OTIMIZAÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE UMA PLACA SOLAR FOTOVOLTAICA RESUMO

Documentos relacionados
OTIMIZAÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE UMA PLACA SOLAR FOTOVOLTAICA 1

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE ILUMINAÇÃO LED PARA APLICAÇÃO EM ILUMINAÇÃO PÚBLICA

ESTUDO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA NA PARTIDA DE LÂMPADAS. Gabryelle Trancozo 1 ; Saimon Miranda 2

INSTALAÇÃO DE PAINÉIS FOTOVOLTAICOS NO IFC CAMPUS LUZERNA PARA PESQUISAS EM ENERGIAS RENOVÁVEIS

Original Paper Ajuste da orientação de placas solares com técnicas de modelagem e sua influência na eficiência energética

Energia. Fontes e formas de energia

Sumário. Módulo Inicial. Das Fontes de Energia ao Utilizador 25/02/2015

7.2 Até 2030, aumentar substancialmente a participação de

A Energia solar. Fontes alternativas de energia - aproveitamento da energia solar 1

ESTUDO DA FÍSICA DO EFEITO ESTUFA ATRAVÉS DE EXPERIMENTOS DE BAIXO CUSTO

Iluminação Profissional

MEDIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE UM PAINEL SOLAR FOTOVOLTAICO

M.Sc. Jose Eduardo Ruiz Rosero 1. ENG1116 Tópicos especiais Energia solar

Recursos Energéticos e Meio Ambiente (REMA) Engenharia Ambiental 1º semestre/2017

CREA-PR SEMINÁRIO GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

RASTREADOR SOLAR AUTÔNOMO

DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE ILUMINAÇÃO LED PARA APLICAÇÃO EM ILUMINAÇÃO PÚBLICA

PROJETO: TREINAMENTO EM APROVEITAMENTO DE ENERGIA SOLAR. Uma proposta para 2016

ENEM 2002 QUESTÕES DE FÍSICA

TÍTULO: ESTUDO SOBRE O IMPACTO NO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DEVIDO A ASCENSÃO DAS CLASSES SOCIAIS

ANÁLISE DOS CUSTOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À REDE ELÉTRICA DE ENERGIA NO ESTADO DO PARANÁ

22ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA CATEGORIA 3 EM VEÍCULOS METROFERROVIÁRIOS A PARTIR DA ENERGIA SOLAR

sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica

Sergio B. Silva 1, Paulla H. F. Vasconcelos 2

RESOLUÇÃO COMECE DO BÁSICO - FÍSICA

5.º Teste de Física e Química A 10.º A Abril minutos /

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

EVOLUÇÃO DO CONSUMO ESPECÍFICO DE ENERGIA NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA NOS ESTADOS DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

TRANSFORMAÇÃO DO CALOR EM ENERGIA ELÉTRICA

Tema. Comércio de emissões Objetivo: Compreender estrutura e requisitos do mercado de emissões.

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Energia & Sustentabilidade

ANÁLISE, SIMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE UM CONTROLADOR MPPT APLICADO A UM SISTEMA FOTOVOLTAICO

TUBO À VÁCUO COM RADIAÇÃO CONCENTRADA

EXPERIMENTOS RECREATIVOS QUE AUXILIAM NO APRENDIZADO DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

GABINETE VEREADOR ALIPIO RODRIGUES EXIMO. SENHOR PRESIDENTE DA CAIVIARA MUNICIPAL DE FORTALEZA:

TÍTULO: QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA PARA ILUMINAÇÃO EFICIENTE E ENERGIA FOTOVOLTAICA

Energia cinética e energia potencial

AULAS E ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO/ORGANIZAÇÃO DO ENSINO ATIVIDADES DE APOIO AO ENSINO

PAINÉIS FOTOVOLTAICOS: UMA REVISÃO DE MODELOS EQUIVALENTES PARA REPRESENTAÇÃO DA CARACTERÍSTICA DE CORRENTE E TENSÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO - UNESP ILHA SOLTEIRA ENGENHARIA ELÉTRICA. Celso Berton Sanches

PEA 3420 : Produção de Energia. SISTEMAS HÍBRIDOS (Solar Eólico)

PEA 3496 Energia e Meio Ambiente: Sistemas Energéticos e seus Efeitos Ambientais. Prof. Marco Saidel

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL

ESTUDOS EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NAS RESIDÊNCIAS 1 STUDIES IN ENERGY EFFICIENCY IN RESIDENCIES

COMPARAÇÃO DO GASTO ENÉRGICO EM (kwh) DO AR CONDICIONADO COM O POTENCIAL DE ECONOMIA DO BRISE SOLEIL RESUMO

Implantação de sistema fotovoltaico

DESENVOLVIMENTO DE UM PAINEL LED UTILIZANDO FITAS LED-RGB

Máquinas Térmica Introdução. Jurandir Itizo Yanagihara

PEA 2200/3100 ENERGIA, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE. 2ª Prova

Recursos Energéticos e Ambiente. Aula 4. Organização da Aula. Energia Solar. Contextualização Parte 1. Instrumentalização. 1.

Apresentação. Realizamos manutenções preventivas e corretivas de equipamentos e painéis.

UTILIZAÇÃO DE CONCEITOS DE CÁLCULO PARA VERIFICAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE UMA PLACA SOLAR

CONSTRUÇÃO E ANÁLISE DE DESEMPENHO DE UM COLETOR SOLAR DE BAIXO CUSTO PARA AQUECIMENTO DE ÁGUA

AULAS E ATIVIDADES DE MANUTENÇÃO/ORGANIZAÇÃO DO ENSINO ATIVIDADES DE APOIO AO ENSINO ATIVIDADES DE PESQUISA

VBRMo4. O melhor do aço para fazer sua produção valer ouro

Geração Fotovoltaica. Pedro A. B. G. Mol

XXIV SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. 22 a 25 de outubro de 2017 Curitiba - PR

ESTUDO DA POROSIDADE EM AÇO INOXIDÁVEL DÚPLEX OBTIDO POR MOAGEM DE ALTA ENERGIA

PROTEÇÃO CONTRA SURTOS SISTEMAS FOTOVOLTAICO

EDITAL DE TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA MEDIÇÕES TÉRMICAS Edição

V.A. ENGENHARIA SUSTENTABILIDADE

PEA 2200 ENERGIA, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Simulação do Espectro Contínuo emitido por um Corpo Negro 1ª PARTE

APLICAÇÕES DE ENERGIA FOTOVOLTAICA PARTE I

ENERGIA EÓLICA: perspectivas e análises.

V.A. ENGENHARIA SUSTENTABILIDADE

Tânia tempo (minutos)

EFICIÊNCIA E QUALIDADE ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES PÚBLICAS ESTUDO DE CASO NAS INSTALAÇÕES DO IFC CAMPUS LUZERNA

ENGENHARIA DE ENERGIA

Congresso de Inovação, Ciência e Tecnologia do IFSP

Leonardo Tocio Mantovani Seki (PIC/UEM), Prof. Rubens Zenko Sakiyama (Orientador),

ANÁLISE COMPUTACIONAL DA INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA AMBIENTE DA REGIÃO DO MACIÇO DE BATURITÉ NO DESEMPENHO DE PAINÉIS FOTOVOLTAICOS

Capítulo 5. Otimização e Caracterização Física dos Componentes do Sistema de Fachada

Gustavo Cordeiro Dos Santos 2, Patrícia Gomes Dallepiane 3.

CONVERSOR CC-CA NÃO ISOLADO COM ALTO GANHO DE TENSÃO PARA APLICAÇÃO EM SISTEMAS AUTÔNOMOS DE ENERGIA ELÉTRICA

ENERGIAS RENOVÁVEIS. Prof. Jean Galdino IFRN São Paulo do Potengi

Correção de Fator de Potência nas Redes de Distribuição

Fís. Monitor: João Carlos

Uma URV Sustentável e Ecologicamente correta. Recupera mais de 90% do COV. Reduz as emissões em mais de 99%. Gera sua própria energia.

EFICIÊNCIA DAS PLACAS FOTOVOLTAICAS RELACIONADO A LIMPEZA

COMO DIMENSIONAR BIODIGESTORES PARA GERAÇÃO DE. Projeto Metodologia de estimativa de reduções de GEE provenientes da biodigestão de resíduos animais

AS ENERGIAS RENOVÁVEIS

Proposta conceitual de um módulo fotovoltaico hibrido com resfriamento por serpentina de água (The Conceptual Proposal of a Hybrid Solar Photovoltaic

Geração de Energia Sistemas Fotovoltaicos

ANÁLISE DE ENERGIA ELÉTRICA INJETORAS

CIÊNCIAS 9 ANO PROF.ª GISELLE PALMEIRA PROF.ª MÁRCIA MACIEL ENSINO FUNDAMENTAL

TESTE PRÁTICO 2 : O SOL, UMA FONTE DE ENERGIA ÚNICA PARA O SISTEMA SOLAR

GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR ON GRID E OFF GRID 1 INTRODUÇÃO

Introdução 1.1. Motivação

A ENEGIA SOLAR E O COTIDIANO: UMA INTERVENÇÃO AMBIENTAL NA COMUNIDADE RURAL CONQUISTA DA LAGOA-AÇAILÂNDIA/MA

FCM 208 Física (Arquitetura)

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL CAMPUS RIO GRANDE INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA UniCEUB FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS FATECS PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA. Secador Solar de Frutos. por

Análise da radiação global em Natal-RN entre abril de 2011 a março de 2012 e sua influência na produção de energia elétrica

Medida da Carga Elétrica Elementar

CONTROLE DA TEMPERATURA DE SECAGEM ARTIFICIAL DE GRÃOS 1

PROMOÇÃO E REALIZAÇÃO. Influência da aplicação de vácuo em processos de dessalinização por destilação térmica

Transcrição:

OTIMIZAÇÃO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE UMA PLACA SOLAR FOTOVOLTAICA Natan Ogliari 1 ; Jaquiel Salvi Fernandes 2 RESUMO O Sol fornece anualmente para a atmosfera terrestre cerca de 1,5 x 10 18 kwh de energia, uma energia que se fosse armazenada poderia sustentar o mundo por vários e vários anos. Desta forma, é de suma importância o aprimoramento dos sistemas solares fotovoltaicos existentes, e também para que fique de fácil acesso para toda a população, visando, assim, um aproveitamento maior da energia solar. Diante disto, este trabalho visa a melhora na eficiência de placas solares fotovoltaicas existentes no mercado atualmente. Para tal, foi realizada uma comparação entre dois sistemas, um formado por placas fotovoltaicas acondicionadas em um recipiente sob vácuo e outro sistema onde estas mesmas placas fotovoltaicas ficarão acondicionadas no recipiente sem a utilização do vácuo. As medidas foram realizadas no decorrer de um ano, em uma ou duas vezes por semana, para cada sistema, sendo realizado dez aquisições de dados para uma melhor apresentação estatística dos resultados. Através de alguns testes de laboratório, ou seja, apenas com a luminosidade do Sol sobre a células fotovoltaicas, sem a incidência direta do Sol sobre as mesmas, verificamos que sob vácuo as células fornecem uma tensão de aproximadamente 2 % maior do que esta mesma célula sem a utilização de vácuo. No entanto, quando montamos o sistema para uma situação real, ou seja, o sistema ficou exposto diretamente à incidência do Sol, não tivemos o mesmo resultado, pois as células ficaram expostas aos raios solares, os quais transformaram o tubo de vácuo em uma estufa, aumentando a temperatura no interior do recipiente e diminuindo a eficiência das células solares. Através desta constatação, foi construído outro sistema para simular o comportamento da célula solar fotovoltaica com o aumento da temperatura, no qual foi constatado que quanto maior a temperatura da célula, menor e eficiência energética, ou seja, menor produção de energia elétrica, tornando, desta forma, inviável a sua utilização. Palavras-Chave: Sistema fotovoltaico no vácuo, Fotovoltaico, Avaliar a eficiência energética no vácuo, Energia Solar. INTRODUÇÃO O Sol fornece anualmente, para a atmosfera terrestre, cerca de 1,5 x 10 18 kwh de energia, uma energia que armazenada poderia sustentar o mundo por vários e vários anos, desta forma, é de suma importância o aprimoramento dos sistemas solares fotovoltaicos, e também para que fique de fácil acesso para toda a população, visando um aproveitamento maior da energia solar. 1 Aluno do Instituto Federal Catarinense Câmpus Videira. Curso técnico Integrado em Eletroeletrônica. E-mail: natanogliari@gmail.com 2 Professor Orientador do Instituto Federal Catarinense Câmpus Videira. jaquiel.fernandes@ifc-videira.edu.br

Nas situações atuais cada vez mais ouvimos falar em eficiência energética, foi com este proposito que este projeto de pesquisa visou melhorar a eficiência energética de uma célula solar fotovoltaica sem modificar as suas características construtivas, e também minimizar o custo para a população. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Neste trabalho realizamos uma comparação entre dois sistemas, um formado por placas fotovoltaicas acondicionadas em um recipiente sob vácuo e outro sistema onde estas mesmas placas fotovoltaicas ficaram acondicionadas no recipiente sem a utilização do vácuo. Na Figura 1 pode ser observada a montagem do sistema utilizado. As medidas foram realizadas no decorrer de um ano, em uma ou duas vezes por semana, para cada sistema. Inicialmente foram realizados alguns testes para verificar se as células estavam funcionando adequadamente, em seguida o sistema foi mondado no ambiente ideal. Neste sistema as coletas de dados aconteceram dentro do laboratório, sem incidência direta da luz solar sobre as células, desta forma evitando o aumento de temperatura das mesmas. Figura 1 Fotografia dos componentes do sistema utilizado. Concluindo essa etapa foram coletados alguns dados no ambiente real, ou seja, a célula solar foi colocada sob a incidência direta da luz solar, neste caso foram analisadas as quatro células solares em ambos os sistemas (com e sem vácuo). Após uma análise preliminar dos resultados julgamos necessário a

simulação do aumento de temperatura da célula para verificar a variação na produção de energia elétrica. Para tal, foi utilizada uma lâmpada de vapor de sódio, onde uma das células solares foi disposta diante da lâmpada. Para observar a variação da tensão gerada com o aumento de temperatura, a célula foi movimentada em direção à lâmpada, ocasionando, desta foram, o aumento progressivo da temperatura na célula. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os dados analisados provenientes do ambiente ideal (dentro do laboratório) mostraram que houve um aumento na eficiência da célula solar fotovoltaica, sob vácuo, de aproximadamente 2,0 %, quando comparado ao sistema sem a utilização de vácuo, como pode ser observado na Figura 2. Figura 2 Gráfico da tensão pela luminosidade incidente na célula fotovoltaica com e sem a utilização de vácuo no ambiente ideal. Este resultado mostrou que, apesar do pequeno aumento, sob vácuo a célula fotovoltaica responde com maior eficiência à transformação da energia solar em elétrica, sem a incidência direta da luz solar, ou seja, aumento da luminosidade sem aumentar a temperatura. No entanto o mesmo não ocorre no sistema real, pois só é possível aumentar a luminosidade aumentando a temperatura, isso devido a incidência dos raios solares na célula solar fotovoltaica.

Para as medidas realizadas no ambiente real os resultados não apresentaram alteração significativa, pelo contrário, a eficiência na transformação da luz solar em energia elétrica no sistema sob vácuo diminui. Para essa nova configuração, foram realizados alguns testes como pode ser observado nas Figuras 3 e 4, ondo foi analisado o comportamento da célula solar fotovoltaica quando exposta a variações de temperaturas. Analisando a Figura 3 podemos observar o funcionamento da célula solar fotovoltaica com o aumento da temperatura. Para entender melhor esse fenômeno vamos analisar a Figura 4, onde, para a mesma medida, plotamos um gráfico da resistência versus a luminosidade. Quando a luminosidade aumenta (consequentemente a temperatura) a resistência da célula fotovoltaica também aumenta, ocasionando uma diminuição na tensão gerada, no entanto a diminuição da tensão é muito pequena quando comparada ao aumento da luminosidade, ocasionando um aumento da tensão, mesmo com temperaturas mais elevadas. Figura 3 Gráfico da tensão pela temperatura incidente na célula fotovoltaica.

Figura 4 Gráfico da resistência pela luminosidade incidente na célula fotovoltaica. A Figura 5 monstra a célula solar fotovoltaica no sistema real. Quando analisamos os dados do sistema sem vácuo, observamos que a eficiência energética foi praticamente igual ao sistema sob vácuo, sendo que em apenas um ponto a eficiência da célula sob vácuo foi superior. Este resultado não está de acordo com o observado na Figura 2, onde o sistema sob vácuo foi sistematicamente superior ao sem vácuo. Isso se deve ao aumento na temperatura do sistema sob vácuo, pois a câmera de vácuo, com a incidência dos raios solares, comporta-se como se fosse uma estufa. Figura 5 Gráfico da tensão pela luminosidade incidente na célula fotovoltaica com e sem a utilização de vácuo no ambiente real.

CONCLUSÃO Este trabalho mostrou que se as células fotovoltaicas não sofressem interferência da temperatura, a transformação da energia solar em energia elétrica teria um acréscimo de 2 % ou mais se fossem colocadas em recipientes sob vácuo. No entanto tais recipientes, quando expostos ao Sol, funcionam como uma espécie de estufa, aumentando a temperatura interna, consequentemente a temperatura das células do seu interior. Como observamos, o aumento na temperatura diminui a eficiência energética das células, tornando inviável a sua utilização. REFERÊNCIAS GOETZBERGER, A.; HEBLING, C.; SCHOCK, H.-W. Photovoltaic materials, history, status and outlook. Materials Science and Engineering R, v. 40, p. 1-46, 2003. HONORATO, FERNANDA PELEGRINI PROENÇA. Tecnologia para Texturização Hemisférica Suave de Células Solares Fotovoltaicas Belo Horizonte: Escola de Engenharia, 2007. RÜTHER, R., Panorama atual da utilização de energia solar fotovoltaica e o trabalho do Labsolar nesta área. In: MONTENEGRO, A. D. A. Fontes não convencionais de energia: as tecnologias solar, eólica e de biomassa. 3. ed. 2000. p. 11-30.