Palestra COMPETÊNCIA ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA DA CÂMARAMUNICIPAL: EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA INTERNA 04 de maio de 2016 BH Facilitador: Prof. Milton Mendes Botelho SEGREGAÇÃO DOS PODERES 1 - Poder Legislativo 2 - Poder Executivo 3 - Poder Judiciário 04/05/2016 2 SEGREGAÇÃO DOS PODERES 1 - Poder Legislativo Função Legislativa consiste na produção jurídica primária, elaboração das leis que regulam as relações em sociedade. 04/05/2016 3 1
SEGREGAÇÃO DOS PODERES 2 - Poder Executivo Função Administrativa que consiste na ARRECADAÇÃO DAS RECEITAS e PLANEJAMENTO na realização de atos concretos para atender as necessidades coletivas. 04/05/2016 4 LEGISLAR FISCALIZAR E JULGAR ASSESSORAR O EXECUTIVO ADMINISTRAR SEUS SERVIÇOS 04/05/2016 5 FUNÇÕES DA CÂMARA DE VEREADORES LEGISLAR (art.29 e 30 CF); Aprovação de Leis Ordinárias e Complementares; Resoluções; Decretos Legislativos; Emendas a Lei Orgânica ***. 04/05/2016 6 2
FUNÇÕES DA CÂMARA DE VEREADORES FISCALIZAR E JULGAR ( 1º ao 4º do Art.31 CF 2º do Art. 74); Acompanhamento regular e permanente dos atos da Administração, através de: Requerimento de INFORMAÇÕES. Convocação de Servidores para esclarecer dúvidas. Tomar depoimento de pessoas estranhas ao Governo Municipal para esclarecer situações que ensejam dúvidas. Formação de Comissões para apuração de fatos. 04/05/2016 7 FUNÇÕES DA CÂMARA DE VEREADORES ÓRGÃOS AUXILIÁRES NA FUNÇÃO DE FISCALIZAR Tribunal de Contas do Estado; Sistema de Controle Interno do Executivo; Ministério Público; Comissão Especial de Inquérito; Sociedade Organizada (Conselhos). 04/05/2016 8 FUNÇÕES DA CÂMARA DE VEREADORES ASSESSORAR O EXECUTIVO Moções (proposta apresentada numa assembleia deliberativa). Requerimentos (pedir informações por meio escrito) Indicações sugestões a outro Poder. 04/05/2016 9 3
FUNÇÕES DA CÂMARA DE VEREADORES 04/05/2016 FUNÇÃO ADMINISTRATIVA (funcionamento interno IV art.51 e XIII art. 52 CF). A função administrativa da Câmara é restrita à sua organização interna e envolve: Definir sua ESTRUTURA ORGANIZACIONAL (Resolução) e seu QUADRO DE PESSOAL (Lei); Composição da MESA DIRETORA e das Comissões (Remineração dos Membros); Lei Orgânica (Atualizada); Elaboração do Regimento Interno (Atualizado); 10 FUNÇÕES DA CÂMARA DE VEREADORES Despesas com sua Gestão Interna, conforme sua estrutura; Pagamento dos Subsídios dos Vereadores; Pagamento da folha dos Servidores (dia 20/); Controlar e zelar do PATRIMÔNIO PÚBLICO colocado sob sua responsabilidade. 04/05/2016 11 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA CÂMARA MUNICIPAL 4
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA CÂMARA MUNICIPAL camaraalpercata.mg.gov.br 2º art. 39 CF AUTONOMIA FINANCEIRA DA CÂMARA 5
AUTONOMIA FINANCEIRA DA CÂMARA A AUTONOMIA FINANCEIRA do Poder Legislativo Municipal foi consagrada pela Constituição Federal no que dispõe o art. 2º, corroborado com o que dispõe os artigos 168 e 29-A, inserido na Carta Magna pela emenda Constitucional nº. 25, de 14 de fevereiro de 2000. A mesma autonomia é evidenciada pelo art. 50, da Lei Complementar nº. 101, de 04 de maio de 2000, quando define que as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão. COMPETÊNCIA PARA ABRIR CRÉDITOS SUPLEMENTARES Não cabe ao Poder Legislativo Municipal a competência para abrir créditos adicionais às suas DOTAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS DA DESPESA mediante Resolução ou Decreto Legislativo, cuja matéria orçamentária é de competência exclusiva do CHEFE DO EXECUTIVO. Lei nº. 4.320/64... Art. 42 - Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto do executivo. PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO 04/05/2016 18 6
PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO. É de competência privativa do Executivo: Inclusão de programas ou projetos na lei orçamentária anual; Pedido de Abertura de Crédito Adicional, transposição, remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro; instituição de fundos de qualquer natureza; Alteração do Plano Plurianual. CÂMARA MUNICIPAL POSSUI RECEITA? Tecnicamente e Juridicamente o Poder Legislativo não possui RECEITA. Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, serlhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere o art. 165, 9º CÂMARA MUNICIPAL POSSUI RECEITA? A Câmara recebe DUODÉCIMOS classificáveis como REPASSES FINANCEIROS, que deverão ser contabilizados quando efetivados: 7
CALCULANDO O VALOR DOS DUODÉCIMOS CALCULANDO OS DUODÉCIMOS O repasse deverá ser realizado ATÉ DO DIA 20 DE CADA MÊS, nos termos do art. 168 da Constituição Federal. A PRESIDÊNCIA DEVERÁ APROVAR O QUADRO DE QUOTAS através de ato próprio, conforme disposto nos arts. 47 e 48 da Lei Federal nº: 4.320/64, combinados com art. 8º da Lei Complementar nº: 101, de 04 de maio de 2000 (Cronograma de Desembolso Mensal). CALCULANDO OS DUODÉCIMOS Em MUNICÍPIOS com população ATÉ 100.000 HABITANTES são de 7% (sete por cento) do somatório da RECEITA TRIBUTÁRIA e TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS previstas no 5º do art. 153 e arts. 158 e 159 da Constituição Federal. O que são Tributos? O que são Transferências Constitucionais? 8
CALCULANDO OS DUODÉCIMOS Receita Tributária 1. IPTU 2. ITBI 3. IRRF 4. ISSQN 5. Taxas 6. Contribuição de Melhoria 7. Contribuições - COSIP 8. Juros e Multas Divida Tributária Transferências 1. FPM 2. ITR 3. IPVA 4. ICMS 5. IPI 6. IOF 7. CIDE 8. ICMS Desoneração Lei 87/86 CALCULANDO OS DUODÉCIMOS Nos termos do 2º, do art. 29-A, constitui crime de responsabilidade do Prefeito REPASSAR valores superiores àqueles estabelecidos pela Constituição Federal. GASTOS # REPASSE Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no 5 o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior: CALCULANDO OS DUODÉCIMOS Caso o Executivo efetue REPASSE A MAIOR (acima do limite previsto para gastos com o Legislativo) configura afronta ao art. 29-A, caput, da CR/88, o Presidente da Câmara SÓ poderá calcular o limite de 70% de gastos com pessoal sobre O REPASSE efetivamente REGISTRADO, sob pena de também incorrer em crime de responsabilidade, nos termos do 3º do supracitado artigo. 9
DEVOLUÇÃO DE RECURSOS À TESOURARIA DO EXECUTIVO DEVOLUÇÃO DE RECURSOS À TESOURARIA DO EXECUTIVO Considerando que a liberação de recursos ao Legislativo municipal é representada pelo repasse de valor em espécie, a responsabilidade da Câmara de Vereadores (que é uma unidade orçamentária) deverá ficar evidenciada na Contabilidade Geral do Município, até que as referidas demonstrações sejam remetidas para fins de baixa. DEVOLUÇÃO DE RECURSOS À TESOURARIA DO EXECUTIVO POR QUE DEVOLVER? As Câmaras Municipais PODERÃO DEVOLVER à TESOURARIA das Prefeituras os saldos existentes nas contas do Legislativo em qualquer data durante o exercício ou, OBRIGATORIAMENTE, em 31 de dezembro. Caso isso não ocorra e os saldos permanecerem em poder da Câmara Municipal, em 31 de dezembro DEVERÁ SER DEDUZIDO DO REPASSE FINANCEIRO do exercício imediatamente seguinte. 10
DEVOLUÇÃO DE RECURSOS A TESOURARIA DO EXECUTIVO SALDO É DIFERENTE DE DEVOLUÇÃO. O Valor financeiro a ser devolvido ao Executivo deve ser o saldo conciliado, ou seja, valor do saldo bancário deduzido os cheques em trânsito, restos a pagar e valores correspondentes às despesas administrativas da Câmara até o dia 20 de janeiro do exercício seguinte (esta última quando empenhada no exercício seguinte será deduzida do repasse de janeiro). A DEVOLUÇÃO É DEDUZIDA NOS CÁLCULOS DOS 70% DE GASTOS COM A FOLHA? A devolução do saldo financeiro do duodécimo ao Poder Executivo Municipal, em regra, não provoca efeito na base de cálculo dos gastos com folha de pagamento, tendo em vista que o limite de 70% (setenta por cento), previsto no art. 29-A, 1º, da Constituição Federal. FIXAÇÃO DOS SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍICOS 11
SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍICOS E SE NO MOMENTO DA FIXAÇÃO DOS SUBSÍDIOS VERIFICAR QUE O MUNICÍPIO ESTÁ EXCEDENDO O LIMITE DE GASTOS COM PESSOAL. PODE FIXAR OS NOVOS SUBSÍDIOS? SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍICOS A fixação dos subsídios dos Agentes Políticos não configura aumento de despesa com pessoal no final do mandato, uma vez que houve apenas o ato jurídico formal de fixação. É despesa para o exercício seguinte, conforme mandamento constitucional. Sendo assim, a regra estabelecida pelo Parágrafo único do art. 21, da Lei Complementar nº. 101, de 04 de maio de 2000, que dispõe que será nulo o ato que resulte no aumento da despesa com pessoal nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato, não é aplicável nessa matéria SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍICOS REMUNERAÇÃO DE PREFEITO, VICE- PREFEITO,SECRETÁRIOS E VEREADORES (Constituição Federal art. 29, V) É DE INICIATIVA DA MESA DA CÂMARA A PROPOSIÇÃO DE ATO LEGISLATIVO QUE FIXA OS SUBSÍDIOS DO PREFEITO, VICE-PREFEITO, SECRETÁRIOS E VEREADORES. 12
SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍICOS ATO LEGISLATIVO PARA FIXAÇÃO DOS SUBSÍDIOS PREFEITO, VICE-PREFEITO E SECRETÁRIOS MUNICIPAIS É LEI ORDINÁRIA - inciso V do art. 29 da Constituição Federal: SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍICOS REMUNERAÇÃO DE PREFEITO, VICE-PREFEITO E SECRETÁRIOS QUAL O VALOR QUE DEVERÁ SER ATRIBUÍDO AOS SUBSÍDIOS DO PREFEITO, VICE-PREFEITO E SECRETÁRIOS MUNICIPAIS? SUBSÍDIOS DOS VEREADORES 13
SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍICOS O Ato Legislativo para a FIXAÇÃO dos Subsídios dos Vereadores é RESOLUÇÃO, inciso VI do art. 29 da Constituição Federal: SUBSÍDIOS DOS VEREADORES No inciso VI do art. 29 da Constituição Federal não menciona o ATO LEGISLATIVO para a fixação dos Subsídios dos Vereadores. No entanto, se conjugado com o inciso IV do art. 51 podemos afirmar que deverá ser FIXADO POR LEI, embora a LOM defina que seja por meio de Resolução. Obrigado pela atenção! AGRADECEMOS A TODOS! DEUS OS ABENÇOE! Prof. Milton Mendes 04/05/2016 42 14