Eleições Autárquicas 2013

Documentos relacionados
Eleições Nacionais 2014

Eleições Nacionais 2014

Eleições Autárquicas 2013

Eleições Nacionais 2014

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Comissão da Administração Pública, Poder Local e Comunicação Social 4ª Comissão

Eleições Nacionais 2014

Com resultados de 257 mesas de voto das 260 totais, a contagem paralela do Observatório indica:

Eleições Nacionais 2014

Eleições Autárquicas 2013

Eleições Nacionais 2014

Eleições Nacionais 2014

REGULAMENTO SOBRE O SORTEIO DE DISTRIBUIÇÃO. Artigo 1.º (Objecto) TEMPOS DE ANTENA NA RÁDIO E NA TELEVISÃO

Eleições Autárquicas 2013

RELATÓRIO SÍNTESE ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE SETEMBRO E 1 DE OUTUBRO DE 2017

PARLAMENTO DOS JOVENS E N S I N O B Á S I C O E S E C U N D Á R I O

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 10 de Outubro de MAPA-CALENDÁRIO a que se refere o artº 6º da Lei nº 71/78 de 27 de Dezembro

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

REGULAMENTO DISTRIBUIÇÃO DOS TEMPOS DE ANTENA

Artigo 1.º. Artigo 2.º

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS DE 5 DE OUTUBRO DE Mapa Calendário a que se refere o Art.º 6º da Lei n.º 71/78 de 27 de Dezembro

Federação Portuguesa de Paraquedismo REGULAMENTO ELEITORAL

CENTRO DE ESCRUTÍNIOS

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA REGIONAL AÇORES MAPA CALENDÁRIO

Eleições Autárquicas 2013

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA 7.ª revisão 2005 (excertos) Princípios fundamentais. ARTIGO 10.º (Sufrágio universal e partidos políticos)

Assembleia da República. Lei n. 20/2002 de 10 de Outubro de CAPÍTULO I Disposições gerais

REGULAMENTO DA ELEIÇÃO DO PRESIDENTE DA COMISSÃO POLÍTICA NACIONAL E DO 37.º CONGRESSO NACIONAL

No escrutínio para presidente, a Frelimo obteve mais de dois terços dos votos em 33 das 43 cidades.

VI CONGRESSO DOS SOLICITADORES REGULAMENTO

Glossário. Apuramento de votos é a contabilização dos votos feita na mesa da assembleia de voto.

Eleições Nacionais 2014

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES

Princípios do sistema eleitoral autárquico da Baixa Saxónia

REGULAMENTO ELEITORAL

REGULAMENTO DA ELEIÇÃO DO PRESIDENTE DA COMISSÃO POLÍTICA NACIONAL E DO 36.º CONGRESSO NACIONAL

DANÇA D IDEIAS ASSOCIAÇÃO REGULAMENTO ELEITORAL

PROJETO DE LEI N.º 530/XII/3 (PSD, CDS-PP) - «LEI QUE DEFINE OS PRINCÍPIOS QUE REGEM A COBERTURA JORNALÍSTICA DAS ELEIÇÕES E DOS REFERENDOS NACIONAIS»

TRADUÇÃO NÃO OFICIAL MISSÃO DE OBSERVAÇÃO ELEITORAL DA UNIÃO EUROPEIA RELATÓRIO FINAL

REGULAMENTO PARA O RECRUTAMENTO DO DIRECTOR DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE JOSÉ AFONSO, LOURES

Assembleia da República. Lei n.º 8/2007 de 26 de Fevereiro

REGULAMENTO ELEIÇÃO DO REPRESENTANTE DOS TRABALHADORES NO CONSELHO DE AUDITORIA

Acórdão nº 28/CC/2009 de 30 de Novembro. I Relatório

REGULAMENTO ELEITORAL DO CONSELHO TÉCNICO-CIENTÍFICO DA ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS, DE LEIRIA

(Aprovado na Assembleia Geral da CIP Confederação Empresarial de Portugal realizada em 26 de Outubro de 2010)

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES

REGULAMENTO ELEITORAL CEMELB - CONVENÇÃO EUROPEIA DE MINISTROS LUSO-BRASILEIROS Página 1 de 6

Regulamento Eleitoral para o Conselho de Gestão da Escola de Engenharia

a Transparência Newsletter

Eleição para os órgãos colegiais de governo da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (Ato eleitoral em 30 de Outubro de 2013)

Regulamento Eleitoral. Primeira Eleição dos Órgãos Sociais do Clube ANA Madeira

Projecto de Regulamento para a Eleição dos Estudantes das Comissões de Curso da Universidade de Aveiro

REGULAMENTO ELEITORAL

De Observação Eleitoral. Revoga a Lei n.º 4/05, de 4 de Julho (Lei de Observação Eleitoral).

QUADRO CRONOLÓGICO DAS OPERAÇÕES ELEITORAIS PARA A ELEIÇÃO DAS AUTARQUIAS LOCAIS DE 12 DE DEZEMBRO DE Até

REGULAMENTO ELEITORAL 2014

REGULAMENTO ELEITORAL

Regulamento Eleitoral para os representantes dos trabalhadores não docentes e não investigadores para o Conselho Geral da Universidade da Madeira 1

Regulamento do Processo Eleitoral para o Conselho Pedagógico [Alterações aprovadas na reunião nº 9/2013 de 30 de outubro]

Lei n.º 4/05 de 4 de Julho. Convindo regular a observação eleitoral quer por nacionais, quer por estrangeiros;

REGULAMENTO ELEITORAL PARA OS CARGOS SOCIAIS DA FENACAM - FEDERAÇÃO NACIONAL DAS CAIXAS DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO, FCRL. Artigo 1º

Assembleia Nacional Popular

INSCRIÇÃO DE ADVOGADO INSCRITO NA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL

ulamento Eleitoral ALADI ASSOCIAÇÃO LAVRENSE DE APOIO AO DIMINUIDO II\TELECTUAL

Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Medicina de Lisboa. Regulamento Eleitoral CAPÍTULO I

Instituto Superior Técnico. Regulamento Eleitoral para a constituição do Conselho Pedagógico do IST. SECÇÃO I (Comissão Eleitoral)

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO RESTELO ELEIÇÃO DO CONSELHO GERAL REGULAMENTO ELEITORAL. Artigo 1.º. Objeto

O programa Parlamento dos Jovens é uma iniciativa da Assembleia da República (AR) dirigida aos jovens do 2.º e do 3.ºciclos do ensino básico e do

REGULAMENTO PARA A ELEIÇÃO E COOPTAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO GERAL DA UPORTO. Introdução

REGULAMENTO ELEITORAL DO CONSELHO GERAL. Introdução CAPÍTULO II

REGULAMENTO ELEITORAL. Nossa Senhora do Rosário

ORGANIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E PROCESSO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL Lei n.o 28/82, (*) de 15 de Novembro (Excertos)

Regulamento para o procedimento concursal para a eleição do Diretor

REGULAMENTO ELEITORAL

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES

MISSÃO DE OBSERVAÇÃO ELEITORAL DA SADC (SEOM) À REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE DECLARAÇÃO FEITA PELA

ESTATUTOS DO SINDICATO BANCÁRIOS DO NORTE

Recenseamento para as eleições autárquicas marcado para Março e Abril

NOTAS EXPLICATIVAS e MODELOS EXEMPLIFICATIVOS. Com base no texto da nova lei eleitoral aprovada pela Lei Orgânica nº 1/2001, de 14 de Agosto.

Declaração de Aceitação. Para Membro da Comissão Eleitoral

Regulamento para a eleição dos Diretores de Departamento da Escola de Ciências da Vida e do Ambiente -ECVA-

Regulamento Eleitoral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lagos

REGULAMENTO ELEITORAL

TÍTULO VIII PODER LOCAL

PROCESSO EXTRAORDINÁRIO DE ACTUALIZAÇÃO DAS INSCRIÇÕES NO RECENSEAMENTO ELEITORAL ATRAVÉS DA CRIAÇÃO DE UM FICHEIRO CENTRAL INFORMATIZADO

REGULAMENTO ELEITORAL MANDATO

CONSELHO GERAL ELEIÇÃO DO CONSELHO GERAL EDITAL

REGULAMENTO ELEITORAL PARA A CONSTITUIÇÃO DO CONSELHO GERAL DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS Nº 2 DE LOURES 1. OBJETO

Conselho Geral Transitório

REGULAMENTO ELEITORAL DO CONSELHO PEDAGÓGICO DO ISGB

REGULAMENTO ELEITORAL DA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE PETANCA

Regulamento Eleitoral do Conselho Pedagógico da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova

Despacho Presidente n.º 2013/44

Regulamento Eleitoral para os representantes dos Professores e Investigadores para o Conselho Geral da Universidade da Madeira

ASSOCIAÇÃO DO PORTO DE PARALISIA CEREBRAL

Regulamento de Funcionamento do Orçamento Participativo na Freguesia de Benfica

REGULAMENTO PARA O RECRUTAMENTO DO DIRECTOR DA ESCOLA SECUNDÁRIA C/ 3º CICLO FERNANDO NAMORA DE CONDEIXA-A-NOVA

1 Como posso saber o meu número de eleitor? Na Junta de Freguesia do seu local de residência.

Transcrição:

Eleições Autárquicas 2013 Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EA 19-5 de Julho de 2013 Editor: Joseph Hanlon Editor Adjunto: Adriano Nuvunga Chefe de redação: Fatima Mimbire Repórter: Anchieta Maquitela Publicado por CIP, Centro de Integridade Pública, e AWEPA, Parlamentares Europeus para a Africa O material pode ser reproduzido livremente, mencionando a fonte. www.cip.org.mz/election2013/ Para assinar em Português: http://tinyurl.com/mz-pt-sub To subscribe in English: http://tinyurl.com/mz-en-sub Propostas eleitorais da Renamo: Politização da máquina eleitoral Recontagem, menos burocracia As propostas da Renamo para mudanças no processo eleitoral foram publicadas na semana passada no Savana (28 de Junho) e são apresentadas em baixo. As propostas para politização do sistema eleitoral foram simplificadas. A Renamo pede um número igual ao dos membros da Frelimo nas comissões eleitorais e que os directores e directores adjuntos do STAE sejam acordados entre a Frelimo e a Renamo. Quer também que o STAE e o pessoal das assembleias de voto tenham alguns membros nomeados pelos partidos políticos. Mas a Renamo põe também na mesa algumas das propostas que no passado tinham sido apresentadas pela sociedade civil e observadores, incluindo que as recontagens sejam permitidas, que sejam exigidos menos documentos, e que os partidos tenham a oportunidade de preencher as lacunas na longa lista de documentos exigidos aos candidatos. As sete rondas de conversações até agora só trataram de procedimentos. A Renamo concordou com a insistência do governo de que devia apresentar a proposta à Assembleia da República. Mas a maioria parlamentar da Frelimo já rejeitou propostas semelhantes da Renamo, e a Renamo quer submeter uma proposta de consenso que saia destas negociações de modo a que a Frelimo se sinta também comprometida a votar a favor. Até agora o governo continua a rejeitar isto. Como a Renamo insiste que os pontos da sua proposta sejam debatidos na ordem em que são apresentados, as negociações nunca passaram aos detalhes da proposta da Renamo. A Renamo quer também um adiamento das eleições (nenhum detalhe foi especificado), mas o governo rejeita este ponto. A Renamo quer acordo sobre os princípios de Legislação Eleitoral apresentados pela Renamo e submeté-los à Assembleia da República para serem transformados em lei. 'Paridade' na Administração Eleitoral A exigência central da Renamo é a paridade com a Frelimo a todos os níveis do processo eleitoral. Quer uma Comissão Nacional de Eleições designada em respeito ao princípio da Eleições Autárquicas 2013, Boletim sobre o processo político em Moçambique- Número EA 19-5 de Julho 1

PARIDADE entre a Renamo e a Frelimo, sem prejuízo do consenso alcançado entre as bancadas da Frelimo e do MDM. A palavra PARIDADE vem em maiúsculas sempre que aparece, e significa um número igual de nomeados pela Frelimo e pela Renamo. O significado do comentário sobre o MDM não é claro. O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, STAE, teria pessoal adicional nomeado por partidos com assento parlamentar na base da paridade. O STAE seria dirigido por um Director Geral e um Director Geral Adjunto que superintendem as Direcções Nacionais, designados por consenso entre a Renamo e a Frelimo. As mesmas regras aplicar-se-iam às comissões eleitorais de província, distrito e cidade e aos STAEs. As equipas de recenseamento e membros da assembleia de voto teriam membros de partidos, nomeados na base da paridade. Restrições de campanha A Renamo propõe "proibição de publicidade da campanha eleitoral fora do tempo da antena a fim de salvaguardar o princípio de igualdade entre os concorrentes que apenas devem usar o tempo de antena distribuído pelos órgãos eleitorais." A Renamo também faz menção à liberdade de associação, expressão e propaganda política. Não é claro em que medida isto se relaciona com restrições à publicidade de campanha. Documentos Um dos maiores problemas com as eleições em Moçambique sempre foram as exigências de apresentação de documentos desnecessários. Ainda mais controverso, foram excluídos candidatos em 2009 porque a CNE disse que faltavam documentos. Este ano, houve queixas no recenseamento sobre exigências de atestados de residência e outros documentos não mencionados na lei. A Renamo faz várias propostas para tratar este problema. As comissões eleitorais terão de dar um recibo pormenorizado dos documentos que os candidatos apresentaram, notificá-los de quaisquer irregularidades e dar-lhes tempo para corrigir os problemas. A Renamo faz eco das preocupações da sociedade civil em geral ao apelar para menos documentos a exigir. A CNE não pode exigir documentos que não estejam referidos na lei. Um cartão de eleitor seria prova de residência e não seriam exigidos quaisquer outros atestados de residência a potenciais eleitores e candidatos. Delegados de partidos As credenciais para delegados/fiscais de candidatura, nos postos de recenseamento e assembleias de voto seriam emitidas pelos próprios partidos e não pelas comissões eleitorais. Nenhum delegado de candidatura poderia ser detido. Para as eleições de 2004 e anteriores, a lei especificava que os delegados de candidatura ocupariam o lugar "mais próximo" da mesa da assembleia de voto. Para esta eleição tinha-se mudado para ocupar o lugar mais adequado. A Renamo pretende que isto seja mudado para junto da mesa da assembleia de voto. Outras propostas Devem ser permitidas recontagens para verificar os resultados das assembleias de voto. Eleições Autárquicas 2013, Boletim sobre o processo político em Moçambique- Número EA 19-5 de Julho 2

Serão dadas a todos os candidatos e partidos cópias do caderno eleitoral 50 dias antes do dia da votação. O número de boletins de voto impressos e distribuidos a cada assembleia de voto não pode ser superior ao número de eleitores recenseados para evitar o enchimento de urnas. Relatório das negociações Este é o documento que o Savana afirma ser o relatório das negociações depois da 7ª ronda de segunda-feira dia 24 de Junho. Note-se que a Frelimo afirma que aceitou o documento excepto no Ponto II e na segunda metade do Ponto IV. Isto não é muito lógico porque a Frelimo diz que o Ponto VI toda a discussão sobre a lei eleitoral não é objecto destas negociações porque tem de ser submetido à Assembleia da República pela Renamo. Assim, ao rejeitar o Ponto II a Frelimo automaticamente rejeita o ponto VI. --------- No âmbito do dialogo entre o Governo da República de Moçambique e a Renamo sobre os pontos constantes na agenda do referido dialogo, foi até a data debatido o primeiro ponto relativo a Legislação Eleitoral. Com efeito, movidos pelos superiores interesses do Povo moçambicanos, nomeadamente a manutenção da Paz, Justiça Social, Democracia e realização de Eleições livres, justas e transparentes, assim: I. As partes chegaram a consenso de que os pontos apresentados pela Delegação da RENAMO, relativamente a legislação eleitoral são relevantes, pertinentes, oportunos e urgentes. Il. As partes acordam em adoptar os pontos sobre os princípios de Legislação Eleitoral apresentados pela Renamo e submeté-los à Assembleia da República para serem transformados em lei, devidamente articulado. (Não consensual) Ill. Para a execução do ponto 11, as partes acordam: a)propor o seu agendamento para a próxima sessão extraordinária da Assembleia da República, no prazo de 10 dias a contar da data de assinatura do presente acordo. b) Recalendarização do actual ciclo eleitoral. (Não consensual) IV. As partes acordam que a actividade política ou partidária não deve ser alvo de interferência, intimidação ou coação de espécie alguma, movida por qualquer autoridade singular ou colectiva. V. As partes acordam que o Governo tendo registado os pontos sobre os princípios de legislação eleitoral, apresentados pela Renamo, compromete-se em trabalhar tecnicamente nos fóruns apropriados, sempre que, para o efeito, for solicitado. VI. Dada a sua natureza, as partes acordam em remeter à Assembleia da República para efeitos de serem transformados em lei, na seguinte ordem: 1. Princípios gerais: a) Liberdade de imprensa e de acesso aos meios de comunicação; b) Liberdade de associação, expressão e de propaganda política; c) Não exigência do atestado de residência nas candidaturas às eleições, por morada dos eleitores/ candidatos constar do cartão de eleitor. 2. Comissão Nacional de Eleições: a) Uma Comissão Nacional de Eleições designada em respeito ao princípio da PARIDADE entre a Eleições Autárquicas 2013, Boletim sobre o processo político em Moçambique- Número EA 19-5 de Julho 3

Renamo e a Frelimo, sem prejuízo do consenso alcançado entre as bancadas da Frelimo e do MDM; b) Comissão Nacional de Eleições em cujas sessões plenárias assistem, querendo, representantes ou mandatários de partidos políticos; c) Comissão Nacional de Eleições com poder regulamentar apenas no âmbito das competências atribuídas pela lei; d) Comissão Nacional de Eleições impedida de exigir requisitos ou documentos para além dos previstos na lei; e) Replicar o formato da CNE a todos os seus órgãos de apoio, designadamente Comissões de Eleições Provinciais, Distritais e de Cidade, com as necessárias adaptações. 3. Secretariado Técnico de Administração Eleitoral: a) STAE dirigido por um Director Geral e um Director Geral Adjunto que superintende as Direcções Nacionais, designados por consenso entre a Renamo e a Frelimo; b) STAE onde o seu quadro de pessoal para além dos recrutados mediante concurso público, integra pessoal proveniente dos partidos políticos e coligações de partidos, com assentos na Assembleia da República, designados por PARIDADE; c) Replicar o formato da alínea anterior, ao STAE Provincial, Distrital ou de Cidade e no processo de criação de brigadas de recenseamento e nas mesas de votos. 4. Recenseamento Eleitoral: a) Os locais de recenseamentos devem ser institucionalizados e fixos; b) O cartão de eleitor deve servir de prova plena de todos os elementos nele contidos nomeadamente, a morada ou residência. 5. Campanha eleitoral: Proibição de publicidade da campanha eleitoral fora do tempo da antena a fim de salvaguardar o princípio de igualdade entre os concorrentes que apenas devem usar o tempo de antena distribuído pelos órgãos eleitorais. 6. Assembleia de voto: a) 50 Dias antes das eleições, cópias dos cadernos eleitorais são entregues, contra recibo, a todos os concorrentes às eleições, com o objectivo de imprimir maior transparência à votação; b) Membros da mesa de votação designados por paridade, de modo a que em cada mesa de voto sejam integrados cidadãos propostos por partidos. 7. Fiscais/Delegados de candidatura: a) Os fiscais/delegados de candidatura são indicados e credenciados pelos partidos políticos; b) Proibição de prender membros da assembleia de voto, delegado de candidatura ou fiscal de qualquer partido político ou coligação de partidos. 8. Apresentação de candidatura: As listas de candidaturas as Deputado da Assembleia da República, Membro das Assembleias Provinciais e Municipais e para Presidente de Município, devem ser recebidas pela CNE, contra recibo detalhado do que se recebe, que não as poderá recusar, devendo notificar os partidos/concorrentes às eleções para suprir irregularidades de qualquer natureza. 9. Votação: Os delegados de candidatura devem ficar junto à mesa de votação para melhor exercer os seus direitos; 10. Boletins de voto: Não podem ser produzidos em número superior ao dos eleitores inscritos em cada caderno eleitoral, com o objectivo de evitar que os boletins que sobram possam ser usados de forma ilícita; Eleições Autárquicas 2013, Boletim sobre o processo político em Moçambique- Número EA 19-5 de Julho 4

11. Contagem de votos: A contagem e apuramento parcial dos votos são presenciados, em cada mesa, por representantes dos concorrentes às eleições, para conferir maior transparência ao processo eleitoral; 12. Contencioso eleitoral: a) O contencioso eleitoral passa a ser dirimido pelos tribunais eleitorais; b) Introduz-se a figura de recontagem de votos com a finalidade de resolver os conflitos eleitorais, reverificando os boletins de votos das mesas cujos resultados forem postos em causa ou duvidosos. Boletim sobre o processo político em Moçambique Editor: Joseph Hanlon (j.hanlon@open.ac.uk) Editor Adjunto: Adriano Nuvunga Chefe de redação: Fatima Mimbire Repórter: Anchieta Maquitela O material pode ser reproduzido livremente, mencionando a fonte. Publicado por CIP e AWEPA: CIP, Centro de Integridade Pública, Rua Frente de Libertação de Moçambique (ex-pereira do Lago), 354, r/c (CP 3266) Maputo www.cip.org.mz cip@cip.org.mz Tel: +258 21 492 335, 823 016 391, 843 890 584 AWEPA, the European Parliamentarians with Africa, Rua Licenciado Coutinho 77 (CP 2648) Maputo awepa@awepa.org.mz Tel: +258 21 418 603, 21 418 608, 21 418 626 Eleições Autárquicas 2013, Boletim sobre o processo político em Moçambique- Número EA 19-5 de Julho 5