Efeitos do uso de GNRH no momento da IATF e dias pós-parto sobre a taxa de prenhez em vacas de corte com cria ao pé

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Transcrição:

Efeitos do uso de GNRH no momento da IATF e dias pós-parto sobre a taxa de prenhez em vacas de corte com cria ao pé Carlos Santos Gottschall Milena de Vargas Schüler Carla Tiane Dal Cortivo Martins Marcos Rosa de Almeida Jéssica Magero Jean Carlos dos Reis Soares Hélio Radke Bittencourt Rodrigo Costa Mattos Ricardo Macedo Gregory RESUMO A falha na detecção de estros e o anestro pós-parto são as principais causas da baixa fertilidade nos rebanhos bovinos. Para minimizar estes problemas uma das biotecnologias recomendadas é o emprego da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). O trabalho avaliou o uso de GnRH no momento da IATF e o número de Dias Pós-Parto (DPP) sobre o desempenho reprodutivo. Foram utilizadas 32 vacas de corte com cria ao pé, 15 vacas formaram o grupo GnRH e 17 o grupo controle. As vacas estavam com data média de 74 DPP por ocasião da IATF. Os animais formavam um grupo homogêneo sendo manejados em iguais condições. As vacas receberam no dia 0 2 mg de benzoato de estradiol e implante intravaginal de progesterona usado previamente (2º uso), no 6º dia foi aplicado 0,375 mg de Cloprostenol Sódico e no 8º dia, pela manhã, foram retirados os implantes, separados os bezerros e foi aplicado 0,5 mg de cipionato de estradiol. No dia 10º dia pela tarde procedeu-se a IATF. Neste momento, aleatoriamente, de cada duas vacas uma recebia 100μg de análogo sintético ao GnRH. Sete dias após a IATF os animais Carlos Santos Gottschall Médico Veterinário. Mestre em Zootecnia. Curso de Medicina Veterinária da ULBRA. Carla Tiane Dal Cortivo Martins, Milena de Vargas Schüler, Jéssica Magero Aluna de Graduação do Curso de Medicina Veterinária da ULBRA/RS. Marcos Rosa de Almeida Aluno de Graduação do Curso de Medicina Veterinária da ULBRA e Bolsista de Iniciação Científica PROICT/ULBRA. Jean Carlos dos Reis Soares Médico Veterinário do Campo Experimental da ULBRA. Mestrando em Zootecnia UFRGS. Hélio Radke Bittencourt Estatístico, Mestre em Sensoriamento Remoto e Professor Assistente do Departamento de Estatística da PUCRS. Rodrigo Costa Mattos, Ricardo Macedo Gregory Médico Veterinário. PhD. Pesquisador do CNPq. Professor da Faculdade de Medicina Veterinária da UFRGS/RS Endereço para correspondência: Av. Farroupilha, 8001, Bairro São Luís, CEP 92420-280. Canoas/RS. E-mail: carlosgott@cpovo.net Veterinária em Foco Canoas v.7 n.2 p.124-134 jan./jun. 2010

foram alocados em potreiro único com mais 35 vacas e 2 touros por mais 60 dias. Avaliou-se os efeitos da aplicação do GnRH sobre a Taxa de Prenhez a IATF (TPI), Taxa de Prenhez Final (TPF) e a influência dos Dias Pós Parto (DPP) sobre a TPI e TPF. A TPI foi de 46,7% e 35,3%, respectivamente para as vacas do grupo GnRH e controle (P>0,05). A TPF foi de 53,3% e 64,7%, respectivamente para as vacas do grupo GnRH e controle (P>0,05). Não sendo encontrada relação no uso do GnRH com as TPI e TPF, para fins analíticos formou-se dois grupos, um grupo (14 vacas) com média de 57 ±18,4 dias pós parto (DPP57) e outro grupo (18 vacas) com média de 88 ±9,1 dias pós parto (DPP88). Para os grupos DPP57 e DPP88 a TPI foi respectivamente de 42,9% e 38,9% (P>0,05); e a TPF respectivamente de 64,3% e 55,6%, (P>0,05). Não foi constatado efeito no uso do GnRH nem do DPP sobre a TPI e TPF. Palavras-chave: Bovinos de corte. Reprodução. IATF. Dias pós-parto. Effects of the use of GnRH in the moment of fixed-time artificial insemination and postpartum days on the pregnancy of the nursing beef cows ABSTRACT The lack of estrous detection and the postpartum anestrous are the largest causes of the low fertility in the beef cattle herds. To minimize these problems one of the recommended biotechnology it is the use of the fixed-time artificial insemination (TAI). This work evaluated the use of GnRH at the moment of TAI and the postpartum days (PPD) on the reproductive performance. Data of the thirty two cows rearing calves were used. Fifty cows formed the group GnRH and 17 the group control. The PPD of the cows were in medium 74 days for occasion of TAI. The animals formed one homogeneous group being handled equally. All cows received in the day 0 2 mg of estradiol benzoato and one intravaginal implant content progesterone of 2 nd use. On the 6 th day was applied 0,375 mg of sodic cloprostenol and in the 8 th day, by the morning, the implants were take off and the calves were separated temporarily and were applied 0,5 mg of estradiol cipionate. On the 10 th day at the afternoon TAI was done. At this time randomly, one of each two cows received 100 µg of synthetic analogue to GnRH. Seven days after TAI the animals were allocated into one field with more 35 cows and 2 clean-up bulls during 60 days. It was evaluated the effects on the GnRH application on the Pregnancy rate at TAI (PRTAI) and the pregnancy rate after clean-up bulls (PRB). The effects of the PPD were analyzed on the PRTAI and PRB. The PRTAI was of 46.7% and 35.3%, respectively for the cows of the groups GnRH and control (P>0.05). The PRB was of 53.3% and 64.7%, respectively for the cows of the group GnRH and control (P>0.05). There was not relationship by the use of GnRH with PRTAI and PRB. For analyze the PPD it was formed two groups. One group (14 cows) with average of 57 ± 18.4 PPD (PPD57) and other group (18 cows) with average of 88 ± 9.1 PPD (PPD88). In the groups PPD57 and PPD88 the PRTAI was respectively 42.9% and 38.9% (P>0.05); and the PRB was respectively 64.3% and 55.6% (P>0,05). There was not effect in the use of GnRH at the moment of TAI and nor effect of PPD on PRTAI and PRB. Keywords: Beef cattle. Postpartum days. Reproduction. TAI. 125

INTRODUÇÃO O desempenho reprodutivo é um dos principais indicadores de produtividade de um sistema de produção de pecuária bovina e está diretamente relacionado com a sanidade, nutrição, genética e manejo adequado do mesmo (ROVIRA, 1996). Para a obtenção da máxima eficiência reprodutiva de um rebanho é necessário que cada vaca produza um bezerro por ano (THOMAS, 1992). Sendo a gestação média de 280 dias, é necessário que as vacas concebam até 80 e 85 dias pós-parto para atingirem esta meta. No entanto, a maioria das vacas no pós-parto está em anestro podendo não conceber no período esperado (YAVAS; WALTON, 2000). No intervalo parto-concepção, se deve considerar o prazo de involução uterina que em média dura 40 dias, restando apenas outros 40 dias em média para uma nova concepção (HAFEZ; HAFEZ, 2004). Muitas são as biotecnologias disponíveis para aumentar os índices reprodutivos, destacando-se inseminação artificial em tempo fixo (IATF), a qual visa sincronizar a ovulação possibilitando inseminar os animais em dia e horário pré-determinado. Esta técnica elimina a necessidade da detecção de estro, sendo este, o principal problema da Inseminação Artificial (IA) e traz vantagens também como a concentração de parições no início da temporada, favorecendo a repetição de cria na temporada de monta subsequente (FERRAZ et al., 2008; GOTTSCHALL et al., 2008). A manipulação da atividade ovariana com produtos exógenos permite a sincronização da ovulação. Atualmente, existem diversos tipos de protocolos para a IATF, sendo a combinação dupla, tripla ou maior de produtos a base de prostaglandinas, progestágenos, estrógenos, GnRH e ecg os hormônios mais utilizados. (GOTTSCHALL et al., 2008). A administração de análogos sintéticos ao GnRH exerce uma função fisiológica nas fêmeas, induzindo o pico pré-ovulatório de LH (hormônio luteinizante) e consequentemente a ovulação e/ou a luteinização do folículo induzindo uma nova onda de crescimento folicular (GOTTSCHALL et al., 2008). Segundo Lucy e Stevenson (1986) o GnRH aplicado antes da inseminação pode aumentar fertilidade por sua ação direta ou indireta (por secreção de LH) agindo sobre o folículo ovulatório, resultando em uma ação semelhante a que ocorre em uma inseminação depois do estro espontâneo. Estudos prévios em bovinos de leite indicaram que o tratamento com análogo sintético do GnRH aumentou (SCHELS; MOSTAFAWI, 1978; LEE et al., 1983) ou não a taxa de concepção de primeiro-serviço (LEE et al., 1983). De forma similar Mee et al. (1990) descrevem que GnRH administrado ao início do estro não apresentou efeito sobre a taxa de concepção em vacas de leite. Entretanto, Lee et al. (1983) identificaram efeito consistente na administração do GnRH sobre o aumento de fertilidade em vacas repetidoras de estro. Kaim et al. (2003) também encontraram resultados variados sobre as taxas de prenhez de vacas submetidas a inseminação após a aplicação de GnRH. Os autores identificaram efeitos positivos do GnRH em primíparas, mas não em multíparas. Nesse estudo, animais com condição corporal inferior também foram beneficiadas pela aplicação do GnRH, enquanto animais com 126

condição corporal superior não foram favorecidos pela aplicação de GnRH. A maioria dos estudos prévios foi conduzido com vacas leiteiras, que apresentam metabolismo diferenciado em relação a vacas de corte. Perry e Perry (2009) não encontraram efeitos favoráveis da aplicação de GnRH sobre as taxas de prenhez por ocasião da inseminação artificial em vacas e novilhas de corte. Segundo Short et al., (1990); Williams, (1990) e Yavas e Walton (2000) o anestro pós-parto é o fator de maior impacto negativo sobre a fertilidade, aumentando o intervalo do parto ao primeiro cio, e reduzindo a produção de bezerros. A ausência de ciclicidade é consequência de falha na ovulação de folículos dominantes ocasionados pela baixa concentração de LH. Segundo Madureira e Pimentel (2005a) o tratamento com progestágenos estimula o desenvolvimento e a maturação de folículos dominantes, em vacas em anestro, por aumentar a secreção de LH, estimular o desenvolvimento de receptores de LH e a síntese de estradiol. Nesse sentido Penteado et al. (2006) estudaram o desempenho reprodutivo de 2.489 vacas lactantes submetidas a IATF entre 40 a 100 dias após o parto. Os autores dividiram os animais em 5 grupos, resultando em grupo P40-49 (n=142) os animais foram inseminados entre 40 a 49 dias; grupo P50-59 (n=759) entre 50 a 59 dias; grupo P60-69 (n=263) entre 60 a 69 dias; grupo P70-79 (n=684) entre 60 a 69 dias e grupo P>80 (n=641) acima de 80 dias após o parto. A taxa de prenhez a IATF foi, respectivamente, de 52,82% (75/142); 55,20% (419/759); 52,09% (137/263); 56,29 (361/684) e 52,11 (334/641); sem diferença significativa (P>0,05). Reforçando os resultados Sá Filho et al. (2009) em estudo retrospectivo com 64.033 animais não encontraram efeitos dos dias pós parto sobre a taxa de prenhez em vacas de corte submetidas a IATF a partir de 30 dias pós parto. Devido a existência de resultados conflitantes e poucos trabalhos que associem a administração de GnRH por ocasião da IATF em vacas de corte lactantes o presente trabalho procurou avaliar o efeito da aplicação do GnRH no momento da IATF sobre a resposta reprodutiva de vacas de corte e a relação do resultado com o número de dias pós-parto. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado no Campo Experimental da ULBRA (CEULBRA), localizado na cidade de Montenegro, Rio Grande do Sul. Foram utilizadas 32 vacas de corte, com cria ao pé, em regime de pastejo de campo nativo, com escore de condição corporal média de 2,5 em uma escala de 1 a 5 (LOWMAN, 1973). Todas as vacas estavam com data média de 74 dias pós-parto. As vacas receberam no dia 0 2 mg de Benzoato de Estradiol intramuscular (IM) quando da colocação dos implantes (Primer Tecnopec) de 2º uso. No 6º dia foi aplicado 0,375 mg de Cloprostenol Sódico (IM) (Sincrocio ) em todos os animais. No 8º dia (36 horas após a PGF2α) foi realizada a remoção dos implantes, o desmame 127

temporário dos terneiros e a aplicação de 0,5 mg de Cipionato de Estradiol (IM). No dia 10, a tarde, foi realizada a IATF (Figura.1). Neste momento os animais foram divididos em dois grupos. Um grupo (15 animais) recebeu 100 µg análogo sintético ao GnRH (acetato de buserelina Sincroforte ), enquanto o grupo controle (17 animais) que não recebeu o análogo ao GnRH. Após a inseminação os terneiros foram realocados com as vacas. Sete dias após a IATF os animais foram alocados em potreiro único com mais 35 vacas e 2 touros por mais 60 dias. O diagnóstico de gestação foi realizado aos 42 e aos 137 dias após a IATF por palpação retal. Para fins analíticos, as mesmas vacas foram divididas em dois grupos conforme média de intervalo entre partos. Um grupo (14 vacas) com média de 57 ±18,4 Dias Pós-Parto (DPP57) e outro grupo (18 vacas) com média de 88 ±9,1 Dias Pós-Parto (DPP88). A análise estatística dos resultados foi feita através do teste do Qui-Quadrado. Implantes Remoção implantes + BE PGF2α + CE IATF +GnRH PRIMER RT GnRH D0 D6 D8 D10 FIGURA 1 Protocolo utilizado para sincronização da ovulação. BE-Benzoato de Estradiol; PGF2α-Prostaglandina; CE-Cipionato de Estradiol; PRIMER Dispositivo intravaginal de progesterona; RT- Retirada terneiros; GnRH- (análogo sintético ao hormônio liberador de gonadotrofinas Acetato de buserelina Sincroforte ). RESULTADOS E DISCUSSÃO A TPI foi de 46,7% e 35,3% respectivamente para as vacas do grupo GnRH e grupo controle (P>0,05). A TPF foi de 53,3% para as vacas do grupo GnRH e 64,7% para o grupo controle (P>0,05) (Tabela 1). 128

TABELA 1 Efeitos do uso de GnRH no momento da IATF sobre as taxas de prenhez a IATF (TPI) e prenhez após o repasse de touros (TPF) em vacas de corte com cria ao pé. Grupos Número TPI TPF GnRH 15 46,7% (7) 53,3% (8) Controle 17 35,3% (6) 64,7% (11) Média 32 40,6% (13) 59,4% (19) Os valores entre parênteses se referem ao número de animais prenhes. Segundo Schels et al. (1978) e Lee et al. (1983), o tratamento com GnRH na IA, após a detecção de estro, não teve efeito na taxa de concepção ao primeiro serviço em vacas de leite. Entretanto, as taxas de prenhez em vacas repetidoras de cio foram aumentadas com o mesmo tratamento (LEE et al.; 1983, MEE et al.; 1993). Perry e Perry (2009) não encontraram melhora nas taxas de concepção ao primeiro serviço com administração de GnRH na IA em vacas de corte. Concordando com o presente experimento onde também não foi encontrada relação entre o uso do GnRH na IATF com as TPI e TPF. Segundo alguns autores (STEVENSON et al. 2000; FERNANDES et al. 2001; BARUSELLI et al. 2002) os protocolos para IATF que utilizam GnRH para induzir a ovulação, ao contrário do que ocorre em vacas de leite, ainda apresentam resultados variáveis quando usados em vacas de corte com cria ao pé, resultando muitas vezes em baixas taxas de prenhez. Segundo os autores, os baixos resultados de concepção provenientes da IATF estão relacionadas com a incapacidade do folículo maior resultar em processo ovulatório. O pico pré-ovulatório de LH desencadeia a ovulação, que em vacas europeias, ocorre quando o folículo adquire um diâmetro médio de 12 mm (SARTORI et al. 2001). No momento do pico de LH a assincronia do crescimento folicular e o tamanho reduzido do folículo dominante, são desafios a serem vencidos para possibilitar aumento das taxas de ovulação e prenhez da IATF (SIQUEIRA, et al. 2008). Na análise dos DPP, entre os animais dos grupos DPP57 e DPP88, a TPI foi respectivamente de 42,9% e 38,9% (P>0,05); e a TPF respectivamente de 64,3% e 55,6%, (P>0,05) (Tabela 2). 129

TABELA 2 Efeitos do número de dias pós-parto (DPP) sobre as taxas de prenhez a IATF (TPI) e prenhez após o repasse de touros (TPF) em vacas de corte com cria ao pé. Grupos Número TPI TPF DPP57 14 42,9% (6) 64,3% (9) DPP88 18 38,9% (7) 55,6% (10) Média 32 40,6% (13) 59,4% (19) Os valores entre parênteses se referem ao número de animais prenhes. Na avaliação do número de dias pós-parto, o presente experimento não encontrou diferença significativa entre os grupos analisados, DPP57 e DPP88 em relação a TPI e TPF. Segundo Baruselli e Marques (2002) em experimento com 211 vacas da raça Brangus com boa condição corporal e com média de 63 dias de período pós parto, observaram que os animais entre o período de 40 e 50 dias, tiveram menor taxa de concepção que animais com 61 e 70 dias pós parto. Discordando de Meneghetti et al. (2008) que não encontraram benefícios a IATF com o aumento dos DPPs. De forma similar a Meneghetti, Penteado et al. (2006) e Sá Filho et al. (2009) não encontraram efeitos dos dias pós parto sobre a taxa de prenhez em vacas de corte submetidas a IATF a partir, respectivamente, de 40 e 30 dias pós parto. Convém ressaltar que nos experimentos de Penteado et al. (2006) e Sá Filho et al. (2009), os autores utilizaram ecg (Gonadotrofina coriônica equina) nos protocolos de IATF, produto recomendada para animais em anestro ou submetidos a IATF antes de 40 dias pós parto. No presente experimento, não utilizamos o ecg. No presente experimento a TPI média foi 40,6%. Silva et al. (2004) verificaram 48,0% de concepção quando o GnRH foi aplicado no momento da IATF. Baruselli et al. (2003) obtiveram 59,0% de prenhez na IATF precedida da administração de GnRH. Ayres et al (2006a) e Ayres et al. (2006b), diagnosticaram 66,7% e 61,59% de prenhez nas vacas que receberam GnRH. Vaca et al. (2007) observaram 62% de prenhez nas vacas tratadas com GnRH por ocasião da IATF. Meneghetti et al. (2009) observaram 54,2% de prenhez em vacas Nelore induzidas a ovulação com GnRH. Ao confrontarmos os resultados relatados na literatura com a TPI média, observa-se que a administração do GnRH no ato da inseminação artificial, com o intuito de induzir a ovulação e aumentar a capacidade de concepção, não favoreceu à prenhez da IATF. Entretanto, resultados semelhantes e até mesmo inferiores ao deste experimento foram observados em outras pesquisas. Ratificando, Sá Filho et al. (2010) observaram que 40,1% das vacas que receberam GnRH para induzir a ovulação emprenharam. Souza et al. (2009) observaram apenas 28,9% de prenhez nas vacas Holandesas que receberam somente GnRH no momento da IATF. Após o segundo 130

diagnóstico de gestação para a avaliação da taxa de prenhez final encontrou-se uma TPF média, 59,4%. Outros experimentos mostram que ao final da estação de acasalamento, iniciada pelo uso de IATF, taxa de prenhez superior à atingida neste experimento é factível. Em trabalho com IATF Baruselli et al. (2002) obtiveram 79,0% de prenhez ao final de um período de repasse de 90 dias. Gottschall et al. (2005) verificaram 70,6% de prenhez após o repasse de touros. Madureira et al. (2005b) obtiveram 92,7% após 90 dias de acasalamento. Entretanto, a baixa taxa de ciclicidade das fêmeas, ou seja, o anestro no período do acasalamento é um fato de importante impacto sobre os resultados reprodutivos (BARBOSA, et al. 2007). Segundo Gottschall et al. (2005), o desempenho reprodutivo da vaca está relacionado com a condição corporal do animal e este é reflexo direto do manejo nutricional à que elas estão condicionadas. Nota-se então que à medida que melhora a condição fisiológica da vaca aumenta a chance dela emprenhar (FERNANDES, et al. 2001). Essa relação foi mostrada por Gottschall et al. (2005), onde os autores confrontaram a taxa de prenhez de vacas com cria ao pé, que geralmente estão em anestro por ação da mamada e manejo alimentar desfavorável, e vacas solteiras. Estes autores verificaram 58,6% e 83,3% de prenhez para vacas com cria ao pé e vacas solteiras, respectivamente. Silva et al. (2007) observaram 62,50% de prenhez final. Bastos et al. (2004) observaram que a prenhez variou de 30,0% para vacas com ECC=2 a 66,0% para vacas com ECC=3. Segundo Bastos et al. (2004), uma das possibilidades para a baixa taxa de prenhez de vacas com baixa condição corporal seja o anestro ou a ovulação de oócitos de baixa qualidade, em decorrência de um balanço energético negativo em vacas magras. Estas razões podem estar relacionadas ao resultado da TPF encontrado neste experimento, possivelmente pela baixa taxa de ciclidade resultante do anestro, atingindo valores inferiores à outros relatados (BARUSELLI, et al. 2002; GOTTSCHALL, et al. 2005; MADUREIRA, et al.2005b). Contudo, outros fatores também influenciam a resposta reprodutiva ao final da estação de acasalamento precedida de IATF. Segundo Gottschall et al. (2008), o repasse com touros após a IATF deve preconizar a proporção adequada de touro:vaca, evitando a perda de capacidade reprodutiva do touro e a diminuição da taxa de prenhez devido a um possível retorno ao estro sincronizado. Conforme Barbosa et al. (2007), idade, raça, condição corporal, exame andrológico, libido, hierarquia social, índice de cios, bem como a topografia, tipo de pastagens e presença de aguadas são fatores que influenciam a capacidade reprodutiva dos animais em acasalamento. CONCLUSÕES Os resultados do presente experimento não apresentaram relação significativa da administração de GnRH no momento da IATF sobre as TPI e TPF. O número de dias pós parto não afetou o desempenho reprodutivo de vacas de corte submetidas a IATF. REFERÊNCIAS AYRES, H. et al. Efeito do momento da inseminação e do tratamento com GnRH na IATF sobre a taxa de concepção de vacas de corte lactantes sincronizadas com 131

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