DEZ ANOS Esquema de adoração eucarística para o dia 20 de Agosto de 2011 Texto base: DIECI ANNI, in UCBS de 15 de Agosto de 1924 «Não temais, Eu estou convosco» Introdução «No dia de S. Bernardo, 20 de Agosto de 1914, era aberta a Casa. Em 20 de Agosto de 1924 cumprem se dez anos. Quanto trabalho da graça neste período! O desígnio do Pai Celeste encarnouse, confirmou se, difundiu se, servindo se das coisas que não existem. Celebraremos com reconhecimento profundo esta data ( )». Damos início a este tempo de oração servindo nos destas palavras do nosso querido Pai Fundador publicadas no Boletim União dos Cooperadores da Boa Imprensa, de 15 de Agosto de 1924, com as quais exortava os seus filhos, os primeiríssimos, os dos primeiros anos da Casa, a reconhecerem que tudo é obra de Deus se encontrar pessoas disponíveis para a Sua obra! Nós, Família Paulista espalhada pelo mundo, preparamo nos para celebrar o Centenário desse início, e sobretudo para celebrar as grandes misericórdias de Deus, para recordar as nossas origens, para reconhecer que tudo nos vem de Deus, não só nos inícios, mas também hoje e amanhã! Desejamos recordar o nosso passado para invocar a graça que nos renova e nos relança para o futuro, com a mesma fé com que o P. Alberione o começou. Cântico para a Exposição Tempo de silêncio e adoração pessoal Da palavra de Deus (EF 2,4 10) «Deus, rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu nos a vida juntamente com Cristo, quando estávamos mortos por causa das nossas faltas. Fostes salvos pela graça! Na pessoa de Jesus Cristo, Deus ressuscitou nos e fez nos sentar no Céu. Assim, com a Sua bondade para connosco em Jesus Cristo, Ele quis mostrar para os tempos futuros a incomparável riqueza da Sua graça. De facto, fostes salvos pela graça, por meio da fé; e isto não vem de vós, mas é dom de Deus. Isto não vem das obras, para que ninguém se encha de orgulho. Porque foi Deus quem nos fez, e em Jesus Cristo fomos criados para as boas obras que Deus já havia preparado, a fim de nos ocupássemos com elas». «No dia de S. Bernardo, 20 de Agosto de 1914, era aberta a Casa. Em 20 de Agosto de 1924 cumprem se dez anos.
Quanto trabalho da graça neste período! O desígnio do Pai Celeste encarnouse, confirmou se, difundiu se, servindo se das coisas que não existem. Celebraremos com reconhecimento profundo esta data. Todos os Cooperadores estejam unidos a nós nesse dia, na oração de acção de graças, e na expressão do amor mais vivo: o Senhor usou de grande misericórdia para com eles! Oh! Se nesse dia todos os Sacerdotes da secção dos Boletins, e amigos; todas as pessoas vivas inscritas nas Mil Missas; todos os Cooperadores de ofertas e de obras colocassem na Missa uma lembrança especial e fizessem a Comunhão a favor da Casa! Oh! Isto é possível! E recordaremos também, de modo especial, os Cooperadores defuntos, para que peçam e obtenham a multiplicação de graças! Tudo é trabalho da misericórdia de Deus. Os primeiros dois alunos multiplicaram se mais do que cem por cento; aumentou também o ramo das Filhas: surgiu o grupo das Pias Discípulas: ao redor de São Paulo estão reunidos com o coração, com o sacrifício e com a oração mais de dez mil Cooperadores: para fazer o bem e enriquecer se de méritos. A Casa tomou nome, forma e estrutura; a Santa Sé aprovou a sua existência e missão, e abriu lhe os tesouros das indulgências. A Divina Providência concedeu casa, recreio, horta, máquinas e vários ramos de apostolado. A ideia da boa imprensa conquista os corações, e Deus domina soberano com o Seu espírito, apesar das infinitas ingratidões, rebeliões e faltas humanas. Que sentimentos habitam o P. Alberione ao recordar os primeiros anos da Casa? Que sentimentos tenho ao recordar o Centenário da Família Paulista? Cântico (que exprima a confiança em Deus, na Sua graça). São Bernardo abriu a porta e faz de sentinela. Foi mesmo sob o olhar do santo Abade de Claraval, mente e o coração do século XII, que Deus fazia nascer os Religiosos da Boa Imprensa. E Deus quis nos bem. São Bernardo é o Doutor da Vida Religiosa: e os operários da Boa Imprensa devem em primeiro lugar ser ricos de espírito religioso; São Bernardo é o Santo, o citarista, o Doutor da Virgem SS.ma, e Maria é a Mãe desta Casa; São Bernardo é coluna da Igreja, Pai e Doutor, e a Boa Imprensa é o ministério ordinário da Igreja, e populariza a Revelação que os Padres testemunharam e os Doutores ensinaram, é a defesa da Igreja, e a voz da
propaganda. São Bernardo impregnou, do espírito de Jesus Cristo, toda a vida do século, e esta é a missão da Boa Imprensa: impregnar do Santo Evangelho o homem todo. Estamos reconhecidos a Deus por tanta protecção, como que previsão dos dias e dos acontecimentos futuros. São Bernardo acolheu os primeiros passos no ministério sacerdotal do nosso Sr. Teólogo, que precisamente na paróquia de São Bernardo começou a fazer o bem e a procurar vocações. O Pai Celeste segura a Família nos Seus braços amorosos. O titular, o patrono, o protector da Pia Sociedade de São Paulo é São Paulo Apóstolo, que mais perfeitamente viveu o espírito e a vida do Divino Mestre, e melhor levou o Evangelho às almas e às nações. Maria, Rainha dos Apóstolos, é a mãe, a protectora; Ela formou o Salvador: a Ela são dedicados os Noviços, chamados Servos de Maria. O culto principal é prestado ao Divino Mestre: Ele é o caminho, a verdade e a vida. Também os sacerdotes da Casa são chamados, em Sua honra, mestres. A Ele fazemos a adoração perpétua, a Ele são dedicados os postulantes, os chamados Discípulos do Divino Mestre, e as Pias Discípulas. O Espírito Santo é invocado todos os dias. As outras devoções principais são: a São José, ao Anjo da Guarda, às almas do Purgatório. Porque é que o P. Alberione quis dar início à Casa precisamente no dia de São Bernardo? Que significado tem para nós, hoje, Família Paulista, a figura de S. Bernardo? Que lugar ocupam as outras devoções, de que fala o P. Alberione, na nossa vida espiritual? Oração e cântico adequado Os homens não contam; os homens nada teriam feito. A Casa provém da vontade de Deus; de resto não teria sentido, seria uma loucura, não existiria. Fala se de admiração: mais admirável é o que não se vê: as vocações e o sacrifício escondido dos Cooperadores. Mas isto não o fizeram os homens: fê lo Deus no Seu amor: e a vontade de Deus guia e rege: e tudo se faz só por Deus. Excluindo a vontade de Deus, mesmo humanamente, exclui se toda a fecundidade da vida: só haveria a aridez em tudo. Ninguém deve por isso contar com os homens e com patrimónios: o património é infinito: Deus.
O fim primário da Sociedade é por isso tornar santos os seus membros: agradar a Deus, agradar Lhe em tudo, odiar o pecado, servi Lo bem, procurar sobretudo a Sua vontade, a Sua glória, o Seu beneplácito. É isto o que se prega. O principal livro de formação são os Exercícios de Santo Inácio. O trabalho principal que ainda se faz na Casa é a selecção e o cuidado com as vocações: a Boa Imprensa precisa hoje de pessoas, de vocações, mais do que de outra coisa. Nisto é que estão concentrados os cuidados mais delicados e assíduos do Sr. Teólogo. Depois segue se o apostolado: a Boa Imprensa; não uma imprensa qualquer: mas a imprensa que é Evangelho, que é Revelação, que é comentário do Evangelho, divulgação da divina Revelação. Todos, mesmo os aspirantes, devem ser apóstolos desde o princípio naquilo que podem: o apostolado é, em Casa, parte necessária da formação. São conhecidas as principais manifestações de hoje. No apostolado da Boa Imprensa, a Pia Sociedade de São Paulo trabalha junto dos Pároco e dos Bispos, nas Dioceses e nas Paróquias, como também nas Missões, para os ajudar a realizar aquele bem que hoje é necessário realizar com a Boa Imprensa. Escrevemos tudo isto, para que os amigos saibam melhor o que devem dizer ao Senhor naquele dia: no dia do Juízo serão consolados. Que quero eu dizer hoje a Deus, que me chamou a fazer parte das admirável Família Paulista? Rezemos com o P. Alberione PACTO ou SEGREDO DE ÊXITO Esta oração, proposta aos jovens pelo Fundador nos começos do ano 1919, e escrita nesse mesmo ano, explicitava o contrato redigido em forma de letra de câmbio pelo próprio P. Alberione e pelo neo sacerdote Timóteo Giaccardo, tendo por contraente a SS.ma Trindade, para obter os recursos necessários para o desenvolvimento da Obra. Transcrevemos aqui o texto da forma primitiva publicado na primeira edição das Orações paulistas (1922). Cfr. G. Alberione, Preghiere, Orações compostas pelo Fundador da Família Paulista, Opera Omnia, Roma 2007, pp. 58 60). Senhor Jesus, aceitai o pacto que Vos apresentamos pelas mãos de São Paulo e de Maria Rainha dos Apóstolos.
Nós devemos adquirir um grau muito elevado de perfeição, maior do que é alcançado pelos Religiosos de vida contemplativa: e no entanto as nossas práticas de piedade serão menos numerosas; nós deveremos possuir uma ciência mais vasta do que a que é pedida para qualquer outra profissão: e no entanto as horas do nosso estudo serão menos numerosas; nós devemos progredir no trabalho da imprensa mais do que qualquer outro tipógrafo: e no entanto trabalhamos menos que os outros e com mestres imperfeitos; nós deveremos estar materialmente, no tocante a alimentação, vestuário etc. bem fornecidos: e no entanto os nossos recursos são quase nulos. Por isso, persuadidos de que Vós exigis de nós tudo isto, fazemos um pacto convosco, que brota da confiança que temos nestas Vossas palavras: Tudo o que pedirdes em Meu nome, obtê lo eis. De nossa parte prometemos e obrigamo nos: a fazer o que estiver ao nosso alcance no estudo, trabalho, oração, e praticar a pobreza: a fazer tudo e só para a Vossa glória; a trabalhar um dia para a obra da Boa Imprensa. Pedimo Vos que nos concedais a ciência de que precisamos, a santidade que exigis de nós, a habilidade no trabalho que nos é necessária, tudo o que for útil para as nossas precisões naturais, deste modo: fazei que aprendamos quatro por um, dando nos em santidade dez por um, habilidade no trabalho cinco por um, bens materiais seis por um. Certíssimos de que Vós aceitais o pacto, mesmo tendo em conta a experiência de vários anos, pedimo Vos perdão pela nossa pouca fé e pelas nossas infidelidades, e Vos pedimos que nos abençoeis e nos torneis fiéis e constantes até à morte. Oração e Bênção Eucarística Cântico final em louvor de Nossa Senhora