MARIANA PALMA. 23.09.2017-28.10.2017
Turbilhão por Paulo Miyada Objeto de meu mais desesperado desejo, faz de mim um instrumento de teu prazer, sim, saiba que toda época de renovação acelerada dos meios de reprodução gráfica estimula o olho armado de tesoura e estilete. É um campo em flor quando a sombra se esvai, é arena de estímulos apalpados, engolidos, cortados, de onde liberto-me ficando teu escravo. Cavo a direita claridade do céu e agarro o sol com a mão. Ofuscado por imagens e texturas novas, disponho-me a habitar o corpo que de tuas saias sai, fecundá-lo com algo de minha seiva. Então deixa, deixa que a minha mão errante adentre atrás, na frente, em cima, em baixo, entre. Olhar-mão-colagem-pintura que quer a presença erótica do segredo coberto de tanto brilho constelado. Lambe olhos, torce cabelos, para quê tanto corpo! Pois se há corpo, que o morto ganhe do falso alguma sobrevida embebida no leite. Que o fálico brote do cálice, ou a vulva da dobra do caule. Escorro cores moventes na água; onde cai minha mão, meu selo gravo. Deixo que o pingo amarelo se confunda com a pétala da flor em cacho. Em grinalda cachoeira. Planto diademas e espero o instante em que o todo seja muito mais que as partes. É meio dia, é meia noite, é toda hora. Desperdício, prazer da abundância e exagero do desejo - muito, muito além (e aquém) da elegância discreta. Acumulo tessituras de mantos mil vezes dobrados sobre si mesmos Quero fazê-los extasiados. Quero que sejam corpo no lugar do corpo que não tenho. Eu visto, mas ficaria contente se me desses, por instantes apenas e bastantes, a nudez longínqua e de pérola - nudez total! Todo o prazer provém de um corpo (como a alma sem corpo) sem vestes. A minúcia da pintura seduz e cega como o brilho do sol que tenho na mão. Esqueça a fatura e procure a volúpia. Faça qualquer coisa, mas, pelo amor de deus (ou de nós dois): SEJA.. A exposição Mariana Palma: Soma é a primeira exposição individual da artista após um intervalo de 5 anos. A mostra traz pinturas, fotografias e aquarelas recentes da artista e é acompanhada por um texto de Paulo Miyada.. As pinturas intensificam a procura da artista por um espaço pictórico singular, que é simultaneamente superfície aquosa de texturas e imbricação de figuras e objetos incompletos. Isso decorre do próprio processo de pintura: a artista as inicia com um mergulho da tela em água coberta por pigmentos, em um processo similar à marmorização de papel. Com isso, ela produz padrões intrincados de cores, linhas e pontos, sobre os quais pinta laboriosamente partes de tecidos estampados, elementos arquitetônicos e plantas imbrincados entre si. Assim, com intensa cor e altíssima quantidade de estímulos visuais, as pinturas procuram seduzir o olho e estabelecer com o espectador uma relação de fascínio, repúdio, identificação e estranhamento. Em suma, são imagens abundantes e com muitos focos compositivos, que podem ser lidas em partes ou como conjunto, acelerada ou detidamente.. As fotografias e aquarelas, por sua vez, são produzidas de modos mais detido, concentrado em problemas visuais e simbólicos específicos. As fotografias retratam montagens que a artista faz com plantas em estágios variados de apodrecimento e plantas artificiais de plástico. Criam-se híbridos, muitas vezes em evocações de alguma espécie de cópula. Fotografadas frente a um fundo infinito negro ou mergulhadas na alvura do leite, essas montagens flutuam como em imagens botânicas. O mesmo acontece nas aquarelas, porém com maior liberdade imaginativa e com a delicadeza do traço da artista.. Em conjunto, esses trabalhos traçam um panorama acerca do desejo em múltiplas acepções: sexual, escópico, voyeurístico, acumulador, romanesco, fabular. Esse é um motor constante na trajetória da artista, que agora assume maior intensidade. O texto poético proposto por Paulo Miyada tenta, justamente, aproximar-se dessa miríade de desejos ao combinar, por colagem, trechos dos poemas Elegia: Indo para o leito (John Donne, tradução de Augusto de Campos), Poema do amor sem exagero (Joaquim Cardozo), Objeto (Paulo Leminski) e Mel (Waly Salomão). Tratase de um escopo inusual no campo da arte contemporânea, que talvez demande outras maneiras de olhar, que não se restrinjam a aspectos formais e, tampouco, circunscrevam interpretações eminentemente discursivas.
Whirlpool by Paulo Miyada Object of my most desperate desire, make me into an instrument of your pleasure, yes, know that every era of swift renewal of the means of graphic reproduction stimulates the eye armed with a scissors and razor knife. As when from flowery meads the hill s shadow steals, it is an arena of touched, swallowed and cut stimuli, where to enter in these bonds is to be free. I delve into the direct clearness of the sky and clutch the sun in my hand. Dimmed by new textures and images, I yearn to inhabit the body that flows from your skirts, fertilizing it with something of my own sap. So licence my roving hands, and let them go, before, behind, between, above, below. The-look-the-hand-collage-painting that wants the erotic presence of the secret covered by spangled shine. Licking eyes, twisting hair, so much body for what! Because if there is a body, the deceased falsely gains some afterlife soaked in milk. The phallic sprouts from the chalice, or the vulva from the fold of the stem. I drip moving colors into the water; then where my hand is set, my seal shall be. I let the yellow drops blend with the petal of the flower in the bunch. In a garland waterfall. I plant diadems and wait for the moment when the whole is much more than the parts. It is noon, it is midnight, it is every hour of the day. The waste, the pleasure of abundance and the exaggeration of desire way, way beyond (and less than) discrete elegance. I gather textures of robes folded one thousand times over themselves. I want to put them into ecstasy. I want them to be a body in place of the body that I don t have. I wear them, but I would be happy if you give me, for just a few ample moments the faraway and pearl-like nudity full nakedness! All joys are due to a body; as souls unbodied, bodies unclothed must be. The painstaking details of the painting are seductive and blinding like the sunshine that I have in my hand. Forget the making and seek sensuousness. Do anything, but for the love of God (or of the two of us): BE.. The exhibition Mariana Palma: Soma is the first solo show by the artist after an interim of five years. The show features recent paintings, photographs and watercolors by the artist and is accompanied by a text by Paulo Miyada.. The paintings intensify the artist s search for a singular pictorial space, which is simultaneously a watery surface of textures and an overlapping of incomplete objects and figures. This flows from the painting process: the painter begins them by dipping the canvas into water covered by pigments, in a process similar to the marbling of paper. She thus produces intricate patterns of colors, lines and points, on which she painstakingly paints parts of fabric patterns, architectural elements and plants combined with one another. Thus, with intense color and a great amount of visual stimuli, the paintings seek to seduce the eye and engage the viewer in a relationship of fascination, repudiation, identification and estrangement. In short, they are abundant images with many compositional foci, which can be read in parts or as a whole, quickly or slowly.. For their part, the photographs and watercolors are produced more slowly, concentrated on specific symbolic and visual problems. The photographs portray montages that the artist makes with plants in various stages of decay, and with artificial plastic plants. She creates hybrids, which often evoke some sort of coupling. Photographed in front of an infinite black background or dipped into the whiteness of milk, these montages float like botanical images. The same thing takes place in the watercolors, though with greater imaginative freedom and with the delicateness of the artist s lines.. All together, these works create an overview of desire in multiple senses: sexual, gazative, voyeuristic, accumulational, Romanesque, fabulous. This has been a constant driver in the artist s career, which is now taking on greater intensity. The poetic text proposed by Paulo Miyada seeks to approach this myriad of desires by combining, through collage, passages from the poems To His Mistress Going to Bed (John Donne), Poema do amor sem exagero (Joaquim Cardozo), Objeto (Paulo Leminski) and Mel (Waly Salomão). This is an unusual scope in the field of contemporary art, which perhaps demands other ways of looking that are not restricted to the formal aspects, nor limited to eminently discursive interpretations.
óleo sobre tela [oil on canvas] Ed.: única [unique] 170 x 170 cm
óleo sobre tela [oil on canvas] Ed.: única [unique] tríptico [triptych] / 180 x 370 cm
óleo sobre tela [oil on canvas] Ed.: única [unique] díptico [diptych] / 220 x 230 cm
óleo sobre tela [oil on canvas] Ed.: única [unique] 170 x 170 cm
óleo sobre tela [oil on canvas] Ed.: única [unique] 170 x 170 cm
óleo sobre tela [oil on canvas] Ed.: única [unique] díptico [diptych] / 110 x 360 cm
óleo sobre tela [oil on canvas] Ed.: única [unique] 90 x 90 cm
óleo sobre tela [oil on canvas] Ed.: única [unique] 90 x 90 cm
lápis e aquarela sobre papel [pencil and watercolour on paper] Ed.: única [unique] 100 x 70 cm
lápis e aquarela sobre papel [pencil and watercolour on paper] Ed.: única [unique] 100 x 70 cm
lápis e aquarela sobre papel [pencil and watercolour on paper] Ed.: única [unique] 100 x 70 cm
lápis e aquarela sobre papel [pencil and watercolour on paper] Ed.: única [unique] 100 x 70 cm
Sem título [Untitled] [Untitled] [Untitled], 2017 lápis e aquarela sobre papel [pencil and watercolour on paper] Ed.: única [unique] 100 x 70 cm
MARIANA PALMA NASCEU EM [BORN IN] SÃO PAULO, Brasil, 1979 VIVE E TRABALHA EM [LIVES AND WORKS IN] SÃO PAULO, Brasil EDUCAÇÃO [EDUCATION] 1998-2001 Bacharelado em Artes Plásticas [Bachelor in Fine Arts], Fundação Armando Álvares Penteado FAAP, São Paulo, Brasil EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS SOLO EXHIBITIONS 2012 Deságue, Casa Triângulo, São Paulo, Brasil 2010 Desenhos, Sesc Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, Brasil 2009 Mariana Palma, Casa Triângulo, São Paulo, Brasil 2008 Anestesia Para Transbordar, Galeria Mário Sequeira, Braga, Portugal 2006 Mariana Palma, Museu Victor Meirelles, Florianópolis, Brasil Mariana Palma, Instituto de Arte Contemporânea de Recife, Recife, Brasil Mariana Palma, Fundação Cultural de Curitiba, Curitiba, Brasil Mariana Palma, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, Brasil 2005 Mariana Palma, Casa Triângulo, São Paulo, Brasil 2004 Paisagem de Delírio, Ateliê Aberto, Campinas, Brasil Mariana Palma, SESC, Ribeirão Preto, Brasil EXPOSIÇÕES COLETIVAS [GROUP EXHIBITIONS] 2017 A Luz que Vela o Corpo é a Mesma que Revela a Tela, Caixa Cultural, Rio de Janeiro, Brasil 2016 Máquina do Mundo - Obras da Coleção Fabio Szwarcwald, Z42 Arte, Rio de Janeiro, Brasil 2015 Saideira, curadoria de [curated by] Fernando Mota, Casa TrIângulo, São Paulo, Brasil Piece by Piece - Building a Collection, Kemper Museum of Contemporary Art, Kansas, USA 2014 Casa Triângulo no Pivô, Pivô, São Paulo, Brasil 2012 This is Brasil! 1990-2012, curadoria de [curated by] David Barro, Palacio de Exposiciones y Congresos Palexco, A Coruña, Spain Nova Pintura, curadoria de [curated by] Rejane Cintrão, Centro de Exposições Santander, São Paulo, Brasil...(chamo silêncio à-linguagem-quejá-não-é-orgão-de-nada)..., curadoria de [curated by] Fatima Lambert, Quase Galeria, Porto, Portugal 2011 Os Dez Primeiros Anos, curadoria de [curated by] Agnaldo Farias e [and] Tiago Mesquita, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil Boîte Invaliden, curadoria [curated by] Paulo Reis [in memorian] e Josué Mattos, Invaliden1 Gallery, Berlin, Germany Realidades - Desenho Contemporâneo Brasileiro, curadoria de [curated by] Nazareno Rodrigues, SESC Pinheiros, São Paulo, Brasil São Paulo, Brasil; SESC Bauru, Bauru, Brasil 2010 Paralela 2010, curadoria de [curated by] Paulo Reis, Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo, Brasil Ateliê Fidalga no Paço das Artes, Paço das Artes, São Paulo, Brasil Edições, Casa Triângulo, São Paulo, Brasil PhotoFidalga Quase Galeria, Espaço T, Porto, Portugal 2009 Ateliê Fidalga 55 artistas SP Brasil, Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea Zoom, Lisbon, Portugal PhotoFidalga, Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisbon, Portugal Entre Tempos, curadoria de [curated by] Carpe Diem Arte e Pesquisa, Lisbon, Portugal Em torno de, Funarte e [and] Galeria Mário Schemberg, São Paulo, Brasil Nuevas Miradas, 14 Artistas Brasileños Contemporáneos, Galeria Fernando Pradilla, Madrid, Spain Investigações Pictóricas, curadoria de [curated by] Daniela Labra, Museu de Arte
Contemporânea de Niterói, Niterói, Brasil Nova Arte Nova, curadoria de [curated by] Paulo Venâncio, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, Brasil Drawings, Pablo s Birthday Gallery, New York, USA 2008 Nova Arte Nova, curadoria de [curated by] Paulo Venâncio, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil Inevitable Contiunuum, curadoria de [curated by] Claire Breukel e [and] Gean Moreno, Locust Projects, Miami, USA Beneath the Bridge, curadoria de [curated by] Juliana Moreira, Pablo s Birthday Gallery, New York, USA Poéticas da Natureza, curadoria de [curated by] Kátia Canton, Museu de Arte Contemporânea, São Paulo, Brasil Arte pela Amazônia - Arte e Atitude, Fundação Bienal de São Paulo, Brasil Presente Fidalga, SESC Ribeirão Preto, Brasil 2007 Mono#Cromáticos Vertentes na Arte Contemporânea Brasileira, curadoria de [curated by] Paulo Reis, Galeria Mário Sequeira, Braga, Portugal La Espiral de Moebius o Los Limites de La Pintura, curadoria de [curated by] Claudia Laudanno, CCPE/AECI, Rosario, Argentina 2006 Arquivo Geral, curadoria de [curated by] Paulo Venâncio, Centro Cultural Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, Brasil Paralela, curadoria de [curated by] Daniela Bousso, PRODAM, São Paulo, Brasil Rumos Artes Visuais, curadoria de [curated by] Aracy Amaral, Lisette Lagnado, Luisa Duarte, Cristiana Tejo e Marisa Mokarzel, Itaú Cultural, São Paulo; Paço Imperial, Rio de Janeiro; Belém, Brasil Outros Lugares, Rumos Artes Visuais, curadoria de [curated by] Cristiana Tejo, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, Belém, Brasil 6o Salão Nacional de Arte de Goiás, Flamboyant Shopping Center, Goiás, Goiânia, Brasil 25o Arte Pará, Museu de Arte do Pará, Belém, Brasil 11o Salão Paulista, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Prédio da Bienal, São Paulo, Brasil 10o Bienal de Santos, Centro Cultural, curadoria de [curated by] Ana Maria de Moraes Belluzzo, Kátia Canton e [and] Tiago Mesquita, Santos, São Paulo, Brasil 34o Salão de Arte Contemporânea de Santo André, curadoria de [curated by] Cauê Alves, Felipe Chaimovich e [and] Nancy Betts, Paço das Artes, Santo André, Brasil Seja lá Onde For, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil Acervo em Evidência, Museu de Arte Contemporânea, Campinas, Brasil I Salão Aberto, Casa das Retortas, São Paulo, Brasil Fermento, Casa, São Paulo, Brasil IX Bienal de Santos, Secretaria Municipal de Cultura, Santos, Brasil Diálogos, Museu de Arte Contemporânea, Campinas, Brasil 1º Salão de Arte Internacional laisle.com na Gugg und Chaim, Fundação Gugg und Chaim, Rio de Janeiro, Brasil 2003 Mostra SESC de Arte da Juventude, SESC, Ribeirão Preto, Brasil Edital 2003 MAC, Museu de Arte Contemporânea, Campinas, Brasil 28 SARP, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, Brasil Mostra Darcy Penteado de Arte, Museu Brasileiro da Escultura, São Paulo, Brasil 2002 Onze, Espaço Virgílio, São Paulo, Brasil Aqui Ali, Ateliê Aberto, Campinas, Brasil 2001 33 a Anual de Arte, FAAP, São Paulo, Brasil Coletiva Atelier Fidalga, Espaço Urbe, São Paulo, Brasil 2000 32 o Anual de Arte, Fundação Armando Álvares Penteado FAAP, São Paulo, Brasil 1999 31 o Anual de Arte, Fundação Armando Álvares Penteado FAAP, São Paulo, Brasil 2005 Fidalga 05, curadoria de [curated by] Nancy Betts, Paço das Artes de Santo André, Santo André, Brasil A Pintura como Ferramenta, curadoria de [curated by] Nelson Maravalhas, Casa de Cultura da América Latina, Brasília, Brasil 30º SARP, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, Brasil 2004 Titulo de Pintura, Ateliê Aberto, Campinas, Brasil
PRÊMIOS [AWARDS] 2006 Prêmio Aquisição [Acquisition Prize], Casa do Olhar, Santo André, Brasil 2005 Prêmio Aquisição [Acquisition Prize], Museu de Arte de Ribeirão Preto, Brasil 2003 Prêmio Aquisição [Acquisition Prize], Museu de Arte Contemporânea de Campinas, Campinas, Brasil Prêmio Exposição Individual [Solo Exhibition Prize], SESC Ribeirão Preto, Ribeirão Preto. Brasil COLEÇÕES PÚBLICAS [PUBLIC COLLECTIONS] Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brasil Museu de Arte Contemporânea de Campinas, Campinas, Brasil Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, Brasil Coleção Banco Itau S.A., São Paulo, Brasil Prefeitura Municipal de Santo André, Santo André, Brasil