F OT O G R A F I A N A F L O R E S T A

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Transcrição:

F OT O G R A F I A N A F L O R E S T A Workshop com Luciano Candisani, fotógrafo National Geographic 24 a 28 de maio de 2017, no Legado das Águas

A MOTIVAÇÅO Há três anos, venho trabalhando em uma grande floresta. É um ambiente tão espetacular em sua diversidade biológica quanto desafiador para a fotografia. Em condições difíceis de luz dentro do caos verde habitado por animais esquivos, minha tarefa é produzir uma ampla narrativa visual sobre a diversidade de vida e ambientes nos 31 mil hectares de Mata Atlântica do Legado das Águas, a maior reserva de Mata Atlântica do país. Localizada no mosaico de unidades de conservação do Vale do Ribeira, em São Paulo, a área vem sendo protegida desde a década de 1950 e hoje é palco de um projeto multidisciplinar de sustentabilidade que envolve a geração conservação da biodiversidade, pesquisa científica e promoção da prosperidade da população local. O meu envolvimento com esse trabalho de longo prazo, somado a muitas outras experiências profissionais em matas tropicais no Brasil e exterior, inspiraram a criação do workshop Fotografia na Floresta, voltado `as peculiaridades conceituais e técnicas da fotografia em matas tropicais. Ao longo de uma vivência de cinco dias, pretendo compartilhar com os participantes as minhas motivações criativas e suas demandas técnicas, no âmbito de um projeto documental em andamento, no Legado das Águas. Fotografia na Floresta foi pensado como uma experiência para inspirar e orientar olhares ávidos por interpretar o mundo escondido na sombra das florestas. Luciano Candisani, fevereiro de 2015 2

A QUEM SE DESTINA Entusiastas da fotografia, profissionais ou amadores, com interesse em utilizar a câmera na produção narrativas visuais na natureza, especialmente em florestas tropicais como a Mata Atlântica e a Amazônia. Não é preciso ter experiência prévia em natureza, mas o domínio do funcionamento da câmera e dos conceitos básico de controle da luz abertura / velocidade / ISO ) é um requisito indispensável. Ou seja, é uma experiência para quem já tem, no mínimo, os conhecimentos básicos da fotografia e o domínio do equipamento. O PROGRAMA* (*Sujeito a adequações de acordo com as condições meteorológicas e/ou logísticas.) 24/05/2017, quarta-feira 16:30 `as 20:00 h Apresentação teórica em São Paulo. (Endereço : local a ser definido ) 25/05/2017, quinta-feira 6:30 h Encontro para a saída rumo ao Legado das Águas em microônibus. 10:30 `as 11:30 h Parada no mirante do Porto Raso. 12:00 `as 12:30 h Acomodação nos quartos do alojamento da reserva. 3

12:30 `a 13:30 h Almoço. 14:00 `as 14:30 Conversa no auditório. 14:30 `as 17:30 Saída fotográfica introdutória na trilha do Cambucí, com demonstração de armadilha fotográfica profissional estúdios na mata. Fotografias de interior de mata. (nível de dificuldade física: fácil ). 17:30 `as 18:30 - Descanso. 18:30 `as 19:30 - Jantar. 19:30 `as 22:30 - Saída para fotografia noturna - macrofotografia de anfíbios e fotografia de paisagem celeste. (nível de dificuldade física: fácil). 26/05/2017, sexta-feira 06:00 `as 06:45h Café da manhã. 07:00h Micro-ônibus até o início da trilha do Dezembro (nível de dificuldade física: moderado, com trecho curto um pouco mais difícil) 07:40 `as 12:00h Atividades fotográficas ao longo da trilha do Dezembro, especialmente na cachoeira grande e poço. 12:00 `as 13:00h Almoço em local próximo `a cachoeira grande. 13:00 `as 14:00 h Retorno para o micro-ônibus. 16:30 `as 17:30 Retorno `a sede com parada para fotografia de paisagem. 17:30 `a 18:30 Descanso. 18:30 `as 20:0 h Jantar. 4

20:00 `as 23:00 Saída para fotografia noturna - macrofotografia de anfíbios e, fotografia de paisagem celeste. (nivel de dificuldade física: fácil). 27/05/2017- Sábado 06:00 `as 06:45h Café da manhã. 07:00h 7:40h - Saída no micro-ônibus até a margem do Rio Juquiá, no Porto Raso. 08:00 às 12:30h Saída de barco no rio Juquiá, com parada na cachoeira dos dez metros. 12:30 às 13:00 Deslocamento para local de almoço. 13:00 às 14:30h Piquenique na margem do rio. 14:30 às 18:00h Fotografia de aves na borda da mata. 18:30 às 20:00 - Jantar 28/05/2017 Domingo 06:30 `as 7:30 h Café da Manhã. 08 `as 09:00 h - Trilha da figueira (nível de dificuldade física: fácil) 09:30 às11:30h Fotografia de aves e/ou orquídeas 12:00 às 13:30h - Almoço 15:00 `as 19h- Retorno `a cidade de São Paulo. 5

O INVESTIMENTO Dois mil e seiscentos reais, em duas parcelas iguais, sendo a primeira no ato da inscrição e a outra no dia 23/04/2017. O valor inclui: Workshop de fotografia Hospedagem no alojamento da reserva, em apartamento individual com banheiro, roupa de cama e banho. Não há serviço de camareira. Todas as refeições. Água mineral. Transporte em micro-ônibus para a viagem de ida e volta a São Paulo e nos deslocamentos no interior da reserva. Guia local experiente nas trilhas. Todas as atividades teóricas e práticas. Um exemplar do livro a Sustentabilidade de uma reserva, com a história do Legado das Águas e fotografias de Luciano Candisani. INSCRIÇõES Inscrição por meio do site: www.lucianocandisani.com 6

O EQUIPAMENTO RECOMENDADO A escolha do equipamento deve ser uma opção criativa, pensada para responder `as demandas intrínsecas `a abordagem particular de cada fotógrafo. Portanto, não existe uma regra geral com relação ao equipamento adequado. A experiência Fotografia na Floresta pode ser útil para qualquer tipo de abordagem, seja qual for o equipamento. O mais importante é que haja coerência entre o objetivo de cada um e a ferramenta escolhida. Para uma abordagem documental semelhante a de Luciano Candisani em seus trabalhos para a National Geographic, uma lista básica de equipamentos para a experiência Fotografia na Floresta incluiria: - Um corpo de câmera Reflex digital (DLSR). - Objetivas grande algular e macro. - Um Flash (idealmete dois, para a macrofotografia noturna). - Tripé (fortemente recomendado. É uma poderosa ferramenta criativa). - Mochila apropriada para transporte de equipamento em trilha. O QUE LEVAR -Mochila apropriada para transporte de equipamento fotográfico. -Galocha e lanterna de cabeça para as atividades noturnas. -Guarda-chuva, capa de chuva. -Lanches leves de acordo a preferência pessoal. -Repelente de insetos, protetor solar e medicamentos pessoais. 7

-Roupas e calçados para caminhada (calça comprida, calçados fechados, camisas ou camisetas e chapéu) de preferência com tecido de secagem rápida. -Garrafa ou cantil para água. -Computador pessoal. -Roupa de banho. -Lanterna de cabeça. SOBRE O LEGADO DAS ÁGUAS A Votorantim é proprietária e mantenedora de uma das maiores áreas privadas cobertas por florestas nativas de Mata Atlântica do Brasil. São mais de 31 mil hectares de extensão com remanescentes da floresta em alto 8

grau de preservação, integrando um importante corredor de conservação da biodiversidade desse bioma. Localizada no Vale do Ribeira, sul do Estado de São Paulo, a área abriga quatro hidrelétricas de um conjunto de sete usinas pertencentes às Indústrias Votorantim e chamado Complexo Juquiá. O território faz parte de uma das maiores áreas contínuas de Mata Atlântica do Brasil e fica nos municípios de Juquiá, Miracatu e Tapiraí. A proximidade com alguns parques estaduais, como o Parque Estadual do Jurupará, outras Unidades de Conservação e zonas de preservação da biodiversidade faz da área uma importante peça do corredor ecológico de Mata Atlântica, entre o interior e o litoral do Estado. Preservada pela Votorantim há mais de 50 anos, em 2012, a empresa firmou um protocolo de intenções com o Governo do Estado de São Paulo para a construção da Reserva Votorantim, tendo a gestão compartilhada por meio de um conselho consultivo. Em 2013, essa área passou a ser denominada Legado das Águas Reserva Votorantim. Trata-se de um conceito formado a partir de estudos sobre a cultura e as tradições dos moradores da região, que identificaram a água como um denominador comum que une as populações da área. Legado por ser um patrimônio natural preservado pela Votorantim ao longo dos anos e que se torna um bem acessível à sociedade. A criação do Legado das Águas é uma forma de perenizar a história e conservar para as gerações futuras um ativo muito importante de Mata Atlântica, e também de ajudar a construir uma herança cultural e científica à sociedade. Como um polo de desenvolvimento sustentável, além da preservação ambiental e proteção do ecossistema, as atividades do Legado das Águas 9

incluem parcerias com universidades, incentivo à pesquisa científica e geração de oportunidades e projetos para as comunidades locais. SOBRE LUCIANO CANDISANI Dedicado a contar histórias da natureza há 18 anos, o fotógrafo brasileiro Luciano Candisani é reconhecido pelo estilo peculiar de trazer a informação jornalística em composições de forte poder estético. A ligação espécie-ambiente nos grandes espaços naturais do planeta está no cerne de sua busca criativa, aparecendo fortemente ao longo de toda a sua obra. Candisani produz reportagens fotográficas sobre biodiversidade, conservação e populações tradicionais para importantes publicações no mundo, notadamente a edição principal da National Geographic. Sua matéria mais recente a chegar aos 40 milhões de leitores dessa revista centenária The Comeback Croc, apresenta uma interpretação visual inovadora sobre a vida de jacaré do Pantanal, espécie cuja sobrevivência depende da dinâmica da água na maior planície inundável do planeta. Uma das fotos desse trabalho recebeu o primeiro prêmio em uma das categorias do prestigioso Wildlife photographer of the year de 2012. Luciano começou sua carreira fotografando expedições científicas, enquanto ainda era estudante de graduação de biologia, na Universidade de São Paulo USP. Sua primeira grande oportunidade profissional surgiu em 1996, quando foi convidado a integrar uma expedição de três meses para as Ilhas Shetlands do Sul, na Antártica, com o objetivo de documentar 10

a vida marinha sob o gelo, para o Instituto Oceanográfico da sua universidade. Desde então, suas pautas jornalísticas o levam a alguns dos lugares mais remotos do mundo, tais como a Antártica, Patagônia, Amazônia, Atol das Rocas, Ilhas Darwin e Wolf, Ilhas Malvinas e Filipinas. Em 1998, passou 7 meses a bordo da escuna Aysoo, em expedição pela Patagônia e Terra do Fogo. Essas andanças resultaram em uma produção que inclui 7 livros fotográficos, centenas de matérias, exposições, workshops, palestras, textos e entrevistas, no Brasil e exterior. Em 2013, integrou, o juri do Wildlife Photographer of the Year de 2013, no The Natural History Museum, em Londres. Em 2014, foi um dos jurados do prestigioso World Press Photo, em Amsterdã. E Desde 2007, participa como convidado do Festival Internacional de fotografia de Paraty, o Paraty em Foco, onde ministra o curso Narrativas Visuais na Natureza, um grande sucesso de público. Luciano também produziu mais de 20 matérias exclusivamente para a edição internacional brasileira de National Geographic, revista para a qual vem trabalhando desde o ano 2000. Uma dessas histórias, os macacos hippies, fotografada em 2002, venceu quatro categorias do prêmio Abril de jornalismo, incluindo o prêmio de distinção em fotografia do ano. A grande repercussão dessa reportagem trouxe benefícios reais para os esforços de conservação dos muriquis, que estão entre os 25 macacos mais ameaçados de extinção. Em 2007, a relevância do trabalho de Luciano Candisani para a fotografia e conservação da natureza foi reconhecida com a sua nomeação para fotógrafo da International League of Conservation Photographers ILCP, que reúne alguns dos principais fotógrafos de natureza do mundo com a tarefa de usar a fotografia como ferramenta de proteção ambiental. 11

Luciano vive com sua família entre o mar e a floresta, na Ilha de São Sebastião, litoral sudeste do Brasil. Mais informações: www.lucianocandisani.com 12