EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS O General Telmo de Oliveira Sant Anna nasceu em Porto Alegre, em dezoito de setembro de 1920, filho mais velho de Lúcio Sant Anna Sobrinho e Dolores de Oliveira Sant Anna. Casou-se em maio de 1947 com Izar Leite Faria Corrêa, tiveram cinco filhos, doze netos e uma bisneta. Ingressou no Colégio Militar de Porto Alegre no ano de 1932 como aluno, onde ficou até 1938. De 1938 a 1940 estudou na Escola Militar do Relengo, no Rio de Janeiro, ocasião em que recebeu inúmeros elogios e louvores individuais, cursando a Arma de Cavalaria. Recebeu, outrossim, o Prêmio General Marinho, por ser o primeiro na turma de Cavalaria. E recebeu a Medalha Marechal Hermes - Aplicação e Estudo - de bronze e passadeira - por ter obtido o primeiro lugar no Curso de Cavalaria da Escola Militar, em 1940. Retornou a Porto Alegre em 1941, para o Regimento Osório, no Terceiro Regimento de Cavalaria Divisionária, onde permaneceria até 1943, então como aspirante a Oficial de Cavalaria. Ocupando as funções de Comandante de Pelotão, neste período participou de diversas Comissões, tais como Exame, Inventário, Representação, Júri Técnico. Seguiu sendo recebedor de louvores e elogios, o que viria a ser uma constante em todos os postos e funções em que esteve. Em nove de setembro de 1941 foi promovido a 2º Tenente de Arma de Cavalaria e em 8 de junho de 1943 foi promovido a 1º Tenente. Foi transferido em outubro de 1943 ao 1º Regimento de Cavalaria Motorizado em Santa Rosa, onde ficou até junho de 1945. Desempenhou as funções de Comandante de Esquadrão. No dia de sua apresentação, já fora nomeado como juiz para constituir o Conselho Trimestral de Justiça e no segundo dia de sua chegada participou de Concurso de Tiro, classificando-se em primeiro lugar. Estes dois a- contecimentos, logo de sua chegada, deram um bom exemplo do militar exemplar que à Santa Rosa viera. E lá constituiu as mais variadas Comissões, foi Diretor do Curso de Cabos, de Inquéritos Policiais Militares, Diretor do Curso de Sargentos, Diretor do Curso de Oficiais R-2, Oficial das Transmissões, etc. Além, como sói acontecer, de colher inúmeros elogios e louvores individuais. De junho de 1945 a outubro de 1948, esteve no 2º Regimento Motomecanizado em Porto Alegre, ocupando as funções de Comandante de Esquadrão e de Companhia. Mais uma vez constituiu o Conselho de Justiça Militar, como relator e também presidente, e foi designado para proceder Inquérito Policial Militar novamente.
-2- Continuava a integrar Comissões, chefiou o Elemento Associado, secretariou o Regimento. E, no transcorrer deste tempo, permeando-o, eram-lhe oferecidos elogios. Aos 8 dias de janeiro de 1946 foi promovido a Capitão, por merecimento. De outubro de 1948 a março de 1949, foi chefe da Diretoria de Pessoal S2/D1 - seguindo sendo louvado - no Rio de Janeiro, cidade na qual se manteve até outubro de 1949. Eis que, durante este ano, cursou a Escola Técnica de Motomecanização, obtendo o conceito Muito Bem. Em dezembro de 1949, recebeu a Medalha Militar de bronze e passadeira. Voltava a Porto Alegre em dezembro de 1949, ficando até fevereiro de 1951. Nesta época, funcionou como Chefe de Divisão, Seção e Departamento no Parque de Motomecanização da Terceira Regional, ainda participando de Comissões, Inquérito Técnico, e Instrutor. De fevereiro a dezembro de 1951, morou novamente no Rio de Janeiro, quando cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, sendo aluno assaz louvado, conceituado como Muito Bem. Ao vir a Porto, em janeiro de 1952, foi classificado no CPOR, ficando até fevereiro de 1954. Ocupou as funções de Auxiliar, Instrutor e Chefe da Cavalaria, sempre merecedor de elogios individuais. Em agosto de 1953 foi promovido a Major por merecimento. De fevereiro de 1954 até janeiro de 1957, retornava ao Rio de Janeiro para cursar a afamada Escola de Comando e Estado Maior, colhendo elogios e a menção Bem. Vale lembrar que em julho de 1955 foi agraciado com a Medalha do Pacificador. Concluindo o curso, regressou a Porto Alegre em março de 1957, designado para estagiar no Quartel General da Sexta Divisão de Infantaria até setembro do mesmo ano, recebendo elogios e louvores. Neste mês, foi designado como Adjunto de Seção e Chefe de Seção no Quartel General no qual permaneceu até maio de 1961, período em que foi brindado com a Medalha Militar de prata e passador de prata. Por diversas oportunidades, fez viagens acompanhando o Comandante do QG da Sexta Divisão de Infantaria, assim como viagens a serviço do III Exército; por ordem de seu Comandante ou escolha dele, também aplicou e fiscalizou Exame de Suficiência. Durante este tempo, seguiu intercalando seu trabalho com os elogios e louvores que lhe eram ofertados (mais e mais). Igualmente, realizou viagens representando o Comando da Sexta Divisão de Infantaria. No dia 26 de dezembro de 1960 foi promovido a Tenente Coronel.
-3- Em maio de 1961, chegava ao respeitabilíssimo Quartel General do III E- xército, sendo Adjunto de Seção e Chefe de Seção. Neste tempo, foi admitido na Ordem do Mérito Militar, quadro Ordinário, grau Cavaleiro. Perduraram os elogios e louvores individuais, profusamente concedidos, ressaltando seu notável tirocínio, sua competência profissional, bem como pessoal, denotada por sua e- xemplar educação, fato, é bom que se diga, sempre enaltecido nos elogios recebidos. Foi designado a viajar acompanhando o Comandante do III Exército variadas vezes. Viajou à Guanabara por ordem do Ministro da Guerra. A par de exercer a chefia de Seção de Planejamento e Cooperação, foi designado para implementar o Plano de Ação Psicológica. O General Telmo Sant Anna alcançava mais uma promoção por merecimento, desta feita ao posto de Coronel, em agosto de 1965. Em setembro, foi promovido ao Grau de Oficial ; recebeu a Medalha Mérito Santos Dumont, de prata; em janeiro de 1966 presidiu a Comissão de Planejamento da Semana do Soldado. Aos treze dias do mês de setembro de 1966, Telmo Sant Anna era promovido a General de Brigada e incluído no Quadro de Oficiais-Generais do Exército, transferindo-se para a Reserva de Primeira Classe, sendo desligado do QG do III Exército. Grife-se um, emblemático, entre tantos elogios acusados, para marcar bem quem foi o General Telmo Sant Anna. Com efeito, foi-lhe dado, em fevereiro de 1957, pelo Tenente Coronel Léo Nascimento, Diretor do Parque de Motomecanização/3: Ao desligar o Capitão Telmo Sant Anna, que vai cursar a Es.A.O., cumpro com agrado o dever de louvá-lo, que ora faço. Quero frisar que este elogio foge às regras protocolares e em casos tais, constituirá uma nota de destaque em seus assentamentos. Como Chefe de Departamento Técnico e como Instrutor de CRM nas especialidades de eletricidade e solda, desdobrou-se de tal forma que todos tiveram seu funcionamento normal e e- ficiente. Oficial de lúcida inteligência e de capacidade de trabalho elevada, alia a estas qualidades uma modéstia até excessiva. Assoberbado de trabalho, procurou sempre e com método, fazer difundir conhecimentos técnicos aos alunos e pessoal do Parque, somente depois de muito estudo, partindo sempre do mais simples, para o mais complexo. Sempre esteve a colaborar com a Direção, fazendo-o de modo mais acessível. Sem complexo e tirando arestas que sempre existem nas correlações de Serviços, Direção e Departamento. De fina educação, ponderado e calmo, imprimiu a seus trabalhos um ritmo progressivo de conhecimentos a fim de, por todos, ser compreendido.
-4- Ótimo e desvelado esposo e pai, sempre teve atuação marcante, quer na vida militar, quer na civil. Querido por seus companheiros, colegas e familiares, por certo, um dos valores do Exército em futuro bem próximo. Deixa uma lacuna difícil de ser preenchida, e a Direção do Parque, ao se despedir, lamentando seu afastamento, faz votos de feliz curso e lhe deseja farta messe de felicidades. É um valor acentuado na constelação dos Oficiais de Motomecanização. Sala das Sessões, 6 de outubro de 2004. PEDRO AMÉRICO LEAL /jco
PROJETO DE LEI Denomina Rua General Telmo de Oliveira Sant Anna um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Partenon. Art. 1º Fica denominado Rua General Telmo de Oliveira Sant Anna o logradouro não-cadastrado, atualmente conhecido como Rua P - Vila São Judas Tadeu, localizado no Bairro Partenon, nos termos da Lei Complementar n. 320, de 2 de maio de 1994, e alterações posteriores. Parágrafo único. As placas denominativas conterão, abaixo do nome, os seguintes dizeres: Um Militar Invulgar. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.