LEI MUN ICIPAL N 1412/91 Dispõe sobre a Política Municipal dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso. NEREU WILHELMS, Prefeito Municipal de Taquara, FAÇO SABER que, em sessão realizada em 04.03.1991, a Câmara Municipal de Taquara aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei: TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS: Art. 1 - Esta Lei dispõe sobre a Política Municipal dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso e das normas gerais para a sua adequada aplicação. Art. 2 - O atendimento dos direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso no Município de Taquara, será feito através das Políticas Sócias Básicas de Educação, Saúde, Recreação, Esporte, Cultura, Lazer, Profissionalização, o outras, assegurando se em todas elas o tratamento com dignidade e respeito à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Art. 3 - Aos que dela necessitam será prestada a assistência social, em caráter supletivo. Parágrafo Único É vedado a criação de programas de caráter compensatório da ausência ou insuficiência das políticas sociais básicas no Município sem previa manifestação do Conselho Municipal dos Direitos da criança, do Adolescente e do Idoso. Art. 4 - VETADO Art. 5 - VETADO Art. 6 - O Município propiciara a proteção jurídico social aos que dela necessitam, por meio de entidades de defesa dos direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso. Art. 7 - VETADO Art. 8 - VETADO TÍTULO II DA OLÍTICA DE ATENDIMENTO CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇOES PRELIMINARES Art. 9 - A Política de Atendimento dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso será garantida através dos seguintes órgãos: I Conselho Municipal dos Direitos da Criança; II Fundo Municipal dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso; III VETADO. CAPÍTULO II DO CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRAINÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO. Seção I Da criação e natureza do conselho.
Art. 10 Fica criado o CONSELHO MUNICIPAL DE PROMOÇÃO E DEFESA DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO, instituído pelo Art. 106, da Lei Orgânica do Município de Taquara, órgão normativo, consultivo, deliberativo, fiscalizador e controlador das políticas de atendimentos às crianças, adolescentes e idosos, cabendo lhe a coordenação da política de proteção, promoção e defesa dos direitos da criança, adolescentes e idosos, em todos os níveis. Seção II Da competência do Conselho. Art. 11 Compete ao Conselho Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Idoso: I Formular a política municipal de promoção, proteção e defesa e defesa dos Direitos da Criança, Adolescentes e Idosos de forma integrada com as políticas sociais a nível municipal, estadual e federal, fixado prioridade para a consecução, das ações, a captação e aplicação de recursos. II Exercer o controle e a fiscalização da execução da política municipal de promoção, proteção e defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso, de seus grupos de vizinhança e dos bairros ou zona urbana ou rural em que se localizem; III Controlar a execução das ações em todos os níveis, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); IV Fixar com o Poder Executivo e o Legislativo, percentual do orçamento a serem incluídos no planejamento do município destinados à programas de atendimento, assistência, auxílios e subvenções; V Captar recursos federais, estaduais, para a implantação e desenvolvimento do programa de atendimento à criança, adolescente e idoso. Segundo as normas do ECA; VI Captar recursos da própria comunidade e de organismos internacionais para a execução da política de atendimento; VII Definir prioridades e decidir sobre a aplicação de recursos públicos na área da criança, adolescente e idoso; VIII Apreciar e deliberar a respeito de qualquer auxilio ou beneficio a ser concedido a entidades não governamentais que tenham por objetivo a proteção, promoção e defesa do direitos da criança, adolescente e idoso; IX Estabelecer política de formação pessoal com vistas com a qualificação do atendimento da criança, do adolescente e do idoso; X Manter o intercambio com entidades federais e estaduais congêneres ou que tenham atuação na proteção, promoção e defesa dos direitos da criança, do adolescente e do idoso; XI Realizar e incentivar campanhas promocionais e de conscientização dos direitos da criança, dos adolescentes e idosos;
XII Efetuar o registro das entidades não governamentais que tenham por objetivo a proteção, promoção e defesa dos direitos da criança, do adolescente e do idoso; XIII Registrar os programas a que se refere o inciso anterior das entidades governamentais que operem no Município fazendo cumprir as normas constantes do mesmo Estado; XIV VETADO XV VETADO XVI Receber, apreciar e pronunciar se quanto às denuncias e queixas que lhe forem formuladas por qualquer cidadão ou entidade, e que digam respeito à proteção e defesa dos direitos da criança, do adolescente e do idoso por órgãos competentes, parágrafo 3, item VII, do art. 260, da Lei Estadual. Art. 12 Aos Conselhos ou qualquer pessoa por ele devidamente credenciada para o exercício de atos ou diligencias atinentes à promoção, proteção e defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso, fica assegurado o livre acesso a órgãos governamentais e não governamentais. Parágrafo Único Serão postos à disposição do Conselho, servidores públicos necessários ao seu funcionamento. Art. 13 A concessão de qualquer subvenção ou auxilio a entidades que de qualquer modo tenham por objetivo a promoção, proteção e defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso só poderá ser efetiva, após a previa audiência e parecer favorável do Conselho, pressupondo encontrar se entidade preventiva cadastrada. Art. 14 As resoluções do Conselho Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e Idoso só terá validade com um quorum de instalação de maioria absoluta da instancia governamental e não governamental, podendo ser deliberadas com a maioria simples e seus membros. Art. 15 O Conselho Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Idoso deverá exercer rigorosa fiscalização quando à aplicação da dotação orçamentária estabelecida no parágrafo 1, do item VII, do artigo 260, da Constituição Estadual, devendo ser previamente ouvido na elaboração da proposta orçamentária, zelando pela efetiva observância das diretrizes estabelecidas naquele dispositivo Constitucional. Art. 16 As normas de funcionamento do Conselho Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso serão estabelecidas, pelos membros do Conselho, em seu regimento interno a ser editado por a Decreto por Governo Municipal. Art. 17 O Conselho Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso ficara vinculada ao Gabinete do Prefeito. Art. 18 Criar Comitê Municipal de trabalhos afins. Seção III DA COMPOSIÇÃO E DO MANDATO.
Art. 19 O Conselho Municipal de Defesa da Criança, do Adolescente e do Idoso (C.M.D.C.A.I.) será composto de 18 membros, segundo a seguinte disposição: I 9 (nove) membros representado o Município, indicados pelos seguintes órgãos: 1 Câmara dos Vereadores 2 Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) 3 Secretaria de Educação 38 DE 4 Fundação Estadual do Bem Estar do Menor (FEBEM) 5 Legião Brasileira de Assistência (LBA) 6 Secretaria Estadual de segurança Publica Brigada Militar 7 Secretaria Municipal de Saúde e Serviços Social 8 Clube dos Diretores Lojistas (CDL) 9 Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) II 9 (nove) representantes de entidades da sociedade civil organizada, existentes há pelo menos um ano que, sem fins lucrativos, realizam programas de ação direta de promoção, proteção e/ou defesa da Criança, do Adolescente e do Idoso, sendo sete na área da Criança e do Adolescente e dois na área do Idoso. Serão representantes das seguintes entidades: 1- Associação de Proteção à Maternidade e Infância (APROMIM) 2- Associação Beneficente Evang. Floresta Imperial (Lar de Padilha) 3- Obra Social Madre Julia 4- As Samaritanas 5- Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) 6- Centro Espírita Dom Feliciano (Centro Assistencial) 7- Centro Espírita Irmã Dalva (Centro Assistencial) 8- Lar OASE (Idoso) 9- Sociedade de Amparo à Velhice Art. 20 Os representantes das entidades dispostas no item II, do Art. 19 serão escolhidos por eleição em assembléia das entidades que, preenchendo os critérios previstos, inscrevam se em cadastro a ser criado pelo conselho, segundo disposição de seu regimento interno. Art. 21 Os órgãos e entidades mencionadas no Art. 19 devem indiciar seus representantes e respectivos suplentes. Parágrafo Único O representante uma vez indicado poderá ser substituídos a qualquer tempo, a critério da entidade que o nomeou, comunicada previamente à secretaria do Conselho, ressalvadas as disposições do Art. 14, Inicio 2 desta Lei. Art. 22 As entidades contempladas no Artigo 19 terão assento no Conselho pelo prazo de dois anos, ressalvado o direito de reeleição. Art. 23 A participação no conselho não poderá ser, a qualquer titulo, remunerada e será reconhecido como função publica relevante. Seção IV Da estrutura e funcionamento do Conselho
Art. 24 O.C.D.C.A.I. terá a seguinte estrutura: I Assembléia Geral; II Diretoria Executiva; - Presidência e Vice; - Secretaria e Vice; - Tesouraria e Vice; III Conselho Fiscal. Art. 25 A diretoria executiva do conselho será eleita dentre os seus membros efetivos, segundo disposição de regimento interno. I O mandato da diretoria executiva será de dois anos, concomitante com previsto no Art. 22, permitida uma reeleição. II Enquanto permanecer na presidência do Conselho, o presidente não poderá ser substituído pelas entidades que o indicou, o regime interno disporá sobre seus impedimentos e substituição. III Caso o vice presidente venha a assumir definitivamente a presidência, por impedimento do presidente, eleger-se à outro vice presidente para completar o mandato. Seção V Do regimento interno: Art. 26 As atividades do Conselho e as normas funcionais reger se ao por regimento interno, redigido por seus membros e referendado em assembléia conjunta das entidades dispostas no Art. 19 desta Lei. Seção VI Das disposições gerais: Art. 27 A norma que se refere o Art. 19 da composição do Conselho servira de base para a formulação e instalação do Conselho, ate que o mesmo, através do seu regimento interno e estatuto determinem seus critérios definitivos de composição e funcionamento. Art. 28 A norma que se refere o Art.19 da composição do Conselho servira de base para a formulação e instalação do Conselho, ate que o mesmo, através do seu regimento interno. Art. 29 VETADO CAPÍTULO III DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO. Seção I Da criação e natureza do fundo Art. 30 Fica criado o fundo Municipal dos Direitos da criança, do Adolescente e do idoso, como captados aplicador de recursos a serem utilizados, segundo as deliberações do Conselho dos Direitos, ao qual é órgão vinculado.
Seção II Da competência do Fundo. Art. 31 Compete ao Fundo Municipal: I Registrar os recursos orçamentários próprios do Município ou a eles transferidos em beneficio das crianças dos adolescentes e idosos pelo Estado ou pela União. II Registrar os recursos captados pelo Município através de convênios, ou por doações ao Fundo. III Manter o controle escritural das aplicações financeiras levadas a efeito no Município, nos termos das resoluções do Conselho dos Direitos. IV Liberar os recursos a serem aplicados em beneficio de crianças, adolescentes e idosos, nos termos das resoluções do Conselho de Direitos. V Administrar os recursos específicos para os programas de atendimento dos direitos da criança, do adolescente dos Direitos. Art. 32 O fundo será regulamentado por Resoluções expedidas pelo Conselho dos Direitos. CAPÍTULO IV VETADO Seção I VETADO Art. 33 VETADO Art. 34 VETADO Art. 35 VETADO Art. 36 VETADO Seção III VETADO Art. 37 VETADO Art. 38 VETADO Art. 39 VETADO Seção IV VETADO Art. 40 VETADO Art. 41 VETADO Art. 42 VETADO Art. 43 VETADO TÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Art. 44 No prazo máximo de 15 dias da publicação desta Lei, por convocação do Chefe do Poder Executivo Municipal, os órgãos e organizações a que se refere o Art. 19 reunir se ao para elaborar o regimento o Regimento Interno do Conselho Municipal
dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso, ocasião em que elegerão sua primeira diretoria. Art. 45 Fica o Poder Executivo autorizado a abrir credito suplementar para as despesas inicias decorrentes do cumprimento desta Lei. Art. 46 Revogadas as disposições em contrario, esta Lei entrara em vigor na data da sua promulgação. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE TAQUARA, 11 DE MARÇO DE 1991.