Os contratos não podem ter duração indeterminada, daí a incorreção do quesito.



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viáveis em havendo autorização expressa no edital e no contrato, daí a incorreção da alternativa. Ah! Um dia destes vi um precedente do STJ dizendo que a falta de previsão no edital não é fato impeditivo da subcontratação, desde que houvesse previsão no contrato. De certa forma, o posicionamento atende ao comando da Lei, afinal a minuta do contrato é parte integrante do edital. Concordam? Todavia, só lembrem deste comentário se o Cespe trouxer expressamente o entendimento do STJ, caso contrário, vamos preferir a literalidade da lei, ok. 23) (2009/Cespe MI/Analista Cargo 1) Na prestação de serviços a serem executados de forma contínua, é permitida a prorrogação do contrato por períodos iguais e sucessivos, com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosos para a administração, até o máximo de 60 meses. O item está perfeito. Lembrem-se de que o prazo poderia excepcionalmente prorrogado por mais 12 meses. 24) (2008/Cespe CGE/Auditor) Não é permitida a celebração de contrato administrativo por prazo indeterminado. Os contratos não podem ter duração indeterminada, daí a incorreção do quesito. 25) (2009/Cespe TRE-MG Área 1) Nos contratos administrativos, a administração pública não dispõe de competência para exercer estreita fiscalização quanto à execução do contrato, desde que requerida pelo contratado. Uma das cláusulas exorbitantes é o Poder de Fiscalização. Costumo dizer que a fiscalização mais se aproxima de um poder-dever, isso porque a Administração não pode se furtar de fiscalizar (dever), mas conta a prerrogativa de ingressar no domínio da empresa contratada (poder), daí a incorreção da alternativa. 26) (Cespe MCT/FINEP Cargo 1/2009) A obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação não é uma cláusula necessária ao 167

contrato público. Essa obrigação decorre do dever moral do contratado, que pode ser exigido pela administração mesmo sem previsão expressa. A empresa, depois de vencer a licitação, faz a contratação de menores de 18 anos para trabalhos perigosos e insalubres. Pergunto: como cumpriu os requisitos de habilitação durante o procedimento de licitação, não há necessidade de manter os requisitos ao longo do contrato? Isso é ilógico, as condições de habilitação devem ser mantidas durante toda a execução contratual, daí a incorreção da alternativa. 27) (2007/Cespe TJ-TO/JUIZ) O atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento é motivo para imposição de penalidade, mas não para rescisão do contrato. Primeiro, a Administração costuma aplicar a penalidade de advertência. Se infrutífera, aplicará a multa. Se ainda assim a empresa não acordar para a prestação dos serviços, além da suspensão para licitar ou contratar, cabe a rescisão do contrato, daí a incorreção da alternativa. 28) (2009/Cespe Anatel Cargo 1) É obrigação do fiscal do contrato, antes de cada pagamento, rever a habilitação completa do contratado, por força de cláusula necessária que deve estar prevista no contrato. Excelente quesito. É salutar que o fiscal confira a documentação das empresas, principalmente quanto aos aspectos previdenciárias e trabalhistas, isso porque o Estado responde solidariamente e subsidiariamente pelas dívidas, respectivamente. 29) (2009/Cespe TCU Auditor Federal de C. Externo Cargo 1) Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), caso uma autoridade municipal competente declare inidônea determinada empresa, essa declaração de inidoneidade será vinculante para se rescindirem os contratos já firmados com outros entes federativos ou pessoas jurídicas de direito público. De acordo com o STJ, a declaração de inidoneidade não gera o rompimento automático de todos os contratos em andamento, especialmente daqueles celebrados com entidades políticas diversas. Se a 168

Administração decidir rescindir, deve, caso a caso, abrir contraditório e ampla defesa, daí a incorreção da alternativa. 30) (2009/Cespe AUGE/MG) Acerca dos contratos administrativos, regidos pela Lei n.º 8.666/1993, é certo que a administração possui a prerrogativa de aplicar sanções de natureza administrativa entre as quais se incluem a advertência, a multa e a suspensão temporária de participação em licitação sendo a pena de multa a única passível de ser aplicada juntamente com qualquer uma das outras. A multa é, segundo a LLC, a única penalidade que pode ser aplicada cumulativamente, daí a correção da alternativa. 31) (2009/Cespe Antaq Cargo 12) O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites das modalidades de licitação concorrência e tomada de preços. Questão de fixação. Há vários instrumentos para a formalização dos contratos: ordem de serviço, autorização de compra, nota de empenho, carta-convite e o instrumento do contrato. O instrumento do contrato é obrigatório para as concorrências e as TPs, exatamente como diz o enunciado do item, daí sua correção. 32) (2009/Cespe Antaq Cargo 12) A escolha da modalidade de garantia cabe ao contratado e não pode ultrapassar o correspondente a 5% do valor do contrato, a não ser no caso de ajustes que importem entrega de bens pela administração, dos quais o contratado ficará depositário. Ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens. A garantia exigida do contratado não pode exceder 5% do valor contratado ( 2º), podendo no caso de obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, chegar até dez por cento do valor do contrato ( 3º). Perceberam a pegadinha? Isso mesmo, há outra possibilidade de a garantia ultrapassar a marca dos 5%, daí a incorreção da alternativa. 33) (2009/Cespe AUGE/MG) Acerca dos contratos administrativos, regidos pela Lei n.º 8.666/1993, é certo que, o contrato deve ser 169

publicado resumidamente no Diário Oficial no prazo máximo de 20 dias a contar da assinatura, sendo dispensável essa publicação se tiver sido formalizado por instrumento lavrado em cartório de notas. Apenas os contratos relativos a direitos reais sobre imóveis é que exigem que o instrumento de contrato seja lavrado em cartório de notas. E mais: a lavratura no cartório não exclui a obrigação de publicação no Diário Oficial, daí a incorreção do quesito. 34) (Cespe - DPE/PI - Defensor/2009) Quanto aos contratos administrativos, é certo que, é possível a administração exigir do contratado a prestação de garantia, nas contratações de obras, serviços e compras, que não exceda 20% do valor do contrato. No máximo, a garantia contratual pode chegar a 10%, nos termos do art. 56 da LLC, daí a incorreção da alternativa. 35) (2010/Cespe TRE-BA/Analista Jud.) Entre as peculiaridades dos contratos administrativos, destaca-se a faculdade da administração pública de exigir a prestação de garantia nos contratos de obras, serviços e compras, cabendo ao contratado a escolha da modalidade de garantia. A Lei diz ser a exigência de garantia ato discricionário. Vejamos (art. 56 da LLC): A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras. Uma breve observação quanto à dita discricionariedade. A Administração deve ter muito cuidado ao exigir a garantia, deve ser exigida apenas quando necessária. A Administração Pública não deve cobrar garantia quando inexistirem riscos para si, como nas compras de entrega imediata, por exemplo. É bom que se diga, também, que a garantia, quando exigida, é cláusula obrigatória no contrato administrativo (inc. III do art. 55 da LLC), deve estar contida no próprio edital (o art. 56 determina sua inclusão no instrumento convocatório). Assim, se o edital for omisso quanto à exigência de garantia, esta sequer pode ser incluída em momento posterior, sem expressa concordância do contratado, pois deve ser conhecida a real extensão de todas as obrigações que recairão sobre o contrato desde o momento de 170

sua pré-concepção, condizentes ao edital orientador da contratação futura. Ressalte-se que a Administração Pública pode exigir garantia, mas não pode determinar, especificamente, sua modalidade. A escolha do tipo de garantia fica sob a órbita de discricionariedade do contratado. Vejamos ( 1º do art. 56 da LLC): Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia: I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda; II - seguro-garantia; III fiança bancária. 36) (2009/Cespe Antaq Cargo 10) A exigência ou não de garantia para execução do contrato é decisão discricionária da autoridade competente. Perfeito! A Administração pode ou não exigir garantia, no entanto, ao exigir, cabe ao particular escolher entre as modalidades, daí a correção da alternativa. 37) (2005/Cespe Ancine Advogado) A administração poderá, desde que prevista no instrumento convocatório, exigir prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras, cabendo ao contratado optar por uma das seguintes modalidades: caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, seguro-garantia ou fiança bancária. Fixação. Dispensáveis novos comentários. 38) (2010/Cespe - PGF - Advogado da União) Se a empresa de turismo X for contratada para fornecer passagens aéreas para determinado órgão da União e, durante o prazo do contrato, essa empresa alterar o seu objeto social, de forma a contemplar também o transporte urbano de turistas e passageiros, mesmo que não haja prejuízo para o cumprimento do contrato administrativo já firmado com o órgão federal, a administração pública poderá rescindir unilateralmente o contrato. 171

Trecho mágico: mesmo que não haja prejuízo para o cumprimento do contrato. Amigos, é lógico que o contrato não deve ser rescindido. Agora, se da alteração do objeto, houver prejuízos, compete à Administração rescindir a avença, daí a incorreção da alternativa. 39) (Cespe TRF-5R Juiz-substituto) A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços e às atualizações decorrentes das condições de pagamento previstas no contrato não caracteriza alteração da avença, mas deve ser registrada em termo aditivo. O item está quase perfeito, não fosse o erro! Os reajustes são apostilados, logo não há a formalização de termos aditivos. 40) (Cespe ANAC Técnico Administrativo Área 1/2009) Os contratos administrativos poderão ser alterados, unilateralmente, pela administração, para acrescer ou diminuir, quantitativamente, no caso de obras, serviços e compras, até 25% do valor inicial atualizado do contrato. Levanta a mão aí quem se lembra da alteração unilateral. Pode baixar! De acordo com 2º do art.65, as alterações unilaterais não podem exceder a 25% do valor inicial do contrato atualizado no caso de obras, serviços ou compras, limite válido tanto para alterações qualitativas quanto quantitativas. Por exemplo: um contrato de manutenção de elevadores (contratação de execução continuada), com valor contratual de R$ 100.000,00/ano, não pode, unilateralmente, ultrapassar R$ 125.000,00 (acréscimos) ou ficar aquém dos R$ 75.000,00 (supressões). O limite de até 25% é a regra. Já quando o objeto do contrato for reforma de edifícios ou de equipamentos, o limite será de até 50%, sendo que só se aplica para acréscimos e, não, para supressões. É no detalhe que a banca examinadora vai tentar confundi-lo. Prestem atenção, portanto! Obviamente, nem toda cláusula admite alteração unilateral. A Administração só pode alterar de modo unilateral as cláusulas regulamentares ou de serviços dos contratos administrativos, não sendo cabível a modificação unilateral das financeiras ou econômicas (como veremos mais à frente). 41) (2009/Cespe TCU Cargo 4) É possível a alteração unilateral pela administração pública do contrato administrativo celebrado na hipótese de 172

reforma de edifício, até o limite de 50% do valor inicial atualizado do contrato, para os seus acréscimos. Questão de fixação. Só peço atenção para o fato de 50% para acréscimos, ok. 42) (Cespe - TRF/1R - Juiz/2009) As atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento previstas no contrato administrativo, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração contratual, podem ser registradas por simples apostila e dispensam a celebração de aditamento. Engraçado, acho que já vi esse gatinho (ops...essa questão). Os reajustes são feitos por apostilas e não termos aditivos, daí a correção do quesito. 43) (2007/Cespe TRF-5ª/JUIZ) O equilíbrio econômico-financeiro, ou equação econômico-financeira, é a relação de igualdade formada, de um lado, pelas obrigações assumidas pelo contratante no momento do ajuste e, de outro lado, pela compensação econômica que a ela corresponderá. As relações contratuais entre administração pública e particulares devem desenvolver-se na base do equilíbrio estabelecido no ato de sua estipulação. Autoexplicativo. Definição da equação do equilíbrio econômicofinanceiro. 44) (Cespe - DPE/AL - Defensor/2009) As cláusulas exorbitantes incidem nos contratos administrativos, desde que expressamente previstas. Então, imagina que a Administração não tenha escrito no contrato sobre a possibilidade de alteração unilateral. Nesse caso, o contrato transforma-se em cláusula pétrea? Claro que não! Tirando os casos de rescisão que devem ser citados expressamente no termo do contrato, as demais cláusulas exorbitantes decorrem do próprio sistema de proteção do interesse público, daí a incorreção da alternativa. 45) (Cespe - DPE/PI - Defensor/2009) Quanto aos contratos administrativos, é certo que, os tributos que forem majorados ou criados 173

após a data da celebração do contrato, mesmo que comprovada a repercussão nos preços contratados, não implicarão a revisão do acordo celebrado entre as partes, sendo esta uma das cláusulas exorbitantes da administração. Já vimos isso, não? As cláusulas financeiras não constituem cláusulas exorbitantes. Em sentido diametralmente oposto, a Administração tem o dever de manutenção do equilíbrio econômicofinanceiro, daí a incorreção do quesito. 46) (Cespe MCT/FINEP Cargo 11/2009) Acerca de atos e contratos administrativos, é certo que, cláusulas de privilégio, também denominadas cláusulas exorbitantes, são as prerrogativas conferidas ao administrado na relação do contrato administrativo, entre as quais se destaca a possibilidade de alteração ou rescisão unilateral do contrato. Quem perdeu esse item, foi por pura falta de atenção. As cláusulas são prerrogativas para o Estado e não para os administrados. 47) (2009/Cespe TCU Auditor Federal de C. Externo Cargo 1) É permitida a alteração unilateral dos contratos administrativos para o restabelecimento da relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis, porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando-se área econômica extraordinária e extracontratual. Em questões com mais de cinco linhas, se existente, o erro aparece nas duas primeiras linhas ou na linha final. Nesse caso, o erro está no início, isso porque não é um caso de alteração unilateral, mas sim de mútuo consentimento. 48) (2008/Cespe CGE/Auditor) No caso de concordata da empresa, é permitida à administração a automática rescisão do contrato administrativo em execução. 174

Esse nomezinho, conquanto apagado pela nova Lei de Falências, permanece vivo na vetusta LLC. Na antiga concordata, o Estado pode manter o contrato, não sendo automática, portanto, a rescisão. 49) (Cespe - DPE/AL - Defensor/2009) A administração pública pode rescindir unilateralmente o contrato por motivo de interesse público, circunstância que lhe impõe o dever de ressarcir o contratado dos prejuízos regularmente comprovados. Há dois tipos de rescisão, com e sem culpa do contratado. A inexecução sem culpa (por interesse público, por exemplo) acarreta o dever de o Estado indenizar o particular pelos prejuízos causados (danos emergentes), daí a correção do quesito. 50) (Cespe - TRF/1R - Juiz/2009) Não se admite a rescisão judicial do contrato administrativo, uma vez que apenas à administração, em juízo de conveniência e oportunidade, cabe decidir acerca da manutenção da avença contratual. A rescisão pode ser: unilateral, amigável, judicial e de pleno direito. A judicial é a promovida pela empresa contratada, talvez pela circunstância de não ter conseguido amigavelmente encerrar a avença, daí a incorreção do quesito. 51) (Cespe - TRF/1R - Juiz/2009) Constitui motivo para a rescisão do contrato administrativo o atraso superior a noventa dias dos pagamentos devidos pela administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação. EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS! Eita palavrão. Enquanto no mundo dos particulares, o inadimplemento libera as partes de suas obrigações, no âmbito Público a história é diferente, isso porque o Estado pode deixar de pagar durante 90 dias o contrato e, ainda assim, a empresa ter o dever de executar os serviços. Claro que essa cláusula exorbitante a favor do Estado não é ilimitada, porque decorridos 90 dias, cabe o pedido de rescisão e de suspensão dos serviços pela contratada, daí a correção do quesito. 175

52) (2009/Cespe AUGE/MG) Acerca dos contratos administrativos, regidos pela Lei n.º 8.666/1993, é certo que, o fato do príncipe distinguese do fato da administração na medida em que o primeiro se relaciona diretamente com o contrato, enquanto o segundo (fato da administração) só reflexamente repercute sobre o contrato. O fato do príncipe em nada se confunde com o fato da Administração, a não ser pela circunstância de serem espécies do gênero Teoria da Imprevisão. No fato do príncipe, há uma determinação Estatal que alcança a todos os particulares, indistintamente, gerando reflexos apenas indiretos sobre o contrato com a Administração. Há parte da doutrina que entende não se tratar de fato do príncipe o ato de governo de esfera política diversa. Já no fato da Administração, há um impacto direto sobre o contrato em andamento, daí a incorreção do quesito. 53) (2007/Cespe TRF-5ª/JUIZ) Não pode ser aplicada a teoria da imprevisão para a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato administrativo na hipótese de aumento salarial concedido, em virtude de dissídio coletivo, aos empregados da empresa contratada pela administração para terceirização de serviço, pois tal dissídio constitui evento certo que deveria ser levado em conta quando da efetivação da proposta. Respondam rápido: o dissídio coletivo é fato incerto ou certo? Previsto ou imprevisto? Previsível, logo não pode é aplicação da teoria da imprevisão. O dissídio coletivo de determinada categoria profissional é evento CERTO, não podendo levar à aplicação da teoria da imprevisão. 54) (2008/Cespe CGE/Auditor) A administração tem responsabilidade subsidiária pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato administrativo. Já falamos sobre isso! A responsabilidade é solidária e não subsidiária, daí a incorreção do quesito. 55) (Cespe ANAC Técnico Administrativo Área 1/2009) A administração pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato. Agora sim! 176

Curso Avançado de Direito Administrativo em Exercícios 56) (Cespe ANAC Técnico Administrativo Área 1/2009) Os efeitos produzidos pela declaração de nulidade do contrato administrativo não são retroativos. A anulação tem efeitos ex-tunc, logo retroativos. 57) (2009/Cespe TCU Auditor Federal de C. Externo Cargo 1) É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas as que tenham até determinado valor previsto em lei, feitas em regime de adiantamento. E viva a Lei de Lavoisier! 58) (2009/Cespe TCU Auditor Federal de C. Externo Cargo 1) Aplica-se aos contratos administrativos a exceptio non adimpleti contractus, na hipótese de atraso injustificado, superior a 90 dias, dos pagamentos devidos pela administração pública. Repetir não é bom? 59) (2009/Cespe TCU Cargo 3) As autarquias federais podem celebrar contratos administrativos com a previsão de efeitos financeiros retroativos. Efeitos financeiros retroativos?! Agora a amizade está desfeita! O contrato gera efeitos para o futuro e não retroativamente, daí a incorreção do quesito. 60) (2010/Cespe - PGF - Advogado da União) A despesa realizada pela administração sem cobertura contratual não pode ser objeto de reconhecimento da obrigação de indenizar do Estado. O servidor responsável pela não prorrogação tempestiva do contrato ou pela não abertura de procedimento licitatório é quem deve pagar o fornecedor. Raciocínio lógico também cai em prova! Imagina que a Administração compra 2.000 computadores, no entanto, sem cobertura 177

contratual. Imagina que a Administração compra 1.000 automóveis de representação do tipo Corolla, igualmente sem cobertura contratual. Então, como não há cobertura contratual, a Administração não precisará pagar as despesas. Seria o melhor dos mundos, não?! Nestes casos, é dever da Administração indenizar as empresas, até para impedir o enriquecimento sem justa causa. Quanto ao nobre do servidor que fez a lambança, apesar de não responder pelo débito, é merecedor de uma multinha, depois de observados o contraditório e a ampla defesa, é claro. 178