Prezados Irmãos Veneráveis Membros do Colegiado do Grande Oriente de Santa Catarina GOSC.. Em 26/09/2015, por ocasião da nossa terceira reunião anual do Colegiado, no oriente de Lages, para o cumprimento e de conformidade com os procedimentos regulamentares e legais de nossa legislação, foi dada entrada junto a Secretaria do GOSC, expediente da Loja MGV 62 datado de 23/09/2015, capeando a necessária exposição de motivos e minuta proposta de Projeto de Lei, cujos textos estão na sequência deste expediente. O propósito deste encaminhamento é divulgar e ratificar junto as Lojas da potencia os textos referidos - que sem dúvida já devem ser do conhecimento de todos em razão da proximidade da última reunião do ano, e por entendemos ser a proposta significativa para os esforços permanentes de organização no GOSC. A Loja Manoel Galdino como sempre está a disposição para eventuais esclarecimentos que os irmãos acharem necessário, e para tanto destacamos o irmão Evencio tel. 048.99.62.14.19 ou 048.3.244.23.75, para atendê-los e trazer a loja eventuais dúvidas que restarem. No aguardo da reunião de Dezembro, quando todos terão o prazer do reencontro e além da reunião confraternizar pelo final do ano de 2015. Até lá um forte TFA a todos. Santino Calixto Venerável Mestre da MGV 62.
Florianópolis 23 de setembro de 2015 Carta 01/15 da 19ª Gestão da Loja MGV. Ilmo Senhor Sereníssimo Grão Mestre João Paulo Sventnikas DD. Presidente do Colegiado do GOSC. Florianópolis-SC Senhor Presidente: Com o presente damos entrada formal à proposta de projeto de lei e respectiva exposição de motivos, que trata da instituição do cargo de ouvidor na estrutura do Grande Oriente de Santa Catarina, para seguir os trâmites formais e legais de apreciação e votação pelo Colegiado do GOSC, nos termos da legislação vigente. A presente proposta foi apresentada por irmão Mestre Maçom da Loja MG, debatido, votado e aprovada sua proposição, na sessão de 09/09/2015. Sendo o que tínhamos para a oportunidade apresentamos protestos de distinta consideração. Ficamos a disposição para quaisquer outras informações que vierem a ser necessárias. Um TFA Santino Calixto Venerável Mestre da Manoel Galdino Vieira 62
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS A proposta de projeto de lei para instituir ouvidor no Grande Oriente de Santa Catarina. As corporações contemporâneas vivem a realidade de não poderem mais se descuidar da comunicação com seu público interno ou externo. Esta consciência, de dimensão mundial e perto da unanimidade, incentivou a introdução - entre outras da figura na mesma linha - no primeiro momento a de um ouvidor, e em alguns caso chegado a estruturar uma ouvidoria. Esta formidável ferramenta de interação nasceu na Suécia por volta de 1809, com o nome de Ombudsman - palavra formada pela união de "ombuds", representante e "man" homem - e a partir daí lentamente ganhou o mundo. No Brasil a primeira experiência aconteceu em 1989, e com muito sucesso, na Folha de São Paulo, seguindo-se logo outras igualmente importantes. É verdade que por volta de 1500 os portugueses introduziram no Brasil a figura do ouvidor do rei, comum nos reinos da Europa, porém este tinha contornos diferentes, pois estava exclusivamente a serviço dos interesses do rei. Porém, na essência, se pode dizer que aquela figura foi o embrião do moderno ouvidor, com visão alargada e independência. Os estudiosos e teóricos da comunicação: Chiaveneto (2004), J. Corraze (1982), Rector e Trinta (1985), a comunicação não verbal, Doukakis (2002), Pessoa (2008) principalmente com a obra a ouvidoria como facilitador da comunicação na organização, bem informam sobre a importância e validade deste recurso moderno; o ouvidor. O processo democrático e de transparência dão substancia e palmilham o caminho desta formidável ferramenta. Mas; não obstante sua validade reconhecida, esta ferramenta se prestaria para a maçonaria? Com certeza sim! Não podemos olvidar que compõe nossa missão à prática e a defesa da democracia e da transparência. Mas isto só não é suficiente para que tais princípios sejam frutíferos, pois para tanto, além da sua prática é preciso aprofundar e aperfeiçoar constantemente seus processos; pois é da boa comunicação que se alimenta a democracia. Eventual argumento que possa surgir de que a maçonaria não trabalha com o público - característica mais comum ao ouvidor - não lhe servido esta ferramenta, não prospera, pois temos sim um público, ainda que fechado: são os obreiros de toda a nossa potência. Somos uma organização - ainda que de poucos níveis - de construção verticalizada, algo comum, não obstante os avanços ocorridos nas reformas de 2001. Não existem grandes dificuldades, a principio e em certo sentido, na intercomunicação e inter-relacionamento dentro da fraternidade, contudo eles podem e devem ser sempre melhoradas.
A instituição de um ouvidor na forma proposta no anteprojeto, não pretender criar mais um nível na estrutura vertical de gestão, mas sim estabelecer processo horozintal de relacionamento e de apoio ao colegiado e ao Grão Mestrado. O ouvidor não decide, não tem papel de gestor, sua função é com independência velar pela aplicação dos princípios democráticos, garantir sempre a transparência e sobre tudo dar voz a todos os membros da fraternidade, indistintamente, em qualquer momento. As condições propostas no anteprojeto se afiguram serem as mínimas necessárias ao bom e produtivo funcionamento. Loja Manoel Galdino Vieira 62 PROJETO DE LEI Nº.../15 Dispõe sobre a instituição cargo no Grande Oriente de Santa Catarina; O Grão Mestre do Grande Oriente de Santa Catarina - GOSC, no exercício das atribuições que lhe confere a legislação da Potência; faz saber a todas as Lojas filiadas que o Colegiado aprovou e ele sanciona a seguinte Lei: Art. 1º Fica instituído na estrutura do Grande Oriente de Santa Catarina o cargo de Grande Mestre Ouvidor, com abrangência em toda a área da potencia, com sede formal em Florianópolis, sem obrigatoriedade de residência na sede. Art. 2º O Grande Mestre Ouvidor será eleito pelo Colegiado do GOSC, por escrutínio aberto e maioria simples, nos anos pares, na segunda sessão ordinária do ano; I Poderá se inscrever para participar da eleição, Mestre Maçom, exaltado a mais de sete (7) anos, ativo e sem nenhuma punição ou irregularidade, registrada em Loja ou na Potência; II Ocorrendo mais de duas inscrições à eleição, esta será realizado em dois turnos consecutivos, classificando-se no primeiro turno os dois mais votados para disputar o segundo e definitivo turno; III A posse se dará logo após a eleição. O tratamento nobiliárquico será de Grande Mestre Ouvidor com nível hierárquico seguinte ao Grão Mestre Adjunto; Art.3º O Colegiado designará comissão dentre seus membros, com cinco (5) participantes, para regulamentar as atribuições do Grande Ouvidor observado os princípios delineados na exposição de motivos que lhe deu causa, assim como também definir as insígnias e paramentos pertinentes, no prazo máximo de quarenta e cinco (45) dias, e após submetido a deliberação do colegiado. Art.4º O Grande Ouvidor não será remunerado a qualquer título e o orçamento do GOSC destacará dotação orçamentária para atender suas necessidades administrativas e de viagem exclusivamente a serviço. Art.5º O Grande Ouvidor não pode acumular o cargo com outro qualquer de abrangência regional ou geral nos limites da área da Potência GOSC; Par. Único - Não se inclui na presente restrição qualquer cargo de Loja simbólica.
Art. 6º Dê-se ciência, publique-se e cumpra-se. Dado e traçado no Gabinete do Grão Mestre do Grande Oriente de Santa Catarina, Or de Florianópolis, Capital do Estado de Santa Catarina, aos... dias de...do ano de 2015 da E.V. João Paulo Sventnickas Grão-Mestre GOSC/2014-2017 EV