GRUPO I. Exame Nacional do Ensino Secundário. Prova Escrita de Biologia e Geologia. Prova 702/Época Especial

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Exame Nacional do Ensino Secundário Prova Escrita de Biologia e Geologia Prova 702/Época Especial Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos. 10.º e 11.º Anos de Escolaridade Decreto Lei n. 74/2004, de 26 de março GRUPO I A água desempenha um papel essencial na dinâmica terrestre. Estima-se que o volume de água mobilizada para a geodinâmica interna seja o dobro da existente nos oceanos. Os geólogos dão cada vez mais importância à água como lubrificante nas falhas, como agente transportador de calor, na transformação da mineralogia das rochas, na concentração de elementos químicos nos jazigos minerais metalíferos e na fusão das rochas. À superfície, por ação dos agentes da geodinâmica externa, os minerais das rochas transformam-se, originando novos minerais, geralmente hidratados. Os sedimentos retêm a água quer entre eles, quer no seio dos minerais hidratados. Se ocorrer compactação, uma parte dessa água é expulsa. Quando um magma granítico se instala na crosta, provoca um movimento de água ao longo de grandes distâncias. Em contacto com o magma, a água sobreaquecida acumula elementos dissolvidos, nomeadamente metais. Depois, escapa-se pelas fissuras da crosta. No eixo das dorsais, a água do mar penetra a grandes profundidades, atingindo o manto superior quente. A água do mar reaquecida interage com as rochas e, depois, volta a ascender, transportando numerosos elementos metálicos dissolvidos. Também nas zonas de subdução, a crosta que mergulha transporta água, que desempenha um papel preponderante ao lubrificar o contacto de subdução e ao exercer, mais tarde, a sua ação a grande profundidade. Para terminar o ciclo interno, a água do manto retorna à superfície, pela ação do vulcanismo das dorsais oceânicas ou do magmatismo acima das zonas de subdução. O ciclo da água pode ser melhor compreendido através de análises isotópicas. Com efeito, uma pequena percentagem de água é sempre constituída pelo isótopo pesado de oxigénio (O 18 ), dependente da temperatura. Desta forma, a água que se encontra à superfície é pobre em O 18, contrariamente à que se encontra em profundidade. Cotação 1. Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços As zonas de subdução, que contribuem para a circulação da água entre a crosta e o manto, são limites tectónicos onde se exercem, predominantemente, forças. (A) convergentes... compressivas (B) convergentes... distensivas (C) divergentes... distensivas (D) divergentes... compressivas 1

2. Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços A água transportada pela litosfera e que mergulha na zona de subdução determina uma maior das rochas, porque o ponto de fusão dos minerais. (A) fragilidade aumenta (B) ductilidade aumenta (C) fragilidade diminui (D) ductilidade diminui 3. Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. A formação de minerais hidratados, a partir de um mineral de origem, é um processo de meteorização química por (A) hidrólise. (B) dissolução pela água. (C) incorporação de água. (D) oxidação. 4. Cada mineral apresenta características que refletem as condições do seu ambiente de formação. 10 Relacione a quantidade relativa do isótopo O 18 numa amostra de biotite (domínio metamórfico) e numa amostra de caulinite (domínio sedimentar) com o ambiente de formação de cada um desses minerais.. Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. O fenómeno de intrusão de magma granítico em rocha calcária promove o aparecimento de (A) filito. (B) mármore. (C) gneisse. (D) quartzito. 6. Em cada etapa da sua viagem, da superfície para a profundidade e desta, de novo, para a superfície, a água interage fortemente com as rochas por onde circula. 20 Explique, a partir dos dados fornecidos, o papel da água na formação de jazigos metálicos. 2

GRUPO II Os animais incluídos no filo Cnidaria são aquáticos, solitários ou coloniais. Muitas espécies apresentam, ao longo do seu ciclo de vida, duas formas: o pólipo, que vive fixo e tem forma tubular, e a medusa, de vida livre, com corpo gelatinoso em forma de campânula. Ambos apresentam boca central, circundada por tentáculos, ligada a uma cavidade gastrovascular. A Figura 1 representa o ciclo de vida de uma hidromedusa (classe Hydrozoa) comum nas águas costeiras. No ciclo, as formas de pólipo e de medusa são diploides e alternam entre si. Aequorea victoria é uma hidromedusa com características bioluminescentes. O mecanismo molecular que permite a emissão de fluorescência foi clarificado, em 1962, por Shimomura, quando isolou a proteína fluorescente verde, GFP (green fluorescent protein). Esta proteína é constituída por 238 aminoácidos, sendo os aminoácidos serina, tirosina e glicina, que ocupam, respetivamente, as posições 6, 66 e 67, os responsáveis pelas características fluorescentes. Em Aequorea victoria, essa fluorescência depende exclusivamente da expressão do gene gfp. Martin Chalfie, em 1994, demonstrou a importância da GFP como marcador genético universal, por permitir estudos quantitativos de processos dinâmicos nas células vivas. A associação do gene gfp a um gene que expressa uma proteína interveniente num determinado mecanismo celular permite formar um complexo constituído pela GFP e pela proteína envolvida no processo, possibilitando o seu acompanhamento. A dinâmica de desorganização e reorganização do invólucro nuclear, durante o ciclo celular, foi um dos processos monitorizados com o recurso ao marcador fluorescente de GFP. Reconheceu-se que: a proteína integrada LBR (lamin binding receptor) existe na membrana interna do invólucro nuclear e na membrana do retículo endoplasmático; a proteína periférica Lamina aparece apenas associada à membrana interna do invólucro nuclear; a LBR faz a ancoragem dos cromossomas à membrana interna do invólucro nuclear, através da Lamina. Quando o invólucro nuclear perde a sua integridade, a marcação da LBR com GFP permite observar fluorescência localizada na membrana do retículo endoplasmático. Quando, no final da anafase, a LBR interage com os cromossomas, estabelece a ligação com a Lamina, e a fluorescência passa a estar concentrada na membrana interna do invólucro nuclear. Adaptado de Storer, T. e outros, Zoologia Geral, 1979 Figura 1 3

1. Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços Os cnidários apresentam um tubo digestivo e têm uma digestão. (A) incompleto... intracorporal e extracelular (B) incompleto... extracelular e intracelular (C) completo... extracelular e intracelular (D) completo... intracorporal e extracelular 2. Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços O pólipo de Aequorea victoria realiza difusão de gases, uma vez que a razão entre a área da superfície e o volume do seu corpo é muito. (A) direta... reduzida (B) indireta... reduzida (C) indireta... elevada (D) direta... elevada 3. Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. No ciclo de vida da hidromedusa, representado na Figura 1, pode afirmar-se que a meiose é pré-gamética, porque... (A) o zigoto se divide por mitoses sucessivas. (B) a forma de medusa pertence à diplofase. (C) a forma de pólipo se reproduz assexuadamente. (D) as formas adultas alternam entre si. 4. Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços Em Aequorea victoria, são formas que se reproduzem por. (A) os pólipos... esporulação (B) as medusas... esporulação (C) os pólipos... gemulação (D) as medusas... gemulação. Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. A classe Hydrozoa... (A) reúne todas as espécies do género Aequorea. (B) inclui maior número de géneros do que o filo Cnidaria. (C) apresenta menor diversidade do que a família de Aequorea victoria. (D) contém grupos taxonómicos hierarquicamente superiores. 4

6. Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. A utilização do marcador fluorescente GFP, para observar a dinâmica celular, envolve processos biotecnológicos que permitem... (A) alterar a proteína em estudo, conferindo-lhe características de fluorescência. (B) sintetizar a proteína fluorescente associada à proteína em estudo. (C) tornar fluorescentes os genes das proteínas em estudo. (D) ligar o gene gfp à proteína em estudo, de modo a torná-la fluorescente. 7. Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. A monitorização da dinâmica de desorganização e reorganização do invólucro nuclear permitiu inferir que, durante o ciclo celular, (A) a LBR se encontra na membrana do RE quando os cromossomas atingem a espiralização máxima. (B) a proteína Lamina passa a integrar a membrana do RE quando o invólucro nuclear se desorganiza. (C) os cromossomas espiralizados, na interfase, apresentam zonas de ancoragem ao invólucro nuclear. (D) o conjunto de cromossomas, que se encontra em metafase, estabelece contacto com a LBR. 8. Explique os aspetos da relação entre o retículo endoplasmático e o invólucro nuclear, durante a mitose, que foram evidenciados pela observação de fluorescência em diferentes zonas da célula. 10 GRUPO III O regime periódico e alternado das marés resulta da influência conjugada dos movimentos de translação da Lua e de rotação da Terra. Este efeito também ocorre ao nível da atmosfera e da parte sólida da Terra, embora de forma menos evidente do que na hidrosfera. O movimento giratório da Terra arrasta consigo a água dos oceanos. Os continentes representam obstáculos impossíveis de contornar, e a fricção entre a água e o fundo dos oceanos abranda o movimento da água e da Terra. Esta ação das marés está a abrandar gradualmente a rotação da Terra, estimando-se que, em cada cem mil anos, o dia aumente um segundo. À medida que a velocidade de rotação da Terra diminui, o equilíbrio de forças entre a Terra e a Lua altera-se, permitindo que a Lua se afaste mais do nosso planeta. Ao longo dos tempos, várias hipóteses têm sido elaboradas para explicar a formação da Lua: a da coacreção, segundo a qual a Lua se teria formado ao mesmo tempo e a partir da mesma matéria que originou o sistema solar; a da fissão, que sustenta que a Lua se teria formado a partir de um pedaço da Terra que se separou desta, devido a forças centrífugas associadas ao movimento de rotação da Terra; a da captura, que pretende que a Lua foi um outro corpo celeste independente, que passou próximo da Terra e ficou preso ao campo gravitacional desta; a do impacto, que defende que a Lua seria o resultado de uma mistura de material da Terra com material de um corpo celeste (planeta Theia), pelo menos tão grande quanto o planeta Marte, que chocou com a Terra há 400 milhões de anos (M.a.). O conhecimento mais profundo da geologia da Lua ocorreu a partir de 1960, com o início da exploração espacial. Os materiais rochosos recolhidos na Lua e trazidos para a Terra, nas missões Apollo e Luna, revelaram, na composição química, algumas semelhanças com as rochas da Terra, mas também mostraram diferenças que se revelam significativas.

Vários cientistas põem a hipótese de que a proximidade da Lua tenha influenciado a evolução das primeiras formas de vida na Terra. As estruturas biossedimentares litificadas, estromatólitos, que crescem através da acumulação de lâminas de sedimentos aprisionados pela precipitação de carbonatos, como resultado da atividade de microrganismos (cianobatérias), apoiam essa hipótese. Assim, os estromatólitos podem fornecer informações fundamentais sobre a dinâmica dos tempos primordiais da Terra, tais como o número de dias por ano, a velocidade de rotação da Terra e a periodicidade de marés. Existem estromatólitos de diversas idades, desde aproximadamente 3000 M.a. até estruturas recentes e em construção, que fornecem a oportunidade de investigar o relacionamento entre as comunidades microbianas modernas e o ambiente, possibilitando a melhor compreensão destas estruturas e dos paleoambientes. 1. Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços A análise da composição química das rochas da Lua permite argumentar a favor da hipótese, enquanto a hipótese da captura se torna menos credível, por não permitir explicar as entre os materiais da Terra e os da Lua. (A) da coacreção semelhanças (B) do impacto semelhanças (C) da coacreção diferenças (D) do impacto diferenças 2. Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. Os dados fornecidos no texto sobre a alteração da velocidade de rotação da Terra permitem concluir que... (A) as forças gravitacionais exercidas entre a Terra e a Lua estão a aumentar. (B) a distância percorrida pela Lua, ao descrever uma órbita completa, está a diminuir. (C) um dia terrestre já teve uma menor duração do que a que tem atualmente. (D) a velocidade de translação da Terra também está a sofrer alteração. 3. A maioria das rochas recolhidas na crosta lunar e trazidas para a Terra aquando das diversas missões espaciais tem idades compreendidas entre 3,16 M.a. e 4, M.a., muito superiores às idades apresentadas pela maioria das rochas que constitui atualmente a crosta terrestre. 20 Justifique as diferenças significativas de idade entre as rochas da crosta lunar e as rochas da crosta terrestre, tendo em conta as características de dinâmica interna da Lua e da Terra. 4. Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços Se o estudo dos estromatólitos permite a reconstituição de paleoambientes, isso significa que estes resultam da atividade de organismos que requerem condições de sobrevivência específicas, sendo, por isso, considerados bons fósseis de. (A) pouco idade (B) muito idade (C) pouco fácies (D) muito fácies 6

. Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. A determinação da idade absoluta dos estromatólitos é possível, porque certos elementos químicos neles contidos... (A) se desintegram de uma maneira constante, originando elementos químicos mais estáveis. (B) não se desintegram, quaisquer que sejam os ambientes onde os fósseis se encontrem. (C) se desintegram de uma maneira variável, originando elementos químicos mais estáveis. (D) não se desintegram, permitindo a manutenção da constituição química dos elementos. 6. Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. Ao inferirem sobre os paleoambientes em que se formaram os estromatólitos, os geólogos baseiam-se no princípio geológico do (A) gradualismo. (B) mobilismo. (C) atualismo. (D) catastrofismo. 7. Ordene as letras de A a F, de acordo com a sequência dos acontecimentos referentes ao processo de fossilização de um ser vivo. Inicie a ordenação pela afirmação A. A. Ocorre a deposição abundante de partículas finas (argilas e siltes) sobre o ser vivo. B. Forças compressivas dobram o estrato que contém o fóssil. C. Os materiais rochosos suprajacentes exercem pressão sobre os materiais que contêm o ser aprisionado. D. Tem lugar a exposição subaérea do fóssil, alguns milhões de anos mais tarde. E. Ocorre a deposição de novos sedimentos sobre o estrato que contém o ser aprisionado. F. Por deformação, o estrato que contém o fóssil altera a sua posição. GRUPO IV O alongamento da parede celular, que permite o crescimento das células vegetais, é regulado por hormonas vegetais do grupo das auxinas. A Hipótese do Crescimento Ácido defende que as auxinas promovem a passagem dos iões H + para a parede celular, alterando a estrutura dos seus componentes. Esta alteração estrutural traduz-se num aumento de flexibilidade da parede, o que permite o seu alongamento, com o consequente crescimento da célula. O transporte dos iões H + é efetuado pela H + -ATPase da membrana plasmática, cuja atividade é intensificada na presença de auxinas. Por outro lado, as auxinas promovem a produção destes transportadores, por ativação do seu gene (Figura 2A). Os caules de muitas plantas apresentam fototropismo positivo, isto é, quando submetidos a um estímulo luminoso unilateral crescem, orientando-se na direção da fonte de luz. Desde há muito que se sabe que são as auxinas as principais responsáveis por este fenómeno. Ápices de coleóptilos de milho (primeira porção da plântula que emerge do solo quando a semente germina) foram montados sobre blocos de ágar, que recolhem as auxinas por eles produzidas (Figura 2B): o dispositivo A foi colocado às escuras; os dispositivos B, C e D foram sujeitos a iluminação unilateral; o dispositivo C foi completamente dividido por uma lâmina impermeável; o dispositivo D foi parcialmente dividido por uma lâmina impermeável. 7

Ao fim de algum tempo, foi medida a quantidade de auxinas recolhida nos blocos de ágar. Nos dispositivos A e B, foram recolhidas quantidades semelhantes de auxinas. No dispositivo C, a quantidade de auxinas recolhida é semelhante nos dois lados do bloco de ágar, enquanto, no dispositivo D, a quantidade de auxinas é menor no lado iluminado do que no lado não iluminado. Figura 2 Adaptado de Taiz, L. e Zeiger, E., Plant Physiology, 2002 1. Associe a cada uma das letras, de A a E, que identificam estruturas celulares, o número, de 1 a 8, que, na Figura 2A, lhe corresponde. 10 A. Complexo de Golgi B. Parede celular C. Membrana plasmática D. Núcleo E. Retículo endoplasmático 2. Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. A movimentação de iões H + através da membrana plasmática representada na Figura 2A ocorre por 8 (A) transporte passivo. (B) exocitose. (C) transporte ativo. (D) difusão facilitada.

3. Selecione a única alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços Na presença de auxinas, o alongamento da célula é maior se esta for colocada num meio, que aumentará o seu grau de. (A) hipotónico... plasmólise (B) hipertónico... plasmólise (C) hipertónico... turgescência (D) hipotónico... turgescência 4. Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. A presença de auxinas no citoplasma das células vegetais ativa o gene para a H + -ATPase, desencadeando, primeiro, a... (A) tradução dos intrões do RNA mensageiro. (B) transcrição dos nucleótidos do gene para a ATPase. (C) remoção dos exões do gene para a ATPase. (D) migração do RNA mensageiro para o citoplasma.. Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. Os resultados obtidos na experiência permitem concluir que as auxinas são... (A) produzidas independentemente das condições de iluminação. (B) destruídas no lado iluminado do coleóptilo. (C) conduzidas para o ágar apenas no lado iluminado. (D) sintetizadas em quantidades muito desiguais nos dois lados do coleóptilo. 6. Selecione a única alternativa que permite obter uma afirmação correta. A presença da lâmina impermeável no dispositivo D permitiu concluir que... (A) ocorreu uma diminuição acentuada na produção de auxinas pelo coleóptilo. (B) as auxinas se distribuíram de modo homogéneo pelos dois lados do coleóptilo. (C) as auxinas foram destruídas pela introdução da lâmina de mica. (D) ocorreu migração das auxinas para um dos lados do coleóptilo. 7. Explique o processo que conduz à curvatura observada nos caules das plantas, tendo em conta os resultados experimentais e os pressupostos da Hipótese do Crescimento Ácido. 20 FIM 9