CORTINAS E TRINCHEIRAS DRENANTES COM GEOCOMPOTOS EM OLÍMPIA PARK RESORT

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Transcrição:

CORTINAS E TRINCHEIRAS DRENANTES COM GEOCOMPOTOS EM OLÍMPIA PARK RESORT NOME DOS AUTORES Paulo Eduardo Oliveira da Rocha Ivan Marassatto Masiero; Luciano Romero Martinelli. Instituição: Maccaferri do Brasil LTDA Av. José Benassi, 2.601 - CEP 13201-970, Jundiaí SP / Tel.: 55 11 4525-5000 Fax: 55 11 4599-4275 E-mail: tecpro@maccaferri.com.br; maccaferri@maccaferri.com.br. Local da obra: Olímpia SP Duração: Outubro de 2015 Dezembro de 2015 Tipo de obra: Sistemas de drenagem RESUMO A busca por entretenimento é algo intrínseco do ser humano, mesmo em períodos de crise como os em que vivemos atualmente, essa procura não diminui. A cidade de Olímpia, no interior do Estado de São Paulo, apresenta uma boa resposta para essa busca, um dos maiores complexos do mundo em parques aquáticos e temáticos. Devido à natureza dos parques, com a presença abundante de água, a drenagem de toda a obra tornou-se um ponto crucial para seu sucesso. Os trabalhos de drenagem estariam associados a obras de cortinas de contenção e rebaixamento de lençóis freáticos, sendo que após várias soluções técnicas analisadas, optou-se pela tecnologia de drenagem por meio de geocompostos, que quando comparada ao sistema convencional com brita apresenta capacidade de vazão 23% maior, mesmo com a aplicação de todos os fatores de redução de desempenho previstos em normas. Outros fatores determinantes na adoção da solução em geocompostos foram a redução do tempo de execução e não utilização da brita, consequentemente reduzindo o custo da mão de obra e do aluguel de equipamentos Colchão Drenante: 17.340 m² Cortina Drenante: 5.040 m² Trincheira Drenante: 1700 m² Tubulação Drenante: 100 mm: 2.350 m Tubulação Drenante: 160 mm: 550 m Período de Execução: 90 dias

1. INTRODUÇÃO O município de Olímpia localiza-se a 430 quilômetros da capital, São Paulo, tem uma população estimada em 50 mil habitantes e é considerada um dos polos turísticos mais importantes do Interior do Estado devido ao Parque Aquático Thermas dos Laranjais, 4º maior do Mundo em número de visitantes e 1º da América Latina. Hoje tem a capacidade de receber 15 mil pessoas por dia, e a previsão é que visitem o parque aquático cerca de 1,8 milhão de turistas por ano, podendo chegar, pelos índices de crescimento verificados nos últimos anos (de 20 a 30%) a quase três milhões nos próximos três anos. No entanto, com a área recentemente adquirida pelo Thermas, onde será construído um parque temático, e que ainda servirá para futuras ampliações do próprio parque aquático, surgiu por parte de grandes grupos de investimento a oportunidade de construção de complexos turísticos, hotéis, resorts, etc., voltados ao público crescente que viaja para a região em busca de descanso e diversão ano após ano. Nesse cenário é que começou a ser construído em 2013, ao lado do Thermas, o Olímpia Park Resort, empreendimento que terá 912 unidades habitacionais divididas em quatro torres. As Torres A e B serão entregues em 2017, e as Torres C e D serão entregues em 2019. O empreendimento contará também com atrações aquáticas dentro de seu próprio espaço, além de um mini shopping, e área reservada para o chamado turismo de negócios. Quando estiver em funcionamento, deverá, sozinho, atrair pelo menos um milhão de turistas por ano. Figura 1: Projeção das quatro torres do resort A área do empreendimento apresentou desde o início das escavações um volume de água substancial característico do local do empreendimento, para tal buscou-se um sistema de drenagem que apresentasse as características técnicas e de eficiência para o direcionamento seguro de todo o fluxo de água gerado pelas contenções laterais e pelo subsolo do empreendimento.

O projeto comtemplou a drenagem de toda cortina perimetral, que teve um grande volume de solo retirado, utilizando como método de contenção dos taludes estacas de concreto, o rebaixamento de lençol freático foi dimensionado para ser realizado com trincheiras drenantes, aliadas a um colchão drenante. Todos os sistemas foram projetados para serem construídos com geocompostos com núcleo tridimensional. Figura 2: Projeto das cortinas e rebaixamento do lençol freático Na figura 3, observa-se o andamento da construção das torres A e B, as duas primeiras de um total de quatro torres, nas laterais são vistas as estacas a serem drenadas e todo o subsolo que também terá a necessidade de rebaixamento de lençol freático. Figura 3: Construção das Torres A e B onde pode ser observado as estacas laterais e o subsolo a ser drenado

2. CORTINA DRENANTE Na cortina drenante nas laterais do empreendimento a solução técnica contemplou a drenagem com a utilização do geocomposto, solução leve e flexível, cujo núcleo drenante é formado por uma geomanta tridimensional, fabricada com filamentos de polipropileno (figura 4). O núcleo é termosoldado entre dois geotêxteis não-tecidos em todos os pontos de contato, sendo que os dois geotêxteis são de polipropileno, sendo um deles laminado apresentando uma característica impermeável para que na aplicação do concreto projetado o núcleo drenante não seja colmatado, dessa forma servindo como forma. Figura 4: Geocomposto Drenante MacDrain 2L FP Para o direcionamento do fluxo de água captado na base do geocomposto, utiliza-se tubos drenantes, que são envoltos no próprio geocomposto e direcionados para os pontos de captação por gravidade com declividade mínima de 0,5%. O método executivo da drenagem vertical a princípio indicava a aplicação do geocomposto drenante fixado diretamente às estacas, e para o acabamento frontal a execução de paredes com blocos de concreto, no entanto, devido a característica da face impermeável do geocomposto permitir a projeção de concreto sem que o seu núcleo drenante seja exposto a nata do concreto, evitando assim sua colmatação, optou-se por manter a fixação do geocomposto às estacas, no entanto, aliou-se a aplicação de uma tela metálica que serviu de ancoragem ao concreto projetado, dessa forma evitou-se a necessidade da construção da parede em alvenaria, diminuindo custo financeiro, tempo de execução e mantendo a eficiência do sistema drenante (figura 5).

Figura 5: Detalhe em planta da drenagem vertical com projeção de concreto aplicada diretamente no geocomposto 3. REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO O sistema proposto baseou-se em um sistema híbrido, com colchão drenante e trincheira drenante. Sob o piso de concreto na forma horizontal aplicou-se o geocomposto com um dos geotêxteis impermeável, que em conjunto às trincheiras drenantes executadas com o geocomposto próprio para rebaixamento de lençol (figura 6), cujo núcleo drenante é formado por uma geomanta tridimensional, fabricada com filamentos de polipropileno e termosoldada entre dois geotêxteis nãotecido também de polipropileno em todos os pontos de contato, exceto na região destinada à inserção do tubo perfurado, as trincheiras foram dispostas paralelamente e preenchidas na vala por areia média para aumentar o fator de segurança contra a colmatação física, comum a solos argilosos, este geocomposto atua com geotubos perfurados com Ø de 100 mm com inclinação mínima de 0,5%. No final dessas trincheiras o sistema é interligado a poços de deságue por trincheiras semelhantes, porém, com tubos drenantes com diâmetros maiores de Ø 160 mm também com inclinação de no mínimo de 0,5%. Figura 6: Detalhe do colchão drenante em conjunto com a trincheira drenante e a colocação do tubo na bolsa própria da trincheira feita por meio de linha guia

Este sistema apresenta rápida execução e dispensa a utilização de brita, contribuindo também de forma sustentável, pois deixa de utilizar um recurso natural cada vez mais escasso em diversas regiões do país. Abaixo o comparativo de um sistema convencional de trincheira com brita x trincheira com geocomposto e um detalhe da execução da obra (figura 8). Figura 8: Trincheira convencional com brita x trincheira com geocomposto em execução na obra Além da execução ser muito mais rápida, conforme observado na forma construtiva do gráfico acima, a eficiência desse sistema é comprovadamente maior se comparada ao sistema convencional com brita, drenando 23% a mais que o sistema com brita, a matéria prima de fabricação é o polipropileno, material inerte que evitará a colmatação ocorrida em decorrência da passagem da água/micro-organismos, o que não ocorre quando em contato a materiais minerais, como a brita. CONCLUSÃO A adoção da solução em geocompostos permitiu a redução do tempo de execução da obra, adiantando o cronograma geral de todo o empreendimento, acelerando o retorno do investimento realizado. A opção pelos geocompostos drenantes promoveu a dispensa da utilização de agregados naturais, contribuído positivamente para a minimização dos impactos ambientais gerados pela obra. A substituição da brita pelo geocomposto e a redução no prazo de execução da obra resultaram em menores custos na realização dos trabalhos de drenagem.