Física Experimental B ( )

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Física Experimental B (4320303) ELEMENTOS RESISTIVOS LINEARES E NÃO LINEARES 1 Guia de trabalho Turma: Data: / / Nome do(a) Professor(a): Equipe: Número USP nota ATENÇÃO. Você usará um multímetro para medir resistências e tensões. Selecione a escala desejada ANTES de realizar a medida. Evite danificar seu instrumento usando uma escala errada. 1 Objetivos Esta experiência tem por objetivo estudar as curvas características de tensão versus corrente (V x I) de um elemento resistivo linear (resistor de carbono) e dois elementos não lineares (filamento de uma lâmpada incandescente e um diodo semicondutor). 2 Introdução 2.1 Curva Característica A função que descreve a corrente elétrica através de um dispositivo condutor em função do potencial elétrico aplicado é denominada curva característica que caracteriza totalmente o comportamento elétrico do dispositivo. É possível que um dispositivo apresente uma coleção de curvas características em função de um parâmetro qualquer, tal como a temperatura ou outra variável externa. Para obter a curva característica de um dispositivo condutor usa-se um circuito como o da figura 2. As medidas de tensão e corrente elétrica são geralmente feitas com multímetros, um instrumento que combina as funções de voltímetro, amperímetro, ohmímetro e outras, dependendo de marca e modelo. As figuras 1a, 1b e 1c mostram um voltímetro, um amperímetro e um ohmímetro conectados a um circuito genérico com um elemento X que se 1 Texto adaptado de 4320303, Física III, SS-2014 IFUSP 4323202 2016 MHT 1

deseja testar. Nessas figuras pode se observar que o amperímetro e o ohmímetro se parecem com o voltímetro, exceto por um circuito auxiliar interno. Num amperímetro mede-se a diferença de potencial (tensão no jargão elétrico) nas extremidades de um resistor interno no instrumento. No ohmímetro, mede-se a corrente que passa no circuito criada pela fonte de tensão interna do aparelho. A mudança do circuito interno num multímetro é obtida ao chavear (ou selecionar) a função desejada no painel do instrumento. A resistência do voltímetro, indicada R na figura, varia de MΩ (M=10 6 ) a GΩ (G=10 9 ). A resistência interna do amperímetro varia tipicamente de 1 a 100 Ω e a fonte de tensão interna de um ohmímetro comercial pode alcançar 30V. Voltímetro Amperímetro Ohmímetro Figura 1a. Diagrama para ligação de um voltímetro num circuito. Mede-se V X = V B - V A. Parte da corrente entre A e B é conduzida através do voltímetro e usada para medida da tensão. R é a resistência interna do voltímetro, entre 10 6 e 10 9 Ω Figura 1b. Uso do amperímetro num circuito para medida da corrente I X. O circuito é aberto para inserir o amperímetro. O voltímetro interno é usado para medir a tensão num resistor (com baixa resistência) introduzido em série no circuito. Figura 1c. Para medir a resistência de um elemento X, ele deve ser desligado do circuito. O valor de R, interno, depende da escala. Uma bateria interna alimenta o circuito. 2.2 Voltímetro ideal x voltímetro real Conforme mostrado na Figura 1a, um voltímetro conectado a um circuito externo na realidade conecta seu resistor interno R em paralelo com o dispositivo X a ser medido. O voltímetro altera o circuito sob teste pois a tensão é medida sobre a resistência equivalente. Para R >> R X, a adição do voltímetro pouco interfere com a medida. Caso contrário, a tensão medida deve ser corrigida para se obter a tensão real no circuito em funcionamento: O mesmo vale para o amperímetro, cuja resistência interna é introduzida em série no circuito na Figura 1b. IFUSP 4323202 2016 MHT 2

3 Curva característica de um resistor de carbono 3.1. Monte o circuito indicado na figura 2. Varie a tensão aplicada e meça a corrente correspondente preenchendo a tabela 1. Se as medidas forem anotadas com os dígitos significativos corretos, não é necessário registrar as incertezas das medidas, pois o ajuste da reta por mínimos quadrados calcula a dispersão dos pontos e fornece a incerteza estatística dos coeficientes (Note bem: a incerteza estatística pode não conter a incerteza da calibração do instrumento.) Figura 2. Circuito para determinar a curva característica de um resistor R. Tabela 1. Correntes e tensões num resistor. U (V) I (ma) 1 2 3 4 5 6 7 8 3.2. Com o multímetro na posição "Ω", meça o valor da resistência do resistor fornecido: R ohmímetro = ± Ω IFUSP 4323202 2016 MHT 3

3.3. Utilizando o programa Origin, crie uma tabela com os valores I, U medidos. Faça um gráfico XY tipo espalhamento (scatter), grafique os pontos medidos e ajuste uma reta, tipo U = A BI. No gráfico, inclua os resultados do ajuste numa caixa de texto, nomeie os eixos Y e X e coloque um título. Imprima o gráfico e anexe-o ao guia de trabalho. Anote a seguir o valor dos parâmetros A e B do ajuste: A = ±. unidade B = ±. unidade 3.4. Indique o valor da resistência do ajuste e compare-o com o valor medido com o ohmímetro calculado o desvio percentual: R ajuste = ± Ω Rajuste Rohmímetro Desvio % = = ± R ohmímetro 3.4. Comente seu trabalho: Os resultados concordam entre si? Os medidores A e V no circuito na figura 2, interferem nas medidas? Como melhorar? 4 Curva característica do filamento de uma lâmpada incandescente Uma lâmpada de filamento metálico (em geral tungstênio) é um elemento resistivo não linear, cuja resistência depende da temperatura. Numa lâmpada, o filamento fica num invólucro de vidro com gás inerte a baixa pressão cuja função é inibir a evaporação do filamento. A pressão do gás deve ser baixa, para reduzir as perdas de calor por condução e convecção. Assim, IFUSP 4323202 2016 MHT 4

o filamento pode atingir altas temperaturas sem oxidar, nem queimar, nem sublimar, com perdas de energia sob forma de calor economicamente aceitáveis. A lâmpada (assim como o resistor) converte energia elétrica em luz e calor. A potência elétrica P = I V consumida por uma lâmpada incandescente é parcialmente convertida em potência luminosa (a maior parte no infravermelho e apenas ~10% no visível) e também parcialmente perdida por condução térmica do gás isolante. O procedimento experimental aqui é análogo ao caso do resistor de carbono. A diferença é que o gráfico U x I não é linear (não é uma reta), pois a resistência do filamento varia com a temperatura que pode chegar a 2000 o C. Para valores pequenos de V e I (quando a lâmpada ainda não emite no visível) sua curva característica é aproximadamente a de um elemento resistivo linear. É possível ajustar a resistência R de um fio metálico em função da temperatura T por uma lei polinomial: 2 3 ( T T ) β( T T ) γ ( T )...] R = R0 [ 1 α 0 0 T0 (1) onde T 0 é uma temperatura em que R assume o valor R 0 e α, β, γ,..., são coeficientes que dependem da temperatura T 0. Estes coeficientes são positivos para os metais, o que significa que a resistência do filamento de tungstênio da lâmpada incandescente aumenta com a temperatura. O carbono tem estes coeficientes negativos, isto é, sua resistência diminui com o aumento de temperatura. L L Tabela 2. Medidas de tensão e corrente de um filamento de tungstênio U (V) I (ma) R = V/I (Ω) P=U*I (mw) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 IFUSP 4323202 2016 MHT 5

4.1. Substitua o resistor no circuito da figura 2, por uma lâmpada e varie a tensão com intervalos de 3V até 30V aproximadamente, preenchendo a tabela 2. A tabela pode ser calculada numa planilha Excel e anexada ao relatório. 4.2. Construa um gráfico U x I para as medidas do filamento no Origin. Não emende os pontos. Anexe o gráfico ao guia. 4.3. Comente se a dependência da resistência com a potência elétrica dissipada na lâmpada é linear. (extra: faça um gráfico logr x logp) 5 Curva característica de um diodo semicondutor de silício Um diodo elétrico é um dispositivo que conduz corrente elétrica apenas numa direção e se comporta como um isolante quando a tensão é invertida. A figura 3 mostra uma curva característica típica de um diodo. A figura 4 mostra o símbolo de um diodo como usado em circuitos elétricos. corrente 0 tensão Figura 3. Curva característica de um diodo. Quando a polarização é direta, a corrente é positiva e o diodo conduz. Quando a polarização é inversa, o diodo se comporta como um isolante, até que o potencial rompa o isolante e o diodo conduz em avalanche. Figura 4. Símbolo de um diodo usado em circuitos e imagem do diodo 1N4004 com indicação do catodo. No diodo a corrente (convencional) flui do ânodo para o catodo, no sentido da seta. IFUSP 4323202 2016 MHT 6

O silício é um material semicondutor usado para construir diodos (e uma série de outros circuitos bastante complexos). Um diodo de silício semicondutor é construindo introduzindo na rede cristalina elementos químicos que não casam o número de elétrons da banda de valência do silício, que tem 4 elétrons. Introduzindo alumínio por exemplo, que tem apenas três elétrons de valência, deixa uma ligação com o Si vaga. Essa vacância se comporta como uma carga positiva livre que pode se mover no semicondutor. Um semicondutor com vacâncias é chamado semicondutor tipo p. O oposto acontece se introduzirmos um elemento químico com 5 elétrons na camada de valência, tal como o fósforo. O elétron extra (uma carga negativa) fica livre num semicondutor tipo n. Um diodo resulta da junção de dois semicondutores, um do tipo p e outro do tipo n, como mostrado na figura 5. TIPO p TIPO n E E Figura 5a. Um diodo formado pela junção de silício tipo p e tipo n. Figura 5a. Um diodo em polarização direta é um condutor. Figura 5a. Num diodo com polarização reversa, as cargas são separadas e a corrente elétrica não flui. 5.1. Monte o circuito mostrado na figura 6, com um diodo semicondutor em série com um resistor de 1KΩ para limitar a corrente no circuito em caso de polarização direta doo diodo. Figura 6. Circuito para medida da curva característica de um diodo semicondutor. O resistor R = 1000 Ω serve para limitar a corrente no circuito no caso de polarização direta do diodo. 5.2. Variando a tensão na fonte, meça a corrente que passa pelo diodo em função da tensão aplicada e complete a tabela 3. Grafique os valores medidos num gráfico I x V, como o da figura 3. Não emende os pontos. Anexe o gráfico ao guia de trabalho. IFUSP 4323202 2016 MHT 7

Tabela 3. Correntes e tensão num diodo semicondutor U (V) I(...) 1 2 3 4 5 6 7 5.3. Inverta o sentido do diodo. Escolhendo alguns valores na faixa de tensão disponível, tente medir a corrente elétrica que flui pelo diodo. Relate o que observou. IFUSP 4323202 2016 MHT 8