ESPÉCIES NOVAS DE LANTHANOMELlSSA HOLMBERG E LANTHANELLA MICHENER & MOURE (HYMENOPTERA, ANTHOPHORIDAE, EXOMALOPSINAE) 1

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Transcrição:

ESPÉCIES NOVAS DE LANTHANOMELlSSA HOLMBERG E LANTHANELLA MICHENER & MOURE (HYMENOPTERA, ANTHOPHORIDAE, EXOMALOPSINAE) 1 Danúncia Urban 2 ABSTRACT. 1':111',1'1('11, UI L1\' /II. I.\'OI/U/SSI 1I ()1.~IIlIR(i ANil LI.\'/11I\'U.LI M ICIIENI.K & M Ol IRI (IlnII.NIJI'TI Ki\. ANTIIOI'1I0RIIli\L. EX()~Ii\1 OI'SINi\lcl. Vlllr/w /loli/e/isso poli/pic%. SP,Il.. LaWItO/lllll/elisslI IIwgoliaf. sp.ll.. Lallrlt{l//()lIlelis.1'iI herilloe. SP,Il.. and Law/lIl1/oll/e/isso clell/ewis. sp.ll, fmm 'l'lilhern Bra/il. and Ll/llrltollel/o //1 eil//ie. sp.n. fmm Argelllllla are ckscriheu. KEY WORDS. EXlllllalllp,inae. Apoidea. Law/w/lolI/elis.lo. Ll/llr//(//lel/o. laxllnollly. Neolropical Tendo reccbido para identificação. abelhas coletadas por pesquisadores do convênio ei1lre a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Brasil) e Universidade de Tübingen (Alemanha). foram constatadas quatro espécies novas de Lan/hal1olllelissa Holmberg. 1903 e uma de Lal1lhane//a Michener & Moure. 1957. O material tipo está depositado no Laboratório de Pesquisas Biológicas da POI1lifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e na Coleção de Entomologia Pe. J.S. Moure do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná (OZUP). HOLMBERG (1903) desereveu o gênero e a espécie Lan/hanollleLissa discrepal1s baseado em exemplares da Argent ina e. na descrição, citou a coloração amarela do escapo. labro e clípeo como tamhém na base ondulada dos tergos: no macho esludado faltava o abdome. MICII ENE R & MO URE (1957), ao caracterizarem o sub-gênero Lanrhanoll/elissa consideraram L. discrepam como sinónimo de Te/rapedia goe/diana Friese. 1899. Pela descrição, Te/rapedia goeldial1a di fere de Lall/hal1ome/issa. Segundo FRIESE ( 1899) Te/rapedia goe /dial/a lem: "segmento anali rotu ndato. segmei1lis veillral ibus flav is. 3. -5. longe albido-fimbriatis;" "sech sles.. kahl", ou seja, o segmenlo anal arredondado. segmenlos ventrais amare los. terceiro ao quilllo com franja longa branca, sexto glabro. Em Lal/lhano II/elissa o segmento distal é alongado e com placa pigidiallonga e estreita, esternos acastanhados com áreas amare las. franjas ap icais do segundo ao quimo esterno amarelo-acastanhadas claras e o sexto es terno com tufo distal denso de pêlos curtos. Além destas características. Lallfhanoll/elissa tem duas células sub-marginais nas asas anteriores e esterno basal com pilosidade 11luito curta. densa e decumbente I) Conlrihuição nlllllero H93 do Deparlamet1ltl de Zoologia. Univers idade Ft:cle ral Lio Paraná. ~) Depanalllt:llIll de Zoolog ia. l'nll'erslliade Federal do Paran,í. Ca ixa Poslal I'J()~(). X 1 5~ I l)'j() Curillha. Paraná. Brasil. Revta bras. Zoo l. 12 (4) : 767-777. 1995

768 URBAN até a margem. Na fêmea os basitarsos anteriores são achatados e largos no lado ventral, aí um poueo côncavos ao longo do comprimento, quase glabros, margeados largamente no bordo anterior por cerdas grossas curtas arqueadas. Lanthanome/issa betinae, sp.n. Fig. 1 l.a/lfiilli101i1e1issli sp.: Oliveira. 1966. Studia En!. 9 : 4~() 4 1ü, Lalllhllllo/llelissa goeltlil/i/i/: Sakagami & Laroca. II) XX. J. Kansas En!. Soe. 6 (3): J47-349, OLIVEIRA (1966) descrevendo larvas de Lanlhanolllelissa coletadas por Sebastião Laroca em Castro (Paraná). em ninhos agregados. não obteve a identi ficação da espécie. SAKAGAMI & LAROC A (1988) publicaram suas observações sobre os ninhos encontrados em Castro, tendo Pe.J.S. Moure interpretado a espécie como Lanlhanolllelissa goeldiana. Esse material, duas fêmeas, foi examinado na elaboração deste trabalho e consta na listagem dos parátipos de L. belinae, Sp.lI. Diagnose. Escapo preto; macho com a franja do quinto esterno emarginada medianamente, os pêlos afastados do bordo no meio e mais curtos deixando ver o tegumento; fémures posteriores com pilosidade alongada na face posterior, pêlos mais longos que o diâmetro do Ilagelo misturados com pêlos curtos; fêmea com labro, c1ípeo e tlagelômeros basais enegrecidos; sexto esterno sem áreas glabras subapicais, tufo normal. Holótipo macho. Tegumento preto na cabeça e mesosoma com as seguintes áreas claras: amarelo na base das mandíbulas e parte do labro: quase todo o clípeo amarelo, preto somente nos cantos; Ilagelômeros amarelo-acastanhados vent ralmente. Pernas amarelas do ápice do fêmur ao tarso, com o lado ventra l das tíbias anteriores castanho e manchas desta côr também no lado interno das demais tíbias. Tergos pretos com nódoas laterai s arredondadas amarelas nos três basais, pequenas no primeiro; dois tergos basais com larga faixa marginal translúcida castanha nos Ilancos, terceiro com área preta disco-basal e para o áp ice castanho escuro; quano ao sexto tergo com faixa basal amarela larga e margem também larga. acastanhada no quarto tergo, mais clara nos seguintes; esternos enegrecidos passando a castanho-amarelados, com esbranquiçado no ápice. Pilosidade da cabeça castanho-clara; castanha no mesoscuto, escutelo e nos tergos, amarela levemente acastanhada nas pernas: castanho-clara nas franjas esternais, porção mcdiana do segundo ao quarto esterno com franja densa. os pêlos voltados para o meio c os laterais mais longos que o medianos; no quinto com profunda emarginação mediana acompanhando a emarginação do esterno, mais cuna em pequena área mediana, deixando ver o tegumento, e com os pêlos laterais longos convergentes para o meio; sexto com pilosidade fin a no disco. Comprimento aproximado 6, l7mm; largura da cabeça 2,32mm; eomprimenta do olho 1,34mm. Variações. Mandíbulas e labro inteiramente pretos, mandíbulas com nódoa castanha basal em vez de amarela e labro quase todo amarelo; além de nódoa amarela na base das tégulas, nódoas amarelas nos lobos pronotais, na face dorsal do pronoto e metanoto. Pilosidade do mesoscuto csbranquiçada até castanha. Revta bras. Zoo!. 12 (4): 767 777, 1995

Espécies novas de Lanthanomelissa e... 769 4 Figs 1-4. Esternos dos machos de Lanthanomelissa. 11) L. betinae; 12) L. magaliae; 13) L. pampicola; 14) L. discrepans. Alótipo fêmea. Cabeça e mesosoma pretos; flagelômeros com a face ventral amarelo-acastanhada a partir do segundo até o distal. Pernas mais escuras do que no macho, pretas quase até o ápice dos fêmures, tíbias anteriores só com o lado dorsal amarelo, demais tíbias com o castanho predominando; basitarsos anteriores amarelo-acastanhados na face ventral, os restantes castanhos. Tergos e esternos como no macho. Pilosidade branca a levemente acastanhada; amarelo-acastanhada nas pernas; franjas bissinuosas do segundo ao quarto esterno com pêlos lisos castanhoclaros no meio; sexto esterno sem áreas glabras subapicais no tufo distal. Comprimento aproximado 6,33mm; largura da cabeça 2,28mm; comprimento do olho 1,36mm. Variações. Entre as fêmeas coletadas em Seara, uma com o clípeo preto, uma com o disco do clípeo amarelo como no macho descrito, com os cantos do clípeo pretos e o labro enegrecido,uma com o clípeo quase todo amarelo e pequena área supraclipeal amarela, e uma com estrias pretas sobre o amarelo; nas duas fêmeas coletadas em Castro, o clípeo como no macho descrito e o labro enegrecido. No tegumento das pernas, foi observado o aumento da área escura, reduzindo a área amarela das tíbias medianas e as posteriores passando a castanho-enegrecidas, basitarsos medianos e posteriores castanhos e demais tarsômeros também desta cor. Revta bras. Zool. 12 (4): 767-777, 1995

770 URBAN Holótipo macho, alótipo fêmea e um parátipo macho. BRASIL, Rio Grande do Sul: Gramado, 17-XI-1990, B. Blochtein lego (DZUP). Parátipos de Sallfa Cmarina: Seara (Nova Teutônia), três machos e três fêmeas, XI- 1951, F. Plaumann lego (DZUP); uma fêmea, X-1948 (DZUP); Paraná: Castro, duas fêmeas. IX- 1961 e X - I96I, Sakagami & Laroca leg. (DZUP). Parátipos do Rio Grande do SIII : Gramado, três machos, 16-XI- 1992, B. Blochtein leg. (PUCRS); Osório, dois machos e uma fêmea. 12-X - 1991. I.A. dos Santos lego (PlICRS): duas fêmeas, 23-X-1992 (PUCRS); uma fêmea, 24-X-1992 (PUCRS); uma fêmea. 16-XI- 1992 (PUCRS); Cruz Alta, um macho, 2-XI-1990, B. Blochtein leg. (PUCRS): cinco machos, 3-XI-1990 (PUCRS). Distribuição Geográfica. BRASIL: Paraná, SC/Illa Cararina e Rio Grande do Sul. Examinados exemplares da ARGENTINA: Misiones e El1lre Rios. Espécie dedicada à pesquisadora Betina Blochtein que coletou os exemplares estudados e se dedica ao estudo das abelhas. Lanthanome/issa c/ementis, sp.n. Figs 5-7 Diagnose. Macho com o escapo inteiramente preto ou com nódoas amarelas. clípeo amarelo, franja do quinto esterno semelhante à dos esternos anteriores na forma, porém com pêlos de tamanho uniforme; fêmures posteriores com pêlos curtos de tamanho uni forme na face posterior, menores que o diâmetro do t-lagelo ; fêmea com escapo preto, labro e clípeo pretos com áreas amarelas variávcis, Ilagelômeros basais amarelo-acastanhados ventralmente,sexto esterno com duas áreas subapicais glabras no tufo distal. Holótipo macho. Tegumenro preto na cabeça e mesosoma, com as seguintes áreas claras: amarelo no labro, clípeo. metade basal das mandíbulas e nódoa na área supraclipeal; lado ventral do Ilagelo amarelo-acastanhado. Tégulas castanhoenegrecidas com nódoa basal amarela; pernas anteriores e medianas amarelas a partir do ápice do fêmurcs até os tarsos. nas posteriores o amarelo ocupando o terço apical dos fêmures até os tarsos. Tergo basal preto com duas nódoas amarelas laterais pequenas; do segundo ao quarto tergo largamente pretos na parte mediana até a margem, com grandes nódoas amare las arredondadas laterais deixando margem translúcida amarelo-acastanhada nos flancos, maiores no quarto; quinto tergo com as nódoas amarelas quase rundidas no meio, com pequena área discai preta e margem amarelada translúcida ; sexto amarelo na base e com margem translúcida amarelo-acastanhada, desta côr também o sétimo; esternos castanhos, o apical com área distal amarelo-acastanhada. Pilosidade branca na cabeça. mesosoma, parte das pernas e nos tergos; amarelo-acastanhada nas tíbias e basitarsos posteriores e nas franjas dos esternos. Franja densa do segundo ao quarto esterno com pêlos mais longos laterais voltados para o meio, no segundo os pêlos esparsos no meio. quinto com franja densa alongada ocupando quase todo o bordo, sem pêlos mais curtos no meio e em arco rebaixado; sexto com pilosidade fina no di sco. Revta bras. Zoo!. 12 (4): 767-777. 1995

Espécies novas de Lanthanomelissa e... 771 5 6 1 mm Figs 5-7. Macho de Lanthanomelissa clementis. 15) sétimo esterno; 16) oitavo esterno; 17) genitália com a metade ventral no lado direito. Comprimento aproximado 6,58mm; largura da cabeça 2, 12mm; comprimento do olho 1,32mm. Variações. Principalmente no colorido do escapo, que pode ser inteiramente preto, com pequena nódoa amarela na face anterior, ou com toda a face anterior amarela, com duas nódoas irregulares em cada escapo ou com uma nódoa amarela pequena no escapo esquerdo e a nódoa grande no outro escapo do mesmo exemplar; paroculares inferiores de alguns exemplares com nódoa arredondada, nódoa só em uma das paroculares inferiores, manchas amarelas acastanhadas ou ainda nódoas grandes ocupando toda a área junto ao clípeo. Um parátipo, macho, coletado juntamente com o holótipo, com duas áreas negras alongadas no clípeo, porém assimétricas e no mesmo exemplar com redução do amarelo nos tergos. Constatadas também pequenas áreas amarelas nos flancos do metanoto, áreas amarelas acastanhadas nas tíbias e basitarsos posteriores e o sexto esterno com grande nódoa amarela basal. Alótipo fêmea. Cabeça preta, labro e metade apical do clípeo castanhoescuros; lado ventral dos flagelômeros amarelo-acastanhado. Mesosoma preto; pernas amarelo-acastanhadas com áreas castanhas do ápice do fêmur aos tarsos, castanhas na face posterior de todas as tíbias e dos basitarsos posteriores. Tergos castanhos escuros; quatro tergos basais com nódoas laterais amarelas, pequenas no primeiro, grandes no segundo e terceiro, e avançando para o meio no quarto; grandes nódoas amarelas laterais no quinto tergo quase fundidas no meio; esternos pretos. Pilosidade branca; nas tíbias e basitarsos posteriores amarelo-acastanhada; franja bissinuosa do segundo ao quarto esterno, os pêlos lisos castanho-claros no meio do segundo e do terceiro; sexto esterno com pêlos discais convergentes para o meio e os do tufo apical curtos eretos e lateralmente separados pelas duas áreas glabras subapicais. Revta bras. Zool. 12 (4): 767-777. 1995

772 URBAN Comprimelllo aproximado 5,83mm; largura da cabeça 2,28mm; comprimento do olho 1,36mm. Variações do tegumento. Mais notáveis no colorido do labro e do elípeo. O labro mais castanho até amarelo levemente acastanhado e o elípeo eom larga margem acastanhada ou amarela, prolongada estreitamente até a base no meio, em exemplares coletados julllamente com o alót ipo. Parátipos de Caçapava do Sul com pequena nódoa amarela na base do clípeo e o restante amarelo-acastanhado, clípeo amarelo com duas nódoas látero-basais pretas, e nódoas amarelas ou amareloacastanhadas nas mandíbulas. Também observada a ocorrência de faixa amarela completa no quinto tergo. Holótipo macho. BRASIL, Rio Grande do 5,,/: Guaíba, 13-X-1990, C. Schlindwein lego (DZUP). Alótipo fêmea e dois parátipos fêmeas da mesma localidade e mesmo coletor, 3-X I-1990 (DZUP); dois pará tipos machos com os mesmos dados do holótipo (DZUP); 5allla Catarina : Seara (Nova Teutônia), F. Plaumann Leg., dois machos, X- 1951 e XI -1951 (DZUP). Parátipos do Rio Grande do 5,,1: 12 machos com os mesmos dados do holótipo (PUCRS); Guaíba, duas fêmeas, 2-X 1-1990, C. Shlindwein leg. (PUCRS); sete fêmeas, 13-X 1-1990 (PUCRS); Guaíba, uma fêmea, 23-X I-1990, B. Blochtein lego (PUCRS); Canguçu, Morro Redondo, 10 machos, 16-XI-1990, C. Schlindwein lego (PUCRS); Canguçu, Posto Branco, duas fêmeas, 17 -X 1-1990, C. Schl indwein lego (PUCRS); Caçapava do Sul (Guaritas), um macho, 08-X-1991, C. Schlindwein lego (PUCRS); duas fêmeas, 10-X-1991 (Pl'CRS); seis fêmeas, II -X- 1991 (PUCRS); um macho, 26-X-1991 (PUCRS); cinco fêmeas, 14-X - 1992 (PUCRS); Porto Alegre (Viveiro Municipal), uma fêmea, 10-XI -1989 C. Schlindwein leg. (PUCRS). Distribuição Geográfica. BRASIL: 50llla Calarina e Rio Grande do SI/I. Examinados também exemplares da ARGENTINA: Misiones. Espécie dcdicada ao pesquisador Clcmens Schl indwein que coletou o material estudado. Lanthanome/issa maga/iae, sp.n. Fig.2 Diagnose. Escapo amarelo ornado com estria lateral externa preta; macho com flagelômeros crenulados na face lateral externa; franja densa do segundo esterno sem pêlos muito longos encurvados para o meio. quinto esterno com pêlos mais curtos no meio e ladeados por pêlos mais longos voltados para os flancos; sexto com tufo piloso discai. Holótipo macho. Tegumento preto com as seguintes áreas claras: amarelo na metade basal das mandíbulas, labro, clípeo, grande nódoa arredondada na área supraclipeal, nódoa nas paroculares inferiores juillo ao clípeo ; escapo amarelo com estria preta lateral externa; face dorsal do flagelo castanho-enegrecida e a veillral amarelo-acastanhada. Prol1oto com nódoa amarela nos lobos e faixas amarelas látero-dorsais; tégulas amarelo-acastanhadas comllódoa basal amarela; axilas com nódoa amarela; metanoto com faixa discai amarela; pernas allleriores e medianas Revta bras. Zool. 12 (4): 767. 777. 1995

Espécies novas de Lanthanomelissa e... 773 amarelas a partir do terço apical dos fémures, nas posteriores a partir da metade apical dos fémures; com áreas acastanhadas nas tíbias medianas e posteriores e nos basitarsos posteriores. Tergo basal preto com grandes nódoas laterais amarelas, no segundo nódoas amarelas oeupando mais de um terço da largura do tergo e arredondadas, entre as nódoas o tegumento preto acompanhando o bordo das mesmas quase até a margem, nos flancos larga margem amarelo-acastanhada; terceiro e quarto tergos com as nódoas amarelas fundidas estreitamente no meio, castanho-escuros no disco e ápice, com larga margem amarelo-acastanhada nos lados; quinto e sexto amarelo-acastanhados com pouco amarelo na base; sétimo amarelo levemente acastanhado; esternos com áreas castanhas e fracamente amareladas, o distal com nódoa basal amarelada. Pilosidade branca a levemente amarelo-acastanhada, desta côr nas franjas apicai s da porção mediana do segundo ao quinto esterno. as franjas densas com pélos voltados para o meio, do segundo ao quarto esterno, no quinto mais curta no meio e com os pêlos laterai s voltados para os flancos. um pouco mais emarginada que as anteriores; sexto com tufo piloso discai, os pélos semi -eretos curtos e tufo apical de pêlos curtos eretos. Comprimento aproximado 5.92mm; largura da cabeça 2.12mm: compri mento do olho 1,33mm. Variações foram constatadas no tamanho da nódoa amarela supraclipeal e na do sexto esterno. Um macho de Viamão com os tergos mais claros na área marginal; outro macho, de Esteio. com três células sub-marginais na asa direita e duas na asa esquerda onde pode ser visto um vestígio da primeira r-m. Holótipo macho. BRASIL. Rio Grallde do SI/I: Viamão, 5-XI- 1985, M. HolTmann leg. (DZ UP) ; um parátipo macho de Esteio, XI - 1942, sem indicação de coletor (D ZU P): demai s parátipos: Viamão, Morro do Coco, um macho, 3-XII - 1991, C. Schlindwein Leg. (PUCRS); Bagé (Casa do Pedro), um macho, Ol -XI - 1992. C. Schlindwein leg. (P UCRS). Distribuição geográfica. BRASIL: Rio Grallde do SI/I. Espécie dedicada à pesquisadora Magal i Hoffmann que coletou parte cio material e se dedica ao estudo dos ApoicIea. Lanthanome/issa pampico/a, sp.n. Fig.3 Diagnose. Escapo amarelo ornado lateralmente com estria preta; macho com Ilagelômeros I isos, quinto esterno com franja quase reta, sexto esterno quase glabro no disco; fêmea com o clípeo amarelo na margem e preto junto à sutura epistomal, o amarelo prolongado até a sutura no meio, sexto esterno com duas áreas arredondadas subapicais glabras no tufo piloso. Holótipo macho. Tegumento preto na cabeça e mesosoma, com as seguintes áreas claras: amarelo na metade basal das mandíbulas, labro, clípeo, nódoa de contorno arredondado nas paroculares inferioresjunto ao clípeo e pequena mancha na área supraclipeal : escapo amarelo, excetuando pequena área preta no lado Revta bras. Zool. 12 (4): 767-777, 1995

774 URBAN externo; lado ventral dos nagelômeros amarelo somente nos basais, amareloaeastanhado nos restantes, castanho no lado dorsal, orla amarela no pedicelo. Nódoa amarela nos lobos pronotais e faixas látero-apicais na parte dorsal do pronoto; tégulas castanhas com nódoa basal amarela; axilas com faixa amarela estreita e metanoto com área discai amarela levemente acastanhada: pernas anteriores amarelas a partir do ápice do fêmur, e as demais amarelas da metade do fêmur até os tarsômeros distais. Primeiro e segundo tergos pretos, o primeiro com duas grandes nódoas laterais amarelas, e o segundo com duas grandes áreas laterais amarelas de contorno arredondado para o meio; terceiro com nódoas amarelas látero-discais, estreitadas para o meio e um pouco separadas uma da outra na linha mediana; do quarto ao sexto tergo com faixa amarela, mais estreita e basal no meio; quatro tergos basais com borda translúcida amarelo-acastanhada nos lados, mais larga para o meio no terceiro e quarto tergos, parte mediana destes tergos castanha escura; quinto e sexto com faixa marginal translúcida amareloacastanhada completa e faixa discai castanho-escura, mais larga no meio porém não chegando aos lados; esternos castanho-amarelados, o distal amarelo levemente ocráceo com castanho nos flancos. Pilosidade branca, levemente amarelada nas pernas, do segundo ao quinto esterno com franja castanha elara densa e levemente emargi nada na porção mediana, com os pêlos laterais convergindo para o meio, a franja quase reta no quinto: sexto esterno quase glabro no disco e na base, com tufo apical piloso. Comprimento aprox imado 5,Omm: largura da cabeça 2,Omm; comprimento do olho 1,20mm. Variações principalmente nas nódoas amarelas do terceiro e quarto tergos, em forma de grandes nódoas látero-discais bem afastadas uma da outra, ou quase unidas no meio por estreita área basal; também na ausência de faixa estreita amarela nas axilas e no metanolo, e de nódoa amarela na área supraelipeal. Alotipo fêmea. Semelhante ao macho porém com o tegumento mais escuro. Escapo ama relo com estria preta lateral externa. O clípeo difere pela redução da área clara, o amarelo somente na metade apical e prolongado até a base em faixa estrei ta, com grandes nódoas látero-basais pretas. Pilosidade dos esternos formando franja bissinuosa, os pêlos plumosos longos brancos; do segundo ao quarto esterno, no meio da franja, os pêlos castanhos e lisos. Comprimento aproximado 5,33mm; largura da cabeça 2, 10mm; comprimento do olho 1,26mm. Holótipo macho. BRASIL, Rio Grande do SlIl: Caçapava do Sul (Guaritas), 9-XI -1991, C. Schlindwein leg. (DZUP). Alótipo fêmea da mesma localidade e mesmo coletor, 26-X- 1991 (DZ UP) ; um parátipo macho ele Caçapava do Sul CM inas de Camaquã), 27-X-90, S.W. Freitas leg. (DZ UP). Parátipos de Caçapava do Sul (Minas de Camaquã), uma fêmea, 25 -X-1990, B. Hille leg., (PUCRS); mesma localidade, um macho, 27-X - 1990, B. Hille leg., (PUCRS); Caçapava elo Sul, Guaritas, uma fêmea, l7.x.92, C. Schlinelwein leg. (PUCRS). Distribuição geográfica. BRASIL: Rio Grande do Sul. Etimologia. Refere-se à região elos pampas. Revta bras. Zool. 12 (41: 767-777. 1995

Espécies novas de Lanthanomelissa e... 775 I. Machos. - Fêmeas.. Chave para as espécies de Lanthanome/issa 2. Escapo illleiramente preto, com nódoas amarelas ou somente com a face anterior amare la. Flagelômeros lisos....... 3 - Escapo inteiramellle amarelo ou somente com estria preta na face láteral externa. Flage lômeros I isos ou crenulados..4 3. Fêmures posteriores com pilosidade irregular na face posterior. pêlos mai s longos que o di âmetro do flagelo mesclados com pêlos curtos. Segundo ao quarto esterno com pêlos laterais mais longos arqueados para o meio. Quinto esterno com franja profundamente emarginada, deixando ver o tegumento no meio, os pêlos mais curtos e afastados do bordo nesta área.............. belinae - Fêmures posteriores com pilosidade curta, ereta e fina, de tamanho uniforme na face posterior, os pêlos mais curtos que o diâmetro do Ilagelo. Só o segundo esterno com pêlos longos encurvados para o meio; terceiro e quarto esternos com franja apical de tamanho quase uniforme ; quinto esterno com franja fracamente sinuada, quase reta, os pêlos encobrindo o tegumento.. clelllel1lis 4. Escapo amarelo. Segundo esterno com pêlos laterais muito longos nos cantos da franja apical. encurvados para o meio e, na área mediana quase sem pêlos ou glabro (Fig.4); quinto esterno com franja emarginada, nos lados da franja os pêlos voltados para trás........ discrepans - Escapo amarelo porém com estria preta lateral externa. Segundo esterno com franja densa. sem área quase glabra mediana e sem pêlos laterais muito longos; quinto esterno com franja reta ou em arco rebaixado. os pêlos laterais da franja dirigidos para trás ou voltados para fora... 5 S. Flage lômeros crenulados na facc lateral externa. Sexto esterno com tufo piloso no disco. Franja do quinto esterno com os pêlos mais curtos no meio e os laterais dirigidos para os 11ancos.... liiagaliae - Flagelômeros li sos, sem crenulações. Sexto esterno quase glabro no disco e na base. Franja do quinto esterno com pêlos de tamanho uniforme. nos lados da franja os pêlos voltados para trás...... palllpicola 6. Escapo preto, ou com amarelo somen te na face anterior....7 - Escapo amarelo ou com estria preta na face lateral exterior. 7. Sexto esterno com tufo piloso apical normal, desprovido subapieais.......2.6.8 de áreas glabras. betinae - Sexto esterno com duas áreas glabras subapicais arrcdondadas denso-pollluadas nos lados do tufo apical............ clelllen/is 8. Clípeo amarclo; quando com áreas basa is pretas estas muito pequenas. Sexto Revta bras. Zool. 12 (4): 767-777. 1995

776 URBAN esterno com tufo piloso apical normal, desprovido de áreas glabras subapicais.......... discrepam - Clípeo amare lo com áreas látero-basais pretas. Sexto esterno com duas áreas glabras subapicais arredondadas no tufo piloso distal...... pall/picola Lanthanella tem três células sub-marginais nas asas anteriores. Bas itarsos anteriores da fêmea com pei1le de cerdas curtas no lado externo, e cerdas curtas eretas no lado ventral; mediotarsos allleriores com grande área discai glabra, arredondada no bordo apieal e orlada com cerdas encurvadas largas, achatadas e curtas; mesosculo e escutelo com pêlos curtíssimos mesclados com pêlos longos esparsos. Macho sem placa pigidial distinta; segundo ao quinto esterno com franja apical, menos densa na porção mediana, longa e voltada para o meio lateralmente ; mesoscuto com pilosidade longa e densa, com pêlos curtos de permeio no disco, posteriormente. Lanthanella luciane, sp.n. Diagnose. Macho com escapo amarelo e nódoas desta cor no pronoto e no metanoto ; poi1l uação do mesosc uto e escutclo esparsa, os intervalos elllre os pontos de dois a quatro diâmetros de poillo. Holótipo macho. Cabeça e mesosoma pretos com as seguii1les áreas claras: amarelo na metade basal das mandíbulas, todo o labro, clípeo, grande parte da área supraclipeal, nódoa nas paroculares inferiores julllo ao clípeo, escapo, área discai do pedicelo e parte lateral do primeiro tlagelômero; demais flagelômeros amarelo-acastanhados velllralmellle e castanhos no lado dorsal. Amarelo nos lobos pronotais, metade apical da face dorsal do pronoto e nódoa no terço basal das tégulas, no restante das tégulas amarelo-acastanhado; metanoto com duas nódoas látero-discais amarelas; axilas e áreas dôrso-iarerais do metanolo amarelas, pernas desta cor a partir da metade dos fêmures até os tarsos. Tergos e esternos amarelo-ocráceos pálidos com grandes áreas enegrecidas irregulares no segundo e terceiro tergos. Pilosidade branca e alongada na cabeça, mais longa no mesosoma, levemente acastanhada no mesoscuto e escutei o; grande parte das pernas allleriores com pêlos brancos, como também nos artículos basais das medianas e posteriores, tíbias e basitarsos amarelados; branca nos tergos. Segundo ao quinto esterno com franja ocrácea pálida. Comprimelllo aproximado 6,67mm; largura da cabeça 2,46mm; comprimenlo do olho 1,48mm. Variação. Um macho co m os tergos de um castanho levemente avermelhado, os doi s basais largamente avermelhados nos eantos e com larga margem amarela clara. Holótipo macho. ARGENTINA, La Pall/pa: Las Adelas, 26-XI-1973, l.l. Neff leg o (DZlIP). Dois parátipos com a mesma procedência e eoletor (DZUP). Distribuição Geográ fic a. ARGEl TINA: La Pall/pa. Revta bras. Zooi. 12 (4): 767-777.1995

Espécies novas de Lanthanomelissa e... 777 A espécie é uma homenagem à Profa. Luciane Marinoni pela sua dedicação ao esludo dos inselos. Comenlário. Na única espécie anleriormel1le conhecida, Lanlhanella colllpleta (Michener & Moure, 1957) o macho lem escapo prelo, mesosoma prelo scm nódoas amarelas, ponluação do l11esosculo densa, os il1lervalos igualando o diâmelro dos ponlos. AGRADEC IMENTOS. A aulora agrad~ce "O ProL Alhlllo M.Sa'akilxml pcl", IÚI'" c ao Pc. k,us S. "v1ourc p~lo acc"o ii hihllografia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FRIESE, H. 1899. Monographie der Bienengallungen E\OIIWLopsis, Plilolliri.r, Metilollla und Telrapedia. Ann. k.k. nat. Hofmus., Wien, 14 (3): 247-304. HOLMBERG, E.L. 1903 DelcclUS Hymenoplerologicus Argenlinus. An. l\1us. Nac., Buenos Aires, 9: 377-468. OLIVEIRA, B. L. DE. 1966. Descrição de esládios imaluros de LalllhanollleLissa sp. com inferência sôbre a posição filogenélica dêsle gênero entre os Exomalopsinae (Hym., Apoidea). Studia EI1t. 9 (1-4): 429-440. MICIIE NER, C.D. & J.s. MOl RI:. 1957. A sludy of lhe classifical ion ar lhe more primilive non-parasilic Anlhophor ine bees (Hymenoplera, Apoidca). BulI. AmeI'. l\1us. Nat. Hist. 112 (5): 395-452. SAKAGAMI, S.F. & S. LAROCA. 1988. Nesls 01' an Exomalopsine bee LallllwllolIlelisso goeldiano (Hymenoplera: Anthophoridae)..Jour. Kallsas Ellt. Soe. 61 (3): 347-349. Reu-'hlClo,~Ill 19. VI. 1995; acf!i!o elll 25 III 1996 Revta bras. 2001. 12 (4): 767-777. 1995