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Transcrição:

NEWSLETTER Nº 91 / 18 de setembro 2017 Esta newsletter destina-se a ser um espaço de informação e divulgação dos Cães de Castro Laboreiro, detentores do afixo de criador "", bem como um espaço de informação e intervenção técnica relativo a esta raça canina portuguesa. Todos ao artigos publicados são da inteira e exclusiva responsabilidade dos seus autores. Gala final das 7 Maravilhas de Portugal Aldeias remotas Realizou-se no passado dia 3 de Setembro a Gala Final das 7 Maravilhas de Portugal Aldeias remotas. Castro Laboreiro competia com Piódão. A circunstância da final ocorrer precisamente no local do outro concorrente, talvez não tenha sido favorável à candidatura de Castro Laboreiro. Piódão ganhou essa final. Todavia, todo o percurso efetuado neste concurso contribuiu para uma excelente promoção e divulgação de Castro Laboreiro, que ficou mais conhecido do público em geral. Um outro aspeto relevante e muito positivo foi que a candidatura de Castro Laboreiro teve sempre associada a presença de um dos seus ícones, o cão de castro laboreiro. Tal facto, contribuirá certamente para uma maior divulgação desta raça canina autóctone portuguesa. Como criador fico também feliz por ver uma cadela criada em minha casa (Coimbrão) em imagens de divulgação deste concurso. Trata-se da TITA, oferecida a um castrejo há já algum tempo. Esta cadela tem o seu nome de registo, Teimosia dos Campos do Lis. Refira-se que esta cadela já deixou descendência em Castro Laboreiro. Não é caso inédito, pois uma cadela que também ofereci para Castro Laboreiro há quase 10 anos, a Titi dos, também criada em minha casa, foi já muito fotografada e filmada, e deixou também vários descendentes. 1

Existe também um macho excelente da nossa criação, o Mondego, que ofereci a um amigo meu de Castro Laboreiro. Este cão já tem descendência diversa em Castro Laboreiro. É motivo de regozijo para nós o contributo que vamos dando à raça. Rui Alberto da Costa Viveiros Mais informação sobre a raça e os seus cães Tem sido sempre o nosso propósito, desde a 1ª newsletter, disponibilizar e tornar pública o máximo de informação de que dispomos sobre a raça do cão de castro laboreiro. Temos consciência da escassa informação disponível que existe sobre a raça e das sérias dificuldades que qualquer aficionado ou criador se depara quando pretende saber mais sobre ela. Ao longo das nossas newsletters, temos procurado divulgar diversos cães da raça, com relevância no passado e no presente. Tal foi feito, independentemente do local de origem da sua criação, pois um cão de castro laboreiro não é mais nem menos da raça, se tiver sido criado em Palmela, Coimbrão, Anadia, Braga ou Castro Laboreiro. Para entender e compreender como são os castros laboreiros de hoje, há que conhecer melhor a sua origem, ou seja, conhecer melhor os seus ascendentes. Os cães de castro laboreiro que existem hoje não caíram do céu aos trambolhões, nem têm qualquer origem mística. 2

São descendentes de outros cães que foram criados por outros criadores ao longo dos tempos, sendo todos os criadores, os do passado e os do presente, determinantes para a realidade atualmente existente. Na sequência da nossa última newsletter, falaremos de dois machos que, tendo nascido em 1995, tiveram um impacto muito grande na raça, em particular, na região do solar, em Castro Laboreiro. São eles, o Piloto Ramon e o Maks. É importante que se fale deles para se perceber da sua relevância e da importância da sua descendência. PILOTO RAMON Foto gentilmente cedida por Luís Almendra 3

Foto gentilmente cedida por Luís Almendra Na sequência da newsletter anterior, e para manter viva a memória colectiva sobre a raça do cão de castro laboreiro, irei complementar alguma informação constante na minha newsletter nº 28 de Fevereiro de 2011, referente a um macho de referência da raça, o cão de nome PILOTO RAMON ou também por alguns apelidado de RAMON PILOTO. Para ser o mais exacto possível, citarei informação mencionada no documento O Cão de Castro Laboreiro Estudo de alguns aspectos biométricos e morfológicos - Relatório de Estágio da Licenciatura em Engenharia Zootécnica, de Eva Elisabete Correia Marques, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, 1998. Este documento pode ser facilmente consultado pelo público, pois encontra-se exemplar na Biblioteca de Castro Laboreiro. Recomendo vivamente a sua leitura, pois para além do seu rigor técnico, faz um retrato da realidade da raça, há cerca de vinte anos atrás, existente na região do solar. 4

De acordo com este documento, o Piloto Ramon nasceu em 1995, o local da sua origem é o lugar de Queimadelo, Castro Laboreiro, a sua pelagem era lobeiro escura, a cor dos seus olhos castanho claro, e o seu proprietário o Sr. Delfim Manuel. Este cão foi um exemplar muito importante, não só por ser um excelente cão de trabalho, como guardião e protetor de rebanhos, como também por ser progenitor de alguns outros exemplares, também eles importantes para a raça. O Piloto Ramon, que eu saiba, não tinha registo oficial do Clube Português de Canicultura, pelo que deixou uma vasta descendência de ilegítimos, com algumas exceções de descendentes seus a quem foi atribuído um RI inicial. Está, neste último caso, o cão BALTAZAR (RI 68203), exemplar também de trabalho, e que foi premiado em diversos Concursos Tradicionais, e que tem hoje também uma vasta descendência. Especula-se que possa ser, eventualmente, pai do BOBI (RI 68256), exemplar também de trabalho, também bastante premiado em Concursos Tradicionais, e que tem uma vasta descendência espalhada por todo o país. De referir que eu próprio conheci pessoalmente o Piloto Ramon ainda vivo. Citarei alguns dados biométricos e morfológicos do Piloto Ramon, constantes do atrás mencionado trabalho da Eng.ª Eva Marques: Altura ao garrote: 70 cm Altura da Garupa: 71,5 cm Perímetro torácico: 82 cm Comprimento do corpo: 75 cm Comprimento do Crâneo: 15 cm Comprimento do chanfro: 12 Comprimento do pêlo: 4,8 cm Existência de subpêlo: Sim 5

Como pode verificar-se, o Piloto Ramon tinha uma altura ao garrote (70 cm) bem superior àquela que era fixada pelo estalão oficial da raça então em vigor, ou seja, um máximo de 60cm de altura ao garrote. Mesmo considerando o actual estalão da raça, aprovado em 2008 pela FCI, que fixa um máximo de 66cm (já incluída a tolerância de + 2cm) de altura ao garrote para os machos, Piloto Ramon seria um cão maior e mais corpulento do que prevê o actual estalão. Há um episódio, conhecido por vários castrejos, da participação do Piloto Ramon num concurso tradicional, em que estava em disputa com um outro exemplar da raça, significativamente mais pequeno, tendo o Juiz presente optado por valorizar este cão mais pequeno, em detrimento do Piloto Ramon. Esta decisão do Juiz causou perplexidade e indignação ao dono do Piloto Ramon, o Sr. Manuel, tendo este afirmado e decidido que nunca mais participaria num concurso tradicional. E se bem o disse, bem o fez, porque nunca mais participou com o Piloto Ramon num concurso tradicional. O Piloto Ramon era um macho da raça que muitos castrejos faziam questão de cruzar com as suas cadelas. Era uma garantia de continuidade e perpetuação da boa tipicidade dos cães de trabalho na região de Castro Laboreiro. No essencial, os castrejos não deixavam de encarar o estalão oficial da raça do cão de castro laboreiro, como uma coisa exterior à sua realidade, e que pouco lhes importava. O que realmente lhes interessava era terem bons cães de trabalho, fortes e valentes, capazes de afrontar o lobo e os estranhos. O Piloto Ramon também não estava conforme outros aspetos do antigo e atual estalão, nomeadamente, quanto à existência de barbela (bem observável numa das fotos apresentadas) e existência do subpêlo. 6

MAKS Foto gentilmente cedida por Luís Almendra Foto gentilmente cedida por Luís Almendra 7

Nesta newsletter irei referir algumas informações adicionais relativas a este cão, para além daquelas que já foram mencionadas na minha newsletter nº 28 de Fevereiro de 2011. De acordo com informação mencionada no documento O Cão de Castro Laboreiro Estudo de alguns aspetos biométricos e morfológicos - Relatório de Estágio da Licenciatura em Engenharia Zootécnica, de Eva Elisabete Correia Marques, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, 1998, MAKS nasceu em 1995, o local de origem era a Vila de Castro Laboreiro, e encontrava-se no café do Sr. José Gonçalves, o seu proprietário. A cor da sua pelagem era cor do monte e castanho era a cor dos seu olhos. Que eu saiba, também este cão não estava registado no Clube Português de Canicultura, tendo os seus descendentes nascidos também ilegítimos. MAKS foi um dos cães mais prolíferos da raça do cão de castro laboreiro. Porque estava localizado na Vila, a sua utilização como reprodutor era bastante acessível. Em determinado momento histórico, era raro encontrar-se uma cadela em Castro Laboreiro que não fosse filha ou neta do MAKS. A alguns dos seus descendentes veio a ser posteriormente atribuído o registo do Clube Português de Canicultura. Citarei alguns dados biométricos e morfológicos do MAKS, constantes do atrás mencionado trabalho da Eng.ª Eva Marques: 8

Altura ao garrote: 63,2 cm Altura da Garupa: 65,5 cm Perímetro torácico: 77,5 cm Comprimento do corpo: 71 cm Comprimento do Crâneo: 16,5 cm Comprimento do chanfro: 10,5 Comprimento do pêlo: 5,5 cm Existência de subpêlo: Sim Defeitos: membrana conjuntiva ocular vermelha e pálpebra descaída Na sua época, este cão estava também fora e acima do estalão oficial da raça, no que se refere à sua altura ao garrote. Todavia, no que se refere ao atual estalão, a sua altura ao garrote já estaria dentro dos seus parâmetros. A relação comprimento do crâneo/comprimento do chanfro (16,5 : 10,5) era de 1, 57, claramente superior àquela definida no atual estalão (1,2), indicando um exemplar mais amastinado com chanfro mais curto. Para além da existência de barbela e de subpêlo, também não previstos no atual estalão, MAKS apresentava também pálpebras descaídas e mostrando a membrana conjuntiva ocular vermelha. Esta característica indicava também um exemplar mais amastinado Esta última característica é considerada no atual estalão como um defeito grave. Já ouvi referir que este defeito grave, que não constava no anterior estalão, foi introduzido no atual estalão com o propósito de discriminar negativamente os cães de um determinado criador, conhecido por ser proprietário de exemplares mais amastinados. Rui Alberto da Costa Viveiros 9

Cachorros disponíveis com o Afixo Ninhada nascida em 10 de Agosto de 2017 Ninhada de cães de castro laboreiro nascida em 10 de Agosto de 2017. Os progenitores são o MONDEGO II (LOP 477820) e a BAUNILHA DOS CAMPOS DO LIS (LOP 514293), e estão disponíveis 4 machos e 2 fêmeas. Vejamos fotos recentes destes cachorros: 10

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Ninhada nascida em 12 de Agosto de 2017 Ninhada de cães de castro laboreiro nascida em 12 de Agosto de 2017. Os progenitores são o CRONOS DOS CAMPOS DO LIS (LOP 523125) e a ARENA DOS CAM- POS DO LIS (LOP 513272), e estão disponíveis 4 machos e 1 fêmea. Vejamos fotos recentes destes cachorros: 14

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Rui Alberto da Costa Viveiros A verdade, como a luz, cega. A mentira, ao contrário, é um crepúsculo que realça cada objeto Albert Camus Termos de uso: Os conteúdos e informação disponibilizados nesta Newsletter são propriedade de Rui Viveiros. O seu download, reprodução ou reenvio, é estritamente proibido e a sua modificação não é permitida. Para remover o seu nome da nossa lista de correio, por favor comunique para: 16