REGULAMENTO MUNICIPAL DE TRANSPORTES ESCOLARES

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Transcrição:

REGULAMENTO MUNICIPAL DE TRANSPORTES ESCOLARES

Nota Justificativa Considerando que têm vindo a ser transferidas mais competências do Estado para as autarquias locais no que concerne aos transportes escolares, O Município de Rio Maior, pretende, com o presente Regulamento, clarificar e definir procedimentos no âmbito dos transportes escolares, nomeadamente, a nível de apoios contemplados na legislação em vigor ou concedidos por esta Autarquia com carácter facultativo, estando a sua operacionalidade a cargo da UEASS (Unidade de Educação, Ação Social e Saúde). É de realçar que o Plano de Transportes Escolares a elaborar anualmente por este Município é o instrumento de gestão por excelência desta atividade, que se pretende ver conjugada com princípios e políticas inerentes aos planos e redes de transportes públicos locais. Pretende-se uma atuação conjugada e devidamente programada entre o Município, os Estabelecimentos de Ensino e demais entidades, de onde resultará uma melhoria dos serviços a prestar aos estudantes, bem como economias significativas na exploração dos transportes escolares, através da criação de soluções cada vez mais ajustadas, social e economicamente, às realidades locais. Nos termos do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 299/84, de 5 de Setembro, na sua atual redação, compete aos Municípios garantir o serviço de transporte dos alunos do Ensino Básico e Secundário entre o local de residência e o local do estabelecimento de ensino, quando residam a mais de 3km ou 4km, caso o estabelecimento de ensino possua ou não refeitório, respetivamente, pelo que é essencial a regulamentação dessa atividade. No uso dos poderes regulamentares conferidos às autarquias locais pelo artigo 241º da Constituição República Portuguesa, das atribuições que lhes são conferidas no domínio da educação pela alínea d) do n.º 2 do artigo 23º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro e no âmbito das competências previstas na alínea e na alínea gg) do n.º 1 do artigo 33.º da mesma Lei, nos Decretos-Lei n.º 299/84, de 5 de setembro, n.º 243/87, de 15 de junho, n.º 144/2008, de 28 de julho, n.º 186/2008, de 19 de setembro, n.º 55/2009, de 02 de março, nas suas atuais redações, bem como nas Leis n.º 13/2006, de 17 de abril e n.º 85/2009, de 27 de agosto, nas suas atuais redações e na Portaria n.º 138/2009, de 3 de fevereiro, e nos termos da alínea g) do nº1 do Art.º 25º e da alínea k) do nº 1 do Art.º 33º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, a Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal, aprova o Regulamento Municipal de Transportes Escolares.

CAPÍTULO I Disposições Gerais Artigo 1.º Lei Habilitante O presente Regulamento tem por legislação habilitante o artigo 241º da Constituição da República Portuguesa, e a alínea gg) do n.º 1 do artigo 33º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro e o Decreto-Lei nº 299/84 de 5 de setembro, na sua atual redação. Artigo 2.º Âmbito 1- O presente Regulamento determina os princípios de atribuição, organização, disciplina e financiamento dos transportes escolares do Município de Rio Maior para as crianças do ensino préescolar e alunos do ensino básico e secundário a frequentarem a rede pública de estabelecimentos de ensino. 2- O serviço de transportes escolares é uma modalidade de Ação Social Escolar que visa assegurar o transporte dos alunos residentes no concelho de Rio Maior, relativamente aos quais a distância da sua residência ao estabelecimento de ensino seja superior a 3Km ou 4Km, respetivamente sem ou com refeitório. 3- A rede de transportes escolares do Município de Rio Maior, engloba: a) Transporte coletivo de passageiros. b) Circuitos especiais. Artigo 3.º Identificação dos Beneficiários Podem beneficiar do transporte escolar, nas condições previstas no presente Regulamento, os alunos residentes no concelho de Rio Maior, que frequentem estabelecimentos do Pré-Escolar e do Ensino Básico e Secundário na área de influência pedagógica.

CAPITULO II Transportes Coletivos de Passageiros Artigo 4.º Não Beneficiários Não beneficiam de transporte escolar com custos suportados pelo Município os alunos que: 1- Frequentem cursos profissionais ou de formação profissional nos quais esteja previsto o financiamento para transportes escolares, desde que o financiamento recebido corresponda a, pelo menos, metade do custo dos bilhetes de assinatura, nos termos previstos na Portaria n.º 181/86, de 6 de Maio; 2- Desde que a distância da sua residência ao estabelecimento de ensino seja inferior a 3 km ou 4km, consoante este esteja respetivamente sem ou com refeitório. 3- Tendo vaga ou oferta educativa em escola a distância inferior a 3km ou 4km da sua área de residência, consoante se tratar de estabelecimento, respetivamente sem ou com refeitório, optem por frequentar outras escolas que excedam as mencionadas distâncias. 4- Alunos do Ensino Básico e Secundário com necessidades educativas especiais, que frequentem escolas de referência ou unidades de ensino estruturado, quando não puderem ser utilizados os transportes regulares ou os escolares, o transporte dos alunos será assegurado de acordo com o estabelecido em diploma próprio. Artigo 5º Critérios de Atribuição O Município assegurará o transporte escolar nas seguintes situações: 1- Alunos que residam a mais de 3 ou 4 Km do estabelecimento de ensino de referência, respetivamente sem ou com refeitório escolar; 2- Alunos que frequentem escolas fora da área de residência, por falta de vaga e falta de oferta educativa na área pretendida; 3- Alunos do Ensino Básico ou Secundário que frequentem estabelecimentos de ensino a distâncias inferiores às previstas no n.º 2 do art.º 2, mas relativamente aos quais o percurso a efetuar a pé seja considerado de perigosidade elevada; 4- Alunos do Ensino Básico e Secundário com necessidades educativas especiais, comprovadas com plano educativo individual, a frequentarem escolas de referência ou unidades de ensino estruturado e de apoio especializado, desde que o aluno possa utilizar a rede de transportes coletivos e/ou escolares.

Artigo 6º Comparticipações As comparticipações a conceder, serão distintas, consoante o nível de escolaridade do aluno, nos seguintes termos: 1- Transporte comparticipado a 100%: a) Alunos matriculados no 1.º, 2º e 3º ciclo do ensino básico, de acordo com os critérios definidos no artigo 5.º; b) Alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente com programa educativo individual organizado nos termos do disposto no Decreto-Lei n.º 3/2008, na redação que lhe foi conferida pela Lei n.º 21/2008 de 12 de maio, que frequentam as escolas de referência ou as Unidades de Ensino Estruturado, nas condições fixadas no disposto no artigo 32.º do Decreto-Lei n.º 55/2009, de 2 de março, desde que possam utilizar transporte público regular e/ ou transporte escolar; 2- Transporte comparticipado a 50%: a) Alunos que frequentem o ensino secundário, de acordo com os critérios definidos no artigo 5.º; b) Alunos que frequentem cursos profissionais, desde que o transporte não seja comparticipado por qualquer outra entidade, ou que a comparticipação recebida não exceda metade do custo dos bilhetes de assinatura, nos termos previstos na Portaria n.º 181/86, de 6 de Maio, e de acordo com os critérios definidos no artigo 5.º; Artigo 7º Modalidade de Transporte Os alunos beneficiários serão transportados em transportes públicos coletivos (cujos terminais ou pontos de paragem se situem a distância não superior a 3 km da residência dos alunos ou do estabelecimento de ensino e, bem assim, que não obriguem os estudantes a tempos de espera superiores a 45 minutos, ou a tempos de deslocação superiores a 60 minutos, em cada viagem simples).

Artigo 8º Candidatura para atribuição de Transportes Escolares 1- O processo de candidatura, para efeitos de benefício de transporte escolar, é realizado anualmente e de acordo com os prazos definidos no artigo 10º, através do preenchimento de impresso próprio e entrega dos elementos solicitados; 2- Após a data prevista no artigo 10º, apenas serão aceites candidaturas para concessão de transporte escolar nas seguintes situações: a) Transferência de escola, por motivo de alteração de residência do agregado familiar do aluno, ou alteração de curso; b) Matrícula realizada tardiamente por motivos atendíveis; c) Curso (s) com candidatura para comparticipação de transportes escolares não deferida; 3- As candidaturas deverão ser apresentadas pelos alunos junto dos respetivos estabelecimentos de ensino. 4- Os Estabelecimentos de ensino validarão as informações constantes na ficha, em espaço reservado para o efeito, procedendo posteriormente à sua entrega na SUASE (Subunidade de Educação Ação Social e Saúde). 5 - No caso dos alunos que frequentem estabelecimentos de ensino fora da área do Município de Rio Maior, o processo deve ser entregue e instruído na SUASE. Artigo 9.º Análise das candidaturas 1- Cabe à SUASE, a análise e encaminhamento dos processos de candidatura de acordo com os critérios definidos no presente Regulamento. 2- Os alunos cujo processo não esteja devidamente instruído, serão notificados pelo Município a fim de procederem às respetivas alterações. 3- São motivos de indeferimento o não preenchimento dos critérios de atribuição e ou, outros motivos atendíveis devidamente fundamentados, sendo para o efeito os alunos devidamente notificados; 4 - A concessão do direito ao transporte escolar não poderá ter efeitos retroativos. Artigo 10.º Prazos Os processos de candidatura serão remetidos, anualmente pela Direção dos Estabelecimentos de Ensino, para o Município de Rio Maior, devendo verificar-se as seguintes condições: 1- A entrada da candidatura nos serviços deverá ser feita até ao dia 31 de julho; 2- No caso de indeferimento, o requerente poderá pronunciar-se no prazo de 10 dias;

Artigo 11º Obrigações do Município Constituem obrigações do Município no âmbito do Transporte Escolar, organizar e executar anualmente, o Plano de Transportes Escolares, conjugando a procura verificada em cada ano letivo com os horários de funcionamento dos estabelecimentos de ensino, com a rede de transportes públicos. Artigo 12.º Obrigações dos Agrupamentos de Escolas e Escolas não agrupadas Constitui obrigação dos estabelecimentos de ensino colaborar com os Municípios na organização e execução do Plano de Transportes Escolares, nomeadamente: 1- Fornecer até ao dia 15 de fevereiro de cada ano, os elementos necessários à elaboração do Plano de Transportes Escolares, nos termos e para os efeitos previstos no n.º 2 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 299/84, de 5 de setembro; 2- Informar os alunos e encarregados de educação sobre os requisitos necessários para a atribuição de transporte escolar, assim como receber as candidaturas e dar início ao processo de acesso ao transporte escolar, por parte dos alunos; 3- Informar o Município, atempada e obrigatoriamente, sobre as eventuais transferências/anulações de matrícula e exclusões por faltas que ocorram ao longo do ano letivo; 4- Informar o Município quanto ao calendário escolar, bem como de alterações ao normal funcionamento do estabelecimento de ensino; 5- Avisar previamente o Município sobre as alterações de horário ou de encerramento dos estabelecimentos de ensino; 6- Informar regularmente o Município sobre a forma como decorre o funcionamento do sistema de transportes escolares, a fim de se proceder a eventuais correções, sempre que necessário. Artigo 13.º Obrigações dos Encarregados de Educação Constituem obrigações dos Encarregados de Educação: 1- Preenchimento e entrega do boletim de candidatura na Escola, respeitando as normas de preenchimento e o prazo estabelecido; 2- Assumir a responsabilidade pelas suas falsas declarações e consequente punição.

Artigo 14.º Obrigações da Entidade Transportadora Constituem obrigações da Entidade Transportadora: 1- Conceder obrigatoriamente passe escolar aos alunos beneficiários do Transporte Escolar, nos termos do presente Regulamento e da legislação em vigor; 2- Assegurar o transporte de todos os estudantes portadores de passe escolar, ajustando os horários dos autocarros, aos horários de entrada e saída dos estabelecimentos de ensino; 3- Cumprir os horários estabelecidos; 4- Faturar mensalmente ao Município os passes que lhe foram requisitados, devendo para efeitos de conferência ser anexada uma listagem: a) Ensino básico com o registo do 1º dia do mês em que o aluno utilizou o transporte, b) Ensino secundário com o registo do dia em que o aluno adquire a vinheta. Artigo 15.º Suspensão do serviço 1- O Município reserva-se ao direito de suspender a comparticipação financeira sempre que não for cumprido o disposto no presente Regulamento. 2- Os alunos a quem tenha sido concedido transporte escolar poderão perder o direito a usufruir do mesmo, em qualquer altura do ano letivo, caso se alterem os pressupostos da atribuição, designadamente por deixarem de cumprir os requisitos legais dos quais a mesma depende. CAPITULO III Circuitos especiais Artigo 16.º Critérios de Atribuição 1- Sempre que os meios de transporte coletivo não preencham as condições fixadas no Capítulo II - Transportes Coletivos de Passageiros, ou, preenchendo-as, não satisfaçam regularmente as necessidades do transporte escolar, o Município assegurará o transporte escolar, nas seguintes situações: a) Alunos que residam a mais de 3 ou 4 Km do estabelecimento de ensino de referência, respetivamente sem ou com refeitório escolar; b) Em situações consideradas de exceção ao mencionado na alínea anterior, com requisitos devidamente fundamentados, apresentadas por requerimento ao Presidente da Câmara.

2- A disponibilização dos circuitos em situações de exceção referida na alínea b) do número anterior, poderá estar dependente de um número mínimo de alunos, definido anualmente pela Câmara Municipal. Artigo 17º Comparticipações Em qualquer altura, o Município poderá vir a solicitar a comparticipação dos encarregados de educação no pagamento dos transportes escolares, sendo que: 1- As formas de pagamento, o valor e os circuitos abrangidos, serão definidos anualmente pela Câmara Municipal; 2- O período de pagamento coincidirá, preferencialmente, com o definido para os serviços de apoio à família; CAPITULO III Artigo 18º Obrigações do Município Transportar os alunos de acordo com todas as normas de segurança, aplicando, designadamente, o estipulado na Lei n.º 13/2006, de 17 de Abril, que regula o Transporte coletivo de crianças, na sua redação atual. Artigo 19º Obrigações dos encarregados de educação Constituem obrigações dos Encarregados de Educação: 1- Preenchimento e entrega do boletim de candidatura na Escola ou no Município, respeitando as normas de preenchimento e o prazo estabelecido pelo presente regulamento; 2- Assumir a responsabilidade por falsas declarações; 3- Informar previamente os serviços do Município, no caso da suspensão da utilização dos transportes escolares, através de impresso próprio a fornecer pelos serviços do Município ou do estabelecimento escolar;

4- Responsabilizar-se pela deslocação do seu educando, entre a sua residência e o local de paragem do transporte escolar; 5- Assumir a responsabilidade sempre que haja incumprimento das normas de segurança rodoviária e de higiene das viaturas por parte do seu educando. Artigo 20.º Suspensão do serviço O Município reserva-se ao direito de suspender o serviço sempre que não for cumprido o disposto no presente Regulamento. Artigo 21.º Competências das Juntas de Freguesia Sempre que sejam celebrados Acordos ou Contratos entre o Município e as Freguesias, relativos ao transporte escolar de alunos, estas devem cumprir com todas as normas de segurança, aplicando, designadamente, o estipulado na Lei n.º 13/2006, de 17 de Abril, relativa ao Transporte Coletivo de Crianças. CAPITULO IV Disposições Finais Artigo 22.º Dúvidas e omissões As dúvidas e omissões que se suscitem na aplicação deste Regulamento serão resolvidas por deliberação da Câmara Municipal, tendo em consideração a legislação aplicável. Artigo 23º Entrada em vigor O presente regulamento entrará em vigor no prazo de quinze dias úteis a contar da sua publicação nos termos legais.