EIS O TEMPO DA ALEGRIA

Páscoa de 2014 EIS O TEMPO DA ALEGRIA Com o dom do Espírito Santo no dia de Pentecostes nasce a Igreja, o povo a serviço de Reino de Deus. Prelazia de São Félix do Araguaia - MT Equipe para a FORMAÇÃO DE BASE Uma ajuda para rezar, partilhar a vida e a Palavra de Deus nas comunidades, nos grupos de rua e nas famílias

ROTEIROS: 1) A Igreja reflete a luz de Jesus pág. 8 2) O Pai criou a Igreja para nela reunir os discípulos (as) de Jesus pág. 11 3) Jesus iniciou a Igreja pregando o Evangelho pág. 14 4) O Espírito Santo anima a Igreja pág. 17 5) A Igreja é o Corpo de Jesus hoje pág. 20 VIA LUCIS pág. 23 OBSERVAÇÃO: Estes roteiros são uma ajuda para refletir, mas não querem substituir a criatividade dos animadores/as dos grupos. Cada grupo sinta-se a vontade para melhorar o que está escrito nestas páginas. 2 Prelazia de São Félix do Araguaia Livrinhos para a formação de base: 1) Bíblia, Palavra de Deus (Setembro 2013) 2) O teu Rosto, Senhor, eu procuro (Advento-Natal 2013) 3) Eis o tempo de conversão (Quaresma 2014) 4) Eis o tempo da alegria (Páscoa 2014)

Querida irmã, querido irmão, Este livrinho é uma ajuda para celebrar o tempo de Páscoa, cinquenta dias em oração com Maria e os Apóstolos reunidos no cenáculo, acolhendo Jesus Ressuscitado e aguardando o Consolador, o Espírito Santo. Queremos viver este tempo tão importante acolhendo de forma especial a Palavra de Deus contida nos Atos dos Apóstolos que nos narra os primeiros passos da Igreja. Continuamos também a nos deixar ajudar pelo Concilio Vaticano II. Começamos juntos a leitura de um novo documento: Cristo Luz dos Povos (Lumen Gentium). A Igreja, nos diz o Concílio Vaticano II, é uma comunhão de caridade, uma rede interligada de homens e mulheres em relação amorosa com Deus e com as demais pessoas. A Igreja é uma expressão do amor de Deus, no qual todos os seus membros participam do serviço da vida. O Deus família cria a Igreja como a casa dos seus filhos e filhas, irmãos e irmãs de Jesus que se fez carne e veio habitar no meio da humanidade. Os cinco encontros poderão ser realizados em família, em comunidade, com os colegas e amigos, nos ambientes de trabalho, nos grupos de jovens, nas escolas e em outros contextos. Podem também tornar-se uma oportunidade para alimentar a nossa oração pessoal. Além dos cinco encontros sugerimos uma Via Lucis para partilhar a alegria dos discípulos ao verem Jesus Ressuscitado. Não tenhamos medo de convidar vizinhos/as, amigos/as e parentes para partilhar a vida e a Palavra de Deus. A participação fiel a todos os encontros é um grande presente que doamos e recebemos. Nos encontrando e partilhando a nossa experiência de fé construímos a comunidade e servimos o Reino de Deus. O sucesso dos encontros depende da preparação: este livrinho é uma simples ajuda, para que a Palavra de Deus anime a nossa vida. Deixar-nos animar pela Palavra de Deus é partilhar a fé, rezar, estreitar laços de amizade com os vizinhos, cuidar dos pobres, do meio ambiente... Boa caminhada, feliz Páscoa! A Equipe da formação de base 3

4 Para começar Acolhida (Antes de cada roteiro) O ambiente da nossa oração é o lugar onde vivemos: casa, oficina, firma, comunidade, escola... É bom que o grupo se reúna num ambiente anteriormente preparado, tendo no centro alguns sinais que podem ajudar viver o tempo da Páscoa: Bíblia, água, flores, Círio (vela), imagem de Nossa Senhora, bandeira do Divino... A celebração começa com as boas vindas e a acolhida carinhosa dos participantes. Segue o canto de acolhida (n 1, 2, 3, 4 na página 39) e, se for necessário, apresentação dos participantes no encontro. Cuidar de forma especial dos que participam pela primeira vez. T. Em nome do Pai... (pode ser cantado) A. Sejamos todas e todos bem vindos neste momento de encontro entre nós e com Deus! Este é o dia que o Senhor fez para nós! Alegremo-nos e nele exultemos! A. Rezemos juntos, em nome do Senhor Jesus morto e ressuscitado e pela intercessão de Nossa Senhora, para que a graça da Páscoa possa trabalhar profundamente em nós e nesta nossa história, para que o ódio deixe o lugar ao amor, a mentira a verdade e vingança ao perdão a tristeza à alegria. A. Juntamos nossas vozes na oração do Regina Coeli (pode ser cantado) A. Rainha do céu, alegrai-vos! Aleluia! T. Porque quem merecestes trazer em vosso seio. Aleluia! A. Ressuscitou como disse! Aleluia! T. Rogai a Deus por nós! Aleluia! A. Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria! Aleluia! T. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente! Aleluia. A. Oremos: Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do Vosso Filho Jesus Cristo, Senhor Nosso, concedei-nos, Vos suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem Maria, alcancemos as alegrias da vida eterna. Por Cristo, Senhor Nosso. T. Amém! Ave-Maria... Glória ao Pai...

Para terminar Bênção final (Depois de cada roteiro) Cantos de n 24 à 31 nas páginas 42-43. Cantoria para o Divino (Zé Martins, CD Certeza, Paulinas) Vinde Divino Espírito Santo! Vinde Divino Espírito Santo! Vinde mudai a nossa História, refazei nossa memória, dá-nos vossa Força e Luz. Fazei-nos gente de Esperança. A andar com confiança nos passos que a Vós conduz. Oi para ver acontecer. Oi para ver acontecer. Sonho Bom de se viver. Sonho Bom de se viver. Ai, ai!! Oração do Espírito Santo: Vinde Divino Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o Fogo do Vosso Amor e tudo será criado e renovareis a face da Terra. Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a Luz do Vosso Espírito, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre de Sua Consolação, pelo mesmo Cristo Senhor nosso. Amém. Canto Refrão (o seguinte ou outro que o grupo conhece): Envia teu Espírito Senhor e Renova a face da Terra. (bis) Sugestão de símbolos: três velas igualzinhas são acesas nesse momento, por três pessoas, na vela acesa na mesa, depois as chamas das velas são juntadas e separadas, três vezes, repetindo todos: três Pessoas em um só Deus. Abençoe nos o Deus Todo Amoroso, Todo Misericordioso: Pai, Filho e Espírito Santo. Beijo da Bandeira do Divino. Despedida por conta do animador do grupo. 5

6 Dicas para quem usa este subsídio Com este subsídio queremos nos ajudar na vivencia do tempo da Páscoa. Cada grupo, pois, tem a liberdade de trabalhá-lo como puder e achar bom. Importante é que as pessoas que participam dos nossos grupos possam encontrar Deus e experimentar o calor da comunidade. Temos a certeza de que a criatividade e o carinho dos(as) animadores(as) dos grupos conseguirão ajudar o nosso povo para fazer uma maravilhosa experiência de Igreja. O subsídio está estruturado da seguinte forma: ACOLHIDA: (Página 4) É o momento inicial que introduz as pessoas no encontro. É bom que as pessoas sintam-se à vontade e sejam bem acolhidas. A acolhida normalmente é feita pelas pessoas de casa, mas também pelo(a) animador(a) do grupo. É bom não ter pressa e não se esquecer de acolher os que estão participando pela primeira vez. A acolhida começa na página 4 e continua nos roteiros a seguir. RECORDAÇÃO DA VIDA: O encontro sempre faz parte da realidade da vida, de acontecimentos, de experiências vividas que, depois, serão iluminadas pela Palavra de Deus. A recordação da vida é o momento em que somos convidados a escutar as maravilhas que Deus faz na nossa história e colocar diante dele a nossa vida. Neste momento podemos também colocar as intenções do encontro. Nos roteiros têm algumas perguntas para ajudar na recordação da vida: o(a) animador(a) pode facilitar a recordação da vida com outras perguntas mais ligadas à vida das pessoas do grupo. ACOLHIDA DA PALAVRA DE DEUS: A Palavra de Deus é a alma da nossa oração. Em cada encontro é colocado um trecho dos Atos dos Apóstolos para ser lido e refletido. A Palavra de Deus vai iluminar a realidade da vida, do dia-a-dia. Nos roteiros colocamos somente uma frase da Palavra de Deus. O grupo, porém, poderá ler o trecho completo na Bíblia. Convidamos quem vai proclamar a Palavra de Deus a se preparar com um carinho todo especial: o que vai proclamar é Palavra de Deus! Depois da leitura é bom deixar um tempo de silêncio para a meditação. PARTILHA DA PALAVRA DE DEUS: Encontramos aqui algumas ideias para refletir, entender melhor e meditar a Palavra de Deus, ajudados pelo documento Cristo, luz dos povos (Lumen Gentium) do Concílio Vaticano II. Neste momento é bom deixar um tempo para as pessoas do grupo se expressarem e partilharem o que a Palavra de Deus sugeriu.

COMPROMISSO MISSIONÁRIO: A cada encontro sugerimos um compromisso para ajudar a traduzir em gestos concretos as nossas reflexões. O compromisso sugerido é bom que seja avaliado em grupo. O grupo, porém, pode escolher outro compromisso: importante que ajude as pessoas a sair de si mesmas e ir ao encontro dos outros. A PALAVRA DE DEUS SE FAZ ORAÇÃO: É o momento em que a Palavra de Deus abre o nosso coração às necessidades do mundo inteiro. Colocamos as nossas intenções à vontade, mas não nos esqueçamos dos pobres, do mundo, da Igreja, da sociedade civil... O TESTEMUNHO DOS MÁRTIRES DA CAMINHADA: Queremos, neste espaço, valorizar o testemunho, tão precioso e muitas vezes esquecido, dos mártires da Caminhada. Pessoas as vezes desconhecidas que sofreram injustiças e doaram a vida pela causa do Reino. BÊNÇÃO FINAL: (Página 5) É o momento em que recolhemos os frutos do encontro para levá-los às nossas casas. Acolhendo a benção de Deus, nos tornamos também uma benção para as pessoas que encontraremos no nosso dia-a-dia. Antes da bênção, pode ser bom mais um momento de partilha para gravar no coração uma frase, um gesto, uma experiência que marcou o encontro. ALGUNS CUIDADOS: -> Preparar com antecedência o encontro: distribuir as leituras entre os participantes, preparar o ambiente e os símbolos que serão utilizados. -> Escolher os cantos para animar o encontro. Nas últimas páginas do subsídio encontram alguns cantos como sugestão. -> Convidar, na medida do possível, os participantes para trazerem a Bíblia. -> Evitar conversas e comentários sobre assuntos inconvenientes. O encontro deve ser algo esperado e desejado por todos. A. = Animador(a), quem conduz o encontro. T. = Todos(as) L. = Leitor(a). 7

1 A IGREJA REFLETE A LUZ DE JESUS 8 1. Acolhida Continua de página 4. A. Com alegria celebramos a Páscoa de Jesus. Jesus ressuscitou, venceu o mal de forma plena e definitiva! Agora depende de nós, homens e mulheres, acolher esta vitória na nossa vida, na nossa história e na nossa sociedade! Depende de nós que nos encontramos com Jesus Ressuscitado fazer a diferença neste mundo! T. Nós acreditamos que Jesus Ressuscitou. A. Jesus aparece aos apóstolos para convencê-los que vale a pena doar a vida pelo Reino de Deus, aquele Reino que Ele anunciou percorrendo a terra de Israel. T. Nós acreditamos que o Reino de Deus está presente no nosso meio. A. Jesus é a luz que ilumina todos os homens e todas as mulheres que passam por este chão. T. Nós acreditamos que Jesus é a luz que ilumina a nossa caminhada. A. A Igreja é o reflexo da luz de Jesus. A Igreja é um instrumento nas mãos de Deus para realizar hoje o Reino que Jesus anunciou. T. Nós acreditamos que Deus conduz a Igreja. 2. Recordação da vida Cantos de n 5 à 10 nas páginas 39-40 Amo a minha Igreja? Porque? Partilhamos as razões que animam a nossa fé e o porque pertencemos à Igreja Católica. (Conversa em grupo)

3. Acolhida da Palavra de Deus At 2,42-47 Cantos de aclamação de n 11 à 16 nas páginas 40-41 Leitura de At 2,42-47 A. Vamos repetir no nosso coração: Todos os que abraçavam a fé eram unidos e colocavam em comum todas as coisas. Momento de silêncio e oração pessoal. A. O que Deus quer nos dizer com esta Palavra? Conversa em grupo. 4. Partilha da Palavra de Deus à luz do Concílio Vaticano II Cantos de n 17 à 23 nas páginas 41-42 A. Jesus é a luz dos povos: por isso o Concílio, reunido no Espírito Santo, deseja que a luz de Jesus, refletida na face da Igreja, ilumine todos os homens, anunciando o Evangelho a toda criatura. No momento que a Igreja é, em Jesus, instrumento da união íntima com Deus e da unidade de todo o gênero humano, o Concílio, se propõe explicar com maior clareza aos cristãos e ao mundo inteiro a sua natureza e a missão universal. O momento histórico em que nós vivemos torna ainda mais urgente este dever da Igreja a fim de que todos os homens e todas as mulheres, hoje, mais ligados graças aos novos meios de comunicação, alcancem também a unidade total em Jesus. (LG 1-adaptação). A. O que significa isto? -> O Concílio Vaticano II com o documento Jesus luz dos povos quer explicar de forma mais clara o que é a Igreja, quem a criou, qual o seu papel no mundo, qual a sua missão no meio dos povos. - > To d a s a s p e s s o a s s ã o vo c a c i o n a d a s a I g re j a, independentemente da sua crença. Deus deseja que a luz de Jesus ilumine todos os homens e todas as mulheres. A Igreja existe para refletir esta luz para que todos os povos possam conhecer, amar e seguir a Jesus. -> Jesus tem que ter espaço na Igreja. A Igreja é instrumento criado por Deus para unir as pessoas ao redor da Palavra de Deus, formar comunidade e fazer delas discípulas de Jesus luz dos povos. -> A Igreja existe para nos ajudar a ser comunidade alicerçada na Palavra de Deus e radicada em Jesus. 9

5. Compromisso missionário Visitar uma pessoa que se afastou de nossa comunidade. 10 6. A Palavra de Deus se faz oração Pai, eu Vos dou graças por poder conhecer Jesus e viver com Ele. E Vos agradeço pela Igreja que me anuncia o Evangelho e através da qual Jesus quer estar ao meu lado, na Palavra, nos Sacramentos, na sua presença forte e silenciosa no mundo. Pela Igreja dividida, Vos peço que Ela se reúna em volta da Vossa mesa: pois, tal como o pão da vida que comemos foi disperso nos grãos de trigo pelos campos e que agora se tornou num só, também a Vossa Igreja seja reunida dos quatro cantos da Terra no Vosso Reino. Lembrai-Vos, Senhor, da vossa Igreja. Livrai-a de todo poder do mal e tornai-a perfeita com o poder do Vosso amor. Trazei-a dos quatro cantos do mundo para casa, para o Vosso Reino, pois Vosso é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amem. Intenções livres A. Como o próprio Jesus nos ensinou, rezemos implorando a vinda do Reino de Deus e digamos: Pai Nosso... (Pode ser cantado) 7. O testemunho de Monsenhor Gerardi Martirizado aos 26 de abril de 1998. Em 24 de abril de 1998, Monsenhor Juan Gerardi, apresentou na Catedral Metropolitana o informe entitulado Guatemala: Nunca Mais. Neste informe, responsabilizou o exército, as outras forças oficiais, as patrulhas de autodefesa civil e os Esquadrões da Morte por 90% das violações aos direitos humanos durante o conflito armado interno e atribuiu 10% aos rebeldes. Dois dias depois foi espancado até a morte quando entrava na casa paroquial na cidade de Guatemala. Escreve Monsenhor Gerardi: É possível a paz, uma paz que nasce de cada um e de todos: Verdade dolorosa, memória das chagas profundas e sangrentas do país, verdade personificante e libertadora que possibilita aos homem e mulher se encontrarem consigo mesmos e assumir sua história; verdade que a todos nós desafia para que reconheçamos a responsabilidade individual e coletiva e nos comprometamos a que esses abomináveis fatos não se repitam.

O PAI CRIOU A IGREJA 2 PARA NELA REUNIR OS DISCÍPULOS (AS) DE JESUS 1. Acolhida Continua de página 4. A. Jesus ressuscitou! Este é o anuncio que percorreu o mundo inteiro e doou a todos os homens e a todas as mulheres uma esperança. Se Jesus ressuscitou eu posso esperar por um mundo melhor, posso esperar por um Deus que conduz a história, posso esperar pelo fim do mal e da injustiça. T. Realmente Jesus Ressuscitou e está vivo na sua Igreja. A. Jesus ressuscitou! Ele caminha ao nosso lado e está presente no dia-a-dia da humanidade. Quando estamos alegres Jesus se alegra conosco, quando estamos tristes Jesus chora conosco. T. Realmente Jesus Ressuscitou e está vivo no nosso meio. A. Jesus ressuscitou! Ele veio para reunir todos os homens e mulheres num só povo: o povo dos Filhos e Filhas de Deus. T. Realmente Jesus Ressuscitou e está vivo na história da humanidade. A. Jesus ressuscitou! Com o dom do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, o Pai institui a Igreja para reunir todos os que acreditam em Jesus, pertencentes a qualquer povo ou nação. T. Realmente Jesus Ressuscitou e nos reúne na sua Igreja. 11 2. Recordação da vida Cantos de n 5 à 10 nas páginas 39-40 Amo a minha comunidade? Porque? Lembramo-nos do amor e do carinho que nos ligam à nossa comunidade. (Conversa em grupo)

3. Acolhida da Palavra de Deus At 2,22-33 Cantos de aclamação de n 11 à 16 nas páginas 40-41 Leitura de At 2,22-33 A. Vamos repetir no nosso coração: Deus ressuscitou a Jesus. E nós somos testemunhas d'isso. Momento de silêncio e oração pessoal. A. O que Deus quer nos dizer com esta Palavra? Conversa em grupo. 12 4. Partilha da Palavra de Deus à luz do Concílio Vaticano II Cantos de n 17 à 23 nas páginas 41-42 A. Deus Pai, por decisão livre de sua bondade e sabedoria, criou o universo e o confiou aos seres humanos para que pudessem participar das alegrias da sua vida divina. Quando pecaram não os abandonou, mas continuamente cuidou deles até enviar Jesus. Com a morte e ressurreição de Jesus e o dom do Espírito Santo Deus instituiu a Igreja para nela reunir todos os que acreditam em Jesus. No final dos tempos todos os homens e mulheres de qualquer povo ou nação, serão reunidos na Igreja junto do Pai. (LG 2-adaptação) A. O que significa isto? -> A Igreja existe para que as pessoas possam participar das alegrias de Deus. Deus cria o universo e tudo o que existe e o confia aos seres humanos para que cuidem dele e sejam felizes. -> A Igreja existe para anunciar a misericórdia de Deus. Quando os homens e mulheres pecaram Deus não os abandonou, mas continua cuidando deles e envia Jesus. -> A Igreja existe para ajudar as pessoas ser comunidade em volta de Jesus. Com a morte e Ressurreição de Jesus e o dom do Espírito Santo no dia de Pentecostes, Deus criou a Igreja para nela reunir todos os que acreditam em Jesus. -> A Igreja é ícone da Trindade: vem de Deus que é doação e amor sem limites e estrutura-se a imagem de Deus que é comunidade de amor. 5. Compromisso missionário Visitar uma pessoa que trabalhou na comunidade e agora está doente.

6. A Palavra de Deus se faz oração Ficai conosco, Senhor Jesus, porque vem caindo a noite: sede nosso companheiro de viagem, confortai os nossos corações e fortalecei a nossa esperança, para que juntamente com os nossos irmãos, Vos reconhecemos na Palavra da Escritura e na fração do Pão. Vós que sois Deus com o Pai na Unidade do Espírito Santo. Amem. Intenções livres. A. Como o próprio Jesus nos ensinou, rezemos implorando a vinda do Reino de Deus e digamos: Pai Nosso... (Pode ser cantado) 7. O testemunho de dom Oscar Romero Martirizado aos 24 de março de 1980. Assim falava dom Oscar Romero: Cristo nos convida a não ter medo da perseguição porque, creiam irmãos, aqueles que se comprometem com os pobres tem que seguir o mesmo destino dos pobres. E em El Salvador já sabemos o que significa o destino dos pobres: ser desparecidos, torturados, ser capturados aparecer cadáveres... Estas mortes ao invés de apagar em nós o ardor da fé, entusiasmam ainda mais o vigor de nossas comunidades... Me alegro, irmãos, de que a nossa Igreja seja perseguida, precisamente por sua opção preferencial pelos pobres e por tratar de se encarnar no meio deles... São testemunhas de uma Igreja encarnada nos problemas do povo. Peço orações para ser fiel a esta promessa: não abandonarei meu povo, mas correrei com ele todos os riscos que meu ministério exige... Tenho sido frequentemente ameaçado de morte... Como cristãos não creio na morte, mas na ressurreição. Se me matarem ressuscitarei no povo salvadorenho. Como pastor estou obrigado a dar por lei divina a vida por aqueles que amo... O martírio é uma graça que não creio merecer. Mas se Deus aceita o sacrifício de minha vida, que meu sangue seja semente de liberdade e sinal de esperança. No 30 aniversário do martírio de dom Oscar Romero, o Bispo Pedro (São Félix do Araguaia) assim falou: O sangue dos mártires é aquele cálice que todos/as podemos e devemos beber. Sempre e em todas as circunstâncias, a memória do martírio é uma memória subversiva. Trinta anos se passaram desde aquela Eucaristia plena na Capela do Hospital. Naquele dia nosso santo nos escreveu: "Nós cremos na vitória da ressurreição". 13

JESUS INICIOU A IGREJA 3PREGANDO O EVANGELHO 14 1. Acolhida Continua de página 4. A. Jesus é o Bom Pastor que conhece as suas ovelhas. Jesus nos conhece mais e melhor de como nós mesmos nos conhecemos. Conhece a nossa história, as nossas alegrias e fraquezas. T. Nós sabemos que Jesus nos conhece. A. Jesus é o Bom Pastor que cuida das suas ovelhas. Jesus cuida de nós quando levantamos e quando deitamos: sempre está ao nosso lado para que o nosso pé não tropece nas armadilhas do mal. T. Nós sabemos que Jesus cuida de nós. A. Jesus é o Bom Pastor que ama as suas ovelhas. O coração de Deus transborda de amor. Jesus veio para nos presentear este amor de Deus que é misericórdia e perdão para que cada ser humano possa ter sossego e alcançar a paz. T. Nós sabemos que Jesus nos ama. A. Jesus é o Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas. A Páscoa nos lembra duma vida doada, duma existência entregue para que nós tenhamos vida e vida em abundância. T. Nós sabemos que Jesus deu a vida por nós. 2. Recordação da vida Cantos de n 5 à 10 nas páginas 39-40 Qual o meu compromisso na minha comunidade? E na minha Igreja? Lembramos-nos do que fizemos e estamos fazendo para o bem da comunidade. (Conversa em grupo)

3. Acolhida da Palavra de Deus At 2,36-41 Cantos de aclamação de n 11 à 16 nas páginas 40-41 Leitura de At 2,36-41 A. Vamos repetir no nosso coração: Os que acolheram a palavra de Pedro receberam o Batismo. Momento de silêncio e oração pessoal. A. O que Deus quer nos dizer com esta Palavra? Conversa em grupo. 4. Partilha da Palavra de Deus à luz do Concílio Vaticano II Cantos de n 17 à 23 nas páginas 41-42 A. Jesus deu inicio a sua Igreja pregando a Boa Noticia da vinda do Reino de Deus prometido no Antigo Testamento: Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo (Mc 1,15). Este Reino se manifesta nas palavras, nos gestos e na presença de Jesus. Com as palavras Jesus explica que o Reino de Deus é como a semente lançada ao campo que germina e cresce nas pessoas que acolhem a boa noticia do Evangelho. Com os milagres Jesus comprova que o Evangelho vem de Deus. Com a sua presença Jesus nos anuncia que veio para dar a vida. Quando Jesus Ressuscitado envia o Espírito Santo a Igreja recebe a missão de anunciar e instaurar em todas as gentes o Reino de Cristo e de Deus. (LG 5- adaptação. Ler também LG 3) A. O que significa isto? -> A Igreja não é o Reino de Deus, mas instrumento a serviço do Reino de Deus. A Igreja é sinal visível do Reino de Deus que cresce no mundo. Através da Igreja, Deus, constrói o seu reinado na terra. -> Quanto mais a Igreja está unida a Jesus quanto mais cumpre sua missão. A força da Igreja é Jesus. É Ele que reúne homens e mulheres e os manda em missão. Todos os seres humanos são chamados a seguir Jesus, luz do mundo, e com ele caminhar rumo ao Pai. -> Com o dom do Espírito Santo a Igreja recebe de Jesus a missão de anunciar e instaurar no mundo o Reino de Deus. Uma missão que é primeiramente serviço aos mais necessitados conforme o exemplo e a pregação de Jesus. 5. Compromisso missionário Visitar uma família que tem filhos a batizar e conversar sobra a alegria de pertencer a Igreja Católica. 15

16 6. A Palavra de Deus se faz oração Oração pelas Vocações Senhor da Messe e pastor do Rebanho faz ressoar em nossos ouvidos Teu forte e suave convite: Vem e segue-me! Derrama sobre nós o teu Espírito, que ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Senhor, que a Messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a MISSÃO. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa. Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres e ministros. Dá perseverança aos nossos seminaristas. Desperta o coração de nossos jovens para o Ministério pastoral em tua igreja. Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, chama-nos para o serviço de teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder Sim. Amém. Intenções livres. A. Como o próprio Jesus nos ensinou, rezemos implorando a vinda do Reino de Deus e digamos: Pai Nosso... (Pode ser cantado) 7. O testemunho de Irmã Dorothy Martirizada aos 12 de fevereiro de 2005 em Anapu (PA). Irmã Dorothy estava presente na Amazônia desde a década de setenta junto aos trabalhadores rurais da Região do Xingu. Era agente pastoral da Comissão Pastoral da Terra (CPT). A sua participação em projetos de desenvolvimento sustentável ultrapassou as fronteiras da pequena Vila de Sucupira, no município de Anapu, no Estado do Pará, a 500 quilômetros de Belém, ganhando reconhecimento nacional e internacional. Ajudou a fundar a primeira escola de formação de professoras e professores na rodovia Transamazônica: a Escola Brasil Grande. Em 2004 recebeu premiação da Ordem dos Advogados do Brasil (seção Pará) pela sua luta em defesa dos direitos humanos. Irmã Dorothy recebeu diversas ameaças de morte, sem deixar-se intimidar. Pouco antes de ser assassinada declarou: "Não vou fugir e nem abandonar a luta desses agricultores que estão desprotegidos no meio da floresta. Eles têm o sagrado direito a uma vida melhor numa terra onde possam viver e produzir com dignidade sem devastar". A Irmã Dorothy Stang foi assassinada, com sete tiros, aos 73 anos de idade, no dia 12 de fevereiro de 2005, às sete horas e trinta minutos da manhã, numa estrada de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu (PA). Segundo uma testemunha, antes de receber os disparos que lhe tiraram a vida, ao lhe perguntarem se estava armada, Ir. Dorothy afirmou: "Eis a minha arma!" e mostrou a Bíblia Sagrada. Leu ainda alguns trechos das Sagradas Escrituras para aquele que logo em seguida lhe daria os tiros.

4 O ESPÍRITO SANTO ANIMA A IGREJA 1. Acolhida Continua de página 4. A. Jesus ressuscitado aparecendo aos Apóstolos os ajuda a lembrar do que disse e fez antes da morte de cruz, para que tenham fé e acreditem que Ele é Deus no meio da humanidade. T. Jesus Ressuscitado nos lembra o que fez quando estava no nosso meio. A. Jesus ressuscitado quando aparece aos Apóstolos doa a paz e o Espírito Santo. A paz esteja convosco são as palavras com que se apresenta e começa a conversa. Com o dom do Espírito Santo, Jesus conduz a Igreja. T. Jesus Ressuscitado nos dá a paz. A. Jesus ressuscitado doa aos Apóstolos o Espírito Santo. Doa a força necessária para sair e anunciar a Boa noticia do Reino de Deus. O Espírito Santo está presente a atuante na Igreja. T. Jesus Ressuscitado nos dá o Espírito Santo. A. O Espírito Santo habita na Igreja e nos corações dos que acreditam em Jesus. Com a força do Evangelho Jesus faz rejuvenescer a Igreja. T. Jesus Ressuscitado habita nos nossos corações. 17 2. Recordação da vida Cantos de n 5 à 10 nas páginas 39-40 Quais os acontecimentos mais importantes da história da nossa comunidade? Lembramos-nos dos momentos marcantes da história da nossa comunidade, da nossa Igreja. (Conversa em grupo)

3. Acolhida da Palavra de Deus Cantos de aclamação de n 11 à 16 nas páginas 40-41 Leitura de At 6,1-7 A. Vamos repetir no nosso coração: A Palavra do Senhor se espalhava e o número dos discípulos crescia. Momento de silêncio e oração pessoal. A. O que Deus quer nos dizer com esta Palavra? Conversa em grupo. At 6,1-7 18 4. Partilha da Palavra de Deus à luz do Concílio Vaticano II Cantos de n 17 à 23 na páginas 41-42 A. No dia de Pentecostes Jesus Ressuscitado doa o Espírito Santo para santificar continuamente a Igreja e assim oferecer aos homens e mulheres o acesso ao Pai. O Espírito Santo habita na Igreja e nos corações dos que acreditam em Jesus. Conduz a Igreja ao conhecimento da verdade, une os discípulos de Jesus na comunhão e os enriquece de dons espirituais. Com a força do Evangelho faz rejuvenescer a Igreja. (LG 4-adaptação) A. O que significa isto? -> A Igreja caminha rumo a Deus Trindade guiada pela força do Espírito Santo. -> A Igreja é santa pela ação do Espírito Santo que Jesus doa no dia de Pentecostes. A santidade da Igreja não se baseia nas pessoas que às vezes podem decepcionar, mas no cuidado com que Deus a acompanha a cada momento com o Espírito Santo. -> Na Igreja habita o Espírito Santo, assim como mora naqueles que acreditam em Jesus. Nós podemos dizer creio a Igreja, uma, santa... porque acreditamos que nela o Espírito Santo trabalha, apesar das decepções dos homens que podem nos incomodar. -> A Igreja, na medida em que se deixa conduzir pelo Espírito Santo rejuvenesce, conhece a verdade e se torna instrumento de união dos discípulos com Jesus e entre eles. 5. Compromisso missionário Encontrar as formas para aproximar um/a jovem adolescente que recebeu a Crisma e conversar com ele ou ela a respeito das necessidades da Comunidade.

6. A Palavra de Deus se faz oração Oração de padre Josef Kentenich Espírito Santo, sois a alma da minha alma. Eu vos adoro humildemente. Iluminai-me, fortalecei-me, conduzi-me, consolaime. Revelai-me os Vossos desejos se isso fizer parte do plano do Eterno Deus Pai. Fazei com que eu reconheça o que o Amor Eterno deseja de mim. Fazei com que eu reconheça o que devo fazer. Fazei com que eu reconheça o que devo sofrer. Fazei com que eu reconheça o que devo aceitar, carregar, suportar. Sim, Espírito Santo, fazei que a Vossa vontade seja a minha e fazei que eu reconheça a vontade do Pai. Porque a minha vida não é mais do que um continuo 'sim' à vontade do Eterno Pai. Amem. Intenções livres A. Como o próprio Jesus nos ensinou, rezemos implorando a vinda do Reino de Deus e digamos: Pai Nosso... (Pode ser cantado) 7. O testemunho de Santos Dias da Silva Martirizado em São Paulo aos 30 de outubro de 1979. Eu dentro da minha concepção do porquê viver, acho que a gente vive para transformar alguma coisa; quer dizer, ter uma ação no processo de transformação da vida. Santo Dias lutou como metalúrgico, lutou no Sindicato, nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), na Pastoral Operária: Lutou contra o aumento do custo de vida, pelos desempregados e por todas as melhorias dentro de uma fábrica. Foi perseguido. Também lutava para que não houvesse povo na rua. Vejo o Santo em cada companheiro, que não deseja ver uma pessoa na rua, mas quer que seja um povo reconhecido como cidadão (trecho de entrevista de Ana Dias, ao Jornal o Trecheiro, da Rede Rua de Comunicação, nov/dez de 2012, N. 212, Ano XXI). Santo Dias teve conquistas e vitórias, mas uma de suas lutas teve o custo de sua vida (Ana Dias, viúva de Santo Dias). Santo Dias tombou, atingido por um tiro, disparado por um policial, na porta da fábrica Silvania, região de Santo Amaro, em 30 de outubro de 1979, durante manifestação. Ao cair, centenas de milhares de operários, se ergueram, carregaram seu corpo e tomaram a praça da Sé em uma grande celebração. Consequente a todo movimento operário, nasceu a Central Única dos Trabalhadores, uma bandeira defendida por Santo Dias. 19

A IGREJA É O CORPO DE JESUS HOJE 5 20 1. Acolhida Continua de página 4. A. Acolhendo Jesus Ressuscitado na nossa vida e na nossa casa nos comprometemos em guardar a Palavra dele no nosso coração como Maria a mãe de Jesus. T. Queremos guardar a Palavra de Jesus no nosso coração. A. Acolhendo Jesus Ressuscitado juntamos forças com todos os que acreditam nele e formamos a Igreja acreditando que é conduzida pelo Espírito Santo por caminhos que nem sempre entendemos. T. Queremos juntar forças na Igreja. A. Acolhendo Jesus Ressuscitado nos comprometemos em trabalhar na Igreja de Jesus. Com a força do Espírito Santo testemunhamos com a nossa vida as maravilhas que Deus continua fazendo. T. Queremos nos comprometer na Igreja. A. Acolhendo Jesus Ressuscitado olhamos para as pessoas que nele creem como irmãos e irmãs diante do único Pai que é Deus. Durante a nossa vida seguimos as pegadas de Jesus. T. Queremos seguir as pegadas de Jesus na Igreja. 2. Recordação da vida Cantos de n 5 à 10 nas páginas 39-40 Quais as pessoas que deixaram um marco na sua comunidade e na sua Igreja? Lembramos-nos das pessoas que trabalharam e doaram a vida pela comunidade. (Conversa em grupo)

3. Acolhida da Palavra de Deus At 8,5-8.14-17 Cantos de aclamação de n 11 à 16 nas páginas 40-41 Leitura de At 8,5-8.14-17 A. Vamos repetir no nosso coração: E a cidade se encheu de alegria. Momento de silêncio e oração pessoal. A. O que Deus quer nos dizer com esta Palavra? Conversa em grupo. 4. Partilha da Palavra de Deus à luz do Concílio Vaticano II Cantos de n 17 à 23 nas páginas 41-42 A. A Igreja é unida a Jesus como o corpo à cabeça. Através dos Sacramentos a vida de Jesus difunde-se nos que creem: o Batismo nos incorpora a Jesus e a Eucaristia realiza a comunhão com Ele. Assim como os membros do corpo humano, apesar de serem muitos, formam um único corpo, assim também os fiéis em Cristo. O Espírito de Jesus Ressuscitado alimenta a Igreja e a ajuda no seu caminho nesta terra. Muitas são as funções na Igreja, mas único é o Espírito que distribui os seus vários dons conforme necessidades da Igreja. Jesus é a cabeça do corpo que é a Igreja. Ele ama a Igreja como sua esposa, tornando-se o modelo do marido que ama a esposa como o seu próprio corpo. A Igreja vive e cresce se está sujeita a Jesus. Durante a vida seguimos as pegadas de Jesus. (LG 7-adaptação) A. O que significa isto? -> A Igreja é com Jesus como os membros do corpo com a cabeça. Assim como sem cabeça o corpo não presta para nada, a Igreja sem Jesus não presta para nada. -> O Espírito de Jesus ressuscitado alimenta a Igreja e lhe dá as forças necessárias para cumprir sua missão. O Espírito Santo toca o coração e suscita pessoas para trabalharem na Igreja. -> Jesus ama a Igreja como um esposo fiel ama sua esposa. A Igreja vive e cresce se permanece fiel a Jesus e segue as pegadas dele. -> Com o Batismo nos tornamos membros deste corpo cuja cabeça é Jesus. O que faz a Igreja não são as estruturas, mas todos os membros do povo de Deus. 21

5. Compromisso missionário Visitar uma família recém-chegada na minha cidade para apresentar-lhe a comunidade e convidá-la para participar. 6. A Palavra de Deus se faz oração Oração de Santo Agostinho Sopra sobre mim, Espírito Santo, para que eu pense em santidade. Empurra-me, Espírito Santo, para que eu aja em santidade. Seduz-me, Espírito Santo, para que eu ame a santidade. Fortalece-me, Espírito Santo, para que eu guarde a santidade. Guarda-me, Espírito Santo, para que eu nunca perca a santidade Amem. Intenções livres A. Como o próprio Jesus nos ensinou, rezemos implorando a vinda do Reino de Deus e digamos: Pai Nosso... (Pode ser cantado) 22 7. O testemunho de Pe João Bosco Burnier Martirizado aos 11 de outubro de 1976. Padre João Bosco Penido Burnier Jesuíta, missionário, martirizado em Ribeirão Cascalheira (MT) aos 11-12 de outubro de 1976. Temos que nos inculturar (no povo indígena) para poder transmitir o Evangelho e descobrir na vida dos índios os valores evangélicos... O essencial da vida cristã é que haja vida. Não é um 'resultado', também não é uma 'semente'. É a vida daquele povo concreto informado pelo Espírito do Evangelho... A encarnação já é a evangelização Ofereço minha vida pelo Cimi... Pelo povo do Brasil... Acabamos nossa tarefa. Contra esses abusos da autoridade e da falsa justiça, temos que opor nossos protestos e a nossa ação pública; mesmo com o risco de ficarnos expostos a represálias e à incompreensão das autoridades.

VIA LUCIS Inspirada no texto que se encontra em: http://www.paroquias.org/capela Continuamos a nossa caminhada de fé com Jesus ressuscitado fazendo memória e lembrando o que aconteceu. Jesus tinha sido crucificado e tinha morrido. Os apóstolos eram perseguidos e procuravam não se fazer notar, pelo medo que tinham do que lhes poderiam fazer. Teria tudo acabado? Não. Naquela noite de Sábado Santo para Domingo de Páscoa, algo aconteceu, algo de extraordinário. Algo que iria mudar todo o curso da humanidade. Jesus ressuscitou. A morte derrotada, deu um lugar eterno à Vida, por vitória de Jesus. Agora Jesus nos convida a lembrar o que disse e fez quando estava no nosso meio. Nos convida a trilhar o seu caminho da glória assim como antes da Páscoa trilhávamos o caminho da cruz, a via Sacra. 23 Oração inicial A. - Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amem. A. - Senhor Jesus, com a Tua Ressurreição triunfaste sobre a morte e vives para sempre, comunicando-nos a vida, a alegria, a esperança firme. Tu que fortaleceste a fé dos apóstolos, das mulheres e dos Teus discípulos ensinando-os a amar com obras, fortalece também o nosso espírito vacilante, para que nos entreguemos por completo a Ti. Queremos partilhar contigo, com tua Mãe Santíssima e com os teus amigos a alegria da Tua Ressurreição gloriosa. Tu que nos abriste o caminho para o Pai, faz com que, iluminados pelo Espírito Santo, gozemos um dia, da glória eterna. Amem.

24 Primeira Estação: A Ressurreição A. Nós Vos adoramos, ó Jesus Ressuscitado. T. Porque nos deste uma Vida nova. Depois do sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver a sepultura de Jesus. De repente houve um grande tremor de terra: o anjo do Senhor desceu do céu e, aproximando-se, retirou a pedra, e sentou-se nela. Sua aparência era como a de um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve. Os guardas tremeram de medo diante do anjo, e ficaram como mortos. Então o anjo disse às mulheres: Não tenham medo. Eu sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui. Ressuscitou, como havia dito! Venham ver o lugar onde ele estava. E vão depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos, e que vai à frente de vocês para a Galiléia. Lá vocês o verão. É o que tenho a lhes dizer. As mulheres saíram depressa do túmulo; estavam com medo, mas correram com muita alegria para dar a notícia aos discípulos. (Mt 28, 1-8) Meditação Jesus venceu a morte. O pior inimigo do ser humano foi vencido e a Vida triunfou sobre a morte. A partir deste momento, em que Jesus ressuscitou, já ninguém poderá parar Deus. O Seu plano de Salvação que vinha desde o início do mundo, atingiu a sua plenitude com a Ressurreição do Seu Filho. Por Ele fomos salvos e o caminho, que tem por guia Jesus, foi aberto para a descoberta do Amor de Deus que nos salva daquilo que nos rodeia, daqueles que nos impedem de crescer, curando-nos. Tal como Maria Madalena, façamos desenvolver em nós o desejo de correr, indo ter com todos e contar-lhes que Jesus está Vivo! A. Senhor, venceste a escuridão da morte e do pecado. T. Nós testemunhamos uma nova luz. A. Enterrada a tristeza, nascida a felicidade. T. Nós testemunhamos uma nova luz. A. Jesus, deste início à festa da Vida. T. Nós testemunhamos uma nova luz. Pai Nosso...

Segunda Estação: O sepulcro vazio A. Nós Vos adoramos, ó Jesus Ressuscitado. T. Porque nos deste uma Vida nova. Então Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos. Mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu os panos de linho no chão, mas não entrou. Então Pedro, que vinha correndo atrás, chegou também e entrou no túmulo. Viu os panos de linho estendidos no chão e o sudário que tinha sido usado para cobrir a cabeça de Jesus. Mas o sudário não estava com os panos de linho no chão; estava enrolado num lugar à parte. Então o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também. Ele viu e acreditou. (Jo 20, 3-8) Meditação O Sepulcro está mesmo vazio. A porta está aberta. Muitas vezes somos confrontados com dúvidas acerca deste mistério, mas a realidade é simplesmente esta: o túmulo está vazio. Ora, Jesus ao deixar o sepulcro aberto foi como que a deixar uma mensagem que rompe o nosso maior medo, a morte. Ao abrir a porta da Vida, Jesus nos convida a entrar e a crer que Ele venceu a morte. Pedro e João viram e creram, mas felizes aqueles que acreditam sem terem visto. Embora, não tenhamos visto Jesus, vimos a porta aberta e os sinais desta porta em cada dia da nossa vida. Ele está vivo e por isso, Ele age hoje, na vida de cada um de nós. Que o Senhor nos ajude a descobrir este mistério da Sua Ressurreição como um mistério que abre a porta do nosso coração vazio e nos encha com o Seu Amor. A. Senhor, iniciaste um novo caminho com os homens. T. A Tua luz aponta um novo caminho. A. Senhor, apesar da miséria, do ódio, do egoísmo. T. A Tua luz aponta um novo caminho. A. Não podemos mais enterrar os nossos talentos. T. A Tua luz aponta um novo caminho. Pai Nosso... 25

26 Terceira Estação: Maria Madalena encontra Jesus A. Nós Vos adoramos, ó Jesus Ressuscitado. T. Porque nos deste uma Vida nova. Maria tinha ficado fora, chorando junto ao túmulo. Enquanto ainda chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. Viu então dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus tinha sido colocado, um na cabeceira e outro nos pés. Então os anjos perguntaram: Mulher, por que você está chorando? Ela respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o colocaram. Depois de dizer isso, Maria virou-se e viu Jesus de pé; mas não sabia que era Jesus. E Jesus perguntou: Mulher, por que você está chorando? Quem é que você está procurando? Maria pensou que fosse o jardineiro, e disse: Se foi o senhor que levou Jesus, diga-me onde o colocou, e eu irei buscá-lo. 16 Então Jesus disse: Maria. Ela virou-se e exclamou em hebraico: Rabuni! (que quer dizer: Mestre). Jesus disse: Não me segure, porque ainda não voltei para o Pai. Mas vá dizer aos meus irmãos: Subo para junto do meu Pai, que é Pai de vocês, do meu Deus, que é o Deus de vocês. Então Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: Eu vi o Senhor. E contou o que Jesus tinha dito. (Jo 20,11-18) Meditação Tal como Maria Madalena, também o Senhor nos conhece pelo nosso nome, e isso é um reflexo do amor pessoal que tem por cada um de nós. No entanto, assim como Madalena, muitas vezes ficamos tristes, perdidos, com a nossa fé abalada por causa dos nossos medos, e corremos o risco de pensar que Jesus não está perto de nós. Temos receio de esquecê-lo nos melhores, como nos piores momentos. Mas, Maria Madalena voltou-se para trás e viu Jesus de pé. Ele está sempre de pé, perto de nós, a olhar por nós, a ajudar-nos no nosso caminho de Salvação. Ele é o nosso Mestre e Senhor. Ensinai-nos, Senhor, a viver esta realidade da nossa vida em todos os segundos. A. Senhor, às vezes nos afastamo-nos de Ti. T. Chamaste-nos pelo nosso nome, Senhor. A. Às vezes faltamos ao Teu encontro. T. Chamaste-nos pelo nosso nome, Senhor. A. Senhor, escolheste cada um de nós para amigo. T. Chamaste-nos pelo nosso nome, Senhor. Pai Nosso...

Quarta Estação: No caminho de Emaús A. Nós Vos adoramos, ó Jesus Ressuscitado. T. Porque nos deste uma Vida nova. Nesse mesmo dia, dois discípulos iam para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. Conversavam a respeito de tudo o que tinha acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou, e começou a caminhar com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o reconheceram. Então Jesus perguntou: O que é que vocês andam conversando pelo caminho? Eles pararam, com o rosto triste. Um deles, chamado Cléofas, disse: Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que aí aconteceu nesses últimos dias? Jesus perguntou: O que foi? Os discípulos responderam: O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em ação e palavras, diante de Deus e de todo o povo. Nossos chefes dos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte, e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele o libertador de Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que tudo isso aconteceu! É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo, e não encontraram o corpo de Jesus. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos, e estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo, e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas ninguém viu Jesus. Então Jesus disse a eles: Como vocês custam para entender, e como demoram para acreditar em tudo o que os profetas falaram! Será que o Messias não devia sofrer tudo isso, para entrar na sua glória? Então, começando por Moisés e continuando por todos os Profetas, Jesus explicava para os discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. (Lc 24,13-27) Meditação Jesus toma a iniciativa de se aproximar, como faz sempre conosco. Vendo duas pessoas desiludidas com a Sua morte, decide dar-lhes o presente discreto da sua presença. Ao longo do caminho vai ajudando a compreender o que de fato se tinha passado, através de Escrituras que eles conheciam. Conosco se passa o mesmo. Não importa o ponto onde estamos na nossa caminhada na fé. Qualquer que ele seja, é aí que Jesus vai ter conosco e é daí que Ele parte conosco, levando-nos a caminhar para o entendimento do Seu mistério. Hoje, estamos tantas vezes atarefados com a falta de esperança que pensamos que Jesus não está ao nosso lado. No entanto, a Sua presença é discreta mas real, e a cada momento Ele está, não só perto de nós, como também deseja muito caminhar conosco. Com essa presença procura explicar-nos qual é o sentido da Vida. Será que queremos caminhar com Ele? A. Senhor, há quem não acredita na Tua luz. T. Sabemos, Senhor, que caminhas ao nosso lado. A. Senhor, consolai aqueles que não têm Paz. T. Sabemos, Senhor, que caminhas ao nosso lado. A. Senhor, dai força aqueles que não têm paz. T. Sabemos, Senhor, que caminhas ao nosso lado. Pai Nosso... 27

28 Quinta Estação: A Refeição de Emaús A. Nós Vos adoramos, ó Jesus Ressuscitado. T. Porque nos deste uma Vida nova. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando. Então Jesus entrou para ficar com eles. Sentou-se à mesa com os dois, tomou o pão e abençoou, depois o partiu e deu a eles. Nisso os olhos dos discípulos se abriram, e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro: Não estava o nosso coração ardendo quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras? Na mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém, onde encontraram os Onze, reunidos com os outros. E estes confirmaram: Realmente, o Senhor ressuscitou, e apareceu a Simão! Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus quando ele partiu o pão. (Lc 24,28-35) Meditação Por vezes nos acontece o mesmo. Estamos tão atarefados e sem tempo que Jesus fala conosco dizendo-nos muito através de sinais, e a nós tudo passa. Depois, mais tarde, perguntamo-nos, mas... porque será que daquela vez aquilo aconteceu? Jesus está Vivo! Ora, este relato nos ensina a estarmos mais atentos, em cada momento, para que cada vez mais O possamos reconhecer em tudo na nossa vida. Ele também esquenta o nosso coração através da escuta da Palavra, tal como ardia o coração de cada um dos dois discípulos. Por fim, Ele que é Deus se fez Pão, tornando-se presença silenciosa e frágil. Obrigado Senhor por Te teres feito alimento para nós. Ensina-nos a reconhecer-te e a escutar, com o coração ardente, a Tua Palavra. A. Senhor, obrigado por te teres feito alimento para nós. T. Tu és o Pão da Vida. A. Senhor, obrigado por teres dado a Tua vida por nós. T. Tu és o Pão da Vida. A. Senhor, obrigado pelo mistério da Eucaristia. T. Tu és o Pão da Vida. Pai Nosso...

Sexta Estação: No Cenáculo A. Nós Vos adoramos, ó Jesus Ressuscitado. T. Porque nos deste uma Vida nova. Ainda estavam falando, quando Jesus apareceu no meio deles, e disse: A paz esteja com vocês. Espantados e cheios de medo, pensavam estar vendo um espírito. Então Jesus disse: Por que vocês estão perturbados, e por que o coração de vocês está cheio de dúvidas? Vejam minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo. Toquemme e vejam: um espírito não tem carne e ossos, como vocês podem ver que eu tenho. E dizendo isso, Jesus mostrou as mãos e os pés. E como eles ainda não estivessem acreditando, por causa da alegria e porque estavam espantados, Jesus disse: Vocês têm aqui alguma coisa para comer? Eles ofereceram a Jesus um pedaço de peixe grelhado. Jesus pegou o peixe, e o comeu diante deles. Jesus disse: São estas as palavras que eu lhes falei, quando ainda estava com vocês: é preciso que se cumpra tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então Jesus abriu a mente deles para entenderem as Escrituras. E continuou: Assim está escrito: O Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos no terceiro dia, e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. E vocês são testemunhas disso. (Lc 24,36-48) Meditação Jesus podia aparecer em carne e osso a qualquer um de nós. Ora, se tivéssemos Jesus em corpo humano presente perto de nós, como é que reagiríamos? Desmaiaríamos, saltávamos para Ele abraçando-o, nada fazíamos, o quê? Jesus certamente nos diria: - A Paz esteja contigo. - de modo que acalmássemos o nosso coração e nos deixássemos embeber pela sua presença. Jesus mostrou-lhes também as suas mãos e os seus pés, para que vissem que tudo era real e que não havia hipótese de ser um sonho. Hoje, Senhor, é também real que as Tuas mão são as nossas mãos, e os Teus pés os nossos pés, por isso cada um de nós pode tornar-se, pelo Espírito Santo, um Cristo no meio em que vivemos. Ensina-nos, Senhor, a ser Tuas mãos e Teus pés para os outros e a estar no mundo sem ser do mundo. A. Só Vós sois o caminho. T. Eu creio em Ti, Senhor. A. Só Vós sois a Verdade. T. Eu creio em Ti, Senhor. A. Só Vós sois a Vida. T. Eu creio em Ti, Senhor. Pai Nosso... 29