Art. 6º - Compete ao Órgão Ambiental Municipal o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local, ouvido o órgão competente d

Documentos relacionados
Art. 3º A Fundação Estadual de Meio Ambiente-Pantanal, expedirá as seguintes Licenças Ambientais:

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 237 DE 19 DE DEZEMBRO DE 1997

Estado do Rio Grande do Sul

LICENCIAMENTO AMBIENTAL FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:

DIREITO AMBIENTAL. Proteção do meio ambiente em normas infraconstitucionais. Resoluções do CONAMA Parte 2. Prof. Rodrigo Mesquita

RESOLUÇÃO Nº 19/01 DE 25 DE SETEMBRO DE 2001

LEI Nº 6.947, DE

RESOLUÇÃO CONAM Nº 09, DE

Resolução SMA nº 49 DE 28/05/2014 Norma Estadual - São Paulo Publicado no DOE em 29 mai 2014

Decisão de Diretoria CETESB nº 153 DE 28/05/2014 Norma Estadual - São Paulo Publicado no DOE em 29 mai 2014

Estado do Rio de Janeiro PREFEITURA MUNICIPAL DE BELFORD ROXO GABINETE DO PREFEITO

DECRETO Nº , DE 10 DE DEZEMBRO DE 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE BROTAS CNPJ /

JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAETITÉ

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Sistema Integrado de Normas Jurídicas do Distrito Federal SINJ-DF

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

L E I n.º /

DECRETO Nº 1.832, DE 30 DE ABRIL DE 2008.

DECRETO Nº. 058 DE 19 DE MAIO DE 2017

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL. Daniel Freire e Almeida

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Edição Número 161 de 20/08/2004 Ministério do Meio Ambiente Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 279, DE 27 DE JUNHO DE 2001

Legislação Ambiental Aplicada a Parques Eólicos. Geógrafa - Mariana Torres C. de Mello

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 08, de 14/07/2011

LEI Nº DE 03 DE DEZEMBRO DE 2015

Prof. Mariana M Neves DIREITO AMBIENTAL

Art. 2º O art. 37 do Decreto nº , de 2018, passa a vigorar com a seguinte redação:

PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO E CONTROLE DE IMPACTOS AMBIENTAIS

INSTRUÇÃO NORMATIVA N 1, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2015

Decreto nº , de Art. 32 (...)

LEI Nº DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008.

O Conselho Estadual de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Decreto Estadual n , de 25/04/2007,

RESOLUÇÃO N 005, DE 26 DE FEVEREIRO DE Revoga Instrução Normativa 11, de

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado do Ambiente SEA

CONSELHO DIRETOR ATO DO PRESIDENTE RESOLUÇÃO INEA Nº 142 DE 06 DE SETEMBRO DE 2016.

INSTRUÇÃO NORMATIVA N º 1, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2016.

DECRETO Nº , DE 04 DE DEZEMBRO DE 2002

Módulo Órgãos Ambientais Competentes Procedimentos do licenciamento ambiental Exercícios.

Instrução Normativa n º 1, de 23 de fevereiro de 2016.

GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS Secretaria de Estado da Casa Civil DECRETO Nº 9.101, DE 05 DE DEZEMBRO DE 2017

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MATEUS ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 11, DE 03 DE SETEMBRO DE 2008.

Licenciamento Ambiental no Brasil

NOTA TÉCNICA Nº 02/2012/GT PROJETOS DE LEI E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL/COMITE DE MEIO AMBIENTE CMA 1

Dispõe sobre procedimentos para o licenciamento ambiental no âmbito da Secretaria do Meio Ambiente.

DECRETO Nº DE 24 DE JANEIRO DE 2017

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Página 18. Quinta Feira, 03 de Outubro de 2013 Diário Oficial Nº 26144

PREFEITURA MUNICIPAL DE JAGUAQUARA

RESOLUÇÃO CONJUNTA SF/PGE N 003, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2018 (DOE de )

MENSAGEM Nº 32/2018 CHARRUA, 23 DE ABRIL DE Senhor Presidente, Senhores Vereadores e Vereadora:

GESTÃO AMBIENTAL. Licenciamento Ambiental ... Camila Regina Eberle

DECRETO Nº , DE 18 DE NOVEMBRO DE (DO de 19/11/1994)

LEI Nº DE 06 DE JANEIRO DE 2010

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 9, DE 25 DE FEVEREIRO DE 2019

PREFEITURA MUNICIPAL DE MORRO DA FUMAÇA Rua 20 de Maio, Centro MORRO DA FUMAÇA-SC CNPJ: /

RESOLUÇÃO CONSEMA Nº 52, de 05 de dezembro de 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDO Estado do Rio Grande do Sul Secretaria Municipal de Gestão e Governo. Prezado Senhor,

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 65, DE 13 DE ABRIL DE 2005

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 470, DE

MARCIA PEREIRA CINTRA ENGENHEIRA AGRONOMA - UFMT ANALISTA DE MEIO AMBIENTE COORDENADORIA DE INDUSTRIA-CI SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA INDUSTRIA

PORTARIA Nº 55, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2014

SISEMA. Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. POLÍCIA MILITAR D E M I N A S G E R A I S Nossa profissão, sua vida.

RESOLUÇÃO CADES Nº DE DE 2014

RESOLUÇÃO SMAC Nº 569, DE DOM

LEI MUNICIPAL Nº 1.465, DE 26 DE ABRIL DE Institui as Taxas de Licenciamento Ambiental e dá outras providências.

Legislação Ambiental / EIA RIMA Legislação

RESOLUÇÃO UNESP Nº 37, DE 09 DE SETEMBRO DE 2008.

RESOLUÇÃO Nº 92/06-CEPE

INSTRUÇÃO PREVIC Nº 28, DE 12 DE MAIO DE 2016.

Diário Oficial do Município - Belo Horizonte Ano VIII - Nº: /12/2002. Poder Executivo

INSTRUÇÃO NORMATIVA ICMBIO Nº 30, DE 19 DE SETEMBRO DE 2012

Direito Ambiental. Licenciamento Ambiental. Professora Viviane Brenner.

Prefeitura do Município de Londrina Estado do Paraná

DECRETO Nº , DE 13 DE MARÇO DE 2017.

Resolução nº 635, de 9 de maio de 2014

Resolução CONSEPA nº 7 DE 17/11/2015 Norma Estadual - Rondônia Publicado no DOE em 24 nov 2015

SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE E DA SUSTENTABILIDADE - SMAMS CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE RESOLUÇÃO DO COMAM 003 / 2018

Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980.

RESOLUÇÃO NORMATIVA CONCEA Nº 16, DE 30 DE ABRIL DE 2014

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA (UNILA) CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO CONSUN N 07 DE 27 DE MARÇO DE 2017

EVANDRO LUIS GAVA, Prefeito Municipal de Nova Veneza, faz saber a todos, que a Câmara de Vereadores aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:

P ORTARIA Nº. 10/2010

Deliberação Normativa COPAM nº., de XX de janeiro de 2010

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

CAPÍTULO I DO ALVARÁ

GABINETE DO PREFEITO LEI Nº 4332/2013

DIRETIVA DO COPAM Nº. 02, DE 26 DE MAIO DE (publicado no dia 02/07/2009)

DECRETO N , DE 4 DE DEZEMBRO DE 2002

DECRETO N 1.717, DE 24 DE NOVEMBRO DE DECRETA:

PREFEITURA MUNICIPAL DE CARMO DA CACHOEIRA GABINETE DO PREFEITO. DECRETO Nº de 26 de outubro de 2012

DECRETO Nº , DE 24 DE JANEIRO DE 2017

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE FAZENDA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela legislação em vigor,

CONSELHO NACIONAL DE CONTROLE DE EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL RESOLUÇÃO NORMATIVA No 21, DE 20 DE MARÇO DE 2015.

RESOLUÇÃO CRP/16 Nº 007/ De 16 de Outubro 2004

Transcrição:

DECRETO Nº 4.344-N, de 07 de outubro de 1998 "Regulamenta o Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras ou Degradadoras do Meio Ambiente, denominado SLAP, com aplicação obrigatória no Estado do Espírito Santo." O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando da atribuição que lhe é conferida pelo art. 91, item III, da Constituição Estadual, e amparado nos artigos 225, 1º, item IV da Constituição Federal e 187, 1º e 2º, itens I e II, e 3º e 4º da Constituição Estadual, bem como as Leis Estaduais nºs 3.582, 4.126/88, 4.701/92, 4.861/93, 5.230/96 e 5.361/96, e ainda o que consta no processo nº 14444585/98, DECRETA CAPÍTULO I DO SISTEMA DE LICENCIAMENTO DAS ATIVIDADES POLUIDORAS Art. 1º - Este Decreto regulamenta o Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras ou Degradadoras do Meio Ambiente, denominado SLAP, com aplicação obrigatória no Estado do Espírito Santo. Art. 2º - Para efeito deste Decreto são adotadas as seguintes definições: I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma possam causar degradação ambiental, considerando as disposições gerais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso; II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental; III - Estudos Ambientais: são todos os estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou empreendimento apresentado como subsídio para análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plena de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preliminar de risco; Art. 3º - O SLAP representa o conjunto de instruções, normas, diretrizes e outros atos preliminares, concomitantes, complementares e, pertinentes ao licenciamento ambiental, observado o disposto em lei e neste Decreto. Art. 4º - O SLAP, um instrumento da Política Estadual do Meio Ambiente é essencial para a garantia da conservação da qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico e visa disciplinar a localização, instalação, operação dos empreendimentos e atividades potencial ou efetivamente poluidoras ou degradadores e a implantação e funcionamento de qualquer equipamento e ou sistema de controle de poluição do meio ambiente, consideradas também suas ampliações. Art. 5º - Os empreendimentos e atividades, potencial ou efetivamente, poluidoras ou degradadoras, existentes ou que venham se instalar em território do Estado, ficam sujeitas a prévio licenciamento do órgão estadual competente, na forma da legislação pertinente, ressalvado o disposto no Art. 6º, após análise conclusiva de estudo ambiental, estudo de impacto ambiental, ou ainda de declaração de impacto ambiental, na conformidade da lei e deste Decreto, contempladas nas seguintes situações: I - localizadas ou desenvolvidas em mais de um município ou em Unidades de Conservação Estadual e seus respectivos entornos, na forma prevista em Lei; II - localizadas ou desenvolvidas nas florestas e demais formas de vegetação natural de preservação permanente relacionadas nas Legislações Federal, Estadual e Municipal; III - cujos impactos ambientais diretos ultrapassem os limites territoriais de um ou mais municípios; IV - delegados por instrumento legal.

Art. 6º - Compete ao Órgão Ambiental Municipal o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto local, ouvido o órgão competente do Estado e da União, quando couber; e daquelas que lhe forem delegadas pelo Estado por instrumento legal, dependendo para tanto de comprovação de sua capacidade operacional, levando em consideração o atendimento dos seguintes requisitos: I - Conselho Municipal de Meio Ambiente deliberativo e paritário; II - disponibilidade de recursos humanos com capacidade técnica comprovada para atuar na área ambiental; III - legislação Municipal voltada à proteção, conservação e melhoria do meio ambiente; IV - disponibilidade de infra-estrutura operacional adequada à fiscalização e licenciamento ambiental; Parágrafo Único - O órgão ambiental municipal deverá dar publicidade administrativa no Diário Oficial do Estado e em periódico de grande circulação no município de sua atuação, declarando estar apto para exercer o licenciamento ambiental. Art. 7º - O órgão estadual competente deverá fomentar mecanismos de benefícios e incentivos aos Municípios que estiverem, exercendo atividades licenciadoras no Estado, através de instrumento legal específico. Art. 8º -O licenciamento ambiental somente será realizado em um único nível de competência, observado o disposto nas legislações federal e estadual pertinentes e em especial neste Decreto, bem como a competência dos Municípios, conforme estabelecidas no Art. 6º. Art. 9º - O órgão competente procederá o licenciamento ambiental, após ouvido, quando couber, os órgãos competentes da União e do Estado, especialmente aqueles competentes para autorizar a supressão de vegetação e de outorga de recursos hídricos, devendo, ainda, solicitar ao requerente do licenciamento que apresente a certidão do órgão competente do Município onde esteja declarado que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estejam em conformidade com a legislação municipal aplicável ao uso e ocupação do solo. Art. 10 - As atividades poluidoras ou degradadoras, referenciadas no artigo 5, dentre outras, são aquelas previstas na legislação federal pertinente, bem como no Decreto Estadual 2.299-N/86, podendo o órgão estadual competente complementá-las ou modificá-las naquilo que for necessário à implementação e operacionalização do SLAP, desde que fundamentado em parecer técnico consubstanciado, estabelecendo ainda os procedimentos administrativos e prazos a ele inerentes, observando o disposto nas legislações pertinentes e especialmente neste Decreto, nos limites de suas atribuições legais. 1º - O procedimento para o licenciamento ambiental obedecerá às seguintes etapas: I - definição fundamentada pelo órgão ambiental competente, dos documentos, projetos e estudos ambientais e de saúde pública necessários ao início do processo de licenciamento correspondente à licença a ser requerida, com a participação do empreendedor. II - requerimento da licença ambiental pelo empreendedor, acompanhado dos documentos, projetos e estudos ambientais pertinentes, dando-se a devida publicidade; III - análise pelo órgão estadual competente, integrante do SISNAMA, dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias; IV - solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão competente, integrante do SISNAMA, uma única vez, quando couber, e com base em norma legal ou em sua inexistência em parecer técnico fundamentado, em decorrência da análise dos documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, podendo haver a reiteração da mesma solicitação apenas nos casos em que os esclarecimentos e complementações, comprovadamente, não tenham sido satisfatórios, nos termos da lei e deste Decreto; V - audiência pública, quando couber, de acordo com a lei e com este Decreto; VI - solicitação de esclarecimentos e complementações pelo órgão competente, decorrentes de audiências públicas, quando couber, podendo haver reiteração da solicitação quando os esclarecimentos e complementações não tenham sido comprovadamente satisfatórios, nos termos da Lei e deste Decreto;

VII - emissão de parecer técnico conclusivo e, quando couber, parecer jurídico; VIII - deferimento ou indeferimento do pedido de licença, dando-se a devida publicidade. 2 - Deverão ser estabelecidos procedimentos administrativos simplificados para as atividades e empreendimentos de pequeno potencial de impacto ambiental, desde que assim enquadradas com base em parecer técnico fundamentado, que deverão ser aprovados pelo respectivo Conselho de Meio Ambiente. 3º - Deverá ser admitido um único processo de licenciamento ambiental para pequenos empreendimentos e atividades e serviços similares e vizinhos ou por aqueles integrantes de planos de desenvolvimento aprovados previamente pelo órgão ambiental competente, desde que contemplada a proteção ao meio ambiente e a qualidade de vida e definida a responsabilidade legal individual e pelo conjunto de empreendimentos ou atividades. 4 - Deverão ser estabelecidos critérios para agilizar e simplificar os procedimentos de licenciamento ambiental e renovação das licenças das atividades e serviços que implementem planos e programas voluntários de gestão ambiental, visando a melhoria contínua e o aprimoramento do desempenho ambiental. 5 - O órgão estadual competente não poderá conceder licenças ambientais desacompanhadas da Certidão Negativa de Débito Ambiental, na forma da lei e de Decreto específico. Art. 11 - São instrumentos de controle do Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidores - SLAP: I - Licença Prévia (L.P.); II - Licença de Instalação (L.I.); III - Licença de Operação (L.O.); IV - Estudos Ambientais; V - Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA); VI - Declaração de Impacto Ambiental; VII - Auditorias Ambientais de conformidade legal; VIII - Certidão negativa de débito ambiental. Art. 12 - O órgão competente, complementará através de Instruções, normas, diretrizes e outros atos administrativos, mediante instrumento específico, o que se fizer necessário à implementação e ao funcionamento do SLAP, observando o disposto nas Leis e neste Decreto, e nos limites de suas atribuições legais. CAPÍTULO II DO CADASTRO E DA CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES POLUIDORAS OU DEGRADADORAS DO MEIO AMBIENTE Art. 13 - O cadastro de atividades, potencial ou efetivamente poluidoras ou degradadoras, constitui a fase inicial e obrigatória do licenciamento ambiental, sendo que as atividades e serviços já existentes e que venham a se instalar no Estado do Espírito Santo, deverão renovar ou cadastrar-se no órgão estadual competente, que lhe verificará a conformidade legal. 1º - O Órgão competente convocará por edital, publicado no Diário Oficial do Estado e periódico de grande circulação, ou intimará diretamente aqueles que exerçam atividades, que constituem fontes de poluição ou degradação do meio ambiente, para o cadastramento ou sua renovação, fixando o prazo para providenciarem as informações solicitadas. 2º - O não atendimento à convocação, no prazo estabelecido, será considerado como infração agravada e acarretará pelo não atendimento às determinações, a imposição de penalidade pecuniária. 3º - O cadastramento consistirá na prestação de informações técnicas e operacionais segundo o impresso padronizado a ser fornecido pelo órgão competente. 4º - Os valores para cobrança do cadastramento encontram-se embutidos nos custos estipulados

para a concessão das licenças ambientais. 5 - O cadastro deverá ser atualizado a cada 04 (quatro) anos ou por ocasião da renovação da licença ambiental. 6 - O órgão estadual competente solicitará aos órgãos ambientais municipais informações sobre as atividades licenciadas no período. CAPÍTULO III DAS LICENÇAS Art. 14 - O órgão competente expedirá as licenças Prévia, de Instalação e de Operação, nos prazos abaixo discriminados e, quando couber, seus condicionantes, considerando ainda o seguinte: I - O prazo de validade da Licença Prévia (L.P.) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos relativos ao empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 05 (cinco) anos. II - O prazo de validade da Licença de Instalação (LI) deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a 06 (seis) anos. III - O prazo de validade da Licença de Operação (LO) será de, no mínimo de 04 (quatro) anos e, no máximo de 06 (seis) anos. 1 - A licença Prévia (LP) e a Licença de Instalação (LI) poderão ter os prazos de validade prorrogados, em decisão do órgão competente, motivada pelo requerente do licenciamento ambiental, e que fundamentará a necessidade da prorrogação solicitada obedecidos os limites estabelecidos nos itens I e II. 2 - As licenças ambientais estaduais, expedidas após a vigência da Resolução CONAMA 237/97, de 19/12/97, deverão ter seus prazos de validade adequados ao estabelecidos neste Decreto. 3 - As licenças ambientais poderão se expedidas, isoladas ou sucessivamente, de acordo com a natureza, característica e fase da atividade ou serviço requerente do licenciamento. Art. 15 - A Licença Ambiental de Operação (LO) poderá ser expedida com o prazo máximo de 06 (seis) anos, em decisão do órgão competente, fundamentada no seguintes requisitos: I - atendimentos das condicionantes estabelecidas na Licença de Operação anterior; II - plano de correção das não conformidades legais previamente aprovado, decorrente da última auditoria ambiental realizada; III - apresentação da certidão negativa de débito ambiental. Parágrafo Único - A renovação da Licença de Operação (LO) de uma atividade ou serviço, enquadrados neste Decreto, deverá ser requerida, com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este, automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão estadual competente. Art. 16 - A Licença Prévia (L.P), expedida na fase inicial do planejamento da atividade, fundamentada em informações formalmente prestadas pelo interessado e aprovadas pelo órgão competente, especifica as condições básicas a serem atendidas durante a instalação e funcionamento do equipamento ou atividade poluidora ou degradadora observando os aspectos locacionais, tecnologia utilizada e concepção do sistema de controle ambiental proposto. 1º - A concessão da LP implica no compromisso da entidade poluidora ou degradadora de manter projeto final compatível com as condições de deferimento. 2 - Na concessão dessa licença deverão ser sempre observados os planos, Federal, Estadual e Municipal do uso e ocupação do solo. Art. 17 - A licença de instalação (L.I.), é expedida com base na aprovação dos Estudos Ambientais, Declaração de Impacto Ambiental ou de Estudos de Impacto Ambiental, conforme enunciados neste Decreto, e de acordo com padrões técnicos estabelecidos pelo órgão estadual competente, de dimensionamento do sistema de controle ambiental e, de medidas de monitoramento previstas. 1º - A L.I. autoriza o início da implantação da atividade potencial ou efetivamente poluidora ou degradadora subordinando-as às condições de construção, operação e outras expressamente

degradadora subordinando-as às condições de construção, operação e outras expressamente especificadas. 2º - A montagem, instalação ou construção de equipamentos relacionados com qualquer atividade potencial ou efetivamente poluidora ou degradadora, sem a licença de instalação (L.I.), ou inobservância das condições expressas na sua concessão, resultará em embargo do empreendimento ou atividade, independentemente de outras sanções cabíveis. 3 - Constitui obrigação do requerente o atendimento às solicitações de esclarecimentos necessários à análise e avaliação do projeto de controle ambiental apresentado ao órgão competente. Art. 18 - A Licença de Operação (L.O.) é expedida com base na aprovação do projeto em vistoria, teste de pré-operação ou qualquer meio técnico de verificação do dimensionamento e eficiência do sistema de controle ambiental e das medidas de monitoramento implantadas, bem como, das condicionantes determinadas para a operação. 1 - A L.O. autoriza a operação do empreendimento ou atividade subordinando sua continuidade ao cumprimento das condições de concessão de L.P. e da L.I.. 2º - Para avaliar a eficiência das medidas adotadas pelo empreendimento ou atividade, poderá ser determinado, pelo órgão competente, um período necessário para testar os controles previstos, podendo ser concedido uma licença provisória de operação, cuja validade, não exceda a 90 dias, desde que se fundamente a necessidade em parecer técnico consubstanciado. 3 - O órgão competente poderá estabelecer prazos de validade específicos para a licença de operação dos empreendimentos ou atividades, com base em parecer técnico fundamentado, e que por sua natureza e peculiaridades, estejam sujeitas a encerramento, em prazos inferiores aos estabelecidos neste Decreto. Art. 19 - Atendidas as exigências e com início de operação da atividade, mediante vistoria final, o órgão competente, emitirá a licença de operação (L.O.), encerrando-se o processo iniciado com o cadastramento do empreendimento ou atividade. Art. 20 - A ampliação do empreendimento ou atividade a inovação de tecnologia ou de equipamentos e que impliquem em alterações na natureza e ou operação das instalações, na natureza dos insumos básicos, na tecnologia produtiva, e aumento da capacidade nominal de produção ou prestação de serviços, ficam condicionadas ao cumprimento do licenciamento enunciado no artigo 14 deste decreto, desde que o licenciamento seja iniciado com a Licença Ambiental que contemple o estágio da atividade. Art. 21 - Constitui infração gravíssima dar início ou prosseguir atividade potencial ou efetivamente poluidora ou degradadora, sem a correspondente licença ambiental, punida a omissão com imposição de penalidade, fundamentada em lei e neste Decreto. Art. 22 - A atividade ou serviço licenciados deve manter as especificações constantes dos Estudos Ambientais, Estudos de Impacto Ambiental e Declaração de Impacto Ambiental, apresentados e aprovados, sob pena de invalidar a licença, acarretando automaticamente a suspensão temporária das atividades até que cessem as irregularidades constatadas. Parágrafo Único - As exigências para o licenciamento deverão estar fundamentadas em norma legal, ou, em sua inexistência, em parecer técnico consubstanciado. Art. 23 - Fica vedado às instituições financeiras, controladas pelo Estado do Espírito Santo, concederem créditos, sob qualquer modalidade, que beneficiem atividades ou empreendimentos efetivos ou potencialmente poluidores ou degradadores não licenciados na forma desse Decreto. Art. 24 - Os empreendimentos licenciados pelo órgão competente, poderão ter suspensas temporariamente ou cassadas suas licenças, nos seguintes casos: a - falta de aprovação ou descumprimento de dispositivo previsto nos Estudos Ambientais, Declaração de Impacto Ambiental e Estudos de Impacto Ambiental aprovados; b - má fé comprovada, omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da Licença; c - superveniência de riscos ambientais e de saúde pública; d - infração continuada;

e - violação e inadequação injustificada de quaisquer condicionantes; Parágrafo Único - A cassação definitiva da Licença Ambiental concedida, somente poderá ocorrer se as situações acima contempladas não forem corrigidas, e ainda, após transitado em julgado a decisão administrativa, proferida em última instância, pelos respectivos Conselhos de Meio Ambiente. CAPÍTULO IV DA DEFESA E DO RECURSO Art. 25 - Do ato de indeferimento da licença ambiental requerida, e de sua suspensão temporária ou cassação, caberá: I - defesa, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados a partir da data do recebimento da notificação, para a autoridade superior de Órgão competente, que dará ciência da decisão ao infrator. II - Recurso, em Segunda e última instância administrativa, ao respectivo Conselho de Meio Ambiente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, após o recebimento da ciência referida no item I deste artigo. 1º - A autoridade superior deverá se manifestar no prazo máximo de 15 (quinze) dias, sobre a defesa administrativa apresentada. 2 - O Conselho de Meio Ambiente deverá se manifestar, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, sobre o recurso interposto. 3º - As defesas e os recursos não terão efeitos suspensivos. CAPÍTULO V DOS ESTUDOS AMBIENTAIS, ESTUDOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS Art. 26 - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de um empreendimento não abrangidos pelo EIA ou DIA, apresentados como subsídio para a análise da licença requerida ou sua renovação, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada, análise preliminar de risco; bem como os Relatórios de Auditorias Ambientais, de Conformidades Legais. Parágrafo Único - O órgão competente, verificando que a atividade ou serviço não é potencial ou efetivamente causadora de significativa degradação do meio ambiente, não havendo assim necessidade de apresentação de D.I.A ou E.I.A., definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento. Art. 27 - O órgão competente determinará, com base em parecer técnico fundamentado, sempre qu e necessário, além dos casos previstos na legislação vigente, a realização de Estudos de Impacto Ambiental, fundamentado na análise preliminar do projeto da atividade a ser licenciada. 1º - Será exigido Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental em quaisquer das fases do licenciamento, mediante decisão do órgão competente fundamentada em parecer técnico consubstanciado, obedecida a legislação vigente, em função do significativo impacto ambiental do empreendimento ou atividade. Art. 28 - Fica instituída a Carta Consulta Ambiental, através da qual poderá ser procedida com agilidade, resposta a empreendedores sobre viabilidade de localização em território do Estado de Espírito Santo, de seu empreendimento, com base em análise prévia de suas características e informações sobre o local pretendido. Parágrafo Único - O órgão ambiental competente deverá se manifestar em 15 (quinze) dias sobre a consulta formulada, sendo que sua manifestação positiva não gerará direito adquirido ao licenciamento ambiental em qualquer de suas fases, e a negativa não impedirá que o empreendedor solicite a concessão do licenciamento ambiental através dos procedimentos previstos na legislação. Art. 29 - Os Estudos de Impacto Ambiental serão desenvolvidos de acordo com o Termo de Referência aprovado pelo órgão competente. Parágrafo Único - O Termo de referência deverá ser aprovado pelo órgão competente no prazo máximo de 30 (trinta) dias. Art. 30 - Ao determinar a execução do Estudo de Impacto Ambiental, o órgão competente, fornecerá,

Art. 30 - Ao determinar a execução do Estudo de Impacto Ambiental, o órgão competente, fornecerá, caso couber, as instruções adicionais que se fizerem necessárias, com base em norma legal ou na inexistência desta em parecer técnico fundamentado, pelas peculiaridades do projeto e características ambientais da área, bem como fixará prazos para o recebimento dos comentários conclusivos dos órgãos públicos e demais interessados, bem como o prazo para conclusão e análise dos estudos. Art. 31 - Os Municípios, fundamentados no interesse local, e que tenham relação direta com o projeto ou que estejam em sua área de influência, receberão cópia do EIA e seu respectivo RIMA, mediante solicitação formal ao órgão estadual competente, e que deverão ser providenciadas pelo requerente licenciamento, para conhecimento e manifestação, nos prazos estabelecidos pelo órgão estadual competente e nos termos deste decreto. Art. 32 - Do Relatório de Impacto Ambiental relativo a atividades ou serviços de impacto ambiental significativo constará obrigatoriamente: I - a relação, quantificação e especificação dos equipamentos sociais e comunitários e de infraestrutura básica para o atendimento das necessidades da população, decorrentes da operação ou expansão do projeto; II - a fonte de recursos necessários a construção e a manutenção dos equipamentos sociais e comunitários e infra-estrutura, enunciados no item anterior; III - poderão ser solicitadas, a critério do órgão estadual competente, informações espec íficas julgadas necessárias ao conhecimento e compreensão do RIMA. 1º - O Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, refletirá as conclusões do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e objetiva transmitir informações fundamentais do mencionado Estudo, através de linguagem acessível, a todos os segmentos da população localizada na área de abrangência do projeto, para que possam entender as vantagens e desvantagens do mesmo, bem como, todas as conseqüências ambientais de sua implementação. 2º - O órgão competente, quando solicitado, deverá encaminhar cópia do EIA/RIMA para o respectivo Conselho de Meio Ambiente. Art. 33 - Os Estudos Ambientais, as Declarações de Impactos Ambientais, bem como os Estudos d e Impacto Ambiental, deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor, desde que devidamente cadastrados no órgão competente, ficando vedada a participação de servidores públicos pertencentes aos órgãos da administração direta ou indireta na elaboração dos mesmos na forma da lei. Parágrafo Único - O empreendedor e os profissionais que subscreverem os estudos relacionados no caput do artigo, sujeitam-se às responsabilidades, nos termos da lei. Art. 34 - O órgão competente centralizará o processo de análise do licenciamento ambiental, bem como aqueles decorrentes de apresentação de EIA/RIMA. 1º - A análise do EIA/RIMA será realizada por equipe técnica multidisciplinar instituída na forma da Lei pelo órgão competente. 2º - A equipe técnica prevista no parágrafo anterior, será integrada por representantes de diversos órgãos do Estado cujas atuações se relacionem com o empreendimento ou com a atividade em análise. Art. 35 - O parecer técnico, resultante da análise do EIA/RIMA, emitido pela SEAMA, deverá se apreciado pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente, em prazo máximo de 30 (trinta) dias, após formalmente convocado por seu Presidente. Art. 36 - Quando se tratar de licenciamento ambiental de atividade ou serviço de impacto ambiental significativo, a análise do Relatório de Impacto de Meio Ambiente - RIMA, realizada pelo órgão estadual competente, será submetida à apreciação da Comissão Permanente e Especifica do Meio Ambiente da Assembléia Legislativa. 1º - O RIMA estará acessível ao público, respeitado o sigilo industrial assim solicitado e demonstrado pelo requerente do licenciamento, inclusive no período de análise técnica, sendo que os órgãos públicos que manifestarem interesse ao órgão estadual competente e desde que fundamentem sua relação direta com o projeto, receberão cópia do mesmo para conhecimento e manifestação, em prazos previamente fixados e conforme disposições deste decreto, que deverão ser providenciadas pelo requerente do licenciamento.

pelo requerente do licenciamento. 2º - Os prazos fixados pelo órgão estadual competente, serão informados, através de publicação no órgão oficial e em jornal de grande circulação no local de abrangência dos impactos ambientais decorrentes do projeto. 3 - Ficam estabelecidos os prazos máximo de 6 (seis ) meses e 12 ( doze ) meses, respectivamente para análise, deferimento ou indeferimento do DIA e ou EIA a contar do ato de protocolar o requerimento de análise. CAPÍTULO VI DAS DECLARAÇÕES DE IMPACTOS AMBIENTAIS Art. 37 - A Declaração de Impacto Ambiental é um estudo ambiental obrigatório a todos os casos de licenciamento para empreendimentos ou atividades que possam causar degradação ambiental, não abrangidas pela exigência do EIA/RIMA, mas de relevante interesse público, e ainda daqueles que objetivam mitigar efeitos nocivos ao meio ambiente, exigível a critério técnico a ser estabelecido pelo órgão ambiental competente. 1º - A Declaração de Impacto Ambiental não exime o responsável pelo projeto, do licenciamento ambiental. 2º - A Declaração de Impacto Ambiental será de responsabilidade direta do requerente do licenciamento. 3º - Para as atividades poluidoras ou degradadoras referenciadas no caput deste artigo, será obrigatória a apresentação da Declaração de Impacto Ambiental em fase preliminar ao licenciamento ambiental, que serão desenvolvidas de acordo com o Termo de Referência aprovado pelo órgão competente. 4º - A declaração de Impacto ambiental deverá atender a critério específico do órgão ambiental competente, contendo no mínimo: a - a descrição sucinta do empreendimento ou atividade, considerando o meio físico, o meio biológico e o meio sócio econômico; b - a descrição de possíveis impactos ambientais a curto, médio e longo prazo; c - as medidas para minimizar ou corrigir os impactos ambientais. Art. 38 - O órgão competente poderá estabelecer diretrizes e exigências adicionais, julgadas necessárias à elaboração da declaração de impacto ambiental, com base em norma legal ou em sua inexistência em parecer técnico, fundamentado. CAPÍTULO VII DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS Art. 39 - As audiências públicas constituem-se no ato formal e consultivo e têm por finalidade a divulgação discussão dos projetos e atividades, seus impactos, suas alternativas tecnológicas e de localização com todos os envolvidos, devendo também coletar as opiniões e críticas para fundamentar a tomada de decisão sobre o licenciamento ambiental. Art. 40 - As audiências públicas poderão ser determinadas e convocadas pelo órgão competente ou Ministério Público, desde que julgadas necessárias ou por solicitação de entidade civil, legalmente constituída, em observância de seu respectivo regimento estatutário e que tenha entre seus objetivos a proteção, conservação ou melhoria do meio ambiente. Parágrafo Único - O órgão competente poderá, ainda, determinar a realização de audiências públicas, quando solicitadas por órgãos públicos, entidades privadas ou por número expressivo de pessoas interessadas nas informações sobre o projeto, desde que domiciliados na área diretamente atingida pelos impactos ambientais advindos do mesmo. Art. 41 - As audiências públicas poderão ser determinadas e convocadas pelo órgão ambiental competente em prazo por este estabelecido, obedecido ao disposto no 2º deste Artigo e, em caso de não serem julgadas necessárias, observado o disposto no artigo 40 e em seu parágrafo único, devendo ocorrer em prazo mínimo de 45 (quarenta e cinco) dias e máximo de 60 (sessenta) dias, contados a partir da data de publicação do edital, nos termos do 2º, do artigo 36, para solicitação da audiência pública.

1º - A convocação da audiência indicará local, data, horário e duração de sua realização, bem como designará seu mediador e seu secretário. 2º - A convocação da audiência pública será publicada no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação, no local onde será realizada, com antecedência mínima de sete dias. 3º - Na publicação para convocação deverão ser enunciadas informações sucintas sobre o projeto, tais como, informação sobre a natureza do projeto, impactos dele decorrentes, resultado da análise técnica efetuada ou situações similares. 4º - Poderão ainda ser determinadas a prestação de informações adicionais, pelo órgão competente, com base em norma legal ou em sua inexistência em parecer técnico fundamentado. 5º - Poderão ser convocadas reuniões prévias antecedendo as audiências públicas como forma preparatória objetivando apresentar e discutir com a sociedade o relatório de impacto ambiental. Art. 42 - Caso a abrangência dos impactos, decorrentes do projeto, atinja mais de um município, poderá ser determinada audiência pública a ser realizada em cada um destes. Parágrafo único - As audiências públicas serão realizadas em locais de fácil acesso e próximos às comunidades diretamente afetadas pelo empreendimento, permitindo assim a efetiva participação popular. Art. 43 - Nas audiências públicas será obrigatória a presença dos: I - representante legal do empreendimento ou atividade; II - representante de cada especialidade técnica componente da equipe que elaborou o projeto; III - componentes da equipe técnica que concluir a análise do projeto; Parágrafo Único - Poderão ainda integrar a audiência as autoridades municipais e o representante do Ministério Público. Art. 44 - As audiências públicas serão instauradas sob a presidência do mediador e com a presença de seu secretário, rigorosamente dentro do horário estabelecido, sendo que antes do início dos trabalhos os participantes assinarão seus nomes em livros próprios. Art. 45 - Instaurada a audiência pública, esta deverá ter uma duração de 3 (três) horas, com tempo determinado de 30 (trinta) minutos para a abertura dos trabalhos, 30 (trinta) minutos para manifestação do empreendedor e/ou dos seus representantes técnicos que elaboraram o projeto, sendo resguardado o tempo de 2 (duas) horas para perguntas, sugestões, críticas dos participantes, direta ou indiretamente, afetados pelo empreendimento. O órgão ambiental competente, caso necessário, terá um tempo de 20 (vinte) minutos, antes do encerramento da audiência, para os esclarecimentos técnicos. 1º - Na abertura dos trabalhos o mediador informará sobre as regras que conduzirão a audiência; 2º - As audiências públicas poderão ter seus prazos de duração prorrogados por 30 (trinta) minutos, mediante justificativa do mediador e após concordância da maioria simples de seus participantes. Art. 46 - As inscrições para as intervenções orais serão encerradas após 30 (trinta) minutos do início dos debates, devendo os inscritos fornecerem identificação e endereço para correspondência. Parágrafo Único - O tempo disponível para as intervenções será dividido proporcionalmente, entre cada um dos inscritos, levando-se em consideração a duração da sessão e o tempo necessário ao esclarecimento das questões levantadas. Art. 47 - Uma nova sessão de audiência pública poderá ser convocada pelo órgão ambiental competente, mediante justificativa fundamentada pelo mediador da audiência pública realizada, além do caso previsto no artigo 42 deste Decreto. Parágrafo Único - Desde que tenham participado da audiência, as sociedades civis legalmente constituídas, o Ministério Público ou 2/3 de pessoas presentes poderão solicitar, através do mediador, nova sessão de audiência pública fundamentando o pedido e que será levado à apreciação do órgão ambiental competente. Art. 48 - Da audiência pública lavrar-se-á ata circunstanciada, incluindo, de forma resumida, todas as

Art. 48 - Da audiência pública lavrar-se-á ata circunstanciada, incluindo, de forma resumida, todas as intervenções, ficando esta à disposição dos interessados por até dez dias úteis e em local de acesso público às dependências do órgão competente. Art. 49 - As manifestações por escrito deverão ser encaminhadas ao órgão competente, em até dez dias úteis, contados a partir do dia seguinte ao da realização da audiência pública, não sendo consideradas aquelas recebidas após o prazo definido neste antigo. Art. 50 - Não haverá votação de mérito na audiência pública quanto ao RIMA apresentado. Art. 51 - O órgão competente emitirá parecer técnico, ou quando couber, parecer jurídico devidamente fundamentado, sobre o licenciamento requerido, manifestando-se sobre as intervenções apresentadas na audiência pública, sobre os comentários por escrito recebidos em prazo regulamentar, e dando continuidade ao processo de análise de forma multidisciplinar até o parecer técnico conclusivo. Art. 52 - O órgão competente fará publicar, no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação, edital onde será informado o local e o horário em que estarão disponíveis, no prazo de 05 (cinco) dias úteis para consulta pública, os pareceres técnicos e jurídicos referentes da RIMA apresentado na audiência pública. Art. 53 - As despesas efetuadas, e devidamente comprovadas, com a realização das audiências públicas serão assumidas diretamente pelo empreendedor responsável pelo empreendimento ou atividade apresentado para análise. CAPÍTULO VIII ENQUADRAMENTO DE ATIVIDADES POLUIDORAS OU DEGRADADORAS Art. 54 - O enquadramento das atividades poluidoras ou degradadoras objetiva estabelecer valores das taxas a serem cobradas apara as análises das licenças ambientais e dos EIA/RIMAS, em função do porte e do potencial poluidor/degradador da atividade. Art. 55 - As atividades poluidoras ou degradadoras serão conceituadas da seguinte forma: a - atividades industriais poluidoras; b - atividades não industriais efetiva ou potencialmente causadoras de degradação ambiental. SEÇÃO I DAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS POLUIDORAS E DAS NÃO INDUSTRIAIS DEGRADADORAS Art. 56 -As atividades industriais poluidoras e as não industriais degradadoras serão enquadradas de acordo com o porte e potencial poluidor degradador. Art. 57 - O enquadramento quanto ao porte se estabelecerá levando em consideração a área útil do empreendimento (AU) e o número de empregados (NE), ou de outro parâmetro que melhor caracterize o porte do empreendimento analisado, tais como: produção mensal (PM), comprimento(c), número de veículos, e será subdividido em 03 (três) grupos distintos: a - pequeno porte; b - médio porte; c - grande porte. Art. 58 - O potencial poluidor/degradador das atividades industriais poluidoras e das atividades não industriais será estabelecido através de norma técnica do órgão estadual competente, para cada tipo de atividade a ser licenciada, levando-se em consideração os efeitos da atividade causados sobre o solo, no ar e água. 1º - Será adotado para classificação da atividade o maior dentre os potenciais considerados sobre cada um dos recursos ambientais analisados. 2º - O potencial poluidor degradador será dividido em 03 (três) grupos distintos a saber: a - pequeno potencial poluidor/degradador; b - médio potencial poluidor/degradador;

c - grande potencial poluidor/degradador. Art. 59 - Em função do porte do empreendimento e do potencial poluidor degradador o enquadramento far-se-á, conforme Tabela N 01 anexa. Art. 60 - O enquadramento da atividade industrial poluidora, obedecidas as disposições na Tabela N 01, permitirá o estabelecimento dos valores das taxas a serem recolhidas, conforme enunciadas na Tabela VI da Lei N 4.861, publicada em 31 de dezembro de 1993, e que estão transcritas na Tabela N 02 anexa. Art. 61 - O enquadramento da atividade não industrial degradadora, permitirá estabelecimento dos valores das taxas a serem recolhidas, conforme enunciadas na tabela VI da Lei N 4.861, publicada em 31 de dezembro de 1993, e que estão transcritas na Tabela N 03 anexa. Art. 62 - Para o requerimento das licenças ambientais o responsável legal das atividades ou empreendimentos, além da solicitação de praxe, deverá preencher e firmar impresso padronizado sobre as informações preliminares essenciais ao enquadramento da atividade, onde se fundamentará o órgão estadual competente, para estabelecer o valor da taxa a ser previamente recolhida no banco indicado pelo órgão competente, através de documento próprio aprovado pelo Órgão de Arrecadação Fazendária. Parágrafo Único - Será facultado ao requerente do licenciamento, na pessoa de seu representante legal, o acesso à planilha de custos elaborada pelo órgão estadual competente para cobrança do valor da análise e da concessão da licença ambiental. CAPÍTULO IX DAS TAXAS DEVIDAS PARA PROCESSAMENTO DAS LICENÇAS, DOS EIAS/RIMA, E DAS ANÁLISES LABORATORIAIS Art. 63 - As taxas devidas para ressarcimento dos custos da análise e para processamento das licenças ambientais, estão estabelecidas na Lei 4.861/93, conforme constantes em sua tabela VI, somente podendo ser alteradas ou instituídas através de lei estadual, sendo regulamentadas por este decreto e que poderá ser complementado, naquilo que couber, e nos limites de sua competência, pelo órgão estadual competente. Parágrafo Único - Também serão cobrados os pedidos de renovação das licenças, obedecidas as disposições legais e regulamentares, especialmente as contidas no Artigo 20 deste decreto. Art. 64 -Somente após o recebimento do comprovante do recolhimento, o órgão estadual competente dará início a análise da licença requerida. 1º - O órgão competente poderá estabelecer prazos de análise diferenciados para cada modalidade de licença (LP, LI e LO) em função das peculiaridades do empreendimento ou atividade, bem como para a formulação de exigências complementares, desde que observado o prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato de protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA ou audiência pública, quando o prazo será de até 12 (doze) meses. 2º - A contagem do prazo previsto no parágrafo primeiro será suspensa durante a elaboração dos estudos complementares ou preparação de esclarecimentos pelo requerente do licenciamento. 3º - O empreendedor deverá atender a solicitação de esclarecimentos complementares, formuladas pelo órgão estadual competente, dentro do prazo máximo de 4 (quatro) meses, a contar do recebimento da respectiva notificação. 4º - Os prazos estipulados nos 1 e 3 poderão ser alterados, desde que justificados e com a concordância do empreendedor e do órgão competente. 5º - O não cumprimento dos prazos estipulados no parágrafo 1 e 3º deste artigo, respectivamente, sujeitará o licenciamento à ação do órgão que detenha competência para atuar supletivamente e o empreendedor ao arquivamento do seu pedido de licença. 6 - Caberá o arquivamento do pedido da licença ambiental, caso o empreendimento ou atividade em licenciamento não cumpra o disposto no 3, no prazo limite nele estipulado. 7º - O arquivamento do processo de licenciamento, previsto no 6, não impedirá que o empreendedor apresente novamente o requerimento da Licença mediante novo pagamento de custo da

empreendedor apresente novamente o requerimento da Licença mediante novo pagamento de custo da análise, observado disposto nos Art.14º e 20º deste decreto. Art. 65 - São contribuintes das taxas referenciadas no Artigo 63, as pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas enquadradas no Artigo 5, desde decreto, bem como aquelas que utilizem análises fisico-químicas ou instrumentais desenvolvidas no laboratório do órgão estadual competente. Art. 66 - Fica o órgão competente, autorizado a proceder a classificação técnica das atividades poluidoras e ou degradadoras, industriais ou não industriais, e que servirá de referencial para efeito de estabelecimento de enquadramento das atividades descritas neste capítulo bem como para a valoração das taxas a serem recolhidas, nos termos da Lei N 4.861/93 e neste Decreto. Art. 67 - O servidor público ou qualquer autoridade estadual não poderá praticar quaisquer atos sujeitos a taxa sem exigí-la respondendo solidariamente com o sujeito passivo inclusive pela multa, sem prejuízo das sanções administrativas. Art. 68 -As taxas recolhidas não serão devolvidas, salvo se for negada a prática do ato requerido ou a não prestação de serviço relacionado com o recolhimento. CAPÍTULO X DAS TAXAS REFERENTES AO PROCESSAMENTO DOS EIA/RIMAS Art. 69 - Ficam sujeitas ao recolhimento das taxas para análise do EIA/RIMA as atividades que causem significativos impactos ambientais, nos termos da legislação, pertinente a deste Decreto. Art. 70 - As taxas a serem recolhidas pelo responsável pelo empreendimento e atividades a serem licenciadas são estabelecidas pela Lei N 4.861/93, Decreto 3.934-N de 28.12.95: a - licença prévia 10.440,75 UFIR; b - licença de instalação 4.872,35 UFIR; c -licença de operação 4.872,35 UFIR; Art. 71 - O órgão competente, poderá cobrar custos adicionais ao empreendedor pela análise do EIA/RIMA, conforme previsto no artigo 9 da Lei N 4.861/93, em até dez vezes no máximo do valor correspondente ao seu enquadramento na tabela VI do supra citado texto legal e correspondente valor constantes alíneas letras, "a", "b", "c" do artigo anterior, obedecido o disposto neste Decreto. Art. 72 - Para a efetivação da cobrança de taxas será adotado pelo órgão competente idêntico procedimento ao utilizado no licenciamento ambiental. CAPÍTULO XI DAS ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E INSTRUMENTAIS Art. 73 - As taxas para a efetivação das análises físico-químicas e instrumentais, requeridas pelas pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas efetiva ou potencialmente poluidoras ou degradadoras, são as constantes nos itens 4 e 6.3, da Tabela VI, da Lei N 4.861/93. Art. 74 - As taxas deverão ser recolhidas no Banco indicado pelo órgão competente através de documento aprovado pelo Órgão de Arrecadação Fazendária. Art. 75 - O servidor público e as autoridades estaduais não poderão efetivar quaisquer das análises referenciadas sem antes comprovar o valor do recolhimento da taxa, sob pena de responder solidariamente como sujeito passivo, inclusive pela multa, sem prejuízo das sanções administrativas. Art. 76 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 77 - Revogam-se as disposições em contrário e especialmente o Decreto 3.735-N, de 11 de agosto de 1994. Palácio Anchieta, em Vitória aos 7 de outubro de 1998; 177 da Independência, 110º da República e 464º do Início da Colonização do Solo Espírito Santense. VITOR BUAIZ Governador do Estado