Academia Nacional de Belas Artes

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Transcrição:

Preâmbulo Numa visão abrangente o Estado tem, entre outros, o dever de promover a valorização do património cultural, bibliográfico e arquivístico qualquer que seja o seu regime e a sua titularidade. Compete-lhe, no âmbito dos deveres culturais constitucionalmente consagrados, e em colaboração com todos os agentes, «promover a salvaguarda e a valorização do património cultural, tornando-o elemento vivificador da identidade cultural comum» bem como, «incentivar e assegurar o acesso de todos os cidadãos aos meios e instrumentos de acção cultural». É ainda dever do Estado preservar, defender e valorizar este património a que todos devem ter acesso. A Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, que estabelece as bases da política e do regime de protecção e valorização do património cultural, para além de determinar, entre outros, o conceito e âmbito do património arquivístico e bibliográfico, define regras no que respeita às categorias, critérios e formas de protecção, criando uma maior consciência da importância deste património garantindo e promovendo o acesso à documentação detida por entidades públicas e, consequentemente, facilitando a difusão e fruição deste valioso património. Acresce que, com a evolução da tecnologia, no âmbito do património arquivístico e bibliográfico importa criar condições para facilitar o seu tratamento, utilização, salvaguarda e difusão alargada deste património através da disponibilização online, com as devidas salvaguardas e tratamento dos acervos. Só através do conhecimento da nossa identidade cultural, acompanhado pela evolução da informação e através da adopção das novas tecnologias da informação e do conhecimento, é que se poderá proteger, preservar, salvaguardar e divulgar com qualidade o nosso património, para que todos possam usufruir da nossa memória histórica e transmitirmos às gerações vindouras a nossa herança colectiva. 2015 1

Capítulo I Disposições gerais Artigo 1.º Objecto O presente Regulamento estabelece normas gerais de funcionamento da Biblioteca Histórica da Academia Nacional de Belas Artes (ANBA). Artigo 2.º Organização A Biblioteca Histórica da ANBA compreende as seguintes valências: a) Biblioteca; b) Arquivo. Artigo 3.º Atribuições No âmbito das competências definidas e nos termos previstos neste Regulamento são atribuições da Biblioteca Histórica da ANBA: a) Assegurar o tratamento biblioteconómico e arquivístico à sua guarda; b) Realizar a incorporação, tratamento e conservação da documentação; c) Assegurar o funcionamento de serviços de consulta aos utilizadores: i) facilitar o acesso ao respectivo espólio bibliográfico, arquivístico e bases de dados existentes; ii) Prestar apoio documental, técnico e informação aos utilizadores; d) Propor a celebração de acordos e protocolos com outras instituições e entidades, com vista ao aperfeiçoamento do tratamento documental. Artigo 4º Director da Biblioteca Histórica De acordo com a alínea a) e ponto 1 do art.º 23º, dos Estatutos da, é proposto e eleito trienalmente, de entre os Académicos, o Director da Biblioteca Histórica. Artigo 5º Bibliotecário Para boa execução deste Regulamento, são atribuições e deveres do Bibliotecário: a) Estabelecer e fazer aplicar os critérios técnicos de organização e funcionamento; b) Providenciar pela organização, actualização, conservação e recuperação do património bibliográfico e documental; c) Manter devidamente organizados os instrumentos de pesquisa necessários à eficiência do serviço; d) Providenciar a segurança das colecções, tendo em vista a conservação e o restauro das espécies; e) Assegurar a disponibilização da documentação requisitada para consulta e a reprodução de documentos. f) Promover e controlar os ingressos de documentação (a título de compra, depósito, doação, entre outros). g) Apoiar o Director da Biblioteca na elaboração da proposta que visa integrar o plano anual de actividades ANBA, bem como na elaboração de relatório anual; h) Propor ao Director da Biblioteca as medidas que considere necessárias para o bom desempenho da Biblioteca Histórica. i) Zelar pelo cumprimento das normas legais e regulamentares aplicáveis; 2015 2

Capítulo II Biblioteca Histórica Artigo 6.º Organização A Biblioteca organiza-se por colecções bibliográficas e fundos arquivísticos. Artigo 7.º Âmbito 1 A Biblioteca compreende: a) O espólio bibliográfico, constituído por monografias, publicações periódicas, catálogos e colecção de fotografia, organizadas para fins de informação, estudo, divulgação científica e técnica das artes; b) Os exemplares das espécies bibliográficas produzidas no âmbito das actividades da ANBA, destinados ao fundo documental da Biblioteca. c) O catálogo, integrado por registos bibliográficos, pesquisáveis presencialmente, correspondentes a monografias e publicações periódicas, aos respectivos analíticos, bem como aos documentos referidos na alínea anterior. 2 O Arquivo compreende: a) Os fundos arquivísticos conservam-se com finalidades de referência, prova ou informação, é documentação de conservação permanente, independentemente do respectivo suporte ou formato e resulta da actividade vários produtores, incluindo a ANBA. b) o tratamento intelectual, organização e preservação da documentação de conservação permanente pertencente ao Arquivo ANBA. Artigo 8.º Aquisições Ao Director da Biblioteca compete decidir de novas aquisições e pronunciar-se relativamente às solicitações dos técnicos em matéria de aquisição de novas espécies bibliográficas e arquivísticas. Artigo 9.º Funcionamento da Biblioteca Histórica A Biblioteca Histórica funciona com marcação prévia, sujeita a autorização da Presidência da ANBA ou do Director da Biblioteca. Secção I Utilizadores Artigo 10.º Deveres dos utilizadores São deveres dos utilizadores: a) Zelar pela conservação das espécies bibliográficas ou arquivísticas que requisitarem, sem as danificar, estando vedadas quaisquer anotações, sublinhados, desenhos, marcas ou dobragens; b) Informar o responsável de algum dano que detectem nos documentos consultados, designadamente rasgões, falta de folhas ou folhas soltas, danos na encadernação ou outro; c) Contribuir para o necessário ambiente de concentração e de estudo, enquanto permanecerem na Biblioteca Histórica; 2015 3

d) Contribuir para as boas práticas em bibliotecas utilizando no seu trabalho/investigação/estudo apenas lápis ou trabalhando directamente no computador; e) Contribuir para as boas práticas respeitando a proibição de entrada de bebidas e/ou alimentos na Biblioteca Histórica. Artigo 11.º Consulta 1 Os utilizadores podem pesquisar as referências bibliográficas e/ou arquivísticas por consulta dos ficheiros. 2 Os utilizadores podem requisitar, para consulta presencial, qualquer item bibliográfico ou arquivístico (salvo nos casos em que estiver legalmente estabelecido um período de incomunicabilidade), preenchendo a respectiva ficha de requisição da Biblioteca Histórica, com os dados solicitados e em duplicado. 3 A consulta das espécies é feita em sala de leitura, no exterior da Biblioteca Histórica e acompanhada por um funcionário da ANBA. Artigo 12.º Devolução 1 No acto de devolução de livros e/ou documentos requisitados, o Bibliotecário deve conferir a sua integridade, ordem interna e efectuar o controlo do respectivo estado de conservação, na presença do utilizador, registando qualquer deterioração ocorrida. 2 Se forem detectadas faltas no documento, se este vier desorganizado ou apresentar danos físicos deve o assunto ser reportado ao Director da Biblioteca e aplicadas as sanções mencionadas no artigo 13.º deste regulamento. Artigo 13.º Sanções 1 O extravio ou deterioração dos documentos consultados ou requisitados faz incorrer o utilizador responsável na obrigação de reparar o dano causado, nos termos gerais de direito. 2 O desrespeito grave ou reiterado dos deveres do utilizador pode importar na perda ou limitações ao acesso à Biblioteca ou à utilização dos respectivos serviços, sem prejuízo do disposto no número anterior e do procedimento disciplinar a que haja lugar. 3 A ocorrência que configure desrespeito grave ou reiterado dos deveres de utilizador é imediatamente participada pelo trabalhador que a tiver verificado, ao Director da Biblioteca e, por este, à Presidência da ANBA. 4 A aplicação das sanções previstas no número 2 compete à Presidência da ANBA, após a audição do utilizador. Secção II Tratamento e conservação Artigo 14.º Tratamento técnico 1 A Biblioteca Histórica deve realizar o tratamento intelectual das espécies à sua guarda: a) As espécies bibliográficas deverão ser catalogadas e indexadas de acordo com as Normas Internacionais e as Regras Portuguesas de Catalogação. b) Cada fundo arquivístico inventariado ou apresentado para inventariação é descrito de acordo com as Normas Gerais Internacionais de Descrição Arquivística e pelas Orientações para a Descrição Arquivística (DGLAB), providenciando-se para que as respectivas descrições sejam compatibilizadas e validadas pelos serviços normativos nacionais. 2 A Biblioteca Histórica procede de forma a manter a documentação a seu cargo em condições de consulta rápida e eficaz, utilizando para o efeito os instrumentos de pesquisa existentes. 2015 4

Artigo 15.º Conservação 1 No âmbito das suas atribuições em matéria de conservação a Biblioteca Histórica deve assegurar: a) A manutenção de boas condições ambientais, de instalações, acondicionamento e de segurança, com vista a prevenir a degradação física das espécies; b) A aplicação de medidas de conservação e restauro a espécies danificadas; c) Recorrer à transferência de suporte dos documentos, através das tecnologias mais adequadas, tendo em vista a preservação e salvaguarda das espécies. Artigo 16.º Reprodução 1 Não é permitida a realização de fotocópias de espécies bibliográficas e arquivísticas 2 A reprodução digital de documentos apenas pode ser realizada com a autorização da Presidência da ANBA ou do Director da Biblioteca. 3 A reprodução de documentos é condicionada: a) Pelo seu estado de conservação; b) Pela existência de disposição legal que impeça a sua reprodução total ou parcial. 4 O pedido deverá ser elaborado em modelo próprio, para haver controlo do número de vezes que determinado documento é reproduzido e ser tomada decisão sobre a pertinência da sua transferência de suporte na íntegra (formato digital). CAPÍTULO III Disposições finais Artigo 28.º Casos omissos As dúvidas ou casos omissos são resolvidos pela Presidência da ANBA. Artigo 29.º Entrada em vigor O presente regulamento entra em vigor no dia imediato ao da sua aprovação. Lisboa, 6 de Fevereiro de 2015. 2015 5