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Transcrição:

Ano 4 - nº 12 Março de 2012 PESQUISA DE EMPREGO BANCÁRIO Emprego Bancário registra expansão de 4,88% em 2011 De janeiro a dezembro de 2011, foram gerados 23.599 novos postos de trabalho nos bancos. O saldo positivo registrado significa expansão de 4,88% no emprego bancário. Na comparação com o saldo de 1.944.560 postos gerados em todos os setores da economia em 2011, os bancos contribuíram com apenas 1,21% do total. Em 2011, observa-se aumento da disparidade entre os salários de admitidos e desligados no setor. O bancário admitido recebeu salário, em média, 40,87% inferior ao dos trabalhadores desligados. Em toda a economia, essa diferença é próxima de 7%. As regiões Norte e Nordeste apresentaram expansão do emprego no setor superior a 12% e 10%, respectivamente, superando a média de crescimento nacional. A principal forma de afastamento para os trabalhadores que deixaram os postos nos bancos foi a demissão sem justa causa, responsável por 50,19% do total de desligamentos em 2011, contrastando com 2010, quando o principal tipo de desligamento foi o realizado a pedido dos funcionários (48,09%). Estes são os principais resultados da 12ª edição da Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), desenvolvida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (CONTRAF-CUT). O levantamento acompanha a evolução do emprego nas instituições bancárias, a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Nesta edição, foi incluída ainda uma sessão especial com os dados de emprego extraídos dos Relatórios de Administração dos cinco maiores bancos do país - Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander. 1

Tendência do emprego bancário Em 2011, foram criados 23.599 postos de trabalho no setor bancário, resultado de 59.970 admissões e 36.371 desligamentos. O número é 1,80% inferior ao registrado em 2010, quando o saldo de empregos no setor foi positivo em 24.032 postos. A diferença de remuneração entre admitidos e desligados também foi maior que a apresentada em 2010, quando ficou em 37,60%. Em 2011, a remuneração média dos admitidos foi de R$ 2.430,57 e a dos desligados, de R$ 4.110,26, diferença de 40,87%. Desempenho por região geográfica Em termos percentuais, a região Norte apresentou maior expansão do emprego. As vagas criadas significaram crescimento de 12,84% no emprego bancário na região. O Nordeste também apresentou expressiva expansão (de 10,27%), como resultado de um saldo positivo de 5.927 vagas geradas no período analisado. Na média nacional, a expansão das vagas ficou em 4,88%. Assim, percebe-se que apenas as regiões acima citadas (Norte e Nordeste) tiveram crescimento superior à média. Apesar do saldo elevado, o Sudeste apresentou o pior desempenho em termos de expansão, como mostra a Tabela 1. Vale destacar que, no ano anterior, o crescimento do emprego no Nordeste foi de 3,22%, índice mais baixo entre as regiões, enquanto no Sudeste apresentou expansão superior à média nacional. Houve, portanto, inversão da tendência de evolução do emprego entre as regiões. Região do País TABELA 1 Expansão do emprego por região geográfica Brasil Janeiro a dezembro de 2011 Estoque de emprego em 2010 1 Saldo de empregos de 2011 Saldo de empregos de 2011 Expansão Norte 16.151 2.073 18.224 12,84% Nordeste 57.724 5.927 63.651 10,27% Sudeste 294.093 10.506 304.599 3,57% Sul 69.748 3.394 73.142 4,87% Centro-Oeste 45.381 1.699 47.080 3,74% Total 483.097 23.599 506.696 4,88% 1) Dados extraídos da RAIS 2010 Saldo trimestral O saldo de empregos nos bancos foi positivo nos quatro trimestres de 2011, com saldo trimestral médio positivo de aproximadamente 6.000 empregos. Na comparação com 2010, nota-se leve desaquecimento em relação à geração de empregos, sobretudo no último trimestre de 2011. 2

GRÁFICO 1 Saldo trimestral de empregos Brasil 2009 a 2011 Por outro lado, a diferença de remuneração entre desligados e admitidos aumentou em 2011. No último trimestre, o trabalhador bancário admitido obteve, em média, remuneração 47,93% inferior à dos desligados no setor, índice que superou em mais de 12 pontos percentuais a diferença de remuneração apresentada no mesmo período de 2010. A análise do Gráfico 2 evidencia, ainda, que a disparidade de remuneração no setor bancário é superior à praticada nos demais setores da economia, nos quais a diferença média entre remuneração de admitidos e desligados é próxima de 7%. GRÁFICO 2 Diferença de remuneração entre admitidos e desligados, no setor bancário e em toda economia Brasil 2009 a 2011 3

Perfil dos postos gerados Os homens são maioria entre os admitidos e também entre os desligados. Com isso, o saldo de empregos é superior entre as mulheres. No saldo de 2011 há 11.444 homens (48,5%) e 12.155 mulheres (51,5%). As faixas de idade com saldo de empregos positivo são aquelas com até 40 anos, com destaque para a situada entre 18 e 24 anos, para a qual o resultado foi positivo em 22.341 postos. A partir de 40 anos, o saldo de empregos torna-se negativo para todas as faixas. A faixa de escolaridade com maior saldo de empregos é a dos que têm o superior incompleto, com geração de 13.903 vagas e remuneração média de R$ 1.585,72 para os admitidos. Para trabalhadores com ensino médio completo, foram criadas 8.520 vagas. O saldo para trabalhadores com superior completo foi menor: 1.536 vagas. Saldo de emprego por faixa de remuneração O saldo de empregos em 2011 foi positivo apenas para as faixas de até três salários mínimos. As faixas salariais acima de quatro salários mínimos apresentaram saldos negativos, conforme revela o Gráfico 3. A faixa de remuneração de 2,01 a 3,0 SM apresentou o saldo mais expressivo de emprego (30.409). GRÁFICO 3 Admitidos, desligados e saldo de emprego por faixa de salário Brasil - Janeiro a dezembro de 2011 4

Tempo de permanência no emprego Entre os bancários desligados em 2011, 21,05% estavam no emprego há menos de um ano. Quando se agrega essa faixa de tempo de permanência no emprego com as faixas até cinco anos (59,9 meses), observa-se que 59,72% dos desligamentos ocorreram para trabalhadores com menos de cinco anos no emprego. Outros 23,90% dos desligados estavam no emprego há mais de 10 anos. GRÁFICO 4 Total de desligados por tempo de emprego Brasil Janeiro a dezembro de 2011 Tipo de admissão e desligamento Grande parte (40,74%) dos admitidos no setor bancário entre janeiro e dezembro de 2011 teve, pela primeira vez, registro em carteira de trabalho. Ou seja, do total de 59.970 bancários admitidos, 24.430 entraram no mercado formal de trabalho. Os que foram reempregados, ou seja, já tinham exercido ocupação formal anteriormente, correspondiam a 57,01% do total de admissões, ou 34.189 trabalhadores. Trabalhadores admitidos por contrato com prazo de trabalho determinado representavam apenas 2,04% e aqueles contratados por reintegração corresponderam somente a 0,21% do total. A maioria dos trabalhadores desligados (50,19%) saiu do banco por demissão sem justa causa. Este tipo de demissão, em 2011, voltou a prevalecer sobre as demais, tornando-se mais expressiva que a realizada a pedido do trabalhador, que foi responsável por 43,39% dos desligamentos. Esse cenário é contrário ao observado em 2010, quando o desligamento a pedido foi o mais expressivo para a categoria e representou 49,08% das demissões ocorridas ao longo do ano, período em que a dispensa sem justa foi a segunda causa mais relevante de desligamentos (42,06%). 5

GRÁFICO 5 Total de desligados por tempo de emprego Brasil - Janeiro a dezembro de 2011 Admissões Desligamentos Ocupação Pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), é possível observar o comportamento do emprego formal, segundo as classes de ocupação. As informações foram agrupadas com base em seis postos de trabalho nos bancos, conforme mostra a Tabela 7. O saldo positivo de emprego concentra-se nas ocupações de início de carreira dos bancários. Escriturários, Agentes e Auxiliares Administrativos e Técnicos Bancários apresentaram saldo positivo em 27.343 postos. A diferença de remuneração entre admitidos e desligados também foi mais expressiva neste grupo, chegando a 44,97%. Já nas ocupações de maior remuneração, o saldo de empregos foi negativo. Para os cargos de diretoria, o saldo foi de -166 postos. Para os cargos de gerência, foram fechados 1.976 postos. Entre os supervisores, o saldo é negativo em 1.035 postos. 6

TABELA 2 Admitidos, desligados, remuneração média, saldo de emprego e diferença da remuneração média, por ocupação 1 Brasil Janeiro a dezembro de 2011 Ocupação Nº de trab. Admitidos Rem. Média (em R$) Desligados Nº de trab. Rem. Média (em R$) Saldo Diferença da Rem. Média (%) Diretores 221 18.224,89 387 20.870,67-166 -12,68% Gerentes 3860 6.331,40 5836 6.562,77-1.976-3,53% Supervisores 367 6.064,80 1402 3.762,64-1.035 61,18% Escriturários, Auxiliares Administrativos e Técnicos Bancários 43511 1.556,25 16168 2.828,14 27.343-44,97% Operadores de Telemarketing 497 1.265,73 525 1.437,60-28 -11,96% Outros 12.011 3.942,60 12.578 4.143,47-567 -4,85% Total 59.970 2.430,57 36.371 4.110,26 23.599-40,87% Nota: 1) Famílias de ocupação da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) Saldo de emprego nos cinco maiores bancos do país Por meio dos dados do Caged, é possível observar a movimentação dos trabalhadores bancários de todo o país, de maneira agregada. No entanto, não é possível identificar quais as instituições financeiras responsáveis pelo saldo de movimentações. Por esse motivo, a Pesquisa de Emprego Bancário nº 12 traz uma sessão especial, com destaque para os dados de emprego registrados nos balanços dos cinco maiores bancos brasileiros. 1 É importante ressaltar, no entanto, que o balanço dos bancos não trata apenas do emprego bancário. Ali estão incluídos todos os funcionários da holding. Em dezembro de 2011, o total de funcionários dos cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Santander) atingiu 456.987 trabalhadores. Enquanto o Caged registrou expansão de 4,88% no emprego bancário, os cinco maiores bancos brasileiros tiveram crescimento de apenas 2,88% do quadro de funcionários (incluindo trabalhadores bancários e não bancários). 1 A opção pela análise dos cinco maiores bancos brasileiros é representativa, já que, segundo dados do Banco Central do Brasil, essas instituições concentravam, em dezembro de 2010, 81,85% do total de funcionários do sistema bancário do país. 7

TABELA 3 Estoque de funcionários e saldo de emprego nos cinco maiores bancos do país Brasil Janeiro a dezembro de 2011 Banco Dezembro Variação 2010 2011 relativa absoluta Banco do Brasil 109.026 113.810 4,39% 4.784 Caixa Econômica Federal 83.185 85.633 2,94% 2.448 Bradesco 95.248 104.684 9,91% 9.436 Itaú Unibanco 102.316 98.258-3,97% -4.058 Santander 54.406 54.602 0,36% 196 Total 444.181 456.987 2,88% 12.806 Fonte: Relatórios de Administração dos bancos Chamam a atenção os casos do Itaú Unibanco, com redução do quadro de funcionários em 3,97% no ano e, por outro lado, o crescimento do número de funcionários do Bradesco, calculado em 9,91%. Segundo o relatório de administração do Itaú Unibanco, as demissões foram resultado da reestruturação na área de crédito. A intenção da instituição é passar as atribuições dessa área para os parceiros varejistas, a fim de enxugar a estrutura do banco e, assim, aumentar o índice de eficiência. 2 O aumento do número de trabalhadores no Bradesco está associado à estratégia de expansão do atendimento bancário, lançada devido à perda da licitação que permitia que a instituição operasse o Banco Postal 3, rede de correspondentes bancários que atuam nas agências dos Correios. Com a perda da licitação do Banco Postal para o Banco do Brasil, o Bradesco decidiu expandir o número de agências e de funcionários para não perder os clientes que atendia, desde 2001, atuando no segmento de correspondentes. Considerações finais Em 2011, o emprego formal, ainda que de maneira menos expressiva que em 2010, cresceu de forma robusta em praticamente todos os setores de atividade econômica do Brasil. No setor bancário, não foi diferente. Em termos percentuais, o crescimento foi de 4,88%. Nos 12 meses de 2011, o saldo de emprego foi positivo em 23.599 ocupações, resultado bastante similar ao de 2010. Os dados mostram, portanto, reversão da tendência de queda na ocupação do setor, observada no início de 2009, quando o Brasil enfrentava os efeitos da crise. Em substituição a 2 Relação entre as despesas e as receitas do banco. 3 Em 2011, o edital para controle do Banco Postal foi reaberto e o Banco do Brasil ofereceu o maior lance, passando a ter o direito de exercer o controle sobre a rede de correspondentes, que conta com 6.195 postos de atendimento. 8

esse cenário, observa-se uma constante expansão do emprego, desde o terceiro trimestre de 2009. Os dados do Caged apontam que a demissão de funcionários com remuneração acima da média do setor, combinada à contratação de novos trabalhadores que recebem um salário 40,87% inferior, tem impacto restritivo sobre a massa salarial total. A rotatividade nos bancos, portanto, permite que haja expansão do emprego sem que isso implique no crescimento da massa de salários. O ritmo das demissões foi mais acelerado em 2011, com aumento de 8,84% em relação ao ano anterior. Entre os 36.371 trabalhadores desligados no período, 50,19% foram demitidos sem justa causa, percentual superior ao verificado nas pesquisas anteriores, quando esse tipo de dispensa era próximo de 42%. Com isso, houve diminuição da participação dos desligamentos a pedido, que agora, representam 43,39% das demissões no setor. As regiões Norte e Nordeste apresentaram crescimento relativo mais expressivo do emprego, com 12,83% e 10,27%, respectivamente. O Sudeste apresentou o maior saldo de empregos (10.506) em termos absolutos, porém, em termos percentuais, mostrou o pior resultado, com crescimento de apenas 3,57%, valor inferior à média nacional. A geração de empregos segue equilibrada entre os sexos, concentrada nas faixas de idade de até 39 anos - com saldos negativos para os que têm a partir de 40 anos e com saldos positivos para trabalhadores com ensino médio completo, ensino superior incompleto e ensino superior completo. A movimentação registrada no Caged mostra ainda que, em 2011, a ocupação Escriturários, Agentes e Auxiliares Administrativos e Técnicos Bancários foi responsável pelo saldo positivo de emprego no setor, enquanto aquelas com maior remuneração, como Supervisores, Gerentes e Diretores apresentaram saldos negativos. O aumento da diferença de remuneração entre admitidos e desligados e o crescimento da demissão sem justa causa podem ser reflexo do grande volume de demissões observado no Itaú Unibanco, e, por outro lado, da contratação de novos trabalhadores com salários próximos ao piso, no Bradesco, como destacado na sessão especial com os dados extraídos dos Relatórios de Administração dos cinco maiores bancos do país. 9

Aurora, 957 CEP 01209-001, São Paulo, SP Telefone (11) 3874-5366 / fax (11) 3874-5394 E-mail: en@dieese.org.br www.dieese.org.br Direção Executiva Presidente: Zenaide Honório Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo - SP Vice-presidente: Josinaldo José de Barros Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Materiais Elétricos de Guarulhos Arujá Mairiporã e Santa Isabel - SP Secretário: Pedro Celso Rosa Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Máquinas Mecânicas de Material Elétrico de Veículos e Peças Automotivas da Grande Curitiba - PR Diretor Executivo: Alberto Soares da Silva Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de Campinas - SP Diretora Executiva: Ana Tércia Sanches Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo Osasco e Região - SP Diretor Executivo: Antônio de Sousa Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de Osasco e Região - SP Diretor Executivo: José Carlos Souza Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de São Paulo - SP Diretor Executivo: João Vicente Silva Cayres Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - SP Diretora Executiva: Mara Luzia Feltes Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramentos Perícias Informações Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul - RS Diretora Executiva: Maria das Graças de Oliveira Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Pernambuco - PE Diretor Executivo: Paulo de Tarso Guedes de Brito Costa Sindicato dos Eletricitários da Bahia - BA Diretor Executivo: Roberto Alves da Silva Federação dos Trabalhadores em Serviços de Asseio e Conservação Ambiental Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo - SP Diretor Executivo: Luis Carlos de Oliveira Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo Mogi das Cruzes e Região - SP Direção técnica Clemente Ganz Lúcio diretor técnico Ademir Figueiredo coord. de estudos e desenvolvimento José Silvestre Prado de Oliveira coord. de relações sindicais Nelson Karam coord. de educação Francisco J.C. de Oliveira coord. de pesquisas Rosana de Freitas coord. administrativa e financeira Rede Bancários Alex Leonardi Barbara Vallejos Vasquez Catia Uehara Gustavo Cavarzan Pedro Tupinambá Vivian Machado de Oliveira Rodrigues Equipe técnica responsável Barbara Vallejos Vasquez Vivian Machado de Oliveira Rodrigues Revisão Técnica Eliana Ferreira Elias Direção Executiva CONTRAF Carlos Alberto Cordeiro da Silva - Presidente Neemias Souza Rodrigues - Vice-Presidente Marcel Juviniano Barros - Secretário Geral Ademir José Wiederker - Secretário de Imprensa Antonio Carlos Pirotti Pereira - Sec. de Estudos Sócios Econômicos Carlindo Dias de Oliveira - Sec. de Política Sindical Deise Aparecida Recoaro - Sec. de Políticas Sociais Jose Ricardo Jacques - Sec. de Relações Internacionais Miguel Pereira - Sec. de Organização Miriam Cleusa Fochi - Sec. de Assuntos jurídicos Plínio José Pavão de Carvalho - Sec. de Saúde Roberto Antonio Von Der Osten - Sec. de Finanças Willian Mendes de Oliveira - Sec. de Formação Douglas Garcia Reis - Diretor Executivo Jeferson Rubens Boava - Diretor Executivo Jose Geraldo Palemo Ferraz - Diretor Executivo Marco Aurélio Saraiva Holanda - Diretor Executivo Rosalina do Socorro Ferreira Amorim - Diretor Executivo Sergio Wilson Lima de Amorim - Diretor Executivo 10