Encontro Internacional de Arquivos Universidade de Évora 3 e 4 de Outubro 2014
O projeto de digitalização no Município de Oeiras iniciou-se pelos processos de licenciamento do urbanismo, vulgo processos de obra, por se tratar da série mais volumosa e também a mais requisitada ao Serviço de Arquivo Este processo dividiu-se em 2 fases:
Na 1ª fase pretendeu-se: agilizar a resposta aos pedidos internos; preservar o original evitando o seu manuseamento; fornecer rapidamente as plantas; evitar a agressão constante das cópias, o processo é digitalizado uma única vez;
Ainda nesta fase promoveu-se: a atualização do cadastro urbano, disponibilizando códigos de acesso à base de dados aos avaliadores das finanças, evitando a impressão em papel de plantas e de outras peças processuais; a articulação com o Sistema de Processos de Obra - a partir de junho de 2011 os processos dão entrada exclusivamente em suporte digital;
iniciámos o tratamento e a digitalização dos processos de obras municipais; começámos a digitalização dos processos de alvará sanitário; disponibilizámos acesso à nossa base de dados para consulta aos Serviços Intermunicipais de Águas e Saneamento (SIMAS);
Estabilizado o objetivo, o desafio passou a ser o tratamento do arquivo histórico. Deu-se início à 2ª fase: o tratamento dos primeiros processos de obra que remontam ao ano de 1886; a fotografia; os livros de registo de testamentos; Os livros de atas desde o ano de 1759;
Foi sobre o trabalho desenvolvido nesta segunda fase que se baseou a nossa apresentação. O conhecimento adquirido com o tratamento da documentação a digitalizar, e da informação que se conseguiu cruzar, tornou-se muito gratificante e superou largamente as nossas próprias espectativas.
Estudo de caso Vila Carlos Costa Imóvel localizado em Santo Amaro de Oeiras, na Avenida Dr. José Joaquim de Almeida tornejando para a Avenida Miguel Bombarda. ( junto ao apeadeiro da CP e a Marginal) Este conjunto arquitetónico é conhecido pelo nome do seu proprietário Carlos Martins de Carvalho e Costa
Exemplos de alterações à Toponímia: Rua da Praia / Avenida Dr. José Joaquim de Almeida Avenida D. Carlos /Avenida Miguel Bombarda Avenida Rainha D. Amélia/Rua Cândido dos Reis Avenida Dr. Oliveira Salazar/Avenida Salvador Allende Estrada Militar/ Rua Duarte Pacheco Largo do Príncipe Real/Largo 5 de Outubro
Tomemos o presente projeto de alterações do ano de 1926
Vila Carlos Costa
Arquivos Pretéritos/ Desafios de Futuro
A identificação destes processos só foi possível através da compaginação das imagens Dificuldades encontradas na descrição destes processos: a inexistência ou alterações de Toponímia; a recuperação da informação assente no registo dos requerimentos; a mudança de propriedade do imóvel resulta invariavelmente na perda da ligação ao processo;
Requerimento 25/1900 em que Joaquim Moreira Rato solicita autorização para a construção de 10 chalés Não quis pagar a licença?
Peça desenhada do processo 25/1900
Plantas nos projetos de 1900 e nas alterações de 1929
Deparamo-nos em 1926 com o pedido para a transformação de 2 desses chalés no palacete, casa principal da Vila Carlos Costa, ainda existente, e atualmente em ruínas
Fachada principal do palacete da Vila Carlos Costa processo 44/1929
Imagem GOOGLE da Vila Carlos Costa Localização 4 dos 10 imóveis iniciais foram demolidos nos anos 60 para a construção do edifício onde funciona a repartição de Finanças Palacete Carlos Costa
Obrigada pela vossa atenção gabriela.salgado@cm-oeiras.pt