DIREÇÃO DO FORO DA COMARCA DE BELO HORIZONTE VARA CÍVEL DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE PORTARIA N 001/2010



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Transcrição:

DJe de 17/06/2010 (cópia sem assinatura digital) DIREÇÃO DO FORO DA COMARCA DE BELO HORIZONTE VARA CÍVEL DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE PORTARIA N 001/2010 Dispõe quanto ao procedimento de habilitação de pretendentes à adoção, na Vara Cível da Infância e da Juventude da Comarca de Belo Horizonte. O Exmo. Sr. Marcos Flávio Lucas Padula, Juiz de Direito da Vara Cível da Infância e da Juventude da Comarca de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais e, em especial, nos termos dos artigos 145, 146 e 153, todos do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069 de 13.07.1990), do artigo 62 da Lei Complementar Estadual nº 59 de 18.01.2001 e art. 2º da Resolução nº 431/2004 da Egrégia Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, CONSIDERANDO 1) O grande número de pessoas que procuram a Vara Cível da Infância e da Juventude da Comarca de Belo Horizonte, com a finalidade de postular inscrição no cadastro de pretendentes habilitados à adoção. 2) As alterações introduzidas pela Lei n 12.010 de 03.08.2009 no texto do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n 8.069 de 13.07.1990), no que diz respeito ao procedimento para o cadastro de pretendentes à adoção (artigo 50 e artigos 197-A e seguintes da Lei n 8.069 de 13.07.1990). 3) A necessidade de regulamentar o procedimento de cadastramento de pretendentes à adoção, assim como a de padronizar o modelo de requerimento, informar os requisitos do pedido e esclarecer quanto aos documentos que deverão instruir o requerimento. 1/8

4) A necessidade de regulamentar o cadastro local de pretendentes à adoção, assim como a forma convocação dos habilitados para o acolhimento de criança ou adolescente, respeitada a ordem cronológica de inscrição. RESOLVE EXPLICITAR AS SEGUINTES NORMAS Art. 1 - Os postulantes à inscrição no cadastro de pretendentes à adoção, residentes na Comarca de Belo Horizonte, apresentarão o pedido de inscrição através de petição escrita, devidamente acompanhada pelos documentos exigidos em lei. 1 - A petição escrita deverá observar os modelos constantes dos anexos I e II da presente portaria. 2 - Os formulários e lista de documentos ficarão à disposição dos interessados, através de meio físico ou magnético, no posto de atendimento do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SEAC), junto à Vara Cível da Infância e da Juventude da Comarca de Belo Horizonte e nos postos de atendimento do Comissariado da Infância e da Juventude, assim como no site do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais na Internet. 3 - Os formulários em meio físico (papel) deverão ser preenchidos de forma legível, preferencialmente com letra de forma ou letra bastão. 4 - Os formulários em arquivo magnético deverão ser preenchidos através de digitação no, em tipo facilmente legível, preferencialmente arial ou times new roman, sendo posteriormente impressos em folha tamanho A4. 5 - Os postulantes deverão assinar a última folha do requerimento e rubricar as demais folhas, nos espaços indicados. Art. 2 - Deverão ser anexados à petição os seguintes documentos: 1 cópia autenticada da certidão de nascimento ou da certidão de casamento dos postulantes, expedida no período de 90 (noventa) dias anterior à data da apresentação da petição. 2 declaração dos postulantes, com firma reconhecida, quanto ao período de união estável, se for o caso. 3 cópia autenticada da cédula de identidade e do cartão de inscrição no cadastro de pessoais físicas (CPF), as quais poderão ser substituídas por cópia autenticada da carteira de habilitação. 4 comprovante de rendimentos. 2/8

5 comprovante de domicílio. 6 atestados de sanidade física e mental. 7 certidão de antecedentes criminais. 8 certidão do distribuidor cível. 9 certidão de agendamento de curso de preparação psicossocial e jurídica, expedida pelo SEAC de acordo com cronograma do Setor de Estudos Familiares (SEF). 10 fotografia colorida dos postulantes, juntos ou separadamente, em período recente. 11 cópia simples da petição inicial. Parágrafo único. As fotografias deverão ser coladas ou impressas em folha de papel sulfite ou cuchê, tamanho A4, de forma centralizada (com margens mínimas de 03 cm de cada lado). Art. 3 - Os postulantes deverão comparecer no posto de atendimento do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SEAC) para conferência do pedido e da documentação, assim como para o agendamento do curso de preparação psicossocial e jurídica, de acordo com cronograma previamente estabelecido pelo Setor de Estudos Familiares (SEF) da Vara Cível da Infância e da Juventude. Parágrafo único. Não é necessária a representação dos postulantes por Advogado ou assistência por Defensor Público. Art. 4 - Conferida a documentação, a petição e documentos deverão se entregues no Setor de Distribuição, para registro e autuação. Parágrafo único. A cópia simples da petição inicial deverá receber o devido protocolo, com a indicação do número do processo, sendo devolvida aos postulantes. Art. 5 - Os autos serão dados com vista ao Ministério Público, que poderá apresentar quesitos, requerer a realização de audiência ou requerer a juntada de documentos complementares, ou, ainda, requerer diligências complementares. Art. 6 - Os autos serão remetidos ao Setor de Estudos Familiares (SEF) da Vara Cível da Infância e da Juventude, para certificar quanto à participação dos postulantes no curso de preparação psicossocial e jurídica. 3/8

Parágrafo único. O curso de preparação será realizado através de um mínimo de 02 (dois) encontros, com duração mínima de 02 (duas) horas cada um, nas datas e horários previamente agendados pelo Setor de Estudos Familiares (SEF). Art. 7 - Devidamente certificada a participação no curso, os autos serão remetidos ao Comissariado da Infância e da Juventude para realização de sindicância, juntando-se aos autos o respectivo relatório, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, prorrogável por 30 (trinta) dias, em caso de necessidade justificada. Art. 8 - Após a juntada do relatório de sindicância, os autos serão novamente remetidos ao Setor de Estudos Familiares (SEF) para a elaboração do estudo técnico, juntando-se o respectivo laudo no prazo máximo de 30 (trinta) dias, prorrogável por 30 (trinta) dias, em caso de necessidade justificada. Art. 9 - Os autos serão dados com vista ao Ministério Público que poderá manifestar em parecer final quanto à habilitação ou, se entender necessário, requerer realização de audiência, juntada de documentos complementares, ou, ainda, outras diligências que entender necessárias. Art. 10 - Com o parecer ministerial, os autos serão conclusos, para apreciação dos eventuais requerimentos ministeriais ou para sentença. 1 Não havendo requerimentos por parte do Ministério Público, ou sendo estes indeferidos, e não havendo determinações de ofício para realização de novas diligências, seguir-se-á sentença deferindo ou não a habilitação pleiteada. 2 - Determinadas diligências complementares, após o cumprimento das mesmas, será renovada a vista dos autos ao Ministério Público, seguindo-se o procedimento do artigo anterior e do presente artigo. Art.11 - No caso de realização de audiência de instrução e julgamento, o parecer ministerial deverá ser preferencialmente colhido em audiência, assim como também a sentença deverá ser preferencialmente proferida em audiência. Parágrafo único. Os postulantes, se assim o desejarem, poderão constituir Advogado ou solicitar a assistência por Defensor Público. Art.12 - Deferida a habilitação, após o trânsito em julgado da decisão, os autos serão remetidos ao Setor de Estudos Familiares (SEF) para inscrição dos postulantes no cadastro local de pretendentes habilitados à adoção. 4/8

Parágrafo único. Deferida a habilitação, os postulantes habilitados deverão ser pessoalmente intimados da sentença, sendo também cientificados quanto à sua ordem cronológica na lista dos habilitados cadastrados. Art. 13 Os autos deverão permanecer provisoriamente arquivados no Setor de Estudos Familiares (SEF), até que a pessoa ou casal habilitado recebam criança ou adolescente sob guarda provisória para fins de adoção. 1 - Após a entrega da criança ou adolescente sob guarda provisória, os autos do procedimento de habilitação deverão ser apensados aos autos do processo de providência. 2 - A suspensão da inscrição poderá ser admitida no caso de reavaliação da habilitação concedida, mas não será admitida para atender a mera conveniência do pretendente. Art. 14 - Os pretendentes habilitados à adoção deverão ser convocados para o recebimento da criança ou adolescente sob guarda provisória, com fins de adoção, de acordo com a ordem cronológica de habilitação no cadastro. 1 - A ordem cronológica poderá ser relevada: a) no caso de recusa por parte do pretendente habilitado em posição anterior na lista de cadastrados; b) no caso de aceitação pelo pretendente habilitado em posição posterior na lista de grupos de irmãos; c) nos casos do art. 50, 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente. 2 - A recusa de mais de 03 (três) crianças ou adolescentes indicados, dentro do perfil de escolha dos pretendentes, importará na reavaliação da habilitação concedida. 3 - O Setor de Estudos Familiares (SEF) somente convocará pretendente cadastrado, cujo perfil de escolha seja compatível com a criança ou adolescente encaminhado para adoção. 4 - A ordem cronológica será definida primeiramente pela data da sentença que defere a habilitação e determina a inscrição do postulante no cadastro de pretendentes à adoção. No caso de empate, a ordem cronológica será definida pela data e horário de protocolo do pedido de habilitação. Art. 15 A habilitação deferida poder ser reavaliada a qualquer tempo, sempre que noticiado o surgimento de circunstâncias indicativas de que os pretendentes habilitados incorreram nas hipóteses do art. 50, 2 do Estatuto da Criança e do Adolescente. 1 - Na hipótese do caput deste artigo, os pretendentes serão devidamente intimados para se manifestarem quanto aos fatos noticiados, no prazo de 10 (dez) dias, podendo, caso o desejem, constituir Advogado ou solicitar a assistência por Defensor Público. 5/8

2 - Decorrido o prazo referido no parágrafo anterior ou juntada a manifestação dentro do prazo referido, os autos serão dados com vista ao Ministério Público para o competente parecer, retornando, em seguida, para decisão de manutenção ou não da habilitação. Art. 16 - Após o cadastramento local, o Setor de Estudos Familiares (SEF) deverá proceder ao cadastramento dos pretendentes habilitados à adoção no cadastro nacional de adoção (CNA). Parágrafo único. Quando for devidamente operacionalizado o cadastro estadual, deverá também ser procedido ao cadastramento dos pretendentes habilitados à adoção no referido cadastro. Art. 17 Verificando-se a vinculação afetiva e aceitação entre os pretendentes e a criança ou adolescente, o Setor de Estudos Familiares (SEF) deverá apresentar relatório técnico sugerindo o deferimento da guarda provisória em favor da pessoa ou do casal habilitado, podendo juntar cópia do relatório de sindicância e laudo técnico, realizados quando do procedimento de habilitação. Parágrafo único. O relatório técnico deverá ser apresentado no processo de providência, no qual é acompanhada a situação da criança ou do adolescente. Art. 18 - Lavrado o termo de guarda e colhido o compromisso da pessoa ou do casal que assumem a guarda provisória para fins de adoção, os pretendentes à adoção, agora na qualidade de guardiões, terão o prazo máximo de 60 (sessenta) dias para ajuizar a ação de adoção, cumulada com a destituição de poder familiar, se for o caso. 1 - O não ajuizamento da ação de adoção acima referida importará na reavaliação da guarda provisória concedida aos pretendentes à adoção. 2 - O Setor de Estudos Familiares (SEF) deverá proceder às anotações no procedimento de habilitação e em sistema de controle físico ou eletrônico quanto à situação dos habilitados, relativamente à concessão da guarda provisória para fins de adoção e, posteriormente, quanto ao julgamento do processo de adoção. Art. 19 Salvo o recebimento conjunto de grupos de irmãos, após o recebimento da criança ou adolescente, o procedimento de habilitação será arquivado, devendo a pessoa ou casal pretendente postularem nova habilitação, caso desejem adotar outras crianças ou adolescentes. 6/8

Parágrafo único. Em circunstâncias excepcionais, verificada a vantagem e pertinência da medida para a criança e adolescente, poderá ser admitido recebimento pelos pretendentes de conjunto de crianças ou adolescentes, mesmo que não pertençam a grupo de irmãos. Art. 20 - Providencie-se remessa de cópia da presente portaria a todos os setores da Vara Cível da Infância e da Juventude, assim como às seguintes Autoridades e Órgãos: I DD. Desembargador Corregedor-Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais. II MM. Juiz de Direito Auxiliar da Corregedoria e Diretor do Foro da Capital. III Comissão Estadual Judiciária de Adoção do Estado de Minas Gerais CEJA/MG. IV Coordenação da Promotoria de Justiça Especializada de Proteção dos Direitos da Criança e da Juventude de Belo Horizonte. V Coordenação do Núcleo da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais junto às Varas da Infância e da Juventude da Capital. VI Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do Município de Belo Horizonte (CMDCA/BH). VII Conselhos Tutelares da Criança e do Adolescente do Município de Belo Horizonte. Conselho Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte (CMAS- BH). VIII Conselho Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte (CMAS-BH) IX Secretaria de Estado da Saúde (SESMG). X Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). XI Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG). XII Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDESE). XIII Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social (SMAAS). 7/8

PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CUMPRA-SE. Belo Horizonte, 19 de fevereiro de 2010. Marcos Flávio Lucas Padula Juiz de Direito Vara Cível da Infância e da Juventude Comarca de Belo Horizonte 8/8