Integração Favela-Cidade

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Ressignificação da juventude

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Transcrição:

Integração Favela-Cidade Ricardo Barros Diana Grosner Adriana Mascarenhas Alessandra Ninis Rio de Janeiro, Maio de 2012.

Agradecimento especial a: Jailson de Souza e Silva José Marcelo Zacchi Pedro Strozenberg Ricardo Henriques Sérgio Guimarães Silvia Ramos

Origem da falta de integração Origem Migração: rural-urbana e nordeste-sudeste Legislação inadequada às possibilidades de ocupação dos terrenos onde se situam as favelas Recursos limitados: tanto familiares como públicos Solução: estratégia da invisibilidade bilateral Ignorados pelo setor público Ignoram a legislação; precisam ser ignorados (para não incorrerem nos custos da regularização)

Natureza da falta de integração Concentração da violência, ilegalidade, informalidade e pobreza Maior concentração da pobreza Ainda maior concentração da informalidade (atividades passíveis de formalização) Ainda maior concentração da ilegalidade (atividades não passíveis de formalização) Ainda maior a concentração da violência

Concentração da violência, ilegalidade, informalidade, pobreza e população nas favelas População Favela Assentamentos regulares Pobreza Informalidade Ilegalidade Violência 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Consequências imediatas da falta de integração Condições propícias para atividades ilegais Segregação (isolamento) Presença limitada do estado Informalidade Oferta limitada de serviços públicos Crescente oferta privada de serviços públicos Solução e arbitragem privada de conflitos

Consequências imediatas da falta de integração Ciclo vicioso da segregação Acentua o hiato entre formal e informal Dificulta a oferta de serviços (custos elevados) Justifica o setor público ignorar o informal Dificulta o controle do território Informal demanda ser ignorado A necessidade da informalidade torna-se estrutural Limita a garantia dos direitos civis

Consequências duradouras da falta de integração Organização social e capacidade de ação coletiva Mecanismos para a resolução de conflitos Garantia limitada dos direitos civis Privatização da justiça Oportunidades e visão de futuro diferenciadas para a juventude Educação e trabalho formal (percursos seguros) vs. envolvimento em atividades informais e ilegais

Sobre a demanda por integração e a sustentabilidade da estratégia de invisibilidade bilateral Sobre a impossibilidade de ignorar Tamanho crescente (não podem ser ignorados) Poder político crescente (não podem ser ignorados) Crescente oferta de serviços públicos Criminalidade e violência (impossível ignorar o poder público)

Existe genuína demanda bilateral por integração? A favela deseja integração? Ganhos para a favela Redução na violência, promoção da segurança Integração econômica Melhoria na oferta de serviços públicos Financiamento da formalização Progressiva (formalização) ou imediata (segurança)? Quais os ganhos para a cidade? Apenas redução na violência?

Quais os objetivos e possibilidades para a integração? O que se deseja alcançar? O que significa exatamente integração favela-cidade? Que tipo de integração se deseja idealmente alcançar? O que é efetivamente alcançável? Como alcançar esses objetivos de forma sustentável? Qual a melhor forma para se buscar a integração? Quais as melhores práticas? O que nos dizem as experiências nacionais e internacionais anteriores? Qual a sequência e etapas a serem adotadas? Qual o leque de ações, programas e instrumentos adotar? Como garantir a sustentabilidade?

O que precisamos saber para promover a integração de forma efetiva e sustentável Qual a magnitude da falta de integração nas suas diversas dimensões? Quais os determinantes da falta de integração? Irregularidade urbanística leva à falta de segurança e oferta limitada de serviços públicos? Segregação leva à informalidade e violência? Pobreza é causa ou consequência da segregação? Qual a efetiva relação entre pobreza, informalidade e ilegalidade?

As seis dimensões da integração I. Pacificação, promoção da segurança pública e da capacidade de resolução de conflitos II. Reorganização das instituições e lideranças e, por conseguinte, da capacidade de identificação das necessidades locais e de ação coletiva III. Transição para a regularidade/legalidade, definição de regras de convivência e garantia da ordem pública

As seis dimensões da integração IV. Restabelecimento da igualdade de oportunidades e de acesso a serviços públicos para o desenvolvimento pessoal e redução das desigualdades V. Integração econômica, física e simbólica. Construção de identidade e do pertencimento VI. Ressignificação da juventude com a ampliação das oportunidades para a retomada de percursos sociais, formativos e produtivos mais seguros e sustentáveis

Integração versus Igualdade

Caracterizando as (Des)igualgades

Onde a desigualdade é pequena

Onde há desigualdade

Evolução as (Des)igualgades

Onde a desigualdade está aumentando

Onde a desigualdade está diminuindo

Onde a desigualdade permanece a mesma

Sobre os determinantes da pobreza em favelas

1100 1000 900 800 Comparação entre favela e a média: Rio de Janeiro Produtividade 392 700 Transferências -11 600 500 244 Ocupação 1007 400 300 Demografia 32 626 615 200 350 382 100 Vive em favela Favela com a demografia média Favela com a demografia e transferências médias Favela com a demografia, transferências e taxa de ocupação médias Média

1100 1000 Comparação entre favela pobre e a média: Rio de Janeiro Produtividade 900 800 450 700 600 500 Transferências Ocupação 20 1007 400 273 300 Demografia 537 557 200 100 220 Pobre em favela 44 264 Pobre em favela com a demografia média Pobre em favela com a demografia e transferências médias Pobre em favela com a demografia, transferências e taxa de ocupação médias Média

75 Taxa de ocupação por grupo socioeconômico: Rio de Janeiro 70 65 60 55 73 67 50 58 45 50 52 40 Mora em favela 40% mais pobre Pobre em favela Mora em domicílio chefiado por trabalhador informal Mora em domicílio pobre chefiado por trabalhador informal

100 Perfil etário da taxa de participação masculina 90 80 70 Cidade 60 Favela 50 40 30 20 10 0 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70

9.0 Escolaridade média por grupo socioeconômico: Rio de Janeiro 8.5 8.0 7.5 7.0 6.5 8.1 6.0 5.5 5.0 6.0 6.6 5.6 Mora em favela 40% mais pobre Pobre em favela Mora em domicílio Mora em domicílio pobre chefiado por trabalhador chefiado por trabalhador informal informal 6.4

Sobre o encurtamento da juventude nas favelas

Acesso ao Mercado de Trabalho

Porcentagem de jovens que trabalha 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Cidade Pobre Mora em Favela Pobre em Favela 0 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Taxa de ocupação de Jovens de 20 a 29 anos Nível educacional Cidade Pobres Favela Pobres em Favela Apenas com educação fundamental 61 51 62 53 Com alguma educação média 69 51 74 53 Com educação média completa 71 52 76 55 Com alguma educação superior 70 24 71 40

100 Perfil etário da taxa de participação masculina 90 80 70 Cidade 60 Favela 50 40 30 20 10 0 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70

Formação de Famílias

Porcentagem de jovens que já formaram suas próprias famílias 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Cidade Pobre Mora em Favela Pobre em Favela 0 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Porcentagem de mulheres jovens que já são mães 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Cidade Pobre Mora em Favela Pobre em Favela 0 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Acesso à Educação

Porcentagem de jovens que frequenta escola 100 90 80 70 Cidade Pobre Mora em Favela Pobre em Favela 60 50 40 30 20 10 0 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Porcentagem de jovens que nem estudam nem trabalham 50 45 40 35 Cidade Pobre Mora em Favela Pobre em Favela 30 25 20 15 10 5 0 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Progresso Educacional

100 Porcentagem de jovens que ainda não completou a Educação Fundamental 90 80 70 Cidade Pobre Mora em Favela Pobre em Favela 60 50 40 30 20 10 0 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

100 Porcentagem de jovens que ainda não completou a Educação Média 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Cidade Pobre Mora em Favela Pobre em Favela 0 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

100 Porcentagem de jovens que ainda não entrou na universidade 90 80 70 60 50 40 30 20 10 Cidade Pobre Mora em Favela Pobre em Favela 0 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

30 28 26 24 22 20 Porcentagem de jovens que completou a universidade Cidade Pobre Mora em Favela Pobre em Favela 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29

Efetividade do Esforço

Esforço e progresso educacional durante a juventude (15-21) 84% Indicador Cidade Pobres Favela Pobres em Favela Anos frequentando a escola 4.8 4.2 4.0 3.9 Esforço relativo ao potencial (%) 79 70 66 65 Ganho em escolaridade 3.9 2.2 2.6 1.7 Progresso relativo ao potencial (%) 64 37 43 28 Efetividade do esforço (%) 81 53 65 43 67%

Porcentagem (%) 100 Distribuição da população de 5 a 24 anos por situação educacional e de mercado de trabalho: Moram em favela - Cidade do Rio de Janeiro, 2004/08 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Idade Não trabalha mas estuda Trabalha e estuda Somente trabalha Nem trabalha nem estuda Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2004 a 2008. As bases foram empilhadas para melhorar a significância dos resultados.

Porcentagem (%) Distribuição da população de 5 a 24 anos por situação educacional e de mercado de trabalho: Cidade do Rio de Janeiro, 2004/08 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Idade Não trabalha mas estuda Trabalha e estuda Somente trabalha Nem trabalha nem estuda Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2004 a 2008. As bases foram empilhadas para melhorar a significância dos resultados.

Importância da Educação no Mercado de Trabalho

Remuneração relativa a dos trabalhadores com 4 anos de estudo ( %) 320 Relação entre remuneração do trabalho dos jovens e sua escolaridade 300 280 260 Não vivem em favela 240 220 200 180 160 140 120 Vivem em favela 100 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Escolaridade (última série concluída)