JUSTIFICATIVA A escolha do tema do presente trabalho se deu com o intuito de mostrar as grandes dificuldades e os preconceitos que a mulher sofre no islã, o que faz com que os problemas que as mulheres do ocidente ainda enfrentam até os dias atuais se tornem pequenos diante de tantos maus tratos e descriminação que as mulheres nascidas sob a religião do Islamismo tem de enfrentar em seu dia a dia.
Existem diversas opiniões sobre o papel da mulher na sociedade e sua evolução, e através de pesquisas biográficas, reportagens e artigos que adotam esse tema foi possível realizar esse trabalho usando como objeto de pesquisa a mulher islâmica, que vive na atualidade de forma totalmente diferente de outras mulheres. Em seu livro, Al-Musanaf (Vol. 1, parte 2, página 263), Abu Bakr Ahmed Ibn Abd Allah (um dos sábios muçulmanos) disse: "Umar (o Justo Califa) estava certa vez falando, quando sua esposa o interrompeu, e ele disse a ela: Você é um brinquedo, se precisar de você, eu a chamo ". Amru Bin Al Aas (também um Califa) disse: "Mulheres são brinquedos; escolha uma" (Kans-el-Ummal, Vol. 21, Hadith N 919). O próprio Maomé disse: "A mulher é um brinquedo, quem quiser levá-la, deve cuidar dela", segundo Ahmed Zaki Tuffaha, na página 180 do livro Al-Mar ah wal-islam (A Mulher e o Islamismo). (ALMAHDY, p.1). Em um passado não muito remoto podíamos ver nitidamente no mundo ocidental mesmo, a grande desigualdade entre os sexos, há muito que as mulheres sofrem com descriminação, consideradas como sexo frágil, as mulheres eram privadas de votar, trabalhar e até mesmo pensar e opinar, O sexo feminino, no sentido anatômico do termo, só tinha existência legitima na lousa, desenhado pelo professor de biologia, e era citado como aparelho reprodutor feminino. Todo o resto da significância da mulher era omitido, e o único papel em que a mulher se encaixava era no de dona de casa. Os direitos da mulher eram considerados um assunto espinhoso, mas com o decorrer dos anos isso foi mudando e hoje entre o silêncio do passado e a nova polifonia, podemos ver o grande avanço da mulher como papel de cidadã na sociedade, foi uma longa batalha até a chegada da mulher ao mercado de trabalho e o impacto cultural desse acontecimento são saudados com a maior transformação social desde a Revolução Francesa, é claro que ainda existe alguns preconceitos e dificuldade, enquanto algumas mulheres lutam por um espaço no mercado de trabalho, se desgastam tentando conciliar carreira com família, sofrem com preconceitos, assédio sexual no trabalho, e com o machismo que não costuma ser gentil com quem ousa desafiá-lo, em alguns lugares do mundo esse tipo de
problemas se tornam pequenos diante da situação em que algumas mulheres vivem de acordo com a sua religião. A mulher no islamismo No islamismo a mulher é considera um brinquedo, mas isso não foi imposto pela religião e sim pelo próprio homem, que se esconde por trás da religião abusando do poder que lhe foi concedido, impondo uma monarquia aos fiéis. Em algumas regiões do Oriente onde o Islã é considerado a religião predominante, as mulheres são vistas com inferioridade, e para os fieis essa inferioridade é irreversível, meninas são proibidas de ir à escola e condenadas ao analfabetismo. Mulheres impedidas de trabalhar e de andar sozinhas pelas ruas. Milhares de viúvas que, sem poder ganhar o seu sustento, dependem de esmolas ou simplesmente passam fome, entre muitas outras coisas, independente de casadas, solteiras, viúvas, velhas ou moças, para o pensamento ortodoxo mulçumano a mulher vale menos que o homem, podendo assim ser manuseada como um brinquedo. A especialista em estudos da mulher e do oriente médio, Leila Ahmed explica em um de seus ensaios sobre o tema em 1992, que: "Um 'infiel' pode se converter e se livrar da inferioridade que o separa dos 'fiéis'. Já a inferioridade da mulher é imutável", Isso nos revela uma grande exclusão feminina que não esta presente nas fundações do Islamismo, e sim no edifício que se erigiu sobre elas, existem algumas citações no Alcorão que mostra claramente que para Alá o homem e a mulher são iguais, sem diferença alguma. Como se explica então que os ensinamentos do alcorão tenha se perdido para dar lugar a estados religiosos em que as mulheres são obrigadas a se cobrirem com véus obedecendo tudo o que lhe for imposto em pleno século XXI? No livro de Sahih Al Bukhari, que os muçulmanos consideram o livro mais autêntico depois do Alcorão, lemos: "Certa vez, o Apóstolo de Alá disse a um grupo de mulheres: Não conheço ninguém mais deficiente em inteligência e religião do que vocês. Um homem prudente, sensível pode ser desencaminhado por qualquer uma de
vocês. As mulheres perguntaram: Ó Apóstolo de Alá, qual a deficiência da nossa inteligência e da nossa religião? Ele disse: Não é a evidência de duas mulheres igual ao testemunho de um homem? Elas responderam que sim. Ele disse: Essa é a deficiência da sua inteligência... Não é verdade que as mulheres não podem orar nem jejuar durante a menstruação? As mulheres responderam que sim. Ele disse: Essa é a deficiência da sua religião ". Este Hadith é inteiramente aceito, o que lhe dá um alto grau de autenticidade no islamismo. Por isso ele é aceito e usado por eminentes estudiosos como Ghazali, Ibn Al Arabi, Razi e muitos outros. (A Mulher e o Islamismo). (ALMAHDY, p.2). Homens e mulheres são cidadãos iguais, com direitos e deveres, mas infelizmente em algumas ramificações do Islã o homem se sente superior a mulher, sendo assim a mulher é vista com deficiência de inteligência e religião, ou seja, nascer mulher, é nascer condenada a uma vida inferior. Deus fez mulheres e homens com algumas diferenças, e são essas diferenças que quando juntas se completam, como pode ser então ser considerado uma deficiência ser mulher? Ou então ser necessário duas mulheres para se ter o mesmo valor que um homem?
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA E CONSULTADA ALMADY, Salim. Como as mulheres são tratadas no Islamismo. Disponível em: <www.vozdosmartires.com.br>. Acesso em: 30 mai 2010. CARSTENS, Carl. O papel da mulher no Islamismo. 2005. Disponível em: <www.portalsaofrancisco.com.br> Acesso em: 30 mai 2010. HAMED, Leila. Ensaio para universidade de Massachusetts, 1992. Disponível em: <www.portalsaofrancisco.com.br> Acesso em: 30 mai 2010. GOES, Marta. Gritos que fizeram história. Revista Veja edição especial Mulher. Ano 43, 2166. Junho de 2010