas, se não tem nenhuma chave mal montada. Caso o problema seja causado por uma sapatilha com defeito, efetuar a troca da mesma caso esteja capacitado ou levar o instrumento após a remontagem para um técnico. Porém se for uma chave empenada, não tentar simplesmente desempenar a chave e sim efetuar o reparo levando sempre em consideração a estrutura original do instrumento e seu perfeito funcionamento, mas como no capitulo anterior a melhor solução ainda é encaminhar o instrumento a um técnico habilitado. Mesmo não sendo técnico em manutenção de instrumento, é prática comum, o próprio músico dar um jeitinho e tentar, ele mesmo, desempenar a chave, forçando-a para a posição que julga ser a correia. Esse procedimento é muito perigoso porque pode causar a quebra ou o amolecimento do metal da chave que normalmente é feita de bronze, tomando mais oneroso o conserto. Quinto passo, embora seja tediosa para muitos, considero parte essencial para preservar o perfeito funcionamento das chaves de qualquer instrumento: a perfeita limpeza e lubrificação de todos os parafusos, seus receptáculos, roscas, bem como os encaixes e passadores das chaves. Para a execução deste trabalho ira se necessitar de palitos de dente, algodão, óleo fino (fluido de freio, óleo de maquina) e arame recozido. Como nos Oboés e Clarinetes usar os palitos de dente com pequeno pedaço de algodão embebido em um POUCO de óleo nos orifícios dos castelos para remover as sujeiras ali acumuladas. Como os saxofones possuem algumas chaves com passadores longos, usar o arame 28

recozido da mesma forma que a dos palitos de dente. Para os parafusos seguir o mesmo processo utilizado anteriormente. Terminado o processo de limpeza, remontar o instrumento sempre seguindo o processo abaixo: músico dar um jeitinho e tentar, ele mesmo, desempenar a chave, forçando-a para a posição que julga ser a correia. Esse procedimento é muito perigoso porque pode causar a quebra ou o amolecimento do metal da chave que normalmente é feita de bronze, tornando mais oneroso o conserto. lubrificar os parafusos e chaves; verificar a tensão das molas: retensioná-las se preciso for utilizando o alicate de bico redondo; verificar o estado das sapatilhas: se danificadas, substituí-las; examinar os calços surdos; efetuar os ajustes necessários. Caso seja encontrado algum defeito, corrigi-lo imediatamente. Tudo estando montado é hora de testar o instrumento. Caso apresente algum problema, verificar se todas as molas estão corretamente colocadas, se não tem nenhuma chave mal montada. Caso o problema seja causado por uma sapatilha com defeito, efetuar a troca da mesma caso esteja capacitado ou levar o instrumento após a remontagem para um técnico. Porém se for uma chave empenada, não tentar simplesmente desempenar a chave e sim efetuar o reparo levando sempre em consideração a estrutura original do instrumento e seu perfeito funcionamento, mas como no capitulo anterior a melhor solução ainda é encaminhar o instrumento a um técnico habilitado. Mesmo não sendo técnico em manutenção de instrumento, é prática comum, o próprio 29 30

FAGOTE, OBOÉ E CLARINETE DE MADEIRA o alicate bico redondo 4 o óleo lubrificante para chaves; o lubrificante para juntas; o agulhado crochê n 12; o algodão; o palitos de dente; o óleo fino (fluido de freios ou óleo de maquina); o polidor de metais; Material: o pedaço de pano (de preferência algodão) preso a um cordel com um pequeno peso na ponta; o pedaços de papel absorvente; o pano de algodão; o pincel chato ½ " ; o chave de fenda (tipo relojoeiro) 2 mm o chave de fenda 2 mm haste longa (>15 cm); o alicate bico chato 4 31 32 o pincel chato ½ com pêlos cortados curtos. Os instrumentos feitos de madeira têm uma natural "aversão" pela água, mesmo eles sendo envernizados (fagotes) ou polidos (clarinetes e oboés), deve-se sempre ter em mente de evitar molhá-los a qualquer custo, e caso isso venha a ocorrer, enxugá-los o mais rapidamente possível. LIMPEZA REGULAR É a mesma feita para os clarinetes e oboés. O primeiro passo é retirar a palheta (da boquilha no caso dos Clarinetes) e, se possível, lavá-la em água corrente. Em seguida enxugá-la delicadamente e guardá-la no estojo apropriado. O segundo passo é separar as partes do

instrumento, cuidadosamente. Com elas separadas, passar o pano preso ao cordel com peso, pela parte interna do instrumento com o fim de secá-lo (inclusive pela boquilha, no caso dos Clarinetes). O terceiro passo é utilizar o papel absorvente, introduzindo-o entre a sapatilha e o corpo do instrumento, pressionando levemente a respectiva chave para secar a sapatilha. O último passo é a limpeza externa do instrumento. Para isso utilizar o pincel e o pano de algodão. Primeiro com o pincel, limpar delicadamente os sujos e a poeira depositados entre as chaves. Depois, com o pano, limpar completamente as chaves e o corpo do instrumento. Este procedimento deverá ser executado invariavelmente TODAS as vezes que o instrumento for manuseado para estudo, ensaio ou apresentação. LIMPEZA GERAL Os procedimentos iniciais para o primeiro e segundo passo são iguais aos executados para os clarinetes e oboés. Terceiro passo: aqui existe uma diferença fundamental, como foi dito anteriormente : instrumentos de madeira têm "alergia" a água, neste caso não se poderá lavá-los como é o procedimento para instrumentos feitos em resina plástica. Deve-se então limpar o corpo do instrumento somente com um pincel e um pedaço de pano de algodão. Em casos muito raros, quando a madeira do 33 corpo do instrumento se encontrar muito ressecado é que se poderá utilizar algum produto especifico para a limpeza de madeiras (óleo de cedro, óleo de peroba, óleo de mogno), tendo o cuidado de seguir atentamente as instruções do fabricante e de selecionar o produto de acordo com o tipo de madeira utilizada na confecção do instrumento. Os passos seguintes são os mesmos utilizados para clarinetes e oboés. Promover a limpeza dos parafusos e dos castelos. Utilizar pequenos pedaços de algodão, palitos de dente e um pouco de óleo fino (fluido de freio, óleo de maquina), introduzindo o palito de dente com um pequeno pedaço de algodão embebido com um POUCO de óleo nos orifícios dos castelos para remover as sujeiras ali acumuladas. Nos parafusos colocar uma gota de óleo fino, e em seguida escovar os mesmos com um pincel de cerdas duras e curtas, e os "enxugar" (tirar o excesso) do óleo com um chumaço de algodão. Limpar as chaves utilizando produtos específicos para limpeza de metais (Kaol, Brasso, Silvo, etc.) seguindo sempre as recomendações do fabricante para cada produto.só após a limpeza da chave é que se deve limpar completamente os seus orifícios e lubrificálos sem excessos. Após a limpeza de todos os elementos (corpo, chaves e parafusos), proceder as seguintes tarefas: 34 lubrificar os parafusos e chaves; verificar a tensão das molas: retensiona-las se preciso for

utilizando o alicate de bico redondo; verificar o estado das sapatilhas: se danificadas, substituí-las; examinar os calços surdos; efetuar os ajustes necessários. Caso seja encontrado algum defeito, corrigi-lo imediatamente. Terminado o exame acima e corrigidos todos os problemas apresentados, iniciar a montagem o instrumento. Um detalhe de suma importância deve ser observado SEMPRE: colocar uma gota de óleo lubrificante para chaves em cada parafuso a ser montado. Depois de colocar os parafusos, retirar o excesso de óleo e não esquecer de recolocar as molas usando novamente a agulha de crochê. Finalmente lubrificar a cortiça das juntas, montar o Oboé ou Clarinete e o testá-lo. Caso apresente algum vazamento, fazer a seguinte verificação: o se houve esquecimento de retornar alguma mola ao seu lugar original; o se alguma chave foi montada de forma incorreta; o se alguma chave deixou de ser montada; O procedimento de LIMPEZA GERAL deverá SEMPRE ser feito bi-mensalmente, para lugares com pouca poeira ambiente. Para lugares com alto índice de poeira, deverá ser feito mensalmente. Em ambos os casos proceder com mais freqüência quando se fizer necessário, ou então antes de se guardar o instrumento por períodos prolongados. Cuidado especial deve ser dispensado aos Clarinetes Alto e Baixo, por possuírem a campana feita de metal. Utilizando um polidor apropriado de metais, polir cuidadosamente Após o polimento lavar com sabão ou detergente neutro e imediatamente enxugá-la para evitar a formação de manchas. Remova a chave localizada nessa peça, antes de lavá-la. Remontar a chave retirada dessa peça. Outro cuidado que se deve ter é quando da lubrificação, afinal a madeira absorve com facilidade o óleo utilizado na lubrificação das chaves, deve-se, portanto evitar ao extremo deixar pingar óleo na superfície do instrumento. Lembrando que os instrumentos confeccionados em madeira, embora aparentem uma maior robustez, são instrumentos frágeis não suportando a umidade e o calor excessivo, bem como choques, nestes casos podendo trincar a madeira inutilizando o instrumento. o se existe algum calço faltando ou desgastado: neste caso proceder à substituição. 35 36

TROMPETES. FLUGELHORN. BOMBARDINO (EUPHONIO). TUBA. SOUSAFONE. CORNET. TROMBONE DE PISTOM o óleo lubrificante para pistons; o algodão; o polidor de metais; o pasta de dentes. Deve já ter surgido uma pergunta, qual o critério para a ordem de agrupamento dos instrumentos utilizados neste manual, a resposta é simples : A igualdade nos procedimentos de limpeza e manutenção. Creio que já devem ter percebido que os clarinetes e oboés tem uma manutenção igual, isso se deve à forma construtiva dos mesmos, no caso atual todos os instrumento em deste capitulo tem pontos em comum: são de bocal, utilizam pistons, possuem voltas de afinação e são feitos de metal. Por estas características é que estão agrupados LIMPEZA REGULAR Material: o pedaços de papel absorvente; o pedaço de pano (de preferência algodão) preso a um cordel com um pequeno peso na ponta; Como não cansamos de repetir este procedimento de limpeza, SEMPRE deverá ser executado logo após o uso do instrumento. No caso destes instrumentos é um processo bastante simples, primeiro retira-se o bocal e o limpa com um pano de algodão. o pano de algodão; o pincel chato ½ "; 37 Segundo passo retira-se as voltas de afinação enxugá-las internamente utilizando para isso o pano com o peso na ponta, às vezes dependendo da quantidade de 38

saliva / água é interessante possuir mais de uma pano com peso na ponta, remontando-as logo a seguir porem sem esquecer de lubrificá-las com o óleo especial para voltas de afinação. Terceiro passo retirar os pistons e proceder da mesma forma que no capitulo anterior. Ao remontar os pistons não esquecer de colocar algumas gotas de óleo para pistons nos mesmos. Como passo final passar um pano macio de algodão por todo o instrumento para remover marcas de dedos. Tais cuidados se devem pelo fato de que tanto nosso suor quanto nossa saliva são ácidos e reagem negativamente tanto com a cobertura de proteção dos instrumentos bem como com o metal do mesmo, chegando até a causar furos. LIMPEZA GERAL Começar pela desmontagem do instrumento, retirando o bocal, as voltas de afinação e os pistons. Os pistons também deverão ser desmontados, sempre com os maiores cuidados possíveis para não danificá-los. O passo seguinte dependerá do estado de conservação do instrumento, caso ele se encontre com sua cobertura em perfeito estado, bastará lavar a parte externa com uma esponja macia e um sabão ou detergente neutro e na parte interna utilizar ou de escovas apropriadas à venda nas lojas do ramo ou improvisar utilizando varetas nas quais se prenderá pedaços de pano ou esponja. 39 Caso a cobertura do instrumento se encontre danificada, utilizar nestas partes danificadas um polidor de metais para remoção dos óxidos ali formados e logo após prosseguir a limpeza como no capitulo anterior lavando o instrumento. As voltas de afinação merecem um cuidado especial em sua limpeza, já encontrei alguns músicos que usam de palha de aço para limpá-las e alguns mais "exagerados" chegam a passar lixa de grana baixa para remover o sujo, quanto ao uso de uma lixa de grana superior a 1500 e "surrada" não vejo tanto empecilho desde que seja utilizada somente uma vez e isso para a remoção do "grosso" do sujo, mas o correio é usar somente um polidor de metais, sempre lavando bem após o seu uso. Enxaguar o instrumento com bastante água e imediatamente enxugá-lo. Agora proceder com os cuidados dos pistons e das camisas aonde os pistons trabalham. Dependendo do grau de sujeira utilizar ou do polidor de metais ou da pasta de dentes, aqui abro um parêntese para explicar o uso da pasta de dentes, é que a mesma é composta basicamente de um detergente e de um abrasivo geralmente a base de sílica (areia) e/ou de um oxido de alumínio. Caso os pistons e as camisas se encontrem pouco sujos deve-se utilizar o polidor de metais sempre de acordo com as instruções do fabricante, não esquecendo sempre de lavar bem as peças polidas para evitar a presença de resíduos do polidor. 40

Porem se os pistons e as camisas se encontram muito sujos deve-se utilizar a pasta de dentes, para este caso deve-se usar do seguinte procedimento, com os pistons parcialmente montados (sem as molas, as guias e os feltros), passar uma pequena camada de pasta de dentes tanto nos pistons quanto no interior das camisas, sendo este procedimento feito um pistom por vez e sempre mantendo a ordem (pistom um na camisa um e assim por diante), introduzir o pistom delicadamente na sua camisa correspondente e movimentá-lo para cima e para baixo com leves movimentos rotativos, a duração do processo dependera única e exclusivamente do quanto sujo existir, devendose periodicamente molhar o conjunto para evitar o ressecamento do dentifrício. Findo o processo lavar bem e enxaguar em água corrente enxugando bem logo a seguir. Montar o instrumento, sempre tomando o cuidado de lubrificar tanto as voltas de afinação como os pistons usando para isso o lubrificante indicado para cada caso. Sempre é recomendado que durante o manuseio do instrumento se tome bastante cuidado para não danificá-lo, procurando manejar com a delicadeza e a firmeza necessária para evitar uma queda, que mesmo pequena pode danificar o instrumento. E lembrando que os pistons são peças delicadas que qualquer amassado, empeno ou riscado pode comprometer definitivamente o instrumento. Portanto ao manusear os pistons todo cuidado ainda é pouco, não se devendo em nenhuma hipótese manusearmos sobre superfícies ásperas (ex.: cimento) ou metálicas. 41 42 TROMBONES DE VARA Material: ` o pedaço de pano (de preferência algodão) preso a um cordel com um pequeno peso na ponta; o pano de algodão; o óleo lubrificante para varas de trombones; o algodão; o polidor de metais. O mais delicado dos instrumentos de metal, e por conseqüência o instrumento em que a manutenção preventiva assume uma importância vital no que diz a perfeita limpeza e uma eficiente lubrificação. Explico, o trombone de vara é o único instrumento de sopro que trabalha com o seu mecanismo (a vara) totalmente exposto às intempéries.

Em contrapartida à sua delicadeza, é um instrumento de fácil conservação, porem de cuidados indispensáveis. LIMPEZA REGULAR Neste caso especifico destes instrumentos as duas formas de manutenção se confundem, primeiro pela aparente simplicidade construtiva dos trombones de vara, segundo pela exigüidade de peças ou partes, a saber: campana, volta de afinação, vara interna, vara externa e bocal. Começar pela regra básica, ou seja, logo após o uso do instrumento iniciar o procedimento de limpeza pelo bocal da mesma forma como foi feita com os bocais dos trompetes, tubas etc... Terminada esta fase, com extremo cuidado proceder à limpeza da vara do trombone. Com um pano enxugar a vara externamente, em seguida utilizando a vareta que acompanha o instrumento passando um pedaço de pano pelo orifício, com delicadeza passar pelo interior da vara externa e da vara interna, aplicar umas gotas de óleo lubrificante para varas de trombone e montar as varas do instrumento. Próximo passo, retirar a volta de afinação e utilizando o pano com o peso, introduzir o peso na volta de afinação de forma que ela saia pelo outro lado, puxar pelo fio forçando o pano passar por dentro da volta de afinação afim de secá-la. Repetir o processo através da campana. Após o que, passar um pano limpo e macio em 43 toda a superfície do instrumento para remover marcar de suor. Uma observação, caso se tenha utilizado o instrumento em um lugar empoeirado ou ar livre, ou notado a vara "arranhando", não se deve proceder à limpeza padrão, isso porque a presença de poeira, areia ou qualquer outro elemento abrasivo ira danificar a superfície da vara, devendo-se, portanto nestes casos proceder-se a limpeza geral. LIMPEZA GERAL Os procedimentos a serem seguidos são semelhantes aos do procedimento anterior, com uma diferença fundamental, é que após a desmontagem devese lavar o instrumento com um sabão ou detergente neutro, sempre se tendo um cuidado especial com o conjunto vara interna e vara externa, dando preferência de quando da limpeza deste conjunto se proceder da seguinte forma: utilizando-se de uma superfície plana e limpa com tampo de madeira ou fórmica, separar o conjunto de varas, pinga-se algumas gotas de detergente neutro dentro da vara externa, enche-a até a sua metade com água, agita-se durante um breve espaço de tempo, após o que verter fora esta "água", enxaguar com bastante água corrente, tal procedimento visa retirar de dentro da vara externa, grãos de poeira ou areia, em seguida se utilizando a vareta de limpeza, que geralmente acompanha o instrumento, passando-se um pedaço de pano macio pelo fiador (aquele buraco na ponta da vareta) embebe-se o mesmo em um pouco de detergente neutro, e delicada, mas firmemente introduzila na vara externa em toda a sua extensão fazendo movimentos simultâneos rotativos e de "vai-e-vem", 44

proceder ao enxágüe. Se existir e persistir uma crosta na face interna da vara externa, pode-se tentar eliminar usando novamente da vareta de limpeza com um pedaço de pano macio preso na ponta embebido em um polidor de metais, repetindo os mesmos movimentos rotativos e de "vai-e-vem", após o termino do polimento repetir o processo do capitulo anterior, tomando o cuidado de lavar e enxaguar bem para retirar a presença de todo o polidor de metais que é danoso ao musico. Repetir o processo para também a face interna da outra vara, já a face externa da vara interna somente deverá ser limpa com um pano macio e um detergente ou sabão neutro, não se deve passar palha de aço e muito menos lixa, e caso ela apresente crostas ou arranhões deverá ser levada á um técnico para ele executar um polimento. Findo estes procedimentos enxugar bem o instrumento, lubrificar a vara com um lubrificante especifico para varas de trombone, montar o instrumento e testá-lo. Material: TROMPAS E TROMBONES DE ROTOR o pedaço de pano (de preferência algodão) preso a um cordel com um pequeno peso na ponta; o pano de algodão; o pincel chato ½ " ; o óleo lubrificante para rotores; o algodão; o chave Philips 1/8 "; o alicate universal 4" ou alicate de bico fino 4" o martelo pena 50 gr. ; o pedaço de madeira (cabo de vassoura) 10 cm. o polidor de metais. 45 46

Os instrumentos com rotor são uma variante dos instrumentos com pistons, pois em verdade os rotores nada mais são do que pistons que giram.e com isso desviam a coluna de ar (som). LIMPEZA REGULAR Em principio aplica-se o mesmo processo de limpeza utilizado para os instrumentos de pistons, ou seja, começar pelo procedimento de limpeza dos bocais, depois as voltas de afinação, para isso utilizando-se do pano com o cordel, não esquecer de quando da remontagem de lubrificar as voltas de afinação, após o que, deve-se passar um pano de algodão macio em toda a extensão do instrumento afim de enxugá-lo e retirar marcas de suor. Existe um costume enraizado no seio dos músicos de que se deve ficar "pingando" óleo lubrificante na junção das chaves e ou rotores, isso se deve, creio eu, ao fato de que o óleo lubrificante irá penetrar na chave e irá mantê-la lubrificada, não deixa de ser verdade, acontece que juntamente com o óleo lubrificante também irá penetrar a sujeira que se acumulou no "melado" da junção das chaves e ou rotores, e isto é fácil de se notar quando da desmontagem das chaves e ou rotores, a presença de uma "lama", que infelizmente é abrasiva, ou seja, vai lentamente "esmerilhando" o eixo das chaves e ou rotores. Lembrando também que o óleo lubrificante não irá penetrar totalmente e irá formar um "lambuzamento" que somente servirá para agregar mais poeira. Portanto somente deve-se aplicar os óleos lubrificantes em superfícies que estejam limpas e isentas de poeira ou outros detritos. 47 LIMPEZA GERAL Sempre ouvi falar os rotores são "sagrados" e, portanto não dever ser mexidos, fico tentando imaginar o porque de tal assertiva, será que quem fez tal afirmação considera os músicos como pessoas absolutamente ineptas ; sinceramente não acredito que uma pessoa que consegue tocar um instrumento, ler e interpretar uma partitura possa ser uma pessoa inepta. Portanto vamos "profanar" os rotores e desmontá-los e proceder a sua limpeza. A limpeza começa da mesma forma do procedimento anterior, com a desmontagem do instrumento retirando-se o bocal e as voltas de afinação, após o que lavá-las com um sabão ou detergente neutro seguindo o mesmo procedimento já utilizado para voltas de afinação, quanto à vara do trombone segue-se o mesmo processo utilizado anteriormente para trombones de vara. Bem, vamos agora a "profanação", rotores como já foi dito anteriormente, nada mais são do que pistons que giram, e devem ser tratados com o mesmo cuidado, em hipótese alguma deve deixá-los cair no chão ou sobre qualquer superfície dura, portanto deve-se escolher um local com uma superfície de madeira, evitando-se superfícies de cimento ou metálicas. O primeiro passo será a retirada dos comandos dos rotores, ou seja, a ligação entre eles e as chaves de acionamento, tornando-se o maior cuidado possível na observação de como são montadas para não incorrer em erros na remontagem. Para tal utilizar a ferramenta adequada que dependendo do caso poderá 48