Escola Politécnica da Universidade de São Paulo PHD2537 Água em Ambientes Urbanos Bruno Boldrini de Carvalho Coelho N USP: 3729700 Fabia Akissue de Barros N USP: 3506246 Felipe de Freitas Bönecker N USP: 3511426 Rafael Reali Esposito N USP: 3751887 Rafael Soliaman N USP: 5175717 Novembro de 2009
Finalidades: Especificar os elementos que devem ser privilegiados na elaboração dos estudos de avaliação ambiental Evitar que haja dispêndio de tempo e recursos na obtenção de dados desnecessários.
Objetivo: Definir orientações de valorização, proteção e gestão equilibrada da água Com foco no desenvolvimento sustentável e na proteção ambiental
Elaboração: Programas de âmbito regional, ajustados às condições e peculiaridades da respectiva bacia hidrográfica; A gestão da água deve ser descentralizada, integrada e participativa; Reconhece o valor econômico da água e implanta a sua cobrança; Estabelece o rateio de custos das obras de aproveitamento múltiplo; Destaca o combate e prevenção das causas e efeitos da poluição das águas, das inundações, das estiagens, da erosão e do assoreamento dos corpos d água; Reconhece que deve ser feita a compensação financeira a municípios inundados por reservatórios e que tenham restrições devido à lei de proteção aos recursos hídricos; Ressalta a importância de compatibilizar o Gerenciamento com o Desenvolvimento Regional e com a Proteção do Meio Ambiente.
Uso Múltiplo da Água: 1 - Saneamento Básico Abastecimento público de água Esgotamento Sanitário Controle de doenças de veiculação e origem hídrica 2 - Agropecuária e Irrigação Análise da atividade agropecuária Potencial de terras para o desenvolvimento da agricultura irrigada 3 - Geração de Energia 4 - Uso Industrial Indústrias de transformação Mineração Pesca e aqüicultura 5 - Turismo e Lazer 6 - Preservação Ambiental
Os Planos de Recursos Hídricos são: Planos de longo prazo Metas de curto, médio e longo prazo para se atingir índices de qualidade pré-definidos, incluindo especificações dos recursos financeiros necessários. Horizonte de planejamento compatível com o período de implantação de seus programas e projetos
Conteúdo Mínimo dos Planos: Diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos; Análise de alternativas de crescimento demográfico, de evolução de atividades produtivas e de modificações dos padrões de ocupação do solo; Balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos recursos hídricos, em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos potenciais; Metas de racionalização de uso, aumento da quantidade e melhoria da qualidade dos recursos hídricos disponíveis; Medidas a serem tomadas, programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados, para o atendimento das metas previstas; Prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos; Diretrizes e critérios para a cobrança pelo uso dos recursos hídricos; Propostas para a criação de áreas sujeitas a restrição de uso, com vistas à proteção dos recursos hídricos.
1 Características Gerais da Bacia 1.1 - Meio Físico Clima Geologia Geomorfologia Pedologia Hidrogeologia Hidrografia
1 Características Gerais da Bacia 1.2 - Meio Biótico Vegetação Fauna Terrestre Ecossistemas Aquáticos Áreas Protegidas por Lei
1 Características Gerais da Bacia 1.3 - Meio Sócio Econômico Processo Histórico de Ocupação Dinâmica Sócio-populacional Grau de Urbanização Educação Desenvolvimento Humano Atividades Econômicas Infra-estrutura Regional Comunidades Indígenas
2 Regionalização 2.1 - Divisão da bacia em sub-bacias homogêneas 2.2 - Definição das Seções de Controle 2.3 - Levantamento das áreas e populações por seção de controle
3 Diagnóstico das Disponibilidades Hídricas 3.1 - Superficiais 3.2 - Subterrâneas 3.3 - Monitoramento dos Recursos Hídricos
4 - Demandas Hídricas Atuais 4.1 - Usos Consuntivos É aquele no qual há perda entre o que é derivado e o que retorna ao curso d água. 4.2 - Usos Não Consuntivos 4.3 - Outros Usos Indiretos
5 - Eventos Críticos 5.1 - Cheias 5.2 - Estiagens 5.3 - Erosão e Urbanização 5.4 - Acidentes Ambientais
6 - Uso e Ocupação do Solo 6.1 - Áreas urbanas e industriais 6.2 - Áreas de mananciais 6.3 - Uso agropecuário 6.4 - Subsídios advindos dos Planos Regionais de Desenvolvimento Estratégico 6.5 - Levantamento e análise dos Planos Diretores Municipais 6.6 - Conclusões e pontos de conflito
7 - Avaliação do Sistema de Gestão 7.1 - Análise da Formatação do Comitê e Agência de Bacia 7.2 - Interfaces com a gestão transfronteiriça de recursos hídricos 8 - Cenários Alternativos 8.1 - Elaboração de Cenários Alternativos 8.2 - Projeções Populacionais 8.3 - Demandas Futuras de Recursos Hídricos 8.4 - Balanço Disponibilidades/Demandas Futuras
9 - Programas e Intervenções na Bacia 9.1 - Pré-Seleção de Programas 9.2 - Critérios de Elegibilidade e Priorização 9.3 - Definição de Programas Prioritários 9.4 - Elaboração de Orçamentos Prévio
10 Estudos Adicionais 10.1 - Indicadores de avaliação e monitoramento das ações implementadas pelo Plano 10.2 - Diretrizes e critérios para cobrança pelos direitos de uso dos recursos hídricos 10.3 - Prioridades para outorga de direitos de uso de recursos hídricos 10.4 - Definição do enquadramento dos corpos de água em classes, baseados nos estudos do diagnóstico e dos cenários alternativos
11 Programas, Projetos e Ações em Andamento na Bacia 11.1 - Poder Público 11.2 - Iniciativa privada 11.3 - Organizações Não Governamentais 12 Mobilização Social 12.1 - Diagnóstico da Dinâmica Social da Bacia 12.2 - Organização e Condução da Audiência Pública
13 Consolidação do Plano 13.1 - Análise das contribuições recebidas da Mobilização Social 13.2 - Sistematização de Programas e Diretrizes Estratégicas do Plano de Bacia 13.3 - Elaboração da Versão Final do Plano 13.4 - Elaboração do Documento Síntese do Plano
Primeiro Plano do Estado de São Paulo 1990 Conselho Estadual de Recursos Hídricos CRH Comitê Coordenador do Plano e do Sistema Estadual de Recursos Hídricos CORHI Grupo Técnico do Plano Estadual de Recursos Hídricos GTP
Caracterização física e sócio-econômica Características da Bacia do Rio Piracicaba
Características Climáticas da Bacia do Rio Piracicaba Características Geológicas da Bacia do Rio Piracicaba
Percologia da Bacia do Rio Piracicaba Características gerais do esgotamento sanitário Sub-bacia População (hab) Índice de Vazão média Urbana Atendida Atendimento(%) Lançada(m 3 /s) Atibaia 610.407 457.563 75 1,24 Corumbataí 156.308 139.751 89 0,42 Jaguari 228.155 169.717 74 0,46 Piracicaba(1) 1.106.316 867.640 78 2,04 TOTAL 2.101.186 1.634.671 78 4,16
A Problemática da Bacia Os esgotos urbanos, juntamente com os efluentes industriais, constituem os principais focos de poluição orgânica da bacia do Piracicaba Sub-bacia Doméstica (1) Industrial (2) Subtotal Potencial Remanescente Potencial Remanescente Potencial Remanescente Atibaia 33 30 50 13 83 43 Jaguari 12 12 137 9 149 21 Piracicaba (3) 68 66 1.252 55 1.320 121 Total 113 108 1.439 77 1.552 185 Fonte: Sabesp/CNEC - 1989. (1) Calculada a partir de dados de 1988. (2) Estimativa de 1985. (3) Inclui Corumbataí Cargas orgânicas atuais potenciais e remanescentes (t/dia de DBO)
Sub-bacia Urbana Industrial Irrigação Total (1) 1990 2000 2010 1990 2000 2010 1990 2000 2010 1990 2000 2010 Atibaia (1) 4,6 7,6 11,3 4,3 6,9 8,1 0,2 0,4 0,7 9,2 14,9 20,1 Corumbataí 0,4 0,6 0,7 0,1 0,2 0,3 0,9 0,7 3,2 1,4 2,5 4,2 Jaguari 0,7 1,0 1,4 1,5 1,6 1,7 1,1 2,2 4,4 3,3 4,8 7,5 Piracicaba 3,3 5,3 8,0 14,5 18,4 20,3 1,0 1,6 2,6 18,8 25,3 30,9 Total (1) 9,1 14,5 21,4 20,4 27,2 30,3 3,2 5,9 10,9 32,7 47,5 62,7 (1) Inclui reversão para abastecimento de Jundiaí, Campo Limpo e Várzea Paulista, situadas fora da bacia (para os anos 1990, 2000, 2010, valores de 1,0 1,7 e 2,5 m 3 /s, respectivamente. Demandas totais de água (m3/s) Sub-bacia Urbano Industrial Irrigação Total (1) 1990 2000 2010 1990 2000 2010 1990 2000 2010 1990 2000 2010 Atibaia (1) 2,7 4,7 7,1 0,8 1,2 1,4 1,0 1,6 2,6 4,5 7,5 11,1 Corumbataí 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,4 0,7 0,4 0,6 0,9 Jaguari 0,1 0,2 0,3 0,2 0,3 0,3 1,1 2,2 4,4 1,4 2,7 5,0 Piracicaba 0,7 1,1 1,6 1,5 2,1 2,5 0,9 1,7 3,2 3,1 4,9 7,3 Total (1) 3,6 6,1 9,1 2,6 3,7 4,3 3,2 5,9 10,9 9,4 15,7 24,3 (1) Inclui como perdas, as reversões para Jundiaí, Campo Limpo, Várzea Paulista e bacia do Capivari (esgoto de Campinas). Uso cosuntivo da água (m3/s)
Cenários Futuros -Desequilíbrio acentuado entre as demandas de água e as disponibilidades hídricas da bacia, gerando conflitos localizados entre os usuários; - Qualidade de água comprometedora para a saúde pública, caso os esgotos urbanos e industriais não tenham o devido tratamento. Ano Vazões Necessárias Demanda Consumo Disponibilidade Hídrica Mínima Naturais Observada (1) Q 7,10 Q 95% 1990 33 9 2000 48 16 40 (2) 62 25 a 40 2010 63 24 (1) Médias diárias, observadas nas estiagens de 1985 e 1986, junto à cidade de Piracicaba. (2) Vazão que o Sistema Cantareira (Sabesp) procurará assegurar no rio Piracicaba, na cidade de Piracicaba. Q7,10 Vazão mínima de 7 dias consecutivos, com período de recorrência de 10 anos. Q95% Vazão com garantia de 95% no tempo. Balanço Hídrico global (m3/s)
Programas Propostos: Tratamento de Efluentes Urbanos Barragens de Regularização Monitoramento Hidrológico Controle de Poluição Controle de Doenças de Veiculação Hídrica Legislação Ambiental Reflorestamento Ciliar Zoneamento Hidroagrícola Assistência aos Municípios Atendimento a Registros de Reclamações Uso Recreacional dos Recursos Hídricos Racionalização do Uso da Água
Processo de planejamento participativo, contemplam objetivos, metas e ações de curto, médio e longo prazo. Verificadas em programas e projetos que são periodicamente reavaliados, diretrizes para a implementação dos demais instrumentos de gestão e proposta de organização social e institucional voltada para o gerenciamento dos recursos hídricos da bacia.
FIM