Índice de Preços Turístico 2º Trimestre 2016 Próxima edição: 19 de Outubro 2016 O IPT é um índice que vem sendo implementado pelo INE de forma faseada. No primeiro trimestre de 2016 alargou-se a sua cobertura com a inclusão de Restaurantes, cafés e bares e Serviços de entretenimento e cultura. Sendo assim, as três classes de produtos da Classificação do Consumo Individual por Objectivo (CCIO) pesam, doravante, cerca de 90% do Total da Despesa Turística. Contacto (s): Olga Cruz Olga.cruz@ine.gov.cv Raimundo Lopes Raimundo.lopes@ine.gov.cv 18 de Julho de 2016 Preços da oferta turística aumentaram em termos homólogos 13,1% no segundo trimestre de 2016 No segundo trimestre de 2016, a taxa de variação homóloga registada pelo IPT foi de 13,1 %, aumentando 1,1 pontos percentuais (p.p.) face ao valor registado no trimestre anterior. A variação trimestral observada no segundo trimestre de 2016 foi de -6,8% inferior em -15,2 p.p. ao valor registado no trimestre anterior (8,4%), reflexo do padrão de sazonalidade deste indicador. 20% Gráfico 1 Taxas de variação do IPT Nacional 15% 10% 5% 0% -5% Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abri Mai Jun 2014T3 2014T4 2015T1 2015T2 2015T3 2015T4-10% -15% -20% Variação em Cadeia Trimestral Variação em Cadeia Mensal -25% 1
Aluguer de veículos Serviços de entretenimento e cultura Restaurantes Cafés Bares e similares Residencial Hotel Pensão Pousada Hotel-apartamento Aldeamento turistico Aluguer de veículos Serviços de entretenimento e cultura Restaurantes Cafés Bares e similares Residencial Hotel Pensão Pousada Hotel-apartamento Aldeamento turistico,5 Variação Homóloga Trimestral: 13,1% A classe Hotéis Cafés e Restaurantes apresentou uma variação homóloga de 13,2%, 1,0 p.p. acima da que se verificou no trimestre anterior. A esta variação correspondeu uma contribuição de 13,1 p.p. para a variação do IPT Total (Gráfico 2). Note-se que o movimento dos preços das dormidas em Hotéis foram completamente determinantes para este movimento. O seu peso no IPT Total, determina em grande parte o movimento do indicador. O nível de preços da classe Transportes manteve-se constante em relação ao trimestre homólogo. Gráfico 2 Contribuição dos Produtos para a variação homóloga do IPT Nacional 14,0 12,0 10,0 Índice de Preços Turísticos (2014:100) % turístico que, pela sua importância relativa na despesa turística, foram determinantes para o resultado do IPT total. Nos serviços de Alojamento registaram-se variações negativas nos produtos: Hotel-apartamento (-3,0%), Hotel (-10,5%). Nos restantes produtos verificou-se quebra ou estagnação (ver Tabela 1). Gráfico 3 Variação trimestral dos produtos do IPT Nacional 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0-2,0-5,0% -10,0% -15,0% -20,0% -25,0% 2016_T1 2016_T2 _Total _Total Variação Trimestral: -6,8% A taxa de variação no trimestre em análise é de -6,8%, inferior ao registado no trimestre anterior em que se situou em 8,4% e ligeiramente superior à variação em cadeia do trimestre homólogo do ano anterior (-7,7%). Este foi resultado de comportamentos sazonais de natureza mensal, com particular incidência em Junho. Concretamente, a variação neste trimestre revela aumentos significativos nos preços dos serviços de Alojamento, com particular incidência no aldeamento Tabela 1 Principais variações trimestrais dos produtos Produtos Taxa de variação trimestral em cadeia 2014T2 2014T3 2014T4 2015T1 2015T2 2015T3 2015T4 Aluguer de veículos 0,1% -0,1% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Serviços de entretenimento e cultura 0,0% 0,0% Restaurantes -0,2% 0,0% Cafés Bares e similares 0,0% 0,0% Residencial -3,7% -2,0% 0,6% 4,4% 1,7% 0,6% -1,5% 3,1% 0,1% Hotel -6,2% 6,2% -5,3% 7,4% -8,6% 10,0% 2,5% 11,1% -10,5% Pensão -0,4% -0,2% -1,0% 2,4% -0,2% -0,4% 0,0% -5,3% 0,0% Pousada -0,2% 0,2% -0,3% 13,5% 0,0% 0,0% 0,0% -1,7% 0,0% Hotel-apartamento -8,1% -6,7% 3,8% 3,4% -2,7% -3,6% 3,9% 17,3% -3,0% Aldeamento turistico -26,2% 0,7% 43,3% -5,8% 5,9% -0,2% 5,5% -21,3% 22,3% Total -7,0% 5,8% -3,5% 6,6% -7,7% 9,1% 2,5% 8,4% -6,8% 2
Gráfico 5 Contribuição das Ilhas para a variação trimestral homóloga do IPT Nacional 135 130 125 120 115 110 Índices Regionais Gráfico 4 Índices Regionais e Nacional NAC SA SV SL BV ST 14,0 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0-1,0 SA SV SL BV ST IPT Total 105 100 95 90 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 2014 2014 2014 2014 2015 2015 2015 2015 2016 2016 Os perfis dos índices calculados para o Sal e Boa Vista são determinantes do perfil que se observa no IPT nacional. A nível regional, registaram-se variações em cadeia trimestrais negativas nas ilhas do Sal (-10,1%), da Boa Vista (-5,0%), de Santiago (-1,2%) e de Santo Antão (-0,4%). A ilha de S. Vicente é a única a registar uma variação em cadeia positiva (Gráfico 4). Tabela 2 Contribuição das Ilhas para a variação trimestral homóloga do IPT Nacional Ilhas Trimestres Santo Antão SA 0,257 0,226 São Vicente SV -0,104 0,015 Sal SL 6,570 7,008 Boa Vista BV 5,452 6,011 Santiago ST -0,149-0,218 IPT Total 12,026 13,043 Registaram-se contribuições positivas das Ilhas de São Vicente, de Santo Antão, da Boa Vista e do Sal (esta a mais acentuada) para a taxa de variação homóloga trimestral do IPT. Por outro lado, a ilha de Santiago apresentou contribuição ligeiramente negativa. 3
Índices trimestrais 2014 T1 103,53 101,92 100,63 103,61 103,94 99,61 2014 T2 96,32 99,63 99,15 96,13 95,86 100,27 2014 T3 101,86 97,92 96,1 98,81 105,31 99,94 2014 T4 98,29 100,53 104,12 101,44 94,88 100,17 2015 T1 104,8 104,9 105,82 112,27 98,38 99,01 2015 T2 96,78 105,91 102,05 100,61 92,22 99,59 2015 T3 105,59 105,93 100,16 106,11 105,80 98,37 2015 T4 108,27 111,55 100,42 116,84 101,29 99,59 2016 T1 117,40 112,21 101,78 128,55 109,85 94,62 2016 T2 109,41 111,79 102,60 115,60 104,35 93,48 Taxa de variação em cadeia trimestral 2014 T1 2014 T2-7,0% -2,2% -1,5% -7,2% -7,8% 0,7% 2014 T3 5,8% -1,7% -3,1% 2,8% 9,9% -0,3% 2014 T4-3,5% 2,7% 8,3% 2,7% -9,9% 0,2% 2015 T1 6,6% 4,3% 1,6% 10,7% 3,7% -1,2% 2015 T2-7,7% 1,0% -3,6% -10,4% -6,3% 0,6% 2015 T3 9,1% 0,0% -1,9% 5,5% 14,7% -1,2% 2015 T4 2,5% 5,3% 0,3% 10,1% -4,3% 1,2% 2016 T1 8,4% 0,6% 1,4% 10,0% 8,5% -5,0% 2016 T2-6,8% -0,4% 0,8% -10,1% -5,0% -1,2% Taxa de variação homóloga trimestral 2014 T1 2014 T2 2014 T3 2014 T4 2015 T1 1,2% 2,9% 5,2% 8,4% -5,3% -0,6% 2015 T2 0,5% 6,3% 2,9% 4,7% -3,8% -0,7% 2015 T3 3,7% 8,2% 4,2% 7,4% 0,5% -1,6% 2015 T4 10,2% 11,0% -3,6% 15,2% 6,8% -0,6% 2016 T1 12,0% 7,0% -3,8% 14,5% 11,7% -4,4% 2016 T2 13,1% 5,6% 0,5% 14,9% 13,2% -6,1% 4
NOTAS EXPLICATIVAS Índice de Preços Turísticos O índice de Preços Turísticos (IPT) é um indicador que tem por finalidade medir a evolução no tempo dos preços de um conjunto de bens e serviços considerados representativos da estrutura de consumo dos turistas. O IPT não é, desta forma, um indicador do nível de preços registado entre períodos diferentes mas antes um indicador da sua variação. A estrutura de consumo da actual série do IPT (2014:100) bem como os bens e serviços que constituem o cabaz do indicador foram inferidos com base no Inquérito aos Gastos Turísticos realizado nos meses de Outubro e Dezembro de 2011 conjugado com informação das Estatísticas do Turismo designadamente o número e o preço médio das dormidas. O IPT alargou a sua cobertura no segundo trimestre de 2016 a Restaurantes, cafés e bares e Serviços de entretenimento e cultura, cobrindo actualmente três classes de produtos da Classificação do Consumo Individual por Objectivo (CCIO) o que corresponde, aproximadamente, a 90% do Total da Despesa Turística. A nível geográfico cobre cinco Ilhas (Santo Antão, São Vicente, Sal, Boa Vista e Santiago). Mais informações sobre a presente série do IPT podem ser obtidas através da consulta da nota metodológica do indicador: Índice de Preços Turísticos Base 2014, Metodologia, Direcção das Contas Nacionais, Estatísticas Económicas e dos Serviços, Divisão das Estatísticas do Turismo do Instituto de Estatística de Cabo Verde, disponível no Portal do Sistema Estatístico Nacional através do endereço www.ine.cv ou www.statline.cv. Classes da Classificação do Consumo Individual por Objectivo (CCIO) 00 Total C01 C02 C03 C04 C05 C06 C07 C08 C09 C10 C11 Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas Bebidas alcoólicas e tabaco Vestuário e calçado Rendas de habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis Acesórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação Saúde Transportes Comunicações Lazer, recreação e cultura Ensino Hotéis, restaurantes, cafés e similares C12 Bens e serviços diversos Taxa de variação mensal A variação mensal compara o nível do índice entre dois meses consecutivos. Embora seja um indicador que permite um acompanhamento corrente do andamento dos preços, o valor desta taxa de variação é particularmente influenciado por efeitos de natureza sazonal e outros mais específicos localizados num (ou em ambos) dos meses comparados. Taxa de variação homóloga A variação homóloga compara o nível do índice entre o mês corrente e o mesmo mês do ano anterior. Esta taxa de variação, perante um padrão estável de sazonalidade, não é afectada por oscilações desta natureza podendo, no entanto, ser influenciada por efeitos localizados num mês específico. Taxa de variação média dos últimos doze meses A variação média dos últimos doze meses compara o nível do índice médio dos últimos doze meses com os doze meses imediatamente anteriores. Por ser uma média móvel, esta taxa de variação é menos sensível a alterações esporádicas nos preços. O valor desta taxa no mês de Dezembro corresponde à taxa de inflação anual. Uma vez que são necessários oito trimestres (24 meses) para o cálculo deste indicador, não é possível a sua disponibilização. Contribuições A contribuição representa o efeito individual de uma dada classe ou região na formação de uma taxa de variação do índice total. Este indicador é apresentado em termos de pontos percentuais em relação à variação total. Assim, a contribuição de uma classe ou região para, por exemplo, a variação mensal, representa o efeito de uma determinada classe ou região na formação da taxa de variação entre um determinado índice e o índice observado no mês anterior. 5