CAPÍTULO 2 Evangelho de Marcos (1ª Parte) - Quem é Jesus? Trecho Lembrança da passagem... Tipo Conteúdo do Trecho 2:13-17 Levi - Chamada e festa C 2:18-22 O jejum C 2:23-28 O Sábado C 3:1-6 O homem com mãos atrofiadas M-C Jesus tem autoridade para perdoar Pecados. Conflitos entre Graça e regrinhas humanas. Condição pessoal Perdão dos próprios pecados Perdão dos pecados dos outros Sistema Com consciência de sua condição pecaminosa. Com sentimento de indignidade diante de Deus. Sem consciência de sua condição pecaminosa. Sem sentimento de indignidade diante de Deus. Perdão possível Perdão impossível Alegria, Contentamento, Festa. Raiva, Inconformidade, Julgamento. Reino de Deus Religião de regras humanas O efeito do perdão de pecados sobre uma pessoa com consciência de pecado, ou dívida, e que se sente rejeitada por conta disso é uma reação melhor do que a reação das pessoas que se consideram mais aceitáveis ou justas. As regras do sistema religioso favorecem aqueles que as criaram. Em 2:1-20 temos uma progressão: Perdão Chamada Aceitação Celebração O Salvador, o noivo está aqui! Jesus pode perdoar todas as pessoas que não tem elementos religiosos em suas vidas. (2:13) Levi, um grande pecador. Cobrador de impostos. o Geralmente os cobradores de impostos eram corruptos, Trabalhava para César e os impostos recolhidos iam para Roma. o Isso era visto como blasfêmia por se tratar de traição contra nação de Deus, O homem se chama Levi, provavelmente descendente da tribo de Levi, tribo dos sacerdotes, em vez de estar contribuindo para o louvor de Deus está saqueando o povo de Deus. Mesmo sabendo de tudo isso Jesus o chamou em público. A multidão que seguia Jesus odiava Levi e esperava que pessoas como Levi sofresse um julgamento severo. A multidão diria: Não me diga que eu sou pecador aí está alguém pior do que eu! o Mas, aquele que tem poder para perdoar pecados, veio para chamar os pecadores. Pg 1
DECLARAÇÕES DE JESUS SOBRE SEU MINISTÉRIO: Marcos 1:38 - Jesus, porém, lhes disse: Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de que eu pregue também ali, pois para isso é que eu vim. Marcos 2:17 - Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores. Marcos 10:45 - Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. (2:14-17) Jesus chama pecadores e os perdoa. Jesus faz disso um hábito, isso mostra que a sua chegada acaba com o sistema religioso da época, contaminado por regrinhas humanas. Por excesso de zelo os Judeus costumavam criar regras para impedir que o povo de Deus corresse o risco de quebrar qualquer Lei. O problema é que as suas regras acabavam se tornando tão importante quanto a Lei. Diante disso a elite religiosa, os escribas e os fariseus, se tornaram extremamente legalistas e com pouca disposição para misericórdia. Nesse contexto, o perdão de pecados desestabiliza a estrutura existente. A principal tarefa de Jesus é pregar e a sua mensagem visa atrair o pecador, porque ele é aquele que tem autoridade para perdoa-lo. Jesus perdoa pecado, isso deve ser o motivo de grande alegria para o cristão, o cristão não pode permitir que o perdão de pecado torne-se algo distante da realidade diária, algo sem muito significado prático no cotidiano. Pelo contrário, a vida do cristão deve girar em torno disso, gerando gratidão. O nosso pecado foi pago de graça, não custou nada para nós, mas teve um alto preço para Jesus. Podemos perceber que Levi é semelhante ao paralítico, pois espiritualmente ambos são paralíticos, mas Jesus os perdoou. O propósito de Jesus no mundo é exatamente este: PERDOAR, CHAMAR e ACEITAR PESSOAS. Esse é o coração do evangelho! (2:18-22) Dois sistemas estão se confrontando Incompatibilidade! Não tem porque jejuar na presença de Jesus, pois é ele quem traz paz e alegria. Haverá um momento em que os discípulos ficarão sem a presença do Senhor, esse momento será de tristeza. Mas agora é momento de jubilo, o Senhor chegou com perdão! O sistema das regrinhas O sistema da Graça O sistema humano O sistema de Jesus Jesus disse: temos dois sistemas: A religião dos lideres, baseada no Velho Testamento, mas com muitas corrupções em seu caminho. Os fariseus não aceitam pessoas que não apresentam sinais de fé. Jesus aceita qualquer pessoa, antes de qualquer obediência às regras. O sistema religioso é incompatível com o evangelho anunciado (Regrinhas e Graça). O Reino de Deus e o sistema religioso da época são imiscíveis. Os fariseus se sentem ameaçados, o seu sistema está ruindo! Remendo novo em veste velha. Vinho novo em odres velhos. Pg 2
(2:23-27) O Senhor contra o senhor Sábado Os fariseus eram fruto de um retorno dos Judeus a Jerusalém depois do exílio na Babilônia e foram encarregados em voltar à pureza da palavra de Deus, assim como os escribas, que eram responsáveis pela escrita da Lei. A palavra de Deus diz que transgredir a Lei é pecado, por isso os fariseus faziam uma cerca que prevenisse a prática do pecado (precipício). Porém, a cerca passou a ser confundida com a lei. A lei das colheitas (Dt 23:24-25) 24 Quando entrares na vinha do teu próximo, comerás uvas segundo o teu desejo, até te fartares, porém não as levarás no cesto. 25 Quando entrares na seara do teu próximo, com as mãos arrancarás as espigas; porém na seara não meterás a foice. Proporcionava liberdade para satisfazei o princípio da hospitalidade fraternal, mas proibia que se transformasse a liberdade em licença que resultasse na violação dos direitos de propriedade dos cidadãos teocráticos. (Moody) Jesus responde a pergunta dos fariseus ditando 1 Samuel 21:1-16. - Vocês são fãs de Davi e me odeiam, Davi fez coisa que também desafia seu sistema de leis. A respeito do sábado, ele se tornou um julgo aos homens, sendo que ele foi criado para descanso do homem. Regras a respeito do Sábado: Os fariseus acusavam a Jesus de ter transgredido a lei do Sábado. Jesus considera três fatores: Flexibilidade - O cuidado diante do sofrimento e da necessidade. Propósito - Para que foi estabelecido o Sábado. Autoridade - O estabelecimento do Sábado parte da autoridade de Deus, Logo, o Senhor é maior que o Sábado. CAPÍTULO 3 (3:1-6) Salvar ou matar Talvez tal homem tenha sido usado como isca pelos fariseus. Eles conspiravam contra Jesus com sua palavra ecoando em seus ouvidos: É lícito nos sábados fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou tirá-la? Para os fariseus 1 e herodianos não é permitido cura no Sábado, mas tramar um assassinato não é um problema. Jesus curou o homem e eles (fariseus e herodianos) procuravam surpreendê-lo para matá-lo. Inimigos unidos para matar Jesus. Não há princípio bíblico em jogo, há interesse pessoal... Jesus e Levi fariseus e herodianos o Nesse dia começa a ser orquestrada a morte de Jesus. A diferença entre a graça de Jesus e o sistema religioso dos judeus é a mesma diferença que há entre vida e morte, salvar e matar. Graça e crítica de pessoas que vivem sob regrinhas Conflito. Vale lembrar Gênesis 4:6-7 6 Então, lhe disse o Senhor: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? 7 Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo. 1 Os Fariseus rejeitam Levi Coletor de impostos, empregado de Herodes (Rei dos judeus sujeito a Roma) Os Fariseus se aliam aos herodianos para matar Jesus. Pg 3
Caminho de Jesus Amizade com Jesus Reconhecimento de Jesus Perdão livre presente Chamada graciosa Aceitação Celebração Vida Religião Sem relação real com Jesus Religião baseada sobre regras Sem perdão livre Espírito crítico Rejeição Infelicidade (Jejum) Morte (conspiração contra Jesus morte eterna) Algumas conclusões: O religioso não tem segurança da salvação, por isso não tem alegria. O religioso não suporta ver alguém feliz por ter convicção de salvação, ele acha que todos tem que seguir as suas regrinhas. Cristãos verdadeiros sempre ficam surpresos com o perdão de Jesus. Cristãos verdadeiros se alegram com a salvação de outros. Pg 4
PEQUENAS DEFINIÇÕES E ANOTAÇÕES Os escribas ou os professores da lei: Peritos na lei de Moisés, responsáveis para copiar os rolos de pergaminho e ensiná-los no templo. Filho do homem: Título favorito de Jesus para ele mesmo. Enfatiza sua humanidade, no entanto ecoa também os retratos vívidos de um homem Divino em Daniel 7. Coletor de imposto (Publicano): Os coletores de impostos eram odiados por judeus, patrióticos e religiosos, porque eram colaboradores da ocupação romana. A ocupação era uma tristeza nacional e era também religiosamente ofensiva, desde que, em termos do velho testamento, o povo de Deus tinha perdido o controle da terra de Deus. Os coletores de impostos eram vistos, consequentemente, não somente como traidores nacionais, mas como pecadores rebeldes diante Deus. Fariseus: Um partido dos judeus dedicando-se particularmente em obedecer a lei de Moisés. Para proteger sua obediência tinham planejado muitas interpretações tradicionais da lei que seguiram cuidadosamente, adicionando frequentemente à lei no processo. Eram considerados altamente como líderes religiosos. Jejum: ficando sem alimento por um período. Jejum fazia parte da vida religiosa, ensinada na lei de Moisés. Alguns jejuns eram compulsórios, mas na época de Jesus, jejuar tinha-se transformado em sinal de entusiasmo religioso, que fosse além da lei. Os fariseus tinham introduzido mais jejuns. Possivelmente, os discípulos de João estavam jejuando porque seu líder estava na prisão. Sábado: dia santo e puro do velho testamento para descanso e adoração. Muitas tradições e regras dos fariseus envolviam-se em torno do Sábado. Sinagoga: Sala de reunião, local para o ensino religioso. A sinagoga era completamente distinta do templo em Jerusalém, o lugar de adoração e sacrifícios. Herodianos: Um partido judeu que era um suporte do rei, Herodes. Herodes era efetivamente um fantoche-rei, mantido no poder pelos Romanos. Não era um seguidor fiel da lei. Realmente, os fariseus afirmavam que ele não era verdadeiramente um judeu. Consequentemente os herodianos eram desprezados pelos fariseus, por serem traidores e não terem religião. Pg 5